Quem É Você?









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DISCLAIMER: 
Bom galera, eu nunca disse isso antes, e agora eu vou
dizer:  Esses personagens, à exceção de Vanessa, Henri e mais meia dúzia de
figurantes, não me pertencem!


Eles são todos da Tia
Rowling, então qq queixa ou doação de dinheiro mande para ela... Ok?



 



 



NOVE MESES PARA AMAR



 



CAPITULO XIII



 



QUEM É VOCÊ?



 



 


Draco suspirou de
alivio ao ver a carta que chegara para ele. Nem podia crer que alguma coisa dera
certo para ele naquela semana. Sentindo uma vontade enorme de rir
incontrolavelmente, ele releu a missiva de Carol Blair:


 


Prezado Draco Malfoy.


 


Sei que pode parecer estranho você receber esta carta,
depois de enfaticamente, eu ter recusado sua proposta de emprego. E seu pedido
de ajuda.


Como expliquei anteriormente, havia compromissos sociais que
eu deveria cumprir em nome de meu pai. Mas, depois de pedir a ele, com um pouco
de insistência, ele concordou que eu trabalhasse na sua firma.


Assim sem mais por ora,


Subescrevo - me


Anne Caroline Blair.


 


Era uma carta
bastante formal, e ate um pouco antiquada. Mas ele nem mesmo se importava. Tudo
que lhe vinha na cabeça é que em dois dias estaria livre dos problemas, e ainda
não teria que ver a Weasley, nem pedir nada a ela.


Ao olhar para a manha
de sábado, onde o sol invadia lentamente o nevoeiro espesso, Draco não tinha
idéia dos problemas que aquela carta ainda lhe traria.



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A manha de sábado
chegava na metade, quando Harry foi dispensado do CTA. Só deveria estar de volta
na segunda-feira, as oito da manha.


Ele tinha o final de
semana inteiro livre daquela rotina massacrante que era o treinamento.


Ele passou pela
secretaria para deixar o crachá lá. A ultima moça que o atendera não estava por
perto, por isso ele falou com um homem mesmo.


- Não se atrase na
segunda-feira, garoto. Não iria gostar.- O homem tinha um sorrisinho debochado
no rosto.


Harry simplesmente
ignorou o idiota. A maioria das pessoas que trabalhavam na parte administrativa
do CTA eram pessoas que não conseguiam virar aurores. “Um bando de amargurados!”


Ele estava saindo do
campus”, de onde é impossível aparatar e desaparatar, quando encontrou
uma pessoa que o deixou completamente abismado.


Era Nevile
Longbotton!


- Ei Nevile! - ele
gritou no pátio.


O ex-grifinório
virou-se e sorriu quando reconheceu por quem estava sendo chamado.


- Ola Harry. O que
esta fazendo aqui?


- Eu é que te
pergunto. Eu estou em treinamento para auror e você?


Nevile o olhou com
uma cara engraçada. Como se não acreditasse nisso.


- Eu também estou em
treinamento para auror Harry. Não sabia que estava aqui também.


Harry riu. Gostava de
saber que Nevile estava lá. Era um rosto amigo.


- Eu cheguei aqui
terça-feira - disse Nevile puxando conversa, enquanto seguiam portão afora - e
você?


- Vai ver que é por
isso que não nos encontramos Nevile - o garoto bateu com a mão na testa. - eu
cheguei na turma de segunda. - ele olhou para os outros alunos que também saiam
- será que têm outros de Hogwarts aqui?


- Na minha turma não
tem. - disse Nevile enfático - bem Harry eu tenho que ir. Minha avó esta
esperando para tomar café, ela vai querer saber de tudo o que aconteceu essa
semana.


Harry riu.


- É Sirius e Remo
também devem estar me esperando para o café. Até segunda Nevile.


O amigo apenas acenou
com a mão e desaparatou. Harry logo também fez isso.



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Hermione sabia que
era sábado. Mas simplesmente não podia deixar de falar com Vanessa. Ela andara
pesquisando, desde que o laudo da morte dos Jonas chegara e agora já tinha tudo
o que queria para a chefa acreditar nela.


- Eu não irei tomar
café Sra. Weasley. Tenho uma reunião muito importante agora.


- Mas no sábado
Hermione? Não estou gostando desse seu emprego. Tem dois dias que você não come
direito e nas horas certas. Você esta grávida! Isso pode fazer mal ao bebê.


Hermione sentiu um
remorso incomodo. Estivera tão empolgada que às vezes esquecia do bebê.


- Prometo que tomarei
o café Sra. Weasley. Prometo mesmo.


Molly olhou
desconfiada para ela. Mas não falou mais nada.


Hermione, então,
desaparatou.


Antes de ir para casa
de Vanessa, ela passou no escritório. Lá pegou os documentos de que precisava
(por ser uma inominável, Hermione, não podia levar trabalho para a Toca). Depois
foi para a casa da chefa.


O apartamento de
Vanessa ficava no coração de Londres. E como a área era completamente trouxa,
Hermione chegou lá andando.


O prédio 745 da rua
Richard, de apenas quatro andares, era comparado a um mosquito pelos
arranha-céus de que era vizinho.


Mesmo sendo pequeno,
Hermione achava ele simpático. A fachada era amarelo-envelhecido e nas sacadas
dos quatro apartamentos tinha grandes vasos de flores vermelhas.


Ela apertou o botão
do interfone. Um instante depois:


- Oi.


- Vanessa sou eu.
Hermione - ela mantinha o botão apertado, para poder falar.


- Vou abrir.


Hermione soltou o
dedo, e logo depois veio o barulho do portão sendo aberto.


- Abriu?


- Abriu. - respondeu
enquanto fechava o portão.


Com paciência, ela
subiu os quatro lances de escada. O prédio tinha um apartamento por andar e
Vanessa morava na cobertura. “Melhor é sempre ver as coisas de cima”. Ela vivia
falando isso.


E agora Hermione
tinha como provar que estava vendo as coisas de cima. Viera aqui para isso.


- Sábado de manha não
é hora para visitas Hermione - Vanessa estava na porta, ainda com o pijama azul
de seda.


Hermione apenas riu,
e entrou na casa da chefa. O apartamento de Vanessa era, não havia palavra
melhor para descrever, bacana. As paredes sempre pintadas em tons claros e os
moveis em cores mais escuras, tudo combinando perfeitamente.


- Me desculpe
incomodá-la Vanessa - disse Hermione quando se acomodou no sofá vermelho - mas o
que eu tenho para falar não pode esperar ate segunda feira.


Vanessa meio que
emburrou a cara. Sabia o que seria falado e não estava querendo ouvir. Não
queria que Hermione passasse o mesmo que ela, logo que se formou em Hogwarts.


- Se for mais uma
vez, a teoria de que os Jonas foram mortos por um bruxo...


- Não é uma teoria
Vanessa - Hermione a cortou secamente - é um fato; chegou o laudo da autopsia
dos Jonas.


Hermione entregou o
papel oficial à Vanessa; o que ali estava escrito começou realmente a
interessá-la.


 


LAUDO DA AUTOPSIA N°
151.172.003


GEORGE IAN JONAS;
MARY EMILY JONAS; MATTEW IAN JONAS E STEFANY CAROLINE JONAS.


RESIDENTES À RUA ROAD,
ORLA MARITIMA, BRISTOL, INGLATERRA.


PERITO RESPONSAVEL:
HANIBAL FRANCIS QUINSLEY.


 


Diante a autopsia
realizada nos cadáveres, eu Hanibal Francis Quinsley, declaro que não foi
possível determinar a causa mortis.


Nenhum dos quatro
integrantes da família Jonas foi baleado, envenenado, esfaqueado, estrangulado,
sufocado ou sofreram qualquer violência, que lhes causasse a morte.


O estrangulamento
observado na família Jonas deu-se depois de todos mortos. Sendo o pai o
primeiro a ser estrangulado, depois a Sra. Mary Emily, Mattew e por último a
criança Stefany.


Os corpos não têm
nenhuma outra característica de violação.


A hora mais provável
da primeira morte é as 19:00 e da última 19:05.


Dessa verdade dou fé


Hanibal Francis
Quinsley



        MÉDICO-LEGISTA


 


- Santo Merlin! -
exclamou Vanessa.


- E tem mais...-
Hermione tinha o peito estranhamente estufado.


- O que mais?


- Eu fui pesquisar
ontem, lá no Ministério, arquivos que falassem de morte trouxas cometidos por
bruxos...


- Sei - Vanessa fez
um gesto impaciente de mão. Queria chegar ao mesmo posto que Hermione parara.


- Então descobri um
arquivo de uma família que morava em Little Hangleton há mais de cinqüenta anos.


- Little Hangleton...
- Vanessa franziu a testa e se lembrou - essa é a cidade onde Voldemort tinha
seu quartel-general.


- Exatamente Vanessa
- Hermione tinha um amplo sorriso. - e o laudo dizia a mesmíssima coisa que
esse. Em nenhum dos Riddle, a família assassinada, foi encontrado sinais de
morte. Pelo menos para os trouxas.


- Oh!Oh! Espere um
pouco Hermione - Vanessa puxou o robe azul mais para perto do corpo - essa não é
nem mesmo uma possibilidade. Voldemort esta preso. E bem preso.


- Mas eu não disse
que era Voldemort - ela abanou a cabeça - eu acho que de alguma maneira, ainda
não sei como, essas mortes estão ligadas ao incêndio em Little Hangleton no
sábado passado.


Um silêncio pensativo
caiu sobre as duas.


- Você acha então que
pode haver um novo bruxo das trevas querendo o poder? - o lindo rosto de Vanessa
estava preocupado - é essa a sua teoria?


Hermione pensou um
pouco antes de falar. Era audacioso de sua parte o que ia dizer:


- Eu acredito que sim
Vanessa. Porque olha só, destruir a casa de Voldemort, com dois dos servos dele
lá dentro, não é querer dizer para a comunidade bruxa que esta apoiando aquele
verme, não é mesmo?


- É, Dumbledore já
tinha falado isso. Ele também não acha que aquele incêndio é uma manifestação de
apoio.


As duas ficaram
novamente em silencio. Hermione começou a andar pela sala. Pensava melhor assim.
Aquela falta de pistas estava levando ela a loucura!


O telefone tocou
assustando as duas:


- Alô - Vanessa
respondeu como um autômato.


- Vanessa? - era Greg
- novidades sobre o caso Jonas. Greg fez um silencio misterioso.


- Vamos fale logo! -
gritou Vanessa.


- Calma chefinha -
ele era terrivelmente debochado - localizaram filho mais velho do casal.


- E quem é ele? Estou
perdendo a paciência Greg - agora ela não gritava mais. Falava num tom normal,
mas perigosamente suave. Era nessas horas que, se você tivesse amor à vida, não
provocaria Vanessa Wolf.


- Alexandre Jonas.


- Chame-o para
interrogatório. Quero ele na segunda-feira.



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- E então mãe, você
deixa a minha amiga vir passar as férias aqui comigo? - Gina tinha uma voz
suplicante. E estranhamente melosa.


- Mas e o pai dela,
Gina? Ele não ficara aborrecido de passar somente uma semana com a filha?  -
Molly estava na ponta da mesa do almoço. Todos o Weasley, mais Hermione também
estavam ali. - afinal eles ficaram um ano inteiro sem se ver.


- Ela me falou que
não teria problemas. Se estiver tudo bem por lá, você deixa? - Gina arregalou os
olhos castanhos, fazendo ficar com uma cara de desamparo, que sabia amoleceria a
mãe.


E não deu outra:


- Se o pai dela
disser que sim Gina...


Rony bufou e saiu da
mesa. Não queria mais saber de Carol Blair nunca mais. Ela era um inconveniente.



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- Não, não e mais um
não. Você irá passar as férias na sua casa Anne Caroline. - o pai de Carol
estava bem enfático - não quero mais saber disso.


- Mas pai - Carol
teve que respirar fundo para não brigar - eu queria tanto passar as férias com a
Gina. Ela esta desenvolvendo um novo programa de computador e acha que eu posso
ajudá-la. - ela chegou mais perto da polida escrivaninha de mogno - por favor,
pai, aqui eu não tenho nenhuma amiga da minha idade...


Tony Blair parou para
pensar. Se elas iam mexer com computadores, é porque a garota não era bruxa
também. Para ele já chegava que a filha tinha que estudar numa escola tão
esquisita, não queria também amigos esquisitos.


- Qual o telefone dos
pais dela? Gostaria de falar com eles - aquele seria o teste final.


Mas Carol e Gina
estavam muito mais adiantadas que os pais. Como Carol sabia que o seu iria
querer falar com os pais de Gina, elas bolaram um plano.


- Aqui pai. - ela deu
um papelzinho pequeno para o pai.


Tony Blair pegou o
papel e discou o numero. No terceiro toque uma voz feminina atendeu a chamada.


- Alo.


- Alo, eu gostaria de
falar com a Sr. ou a Sra. Weasley por favor?


- É a Sra Weasley
quem fala - respondeu Gina, numa imitação perfeita da voz da mãe. Ela estava no
telefone do barracão do pai - com quem eu falo?


- Meu nome é Antony
Blair e sou pai de uma amiga de sua filha...


- Ah sim. O senhor
então que é o pai de Carol. Um amor de menina sua filha.


- Obrigado - Tony
sorriu um pouquinho; adorava que elogiassem Carol - eu liguei Sra. Weasley,
porque Carol me falou que a Sra. e seu marido à convidou para passar as férias
em sua casa...


- Isso mesmo Sr.
Blair. Ao que parece Gina e Carol tem amigos em comum, e muito planos também.
Gina não para de falar nesse assunto.


Os dois riram um
pouquinho.


- Não será incomodo
para vocês, ficarem com minha filha?


- De maneira nenhuma.
- Gina ainda não podia acreditar que estava dando certo - nós a levaremos de
volta na ultima semana de férias, para ela poder voltar para a escola.


A frase foi decisiva.
Se a mulher fosse bruxa, se ofereceria para levar Carol ate o embarque.


- Se não vai ter
mesmo problema...


- Claro que não - ela
riu mais um pouquinho - meu filho do meio tem que ir à cidade, e se o Sr.
Permitir ele pode pegar Carol.


- Então está
combinado. Uma boa tarde Sra. Weasley.


- Boa tarde Sr. Blair
- despediu-se Gina.


Colocou o telefone no
ganhou, e olhou para a filha.


- Você esta liberada
Carol. O filho dela vem te buscar mais tarde.


Carol nem se demorou.
Não iria dar tempo para o pai mudar de idéia.


- Espero que se
comporte enquanto estiver lá em Anne Caroline.


Ela parou na porta, e
sem se virar, para que o pai não visse seu sorriso, respondeu:


- Eu vou me comportar
pai. Pode deixar.



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- Ai...Ai... Nada
como uma boa comida em casa - disse Harry de barriga cheia, na hora do jantar - 
essa semana não foi brincadeira mesmo.


Sirius e Remo riram.
Harry não parara de falar do CTA um minuto. A não ser que se conte as horas em
que falou de Hermione.


- A comida lá é boa
Harry?


Dessa vez Sirius
ficou sem resposta. Porque Rony aparou bufando feito louco na cozinha.


- Eita! Que aconteceu
Rony?


- As mulheres daquela
casa vão me levar à loucura! Isso que aconteceu - ele se deixou cair em uma
cadeira - agora inventaram que eu tenho que dar uma de táxi pela Inglaterra!  


Harry riu. Não estava
entendendo nada.


- Porque não começa
do começo Rony? É mais fácil para entendermos.


Rony deu um muxoxo.


- A Gina convidou a
Carol Blair para passar as férias lá em casa. E como se isso não fosse tudo, ela
e Hermione queriam que eu fosse buscar a inútil na casa dela! - ele fez mais uma
careta de desagrado - porque ela não pega um ônibus? E desaparece?


Agora Harry começava
a entender o problema. E ainda estava com vontade de rir, mas sabia que o amigo
não gostaria.


- Você não quer que
ela fique na mesma casa que você? - Remo e Sirius se mantinham totalmente
ausentes da conversas dos dois; mas isso não os impedia de ver a ironia da
situação. Harry todo enrolado, dando conselhos amorosos. - pense nas
possibilidades Rony...


Ao que parece Rony
também se tocou da ironia, e não gostara nada da insinuação:


- Que possibilidades?
De engravidá-la e depois deixar ela como um covarde? - perguntou agressivamente.


- EU NÃO SOU COVARDE!
- gritou Harry se levantando e empunhando a varinha. - REPITA ISSO SE FOR HOMEM.


Rony também estava de
pé e com a varinha em punho.


- NÃO É COVARDE?
ENTÃO PORQUE É QUE NÃO ASSUME SUAS RESPONSABILIDADES? POR QUE ESTA DEIXANDO
HERMIONE SOZINHA? -  as orelhas de Rony estavam tão vermelhas, que só faltava
sair fumaçinha.


-  O QUE EU FAÇO OU
NÃO FAÇO NÃO TEM NADA A VER COM VOCÊ! WEASLEY. - os olhos de Harry soltavam
faíscas e a varinha também.


- E NÃO É DA MINHA
CONTA? MAS ESCUTAR HERMIONE CHORAR TODAS AS NOITES, PORQUE O POTTER-PERFEITO
ESTA SENDO IDIOTA É DA MINHA CONTA!?! ELA É COMO MINHA IRMA, E SE DEIXASSE EU
LHE ARRBENTARIA A CARA!


 Mas subitamente
Harry perdeu a vontade de brigar. Ele se sentou do lado de Sirius (que não
movera uma palha com a briga. Aquilo era realmente necessário).


 - Ela chora mesmo
Rony? - havia um tom derrotado na voz de Harry.


- Chora - Rony também
se sentou. Se o outro não brigaria, ele não tinha motivos para ficar em guarda -
mas como ela não fala nada, eu também fico na minha. Você sabe que esta sendo
idiota não sabe?


Harry foi salvo de
responder. Nesse exato momento Hermione e Gina aparataram na cozinha.


- Hey! Hermione! -
exclamou Sirius feliz. - Há quanto tempo que a não a vejo. Você esta bem?


- Sim obrigado
Sirius. E você? - enquanto dizia Hermione tentava soltar o cinto se segurança
que a prendia a Gina.


- Estamos bem. Como
pode ver. - ele apontou para a cara branca de Rony, o rosto murcho de Harry e o
sorriso feliz de lupin - mas sabe Hermione... E... Bem... E o bebê?


Ela sorriu do
embaraço dele. Nem ligando para Harry.


- Estamos os dois com
muita saúde. Eu vou a medica-trouxa na semana que vem fazer o primeiro
pré-natal. - ela finalmente conseguiu se soltar de Gina - a Sra. Weasley e Gina
irão comigo.


- Que bom Hermione. -
disse Lupin -  tenho certeza que se Lílian e Tiago tivessem aqui iriam querer
acompanhá-la também.


Aquele foi um golpe
baixo para o lado de Harry. Ele sentiu isso e saiu da cozinha; Hermione o
acompanhou com o olhar, mas nem se importou: ele era insensível mesmo.


- Bom, se vocês
quiserem eu peço a medica para gravar toda a consulta... Eu sei que se pode
fazer isso. - ela parou um momento - vocês têm aparelho de vídeo não tem?


Remo e sirius
trocaram um olhar confuso. “Do que diabos ela estaria falando?”


- Bem - intrometeu-se
Gina, ela tinha uma voz aguda, como se segurasse o riso - meu pai tem um vídeo
lá no barracão dele. Quando Hermione trouxer a fita, traz o vídeo também.


- Vai fazer como o
telefonema Gina - acusou Rony meio selvagem - pegar escondido dos nossos pais?


- Pare de ser idiota
Rony. Você não é nenhum santinho. - Hermione se virou para Sirius, ignorando
completamente os bufos do amigo - Você me emprestaria seu carro Sirius?


- Onde vocês vão com
ele? - Sirius tinha um ciúme tão grande do carro dele...


- Buscar Carol Blair
na casa dela - desta vez foi demais para Rony. Ele simplesmente saiu da cozinha.
- podemos?


- Ok. A chave esta
naquele quadro ali. - ele apontou para um quadrado de madeira do lado da
geladeira. - não preciso recomendar cuidado né Hermione?


- Pode deixar Sirius.
Diga ao Rony onde fomos, porque tenho certeza que ele vai querer ir lá. Pode
estragar nossos planos.


- Obrigado Sirius.
Tchau Remo. - despediram as duas e foram para a garagem.


- Você entendeu
alguma coisa, Almofadinhas?


- O mesmo que você
Aluado.


- Foi o que pensei.


E os dois trocaram
olhares de quem estava achando tudo muito engraçado... “Ahhh, esses jovens de
hoje!”



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- Que bom que veio
hoje Henri. - disse Draco cansado - eu não agüentava mais trabalhar.


- Que não trabalhasse
então - retrucou Henri. Os dois estavam sentados na sala, tomando vinho e se
achando adultos - você é seu próprio patrão. Pode parar a hora que quiser.


Draco suspirou:


- Fácil falar. Mas
Lucio mesmo estando morto, tem o dom de atrapalhar minha vida. - Draco tomou um
gole de vinho - vamos mudar de assunto. Como esta indo lá no St. Mungus?


- Muito legal. Por
enquanto eu não trabalho no hospital não. Estou estudando mais, e só daqui a um
ano é que me tornarei Curandeiro-estagiario. Ahh nem vejo a hora de trabalhar e
poder ajudar as pessoas.


Draco riu.


- Henri, se existe um
traidor da própria casa é você! Onde já se viu um Sonserino sonhar em ajudar as
pessoas?


- É eu gosto de trair
minha própria casa - ele deu uma risadinha debochada - meu pai fica falando que
sou uma vergonha, mas ele também ajuda as pessoas não é? - ele fez uma pausa e
olhou para o vinho pensativo - ele acha que meu emprego é coisa de bicha.


Draco que estava
bebendo, engasgou; cuspindo vinho dentro da taça.


- Eu não acredito que
o Sr. Woodcrofth pensa isso - ele ria agora - se ele soubesse o quanto o filho
dele é garanhão.


Henri riu também.


- Para meu pai
profissão de macho é ser auror, como ele. - encheu as duas taças  novamente -
vamos beber Draco. Hoje eu quero ficar bêbado.


E foi o que os dois
fizeram.



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- Eu ainda não
acredito que estou fazendo isso. - resmungou Hermione. Ela, Gina e Carol estavam
em um beco escuro, em uma rua antes do Caldeirão Furado.


- Anda Hermione pare
de reclamar - sussurrou Gina - mude a nossa roupa e pronto.


Quando os feitiços
ficaram prontos, Gina, Carol e Hermione mais pareciam três meninos.


- Vamos antes que eu
me arrependa. - Carol nem abriu a boca. Não tinha tanta intimidade assim com a
outra bruxa.


Elas entraram no
Caldeirão Furado, e sem olhar para o lado foram para a passagem que levava ate
ao Beco Diagonal.


Àquela hora da noite,
todas as lojas já estavam fechadas, e um silêncio estranho cobria a rua. As três
dobraram logo depois do arco, e somente depois de passar por inúmeras vielas e
becos estreitos é que chegaram à Travessa do Tranco.


Ao contrario do Beco
Diagonal, aquela rua bruxa parecia estar cheia de movimento. Com muitos bares, e
lojas estranhas... Provavelmente quem fazia compras ali queria manter o
anonimato; como elas.


- Mantenham-se junto
de mim - Hermione falou num sussurro estrangulado (ela mantinha a varinha em
guarda debaixo da capa) - ainda não acredito no que estou fazendo.


Gina e Carol trocaram
um olhar, elas também estavam apavoradas com aquele lugar. Tudo parecera um
plano simples; iriam ate lá, comprariam o livro e depois iriam para casa. Mas
nada estava assim tão simples.


Finalmente chegaram à
livraria. A haunted book era uma loja de aparência mal-cuidada (o que ali não
tinha essa aparência?). Não havia vitrine na loja, apenas uma porta verde que
parecia estreita demais.


Quando entraram na
loja, um sininho pendurado na porta avisou a dona que havia fregueses.  A loja
era estreita e tinha uma prateleira de livros que a dividia no meio; do lado
direito tinha mais livros e do esquerdo também.


- Em que posso
ajudá-los? - a bruxa, dona da loja era uma mulher saída dos contos infantis
trouxas. Era meio encurvada. Com um nariz grande demais e olhos pretos argurtos
e penetrantes.


- Estou procurando um
livro - era incrível como Gina tinha habilidade em imitar vozes. Parecia mesmo
que era Rony falando - ele se chama A Bíblia dos Feiticeiros. 


A bruxa de contos de
fada enrugou a testa (“como ela se parece com a madrasta má da Branca de Neve”
pensou Carol, com uma enorme vontade de rir.).


- Claro me
acompanhem. - elas foram seguindo a mulher pela loja. Que era absurdamente
longa. - É esse livro aqui. - ela pegou um livro da prateleira.


A Bíblia dos
Feiticeiros era um livro excelente, mas também grande como uma lajota. Mas uma
coisa de podia dizer do livro: ele era grosso, mas não passava do tamanho de um
livro normal. Seria ate mesmo fácil de carregá-lo.


- Um excelente livro
esse - começou a bruxa, com o papo de vendedor - vão poder encontrar feitiços
bastante úteis nele. E esta realmente uma pechincha...


- Quanto? Perguntou
Gina.


- Cem galeões.


- Uma pechincha? -
escarneceu - isso é roubo isso sim!


- Se não quiserem
tudo bem - a bruxa má deu de ombros - ainda essa semana esteve um bruxo querendo
saber o preço, mas quando eu falei ele desistiu. Sujeito estranho aquele - a
bruxa pareceu voltar a si - vão querer o livro ou não?


As três se olharam e
viram que não teria jeito.


- Não pode nem ao
menos dar um desconto? - pediu Gina numa ultima tentativa desesperada.


- Hum... - a mulher
coçou os cabelos, e uma coisa branca saiu na unha dela - posso abater dez
galeões. E só.


Elas se coçaram e
cada uma deu trinta galeões. Depois que o livro foi embrulhado, elas rapidamente
saíram dali. A travessa do Tranco não era um lugar em que se quisesse passear.



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A manha já ia à
metade quando Rony acordou. Ele olhou para cima e viu que Harry ainda estava
dormindo. “Melhor assim!”. Com cuidado ele se levantou e foi para a sala de
visitas; se encostou ao batente da porta bandeira e olhou para fora.


A rua em que Harry
morava era um lugar tranqüilo. Àquela hora tinha crianças brincando na pracinha
em frente, os gritos e risadas delas chegando ate ele.


Novamente Carol
veio-lhe a mente. A raiva já fora embora, mas ainda se sentia magoado. E com ela
passando as férias na sua casa sua vida iria se tornaria um inferno. Como ele
poderia vê-la todos os dias e não beijar a boca macia? Ou ficar olhando como
besta os cabelos lindos que ela tinha? Ou viajar nos olhos verdes dela?


- Deixe de ser
imbecil Rony! Você esta virando um tolo romântico! - resmungou ele com
selvageria.


- Ei! Ficar falando
sozinho não adiantar muita coisa Rony! Venha tomar café. Depois vamos sair.


Rony ainda olhou mais
uma vez pela janela. Depois com um dar de ombros seguiu Harry: estava realmente
com fome!



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As três, Hermione
Gina e Carol,  estavam juntas, numa clareira um pouco distante da casa dos
Weasley. Elas saíram de fininho depois do café, evitando que a Sra. Weasley lhes
perguntassem onde iam.


 - Hermione, tem
mesmo certeza que poderá fazer isso? - ao ver a cara ofendida, Carol tartamudeou
- é que... Bem... Você só leu o feitiço e nunca praticou ele... - a voz dela
sumiu ante o “olhar McGonagal” de Hermione.


- Aqui diz que só
funcionará se estiverem nuas. - ela passava o dedo indicador por onde lia -  é e
tem que ficar de frente uma para outra.


Carol e Gina fizeram
o que foram mandadas; seria uma cena engraçada se um dos garotos chegasse ali e
vissem elas como no dia que vieram ao mundo, se olhando com a cara meio
assustada.


- Bem, certo então.
Agora é a minha parte.


Com a varinha em
punho, Hermione executou um movimento que passava da cabeça de Carol para de
Gina e assim sucessivamente ela girava o braço; ora apontava a varinha para
Gina, ora para Carol.


 QUE ENQUANTO
DURAR


    CAROL SEJA GINA


    E GINA SEJA CAROL.


 
Hermione mudou o movimento
e começou a girar o braço em sentido anti-horário.  


-   QUE NÃO VOLTEM
AO NORMAL


    ENQUANTO NÃO PERMITIR.


 


Ela tocou a cabeças
das duas com a ponta da varinha, e uma luz intensamente roxa as cobriu deixando
Hermione de fora.


-   QUE QUANDO EU
DISSER ‘TRANSFORMIUS’


    ELAS MUDEM NOVAMENTE;


   E QUANDO EU DISSER ‘DELETRIUS’


  QUE VOLTEM AO NORMAL.


 


Quando Hermione
acabou de fazer o feitiço, a luz roxa brilhou por um instante a mais e se
apagou. Assim como Gina e Carol desmaiaram na grama.


- Santo Merlin! -
gritou Hermione. Ela chegou perto das duas e depois de ver que estavam
desmaiadas usou do enervate para fazê-las acordarem.


- Vocês estão bem? -
Mione estava preocupada. “Não devia ter caído na conversa dessas loucas!” -
Gina? Carol?


- Estou bem Mione -
respondeu Carol - não sinto nada de diferente.


- É - ajuntou Gina -
acho que o feitiço deu errado Hermione, porque não sinto nada de diferente.


Como as duas estavam
de costas uma para outra (vestindo suas roupas) não viram a cara de Hermione,
que não sabia se ria, chorava ou deixava a coisa rolar - preferiu deixar a coisa
rolar...


- Você acha que tem
que fazer mais vezes Mione? - novamente Carol, que tinha a voz abafada pela
blusa que vestia - porque dessa vez não deu certo. Consulte ai no livro.


- E se não der certo?
- era Gina - como é que vou conquistar aquele cabeça dura?


- Isso eu não sei
Gina - replicou Hermione, estava começando a se divertir - você vai ter que
pensar bem nesse assunto. Muito bem mesmo.


Ao verem que Hermione
continha uma louca vontade de rir as duas se viraram para ela, e para si mesmas.



-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


- EU NÃO
ACREDITO!!!!!!!


Gritaram ao mesmo
tempo. Gina via seu corpo, mas estava fora dele. Estava em outro corpo: no de
Carol!


- Santo Merlin -
Carol, no corpo de Gina foi chegando mais perto de seu próprio corpo. - Eu não
posso acreditar - o assombro na voz dela era incrível. Com medo ela tocou o
próprio rosto. Mas aquele não era mais seu rosto. Era agora Gina Weasley.


- Eu também não
acredito...- a incredulidade estava estampada no rosto de Carol, que era Gina -
que não vi essa espinha enorme aqui no cantinho. Com uma apertada Gina tirou a
nojeira.


- Ai! Isso dói! -
reclamou Carol, que estava dentro do corpo de Gina.


As três riram do
ridículo da situação.


- Deletrius! -
Bradou Hermione inesperadamente. E ao mesmo tempo Gina se sentiu indo para seu
próprio corpo e Carol para o seu.


- Porque fez isso? -
Carol perguntou aborrecida.


- Para ver se estava
funcionando direito. E agora chega. Só amanhã de manhã é que as transformarei de
novo.


- Hermione Granger,
você não sabe aproveitar a vida. - resmungou Gina baixinho enquanto iam para
casa.


- Eu ouvi isso
Weasley!



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 Quando amanheceu na
segunda-feira Hermione levantou-se como uma bala da cama. Queria ir ao banheiro
(uma tarefa um pouco complicada, já que Gina e Carol dormiam no chão).


- Esses enjôos são
mesmo um inferno! - reclamou ela quando voltou ao quarto - queria que passasse
logo.


- Vai passar
Hermione, e como diz mamãe: “tudo só tende a piorar!”  - Hermione e Carol riram
de Gina: ela estava perfeita em imitar as vozes de outras pessoas.


- Vamos, nós tenho
que tomar café. Quero fazer a coisa agora!


-Transformius!
- bradou Hermione e uma luz roxa saiu da varinha, trocando Gina e Hermione de
corpos.


- Certo vamos fazer
um teste. - Hermione se virou para Carol (Gina) e perguntou: qual o nome
completo de Tom?  


Carol (Gina)
arregalou os olhos.


- Tom Servoleo
Riddle.  Isso não é uma coisa que se goste de lembrar Hermione.


- Me desculpe Gina,
ops... Carol. Mas tinha que ser uma coisa que somente você soubesse.


Com um dar de ombros
Carol (Gina) começou a se vestir.


Gina (Carol) não
entendera nada do que acontecera. Mas o clima subitamente pesado e incômodo sim.
Quem era aquele tal de Tom?



____________________________________________________


 


Harry acordou
sobressaltado na manha de segunda-feira. Ele estava atrasado já. Rapidamente ele
se arrumou e sem nem se despedir direito de Sirius e Remo, ele desaparatou para
o CTA.


Logo que ele chegou,
viu que não estava muito atrasado. “ufa! Não pegarei detenções!”


Se a rotina já era
dura e difícil, Harry não queria nem saber as detenções.


- Estou dizendo para
você que dessa vez é assim que se faz. Não é possível que seja tão tapado
Julius.


Uma voz, que Harry
reconheceu pertencer a Hannah (a mulher com que Woodcrofth falara na semana
passada) estava aos berros dentro da secretaria.


Harry foi ver, afinal
queria saber quem era a mulher. Quando estava mais ou menos perto da porta,
Nevile que vinha atrás o chamou.


- Ola Harry! Como foi
o fim de semana?


- Bem e o seu Nevile?
- com a aproximação do colega, Harry se afastou da porta. Mas pelo menos sabia
onde a tal Hannah trabalhava.


- Minha avó não parou
de falar... - a voz de Nevile foi se perdendo na multidão enquanto entravam pelo
portão principal.



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N/A: bom galera, pra vc naum se perderem
durante essa parte da historia, eu vou fazer o seguinte: mesmo enquanto durar o
feitiço de transformação da Gina e da Carol eu continuarei chamando-as pelo
próprio nome (mesmo que o corpo esteja trocado)... Continuem lendo ;)



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Que estava nervosa
Gina (lembre-se que a partir de agora ela esta no corpo de Carol) sabia. Só não
sabia que sentiria aquela excitação percorrê-la. Afinal iria rever Malfoy, seu
arquiinimigo, que tentara chantagea-la com a gravidez de Mione! E que beijava
deliciosamente bem. E tinha um cheiro intoxicante.


- Deixe de ser besta
Weasley - resmungou baixinho, para logo em seguida mudar - Blair! Eu sou Anne
Caroline Blair! Não se esqueça disso, Weasley!


Gina estava numa rua,
do mesmo tipo do Beco Diagonal. Mas ao contrario do Beco, essa rua era cheia de
prédios de escritórios bruxos (uma Wall Street bruxa). Com um gemido, que não
sabia como  classificar, ela entrou no prédio que ficava os escritórios de
Malfoy.


 Gina passou pelo
átrio, e entrou no elevador vermelho que tinha no fundo, sem que  ninguém
pedisse sua identificação. Apertou o botão do décimo andar e rezando a Merlin
que tudo desse certo, ela se viu cada vez mais perto de Malfoy.


A companhia de Malfoy
ocupava todo o décimo e décimo - primeiro andar do prédio. Um carpete creme
revestia todo o chão e os moveis eram do mais puro bom-gosto.


Logo de frente para o
elevador, em uma bancada circular ficava a secretaria. Gina se aproximou dela.


- Eu tenho hora com o
Sr. Malfoy - “ainda bem que o feitiço muda a voz também! Do jeito que estou
nervosa não conseguiria imitar nada!”


- E a quem devo
anunciar? - a mulher olhou desagradavelmente para a calça jeans e a blusa pólo
branca que Gina usava...


- É... Gi... - ela
percebeu que falaria o nome e rapidamente mudou - Anne Caroline Blair.


- Espere um momento.
Verei para você.


A mulher desaparecera
em uma porta do lado esquerdo e Gina ficou passeando os olhos pelo saguão.


- É uma beleza de
lugar - ela disse para si mesma.


- Pode me acompanhar
Srta? - dessa vez era outra mulher quem falava. De francos olhos azuis Gina
simpatizou imediatamente com ela. - o Sr. Malfoy esta lhe aguardando.


Gina seguiu a mulher
e entrou em outra sala, que era de secretária também.


- Essa é milha sala.
Eu sou Sally Mansfields e aquela que te atendeu é Dora Hawkis. Tudo que puder
precisar pode nos pedir Srta. Blair.


Enquanto se
apresentava Sally, foi abrindo a porta para ela.


- Sr. Malfoy, a Srta
Blair - ela disse com formalidade e desapareceu pela porta.


Vê-lo foi um tremendo
golpe nas pernas de Gina. Ele estava ainda mais bonito do que podia se lembrar
(talvez o fato de estar completamente embriagada da ultima vez que se
encontraram tivesse alguma relação com isso). Mas Draco estava com os cabelos
loiros revirados, como se tivesse passado as mãos por ali muitas vezes. O
colarinho estava aberto e as mangas da blusa arregaçadas ate o cotovelo.


- Me desculpe o modo
como a recebo Caroline - ele sorriu meio sedutor - posso te chamar assim?
(diante daquela visão o que vocês acham que Gina responderia?). Ótimo.
Desculpe-me o mau jeito, mas é que essa maquina esta me levando à loucura!


Gina riu e se forçou
a sair do transe. Era para Malfoy ser seduzido e não ela.


- Muitos bruxos não
entendem um computador mesmo, Sr. Mal...


Ele não deixou ela
terminar.


- Se posso lhe chamar
de Caroline, então me chame de Draco.


Gina suspirou. Ele
era tão irresistível e encantador quando ela não era Gina Weasley.


- Tudo bem Draco -
ela se esforçou para sair natural - qual é exatamente seu problema?


- Eu nem mesmo sei
ligar essa maquina! - ele falou frustrado - na verdade eu nem tentei.


Draco não sabia
porque, mas não queria que ela o considerasse um burro ignorante. “Essa não é a
Blair de que me lembro!”


- Vamos fazer o
seguinte então. Sente-se ai - ela apontou a cadeira dele - e eu vou te falando
os passos que tem que fazer.


Draco obedeceu.
Estava gostando que aqueles olhos verdes brilhassem com malicia. Quando isso
acontecia, ele se lembrava irremediavelmente de outros olhos... Olhos castanhos.


- Muito bem. Esta
vendo esse botão vermelho aqui na base do aparelho?


- Sim - ele se
esforçou para voltar os pensamentos para aula.


- Aperte-o. Ele liga
o computador.


- Você não quer fazer
enquanto eu vejo? Sinto-me meio ridículo...


- Você não conseguira
aprender se apenas olhar. É preciso pratica para saber fazer direito.


Gina na mesma hora
viu como suas palavras tinham duplo sentido. Tentando ignorar o quanto Draco se
divertia ela ficou atrás da cadeira dele.


Draco tomou um
tremendo susto quando escutou a musica de inicialização do computador.


- Santo Merlin! E eu
tenho que conviver com essas malditas invenções trouxas!


Na mesma hora sentiu
que falara bobagem. Afinal Carol era metade trouxa e ele dependia dela.


- Eu... Me desculpe.
Não tive a intenção de ofendê-la. - ele parecia sinceramente arrependido.


Gina que só se tocara
quando ele pedira desculpas, fingiu-se de aborrecida. Mas ela mudou
completamente ao ver uma longa cicatriz branca no braço dele. Com gentileza ela
passou a ponta do dedo ali. Olhando nos olhos dele, perguntou:


-Onde conseguiu essa
cicatriz Draco?


- Quando a besta do
hipogrifo fujão me atacou no terceiro ano. - ele parecia hipnotizado pelos olhos
dela. Só uma vez havia visto aquela expressão no rosto de alguém, e se lembrar
dela não o ajudava em nada - nem mesmo dói, ou me lembro dela. Podemos voltar à
aula?


Gina tirou o dedo
dali, já dera bandeira demais.


- Voltemos à aula!



____________________________________________________


- GINA! AINDA NÃO
ESTA PRONTA?  - era Rony quem gritava ao pé da escada.


- Você acha certo
isso Arthur? Gina deixar a convidada sair antes que ela? - reclamava a Sra
Weasley, enquanto o marido tomava uma ultima xícara de café.


- Molly esses jovens
de hoje não tem mais a mesma educação, mas se a garota também quis assim, o que
nós podemos fazer?


- Não gosto disso
Arthur. Parece-me realmente errado.


- Ate que enfim!
Nunca vi tanta moleza para se arrumar Gina! - Rony bufou e pegou o cinto que
Hermione inventara - estamos atrasados já mocinha.


- Gina querida, você
acha mesmo certo deixar sua convidada largada, como se não quisesse a companhia
dela?


- Não se preocupe
mamãe - era estranho para Carol, chamar alguém de mamãe. Havia muito tempo que
não fazia isso - Carol esta bem. Ela mesma pediu para não ser um fardo!


- Não sei querida...


- Mãe de noite vocês
se falam - resmungou Rony acabando de atar o cinto a cintura da irmã - estamos
atrasados agora.


Uma fração de segundo
antes de aparatar, Rony sentiu uma coisa estranha. Como se um arrepio passasse
por seu corpo. Estava diferente ter o corpo da irmã colado ao dele.


Eles desaparataram.


Se para Rony estava
confuso, aquela pequena distancia, Carol estava mesmo é se deliciando. Rápido
demais, ela sentiu que chegavam ao destino e que Rony se soltava dela.


- Eu... Eu vou
trabalhar - disse ele, obviamente embaraçado.


Carol sorriu. A
química entre eles era forte, nem mesmo o disfarce a mudava alguma coisa.


“Lembre-se de se
controlar e não beijar ele esta bem?” Ela ouviu a voz de Gina dentro da cabeça.
Mas ela não iria beijá-lo. Iria ensiná-lo a conquistá-la. Bem lentamente.


Com um sorriso ela
seguiu para sua sala.



____________________________________________________


 


- Vamos Hermione.
Acabe logo essa salada. Quero interrogar esse “Jonas sobrevivente” agora mesmo.


Vanessa estava numa
impaciência enervante. Ela comera seu almoço em tempo mais rápido do que
Hermione julgou ser possível. Hermione acabou de almoçar e as duas saíram do
restaurante.


- O que você já sabe
sobre o sobrevivente Hermione?


Ela revirou os olhos:
- Quer que eu fale tudo novamente?


- Quero.


- Ok... Ok... Ele tem
35 anos e não mora mais com a família desde a época da faculdade. É um bem
conceituado corretor de imóveis da cidade. Ajudava o pai sempre que havia
necessidade. O filho perfeito.


- Mas essa diferença
de idade... Não acha estranho?


- Não Vanessa porque
já lhe falei sobre isso também. Ele é filho adotivo do Sr. Jonas com a primeira
Sra. Jonas. Essa que morreu era madrasta dele. Eles tinham a mesma idade.


- É interessante
isso. Um filho adotivo que não mora mais lá, que sempre ajuda o pai e tem a
mesma idade da madrasta. Muito interessante.


Hermione trabalhava a
pouco tempo com Vanessa, mas simplesmente desistira de entender ela. Vanessa
seguia o mesmo caminho muitas vezes, ate ter certeza.


A sala de
interrogatório da Yard era como uma sala para esse fim devia ser. No centro
tinha uma mesa e cadeiras simples, absolutamente desconfortáveis; as paredes era
pintadas de cinza-chumbo e tinha um grande espelho lá. Esse espelho é claro era
de duas faces.


Quem estava dentro da
sala via o espelho e quem estava na salinha escura, via um vidro mostrando o que
acontecia durante o interrogatório.


- Ele é todo seu
Hermione disse Vanessa, antes de entrar na sala escura. Greg é claro não
assistiria o interrogatório.


- Bom dia Sr. Jonas.


- Bom dia. -
Alexander Jonas era um homem bonito. Tinha cabelos loiros e um rosto afinado,
muito branco. Os olhos eram cinza-escuro e pareciam tragar a pessoa para dentro
dele.


Via-se claramente que
ele não era filho natural dos Jonas, que eram todos morenos e de olhos
castanhos.


- Sentimos muito pela
morte de sua família Sr. Jonas. - declarou Hermione enquanto abria uma pasta em
cima da mesa.


- Obrigado. - o homem
falava com uma frieza impressionante - espero que encontrem o assassino.


- Nós o encontraremos
Sr. Jonas, nós o encontraremos.


Alexander apenas
apertou os olhos.


- Eu queria começar
com algumas perguntas, que talvez nos ajudasse a montar um perfil de sua
família...


- E como isso pode
ajudar? - ele interrompeu brusco.


- Poderemos a partir
desse perfil - explicou Hermione calmamente - montar o perfil do assassino.
Psicopatas e sociopatas sempre entram em algum perfil.


Alexander fez uma
cara de compreensão.


- Com quantos anos
foi adotado Sr. Jonas?


- Eu ainda era um
bebe.


- E quando foi que
lhe contaram sobre a adoção? - Hermione mantinha a voz neutra e calma.


- Quando um amiguinho
da escola me chamou de bastardo e à minha mãe de prostituta. - Hermione levantou
a cabeça - por eu ser diferente dos meus pais.


- Sei. Qual o nome
desse menino?


- acho que era... -
ele franziu a testa em concentração - John Cart... Cart... Bem era John Cart -
alguma - coisa. Não me lembro, faz muitos anos.


- Tudo bem Sr. Jonas.
E como se pai reagiu a isso?


 - Ele ficou furioso.
E disse que me amava mais que tudo no mundo. E não era por eu não ser nascido
dele e de minha mae que me amava menos.


Hermione anotou a
resposta. Ela e Vanessa preferiram não gravar aquela conversa.


- Sempre tiveram uma
boa relação familiar?


- Sim Srta. Tivemos
algumas brigas, mas era coisa normal dentro de uma família.


- Que tipo de brigas?


- Apenas brigas
normais - os olhos cinza estava ficando cada vez mais gelados.


- Um assassinato
ocorreu na sua casa Sr. Jonas - Hermione se levantou e olhou bem no fundo dos
olhos dele - isso não é normal! Agora, quando eu lhe fizer uma pergunta,
responda-a!


Vanessa sentiu
orgulho da garota. Ela era esperta.


- Brigamos algumas
vezes por que peguei o carro sem autorização e também porque era muito malandro
na escola - disse de ma vontade - esta satisfeita agora?


- Sim. - Hermione se
sentou novamente. - Quando sua mãe morreu?


- Um ano antes de
entrar para a faculdade. - somente quando falara da mãe é que algum calor passou
pela voz dele.


- Quem pagou sua
faculdade Sr. Jonas?


- Que? - ele se fez
de desentendido.


- OSr. fez uma
faculdade cara, gostaria de saber quem pagou por ela. 


- Fiz um empréstimo
para pagar meus estudos. Depois da faculdade trabalhei muito tempo para
pagá-los.


- E desde então vem
trabalhando como corretor de imóveis?


- Sim. E sempre que
me pai pedia - os olhos frios tornaram-se ainda mais gelados - eu o ajudava.


- Que tipo de
sentimento nutria pelos seus meios-irmãos?


- Achava-os crianças.
Não tínhamos muito contato. Tem mais de quatro meses que não visito minha
família...


- Correto. - Hermione
fez mais algumas anotações e dispensou o Sr. Jonas com o seguinte recado:


- Não suma Sr. Jonas.
A Yard provavelmente entrara em contato com o Sr. novamente.


- Boa tarde Srta
Granger.


 


- O que você acha
Hermione?  - perguntou Vanessa quando entrou na sala de interrogatório.


Hermione acabou de
anotar mais algumas coisas, e levantou a cabeça para responder:


- Que ele só não
mentiu o próprio nome porque seria impossível - declarou ela meio sarcástica - e
agora vamos comer, estou morta de fome!


- Fome? - repetiu
Vanessa escandalizada -  do jeito que anda comendo vai acabar virando uma baleia
antes do quinto mês!


Hermione riu.


- Tudo bem, mas vamos
comer. Não to me agüentando mais...


Vanessa olhou
indignada para ela. Mas a seguiu mesmo assim: não é que também estava com uma
certa fome?



____________________________________________________


N/A²:  bom galera o que acharam do novo
cap? espero que tenham gostado dele!


Quem será o verdadeiro Alexander Jonas?
E Hannah? Que planos ela e o pai de Henri têm juntos? E essa confusão da Gina e
da Carol, o que isso vai dar? Não perca os próximos cap! hehehehehehe!!!


N/A³: agradecimentos especiais a todo
mundo que leu e deixou um recado, e aqueles que soh leram... eu tb agradeço.


N/A 4 : queria explicar que,
o treinamento do harry pode parecer um pouco duro e meio estranho, mas é que
quis fazer uma coisa diferente de Hogwarts e ele tb tem 3 anos de treinamento...
com certeza não vai concluir isso na fic...


N/A 5 : agora eu fui mesmo...
mas antes um beijão pra Nina, que é minha migona é pra Ligia  que sempre é
companheira.... bjs!!!!!!



 


 


 


 






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