O Recado Chinês
NOVE MESES PARA AMAR
CAPITULO XXII
O RECADO CHINÊS
Com cabeça latejando dolorosamente e uma
grande vontade de estar deitado de baixo de confortáveis cobertas (adiando a
inevitável ressaca), Rony aparatou dentro da Casa dos Gritos preparado para
encarar aquilo que, para ele, havia se tornado um grande pesadelo: Carol!
Uma pontada particularmente dolorida o fez
gemer, assim que encostou os pés no chão empoeirado, fazendo-o ter a certeza
que aquela era a maior e melhor ressaca de sua vida! Tudo isso porque na
noite passada, Harry e Hermione haviam anunciado o casamento de ambos! E ele
e o amigo haviam entornado todas, aproveitando as bebidas da festa do Dia
das Bruxas.
Com cuidado, Rony sentou em um sofá todo
puído e se resignou a esperar. Era tão frio dentro daquela casa que sua
respiração condensava e formava pequenas fumacinhas.
Já estava ali, naquela posição super
desconfortável, fazia uns cinco minutos, quando ouviu o barulho do lado de
fora, sinal de que alguém chegava. Segundos depois a porta abriu e Carol
entrou toda encapuzada. Recomeçara a nevar e parecia que a tempestade iria
durar bastante tempo.
- Olá Carol! – ele cumprimentou com a voz
mais grossa que o normal.
Assustada, a garota da porta soltou um
grito!
- Por Merlin, Rony! – ela zangou-se - Quer
me matar do coração?
A voz de Hermione parecia vir de outra
galáxia, fazendo a sensação da ressaca piorar ainda mais em sua cabeça.
- Vamos, Harry! - ela dizia mais animada
que o bom senso mandava – você tem que me ajudar, afinal temos que tirar essa
cor horrível do apartamento!
Ele bufou, mas logo se arrependeu,
porque a cabeça latejou ainda mais dolorosamente.
- Você não está fazendo nada Mione –
argumentou enquanto passava um rolo de tinta branca por cima daquela cor
horrível de laranja – só fica ai sentada, me manda fazer as coisas!
- Ordens médicas, querido. – Mione
replicou com afetação – fique grávido e também terá certas mordomias!
Ele riu. Nos dias de bom humor e quando
não sentia terríveis dores nos pés, eles sempre riam juntos, como nos velhos
tempos.
Com mais meia hora de pintura, Harry
declarou a tinta laranja vencedora. Por mais que pintasse, ela não saía!
- Vou usar magia Mione – avisou cansado
– senão terei que lixar tudo isso aqui e seria um inferno de demorado!
Sem levantar os olhos dos tecidos que
escolhia Hermione o lembrou:
- Combinamos de não usar magia na
reforma Harry – ela levantou os olhos – e eu disse que teria que lixar, você é
quem se adiantou!
- Você é uma mulher má, futura Sra.
Potter – ela riu – não tem pena da minha dor de cabeça?
- Não! – declarou enfática – mas se você
quiser, posso te fazer uma ótima massagem...
Ele sorriu animado e largou o rolo de
tinta. Os cobertores em que ela estava enrolada pareciam muito mais
aconchegantes! Ora, a pintura que esperasse!
- Não pensei que você fosse chegar tão
cedo – Carol falou enquanto tentava passar para o outro cômodo, aquele que
haviam arrumado, sem deixar que Rony a visse.
- É... Não dormir muito ontem à noite –
respondeu simplesmente. Estava intrigado com a postura dela. Porque não tirava o
capuz? Ou porque não se virava de frente?
- Ahh... Bem então, já que está aqui não
vejo motivos para prolongar muito à discussão... Você quer ver o jornal que
minha amiga me mandou?
- Porque não olha pra mim? Ou porque
fica ai, encolhida perto da porta? – ele perguntou irritado, fingido não ouvir a
sugestão dela – pensa que vou lhe fazer algum tipo de mal?
- NÃO! – ela chegou mais pra frente, mas
recuou quase que instantaneamente - isso não tem nada a ver com você... Tem
comigo! Podemos ir para a outra sala? Gastei algum tempo arrumando ela ontem.
- Me sinto perfeitamente confortável –
revelou Rony com ironia – por mim, já podemos conversar!
Carol se irritou. Ele não era capaz de
fazer nada por ela!? Decidida a ir para a sala onde tinha montado os espelhos,
para despistá-lo, se encapuzou ainda mais e seguiu em frente.
Apenas no último segundo, foi que ela
percebeu o erro. Era aquilo mesmo que ele queria, e como tola Carol caiu no
truque de Rony.
- GINA? – ele gritou descontrolado – QUE
DROGA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?
Com um gemido, Carol se rendeu ao
inevitável, teria que contar isso para ele também!
- Acalme-se ok? Eu tenho uma boa
explicação para isso.
- É? MAS VAI TER QUE SER MUITO BOA MESMO!
– ele desdenhou.
Como em um velho filme trouxa, os
dois corriam por um imenso campo de flores. O vento jogava o vestido dela e eles
riam muito felizes, como se tudo estivesse resolvido e o namoro deles fosse
possível.
Draco parou de correr e a puxou pela
mão. Ele estava lindo em uma roupa branca com detalhes vermelhos. Sem dizer
palavra ele apenas, a olhava e passava a ponta dos dedos por seu rosto. Tinha
tanta ternura naquele olhar que Gina pensou que só podia estar sonhando!
- Draco? O que você tem?
Ele não respondeu, mas o rosto ficou
mais sombrio. A ternura ainda continuava ali. E todas as vezes que Gina dizia
qualquer coisa, mais descarnado Draco ficava. Compreendendo isso, ela também
ficou calada.
Mais alguns minutos se passaram
naquela mutua contemplação e que por ela poderia ser para sempre! Mas o dia
ensolarado começou a mudar rapidamente e várias nuvens negras tomaram o céu,
jogando raios assustadores pela terra.
Desesperada por um abrigo, Gina puxou
Draco pela mão. Só que não era mais ele! Era seu pai, mas de um modo
completamente diferente.
Artur Weasley estava com uma
expressão malvada, como se quisesse fazer mal a ela. Gina parou no meio do
campo, onde o vento forte levava as pequenas flores, e encarou o pai.
Ele estava quase que cadavérico e com
olhos tão maus, que Gina custou a reconhecer ele. Não fossem os cabelos
ruivos...
- Pai!?
Mas ele ignorou o apelo dela, e da
ponta cadavérica de seu dedo, mais raios iam saindo, com a intenção de acertar
Gina.
Com muito medo, a garota começou a
correr pelo campo. Não havia lugar onde pudesse se esconder, mas mesmo assim
Gina juntou todas as suas forças e correu... Correu... E correu.
Quando achou que os pulmões
arrebentariam sem ar, ela olhou para trás. E mais nada havia ali, somente um
lindo campo de flores e nem sinal da tempestade.
Sem olhar por onde ia, Gina foi
andando de costas, tentando entender o que estava acontecendo. Mas, do nada, a
terra faltou e ela caiu no mergulho sem volta do abismo!
Com o coração galopando de medo, Gina
acordou. Não conseguia entender nada daquele sono. Tinha a sensação esquisita
que não era apenas um pesadelo, mas algo mais.
Determinada a encontrar a solução, se
levantou da cama e foi procurar Luna. Ela era ótima em decifrar sonhos!
- VOCÊ ESTÁ COMPLETAMENTE LOUCA! –
berrou Rony, embora naquele momento não soubesse quem estava mais louco: ele ou
a irmã!
- Não estou Rony! E pare de gritar. Além
de me dar dor de cabeça, pode atrair atenção para a Casa dos Gritos!
- Se é uma casa dos gritos, eu posso
gritar o quanto quiser! – retrucou azedo, embora o tom de voz tenha abaixado
consideravelmente.
- E eu não estou maluca, Rony. Tudo o
que lhe contei é verdade!
- Então segundo o seu conto de fadas,
você é a Carol, mas disfarçada de Gina e a Gina está disfarçada de você!?
Ela nem se dignou a dar resposta. Sabia
que discutir daquele modo, nunca iria convencer ele de nada.
- Se eu não fosse Carol, como saberia do
passeio que nós demos de vassoura no final do sexto ano? Ou como saberia que
você me perdoou muito facilmente naquela boate, porque queria me beijar? Ou como
eu saberia que...
- Ta! – ele interrompeu – Carol te
contou muitas coisas, Gina, e isto só prova que ela é uma fofoqueira de marca
maior!
Carol bufou desesperada. Tinha que haver
uma maneira de convencê-lo! Foi quando uma idéia passou por sua cabeça.
- Espere ai!
- Como se eu fosse mesmo à algum lugar –
retrucou ainda mais azedo, enquanto ela saia da sala. Em um gesto
desalentado, Rony se deixou cair no sofá puído. Por mais incrível que fosse,
a dor de cabeça parecia ter sumido!
- Luna? – chamou Gina baixinho, temendo
acordar as outras garotas do dormitório. – Luna, acorde! Eu preciso falar com
você.
A amiga resmungou e virou de lado,
evitando olhar para Gina.
- O que é que você quer Gina? –
perguntou sonolenta demais, para saber do que estava falando.
- Preciso de um conselho seu, será que
podemos ir tomar café? – Gina chamou de novo, mas dessa vez Luna reconheceu um
toque desesperado no tom de voz da amiga. Por isso, e apenas por isso, se dignou
a abrir – um pouquinho – o olho direito.
- O que aconteceu?
Embora a cena fosse bizarra de ver (Luna
com um olho meio aberto) Gina sabia que ela estava completamente desperta.
- Eu tive um sonho – ao ver o olho se
fechando, Gina apressou em se completar – e acho que foi uma premonição.
Luna pulou na cama de uma só vez.
- Não é que me deu uma fome louca? – ela
se levantou e foi para o banheiro – te encontro lá em baixo em cinco minutos,
Carol.
Gina sorriu agradecida e saiu do
dormitório. Estava sentindo uma coisa muito esquisita no peito, e tinha até
medo de nomeá-la!
- O que você está fazendo? – ele
perguntou ao vê-la empurrar um pesado espelho com as mãos.
- Estou provando para você, que minha
história é verdadeira, Ronald Weasley! – ele bufou ao colocar o espelho em pé.
– venha até aqui e veja!
Ainda desconfiado de tudo aquilo, Rony
chegou mais perto da irmã e do espelho. E se não fosse bruxo, aquilo que viu
poderia muito bem tê-lo feito desmaiar!
- Como isso é possível? – perguntou,
andando mais perto do espelho, como se fosse querer entrar dentro dele.
- Só é possível, porque minha história é
verdadeira! Eu sou Carol Blair! – ela apontou para si mesma – e essa quem você
está vendo, não passa de uma fachada!
Ele desviou a atenção do espelho, onde a
imagem de Carol estava refletida e olhou para o rosto de sua irmã! Aquilo era
demais para ele!
Meio tonto, Rony deu uns passos para
trás e foi se sentar no sofá puído. Precisava de tempo para pensar em tudo
aquilo. E a primeira pergunta que fez, não foi sobre nenhum dos sentimentos que
o atormentavam há tanto tempo.
- Que tipo de espelho é esse? – quis
saber afinal.
- Do tipo comum. Daqueles que tiramos de
Hogwarts escondidas, ontem, pois eu não tinha a intenção de lhe contar essa
história.
- E como iria me enganar?
- Com um jogo de espelhos, iria fazer
você ficar olhando para meu reflexo e assim você pensaria estar falando comigo,
sem nenhum problema.
- É uma idéia fantástica de simples! –
ele comentou com sarcasmo.
- Obrigado – Carol nem se atentou para a
ironia da frase - mas foi Luna quem teve essa idéia. Ela se lembrou do dia que
me transformei de vez... ela só descobriu a transformação porque me pegou com a
cara de sua irmã, em um dia de manhã...
Rony sentiu vontade de mandá-la calar a
boca. Mas a garota continuava a dizer que agora que tudo estava esclarecido,
eles podiam conversar sobre a matéria falsa que saíra nos jornais...
- NÃO! – Rony gritou desesperado.
- Rony! – ela de um pulo se levantou da
mesa onde estava sentada – o que foi que houve?
- Não posso mais namorar você! Não
percebe? Não confia em mim! Jamais iria me contar o que estava havendo com você!
– ele girou os olhos pelo quarto, frenético – como posso sequer pensar em amar
uma pessoa que não confia em mim?
- Vo-você me ama? – ela perguntou
desabando na mesa.
- Sim! Não... Eu nem sei mais! E mesmo
que ainda ame, não quero mais! Você é completamente maluca... Fez de tudo para
me perder!
- Sente-se Rony – ela pediu estranhamente
séria e calma – agora tenho mesmo, algo para lhe contar!
- Então Luna, o que você acha que isso
é?
- Eu não sei... Draco se transformar em
seu pai, e SEU pai ser um homem mal e descarnado... – ela bateu com a colher na
boca, sujando a área de geléia de amora – isso é muito confuso, talvez exija
mais estudos...
- E sobre eu cair no precipício... Foi
tão real! Foi à coisa mais real do sonho. Eu sentia o vento passando por meu
cabelo e até a velocidade da queda...
- Carol... Eu precisarei analisar
mais seu sonho. Você seria capaz de escrever ele, parte-por-parte e junto
colocar as impressões que teve nesses momentos?
Gina olhou para o copo de suco, que
enrolava para tomar.
- Acho que sim... Talvez não todas as
partes, mas muitas sim.
- Já é melhor do que nada. – Luna
suspirou e comeu mais um pedaço de pão (sua fome estava incomodando Gina)
- E o que você vai fazer com os
escritos? – insistiu Gina, não querendo deixar aquele assunto morrer.
- Eu não sei... Quero dizer, - emendou
Luna diante da cara que Gina fez - vou ler e tentar analisar... Consultar alguns
livros e ver que tipo de significação esses sonhos podem ter. Mas é muito
provável que seja apenas isso: sonhos!
- Sei... – concordou Gina
sarcasticamente, ao se levantar da mesa – não era você quem sempre diz que
sonhos nunca são apenas sonhos?
E com isso ela saiu do salão, deixando
Luna ainda mais boquiaberta. Afinal, a garota sempre tivera a impressão que as
amigas não escutavam nada do que ela dizia, com relação aos sonhos
premonitórios!
- Gina Weasley, você é mesmo uma
incógnita!
- Você acha que nosso bebê, será menino
ou menina?
- Será um menino, como o pai! - afirmou
Harry presunçoso.
- É... Pode ser – Hermione concedeu –
mas terá a inteligência superior da mãe!
- Mas como ela é convencida! – Harry a
abraçou melhor, enquanto se ajeitava a cadeira.
- Posso ser... Posso ser... – deixou-se
gabar Hermione - Você já pensou em algum nome que gostaria de dar?
- Não, afinal fica difícil escolher
alguma coisa, já que você fez questão da surpresa! – resmungou meio aborrecido.
- Assim fica emocionante! – ela riu e
deu um tapinha no ombro dele.
Harry riu também.
- E você? Já pensou em algum nome?
- Alguns – admitiu Hermione – mas eu
acho que devíamos fazer isto juntos, sabe? Assim você não vai poder dizer que
foi uma escolha injusta e autoritária da minha parte.
Ele revirou os olhos, e um silêncio
cheio de cumplicidade invadiu o ambiente, deixando eles livres para pensarem o
que quiser. Com um suspiro, Hermione deitou a cabeça no ombro de Harry e ele
ficou ali, apenas passeando a ponta dos dedos pelos cabelos dela.
Era uma cena afinal, em família.
- Quando minha mãe, que era bruxa,
morreu meu pai ficou desolado. Bem... Desolado é pouco. Ele ficou furioso e
muito, muito mal mesmo... Minha mãe fugiu dele para viver com um bruxo e ao
fazer isso acabou morrendo.
- Como? – perguntou Rony interessado e
até mesmo se solidarizando um pouco com ela.
- Ela sofreu um acidente de vassoura e
meu pai teve muitos problemas para abafar o caso... Na época ele ainda não era
ministro, embora ocupasse um cargo de alto escalão.
- Então... – Rony chamou-a de volta a
narrativa.
- Então... Meu pai me fez prometer que
jamais me deixaria enganar por aquele tipo de gente, e eu... Bem eu era muito
pequena na época... E bem, vendo o sofrimento do meu pai, o que mais eu poderia
fazer?
- Você prometeu que jamais iria namorar
um bruxo. – ele deduziu sem muito esforço.
- Sim, e você entende? – Rony fez um
sinal afirmativo com a cabeça – e então eu fui para Hogwarts preparada para
nunca fazer amizades com meninos e... – ela agitou as mãos na frente do corpo –
você apareceu e tudo mudou!
- Eu? – Rony se espantou. – E agora a
culpa é minha?
- Você não vê que não é questão de
culpa? É questão de você ser lindo, engraçado, carinhoso, protetor - Rony sentiu
o rosto corar diante de tantos elogios – e até mesmo um pouquinho atrapalhado,
sempre me fazendo feliz de alguma maneira...
- Ah! Pare – o rosto agora estava da cor
de um tomate – não precisa elogiar... Quero dizer, eu sei que não sou nada disso
e então...
- Rony! É a minha vez de falar, então me
deixe falar o que sinto por você! – ela tirou uma mecha de cabelo ruivo do
rosto.
‘E você é aquilo contra tudo que meu pai
me alertou a vida toda... E eu me vi entre você e ele e isso tudo foi muito
confuso... E ai então, veio a Gina me pedindo para trocar de corpo com ela, para
poder ficar perto do Malfoy e tudo virou uma loucura, porque eu não podia ficar
perto de você, já que era a sua irmã. Entende?
- Você podia ter me contado da Gina,
afinal ela está namorando um Malfoy!
- Eu jamais entregaria o segredo de uma
amiga Rony, devia saber disso. E então, bem... Nós brigávamos muito e você,
ciumento, quase nunca queria saber o que estava acontecendo... Preferindo
acreditar nos jornais e tudo mais!... Não estou te criticando! – acrescentou ao
ver a cara que Rony fez.
- E por fim, fico sabendo que você vai
se casar! – ele disse amargamente embora a fúria já houvesse passado.
- Não e é ai que você se engana... E eu
tenho a prova! – do bolso das vestes Carol tirou um exemplar do The Sun,
datando do mesmo dia que supostamente saiu o anúncio do noivado. – Você pode
procurar ai e não vai achar uma nota sequer sobre o noivado, alias, não vai
achar nota nenhuma de mim ou do Príncipe William.
Eles ficaram em silencio, enquanto Rony
olhava para a capa do jornal, pensando se devia ou não abrí-lo.
Pensamentos como “Será um voto de
confiança que você dará a ela!” ou “Mais uma vez? Ela não merece! Abra
isso e destrua logo todas as possibilidades de entendimento entre vocês!”
passaram na velocidade de um raio por sua mente.
- É... Eu... Eu acho que afinal, não
preciso mesmo de ler papel nenhum – ele pegou a varinha e tocou fogo naquele
pedaço de jornal – eu confio na sua palavra!
Carol riu abertamente e pulou no colo
dele, pronta para enchê-lo de beijos, quando ele a empurrou de uma maneira meio
brusca.
- Ahhh... Carol! Você ainda tem o rosto
de minha irmã, e isso seria muito, muito... Mas muito esquisito mesmo!
Rindo ela aceitou a situação, embora sua
vontade ainda fosse enchê-lo de beijos.
Alguns dias depois...
Novembro mal começara, e o inverno tinha
chegado com força total. De manha e a noitinha, viam-se pequenos flocos de neves
caindo, dando o prenúncio do inverno rigoroso pelo quais os ingleses passariam.
E ele não estava acostumado com aquilo!
Pensou Kuo tentando descongelar as mãos enluvadas. Na China havia neve, mas o
frio não penetrava os ossos daquele jeito, nem deixava as pernas tão insensíveis
que caminhar era quase um milagre.
Estava parado à porta do tal Ministério
da Magia inglês há dois dias, sempre na hora de entrada e saída dos
funcionários, mas não conseguia ver ninguém com a descrição da tal mulher de
Malfoy.
Mais uma vez começou a nevar, e Kuo
resolveu fazer uma temeridade. Iria entrar e falar com a mulher! Claro, isso
para ele era perigoso, já que estava ilegal no país, mas tinha que cumprir o que
havia prometido!
Ele saiu de trás da caçamba de lixo, e
seguiu para o telefone. “Qual era mesmo o número?” perguntou-se desolado.
Forçando um pouco a memória, Kuo lembrou.
6-2-4-4-2
Com a seqüência em mente, Kuo discou e a
voz da mulher preencheu a cabine.
- Bem vindos ao Ministério da Magia. Por
favor, informe seu nome e objetivo da visita.
Kuo tremeu, mas não havia muito que
pudesse fazer. À não ser dar um nome falso!
- Draco Malfoy, visita à Hermione
Granger.
- Obrigada – disse a tranqüila mulher –
visitante, por favor, pegue o crachá e prenda-o no peito das suas vestes - Kuo
fez isso – Visitante, o senhor deve se submeter a uma revista e apresentar sua
varinha, para registro, à mesa de segurança, localizada no fundo do Átrio.
- ‘ta bem que farei isso! – desdenhou
Kuo, enquanto o elevador seguia para o fundo da terra.
Quando chegou ao Átrio, seus olhos
ansiosos passaram a esquadrinhar a multidão de bruxos que ia para casa. Se
ficasse por ali, talvez topasse com a mulher, já que evidentemente ela não usava
a saída de visitantes do Ministério.
E a sorte pareceu sorrir para Kuo,
porque Hermione e Vanessa estavam saindo do elevador naquele momento, as duas
muito animadas.
- Nos vemos amanha então, Hermione –
despediu Vanessa antes de aparatar.
Ainda rindo, Hermione seguiu para um
elevador pequeno, perto das lareiras. Era porta azul, e parecia se confundir com
a parede. Kuo, tentando não dar bandeira de seu nervosismo, a seguiu para lá.
Os dois ficaram parados esperando o
elevador chegar. Hermione reparou nele.
- O senhor é novo aqui? – perguntou
curiosa. Afinal, chineses ali eram novidades – está em qual departamento?
- Eu... É... Eu... – gaguejou Kuo sem
jeito. Por que não queria falar na frente de outras pessoas. – eu vim aqui dar
um recado. – disse por fim.
- Ahhh... E essa pessoa está na garagem?
– Hermione franziu o cenho – porque esse elevador nos leva à garagem.
- É! Ele já saiu e acho que irei
encontra-lo lá.
Hermione pareceu satisfeita com a
resposta e se virou para frente. Nesse instante o elevador chegou e os dois e
mais duas pessoas entraram.
Fez-se um silêncio absoluto, enquanto o
elevador, Kuo percebia, movia-se de lado. Depois do que lhe pareceu uma longa
viagem enjoativa, eles chegaram.
E era uma garagem trouxa! Ele percebeu
pela quantidade de carros estacionados ali. Era daqueles prédios garagem, e eles
estavam no quarto andar, pelo que a placa informava.
- Srta? – chamou, tomado de coragem,
agora que estavam sozinhos – podemos conversar?
- É para mim que o recado? – perguntou
estreitando os olhos e apertando a varinha ao lado do ventre enorme.
- Sim, Srta. Granger – disse bastante
formal. Porque queria que ela op levasse a sério. – Um recado da parte do Sr.
Malfoy.
- Malfoy? – ela repetiu com desdém – ele
não saiu para caçar morcegos?
- Srta., me escute. O Sr. Malfoy está
correndo grande perigo. Pode me ouvir, por favor?
Hermione relaxou a guarda. Afinal, não
adiantava fazer pose, já que agora havia ficado preocupada.
- Srta., Kuo não sabe o que dizer, mas o
Sr. Malfoy caiu em uma armadilha nas montanhas, Srta. e ele parecia saber que
estava em perigo. – nessa hora um barulho anormalmente grande rompeu o silêncio
da garagem, assustando os dois. – Aqui tome. – ele passou o recado para Hermione
– Kuo tem que ir... Não quero saber de encrencas não.
E assustado o chinês desaparatou,
deixando Hermione bem confusa. Achando que fosse melhor abrir o bilhete dentro
do carro, Hermione se apressou para lá.
Hermione,
Se você está lendo este bilhete,
então meu receio tinha fundamento e fui preso em alguma armadilha. Sei que você
me detesta, mas nesse momento, aqui nas montanhas, sinto que a minha vida corre
perigo.
Como não teria meios de avisar à Gina
o que está acontecendo, gostaria que você falasse com ela... Embora eu também
não saiba o que, já que nada me aconteceu – ainda!
Se você puder Hermione, investigue o
que acontecer comigo. Eu não tenho muito mais a quem recorrer.
Muito obrigado,
Draco Lucio Malfoy
- Mas o que é que está havendo? –
intrigou-se Hermione, ligando o carro e seguindo para a casa de Vanessa.
N.A: ai galera!!!!! Ateh q enfim neh? Axei
q nunca ia terminar esse cap!!!! Teve momento em que pensei em jogar tudo
pro alto... mas foi o respeito por vocês que me fez ter animo pra continuar!
Agora chega de rasgar seda... vamos aos agradecimentos:
annette fowl: Annete... primeiro me
desculpe, mas estou completamente sem tempo para ler fic… por isso, ainda
naum pude ler a sua, espero nas férias conseguir isso ;) agora, quanto às
atualizações constantes... bem, vamos ver neh?
Beijos pro’c!!!
Mechanical Bride: O que é OMG?? Hehehehe,
e sempre teve baby num eh? Só que o sexo dele num vou contar antes do fim
neh? Perde a graça! Hehehehehe... e num fique lendo ateh tarde menina! o.O
Lívia: nem comento neh? Num
tem talento? Aff.. fala serio! Quem eh que ganha medalhas por ai na
ginástica?? Eu, pobre de mim, é que num sou! Kda um com sua especialidade,
lika ;) eu tb te adolo muito!!!
Hehehehhee
nicole weasley malfoy:
sabia q vc era nova no campo das reviews!!! Hehehehe... mas q bom que estah
gostando, embora agora a fic entre em uma parte bem legal: as soluções dos
mistérios... NÃO PERCA AS CENAS DOS PROXIMOS CAPITULOS!!! Hauahuahauahuaua
Melzinha Granger: ei! Entra
no msn e me diga o que houve com o Draco!!! paulinhavianna [a] gmail [.]
com... o convite vale pra todo mundo!!! ;)
nayara:) : SIM!!! Vc naum eh
nova por aki!!! Hehehehehe e quanto ao romantismo... hhehehe, você ainda num
viu nada Nayara... tenho umas ceninhas preparadas que são de fazer chorar...
o final então... hauhauhua... NÃO PERCA AS CENAS DOS PROXIMOS CAPITULOS!!!
PRO PESSUAL DU 3V:
Lechery: obrigada... vc me deixa realmente
feliz… mas da próxima vez, naum que eu esteja reclamando, mas vc podia
deixar seu e-mail… gosto de falar com todos que me mandam reviews!!! ;)
Myla Potter Tonks: que ótimo q vc passou a
gostar de HH… pk eles são lindos juntos... hhehhehe... e deixe quantos
coments quiser, eu adoro eles ;)
Moony Ju: vc pode Ju... mas eh bem
complicado pra mim atender, já que estou bastante ocupada com as coisas, da
chamada, “vida real”... e olhe, estou em falta cum vc, mas como amanha eh
feriado aki na minha cidade, prometo que pego a sua fic, ok? Beijos pro’c...
Carol: e ai Carol... minha nova!!!
Hehehehhe... saiu neh? E espere pra ver a surpresa que eu tenho guardada pra
vcs!!! Beijos e qq dia eu escrevo sim ;)
PARA O PESSOAL DA FLOREIOS E BORROES:
Raquel Granger Potter: Raquel... minha
intenção num eh kbar cum ninguém... eh soh que eu gosto de dar o melhor de
mim nos cap, e nau ando encontrando tempo pra dar esse meu melhor ;) mas
aguarde tem surpresas vindo ai!!!
Alessandra Leblack: q bom q entende... mas
facul eh uma coisa estressante... quando num eh aula eh trabalho, quando num
eh isso eh prova... e quando num eh nada disso, é o cansaço que mata... qse
sempre fico desanimada de escrever... pensar dói neh!?!
Hehehehehehehehe
Bruna Degrwil: quanto é seu “quanto
antes”? hehehehehe beijos...
Mayara: que bom que espera... pk esse eh o
único remédio q eu tenho!
L
Mari Potter: brigadão Mari... eu tento o
meu melhor, e axo que durante a evolução das minhas fic eu melhorei muito...
e vc? O que axa?
+Bá+: a gente faz o que pode neh? O q num
pode, a gente num faz neh? Hehehe... beijos e brigado!
Vinicius: leia... sua opinião é importante
para mim!!!
Ana Carol Potter: brigado Carol... to sem
palavras e te add neste momento...beijos
------ : atualizei neh? Hehhehhe
**: idem ao coment de cima :D
N.A2: bom galera... mesmo que alguns de
voces naum gostem... a fic estah chegando ao fim... mais dois cap e kbou o.O
hehehhe... então, como os dois proximos cap são de fundamental importância
pra a fic eu irei posta-los juntos!!!
E o que isso significa? Significa que vai
demorar mais um cadim... mas por outro lado, eu entrarei de férias semana q
vem e tb eu jah tenho esses cap montados na minha cabeça... ow seja? Não vai
demorar tanto assim!
N.A3: eu sei que muitos de vocês não estão
gostando do casal PP, mas eh que prometi pra uma menina... logo no inicio
da fic que faria uam deles... e gentem! Confie em mim tah? Vcs axam mesmo
que eu num vou fazer o Percy sofrer as penas do inferno??? Deixem comigo,
ok! (vcs vaum se divertir!)
N.A4: gente... eu sei q sou uma das piores
escritoras que existe... eh meus prazos são sempre descumpridos e eu vivo
quebrando minha palavra... mas mesmo assim eu peço, FAÇAM PROPAGANDA DA
FIC!!!
Beijos pro’cs!!!
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