Detenções
CAPITULO V
DETENÇÕES
Harry sentia que a vida caminhava lentamente para um buraco negro. Não
sabia mais viver sem Hermione, ela era como uma parte dele, a melhor parte.
Rony lhe contou das apostas que corriam pela escola. E ele vira a lista na
hora do jantar. Ninguém apostara em Hermione.
Entrou com cuidado na porta da sala dos troféus. Não queria assustar
Hermione. Mas a sala estava vazia.
Ficou ali uns cinco minutos, até que Snape e Hermione chegaram.
- Bem. Eu daria uma detenção em separado, mas parece que vocês juntos vai
ser melhor – pelo sorrisinho de mofa na cara do prof. Harry podia jurar que
ele sabia que os dois estavam brigados – Quero que limpem tudo sem magia.
As varinhas. –ordenou.
Mesmo com medo de que não voltasse a ver a varinha inteira, Harry a
entregou. Já na porta Snape instruiu:
- Vou lacrar a porta. Ela só se abrira quando o último troféu for limpo. As
varinhas estarão esperando pelos senhores em cima de sua mesa, Granger.
O morcegão deu meia volta e bateu a porta. Harry ainda escutou ele lacrando-
a.
Olhando para o lado viu que Hermione pegara um pesado troféu e começou a
limpar.
- Ei não pegue peso Mione. Pode prejudicar o bebê. Tentou tirar o troféu
dela, mas teve como recompensa somente as costas dela.
- Preocupação inútil Potter. Faça o seu serviço e vamos logo sair daqui.
Depois disso não havia muito mesmo que dizer.
Gina sentia um verdadeiro pavor ao pensar no que Malfoy aprontara para
aquela detenção. Vê-lo enfurecido, talvez não valesse a pena mesmo.
Assim que abriu a porta da torre de astronomia deu de cara com um cantinho,
perto do parapeito, completamente iluminado.
- Que bom que é pontual Weasley.
“De novo ele me assustou!” Estava parado no canto escuro ao da porta. Gina
passara direto por ele.
- Cumpro meus compromissos Malfoy – retrucou altiva.
Draco casquinou uma risadinha. E lentamente, muito lentamente na opinião de
Gina, veio andando na direção dela. Carregava uma caixinha preta na mão.
- Aqui está sua detenção Weasley – colocou a caixinha em cima da pilha de
sais que Gina trazia – Dentro da caixa há linha, agulha e tesoura.
Vendo que ela não entendera, explicou melhor:
- Está noite Weasley, você vai usar aquele cantinho iluminado ali – apontou
a cabeça – e rearrumará as bainhas destas saias. A mão. Sem magia. Uma a
uma.
Gina bufou. Era péssima em costura trouxa. Mas não reclamaria, cumpriria a
droga de detenção e depois refaria todas as bainhas do tamanho que
quisesse. Ele que esperasse para ver.
Resignada, Gina se sentou num banquinho (extremamente desconfortável) que
tinha ali, abriu a caixa de costura e o que viu a fez soltar um monte de
palavras ofensivas.
“Era uma caixa de costura Madame Primm! Mas que desgraçado! “
O kit de costura de Mm. Primm constituía-se do que de mais resistente havia
no ramo da costura. Uma vez feita a roupa com aquelas linhas, não havia a
mínima possibilidade de desfazer as costuras. E o pior, é que as linhas
coloridas, tinham um encantamento que, quando a roupa era usada, fazia
aparecer palavras (coisas do tipo, “quem olha para essa saia é trouxa” ou
“isso é apenas pano, então o que está olhando?”), claro que quem conjura o
feitiço poderia colocar a frase que quiser. E onde se costurava com a linha
aparecia as frases coloridas.
Gina lançou um olhar que dizia tudo à Malfoy : “Você me paga!”
“Ela mal perde por esperar!”
Passava das onze, e Harry e Hermione ainda limpavam troféus.
O cheiro do liquido de polimento estava deixando Hermione completamente
enjoada. Aliás tudo enjoava ela.
Claro que o silêncio tenso em que se encontravam não contribuía em nada
para melhorar o mal-estar.
Vendo que Hermione cabeceava de sono em cima de um grande troféu de prata
(Obrigado David Nilson por salvar seus amigos de um ataque de manticoras
selvagens – 1596) Harry largou o pano e falou decidido:
- Agora chega Hermione. Ou você se senta por bem ou se senta por mal.
Cansada de mais ela nem pensou em protestar. Esborrachou-se no chão,
encostando as costas doloridas na parede.
Em menos de meio segundo ela já estava dormindo.
- Não vou perdê-la, Mione. E Harry atirou-se com mais afinco na tarefa de
ficar com Hermione. Talvez Rony tivesse razão.
Os olhos comichavam de cansaço. “Só mais um ponto”. E mais uma vez, Gina
passou a linha vermelha pela barra da saia e mais uma vez a linha sumiu
instantaneamente, como se tragada pela roupa.
Quando faltava apenas uma saia, Draco achou que podiam parar. “Afinal ela
precisara de algo para usar e manter a dignidade” (um sonserino
complacente? Só na minha fic mesmo!)
- Pode parar Virginia.
Ela estranhou o tom. Agradável de mais. “O que será que ele aprontava?”
Mas não queria saber. Tudo o que queria era a sua cama. Levantou e
espreguiçou para esticar as pernas que ficaram duras pelo banco duro (mas
não notou que o movimento fez o seios se comprimiram contra a malha fina da
blusa).
- Minha varinha, Malfoy. Esticou a mão para frente.
Draco olho de modo insolente para ela.
- E se eu não quiser? – o olhar se deteve nas pernas da garota.
- Malfoy – rosnou- estou cansada, e você estragou quase todas as minhas
saias do colégio. Tudo que quero é ir para cama, por...
- Cama? – a voz saiu rouca – idéia interessante essa Virginia. Nem ele
sabia de onde vinha essa vontade de provocar Gina.
Gina deu um passo para traz. Como não repara que ele estava tão perto?
- Pare Malfoy. Pode parar mesmo. Não quero saber de você e suas gracinhas.
- Estava muito perto do muro agora.
- Mas não estou fazendo nada Virginia – o corpo de Draco quase relava o
dela – ainda. – sussurrou no ouvido dela.
- Mas se você fizer...
Um arrepio de excitação correu o corpo de Gina. “Era incrível como ele
cheirava bem”
Draco estava agora tão próximo, que conseguia roçar os espetos quer ele
chamava de barba pelo rosto estático de Gina.
E com extrema delicadeza e lentidão passou a beijar a boca da garota.
A calma dele descontrolou Gina. Com um gemido (que se perguntar a ela, vai
jurar até a morte que não deu), se agarrou a ele e lançou fogo naquele gelo
todo.
Quando achou que morreria de prazer e encontraria Merlim, Draco acabou com
o beijo.
- Aqui está sua varinha, Virginia. Tenha bons sonhos. Comigo.
Sorrindo, ele foi embora.
Hermione acordou depois de um cochilo de meia -hora, com o animo renovado.
Mas, depois de passar quase duas horas na mesma tarefa repetitiva e
cansativa ela se sentia esgotada. Embora não deixasse transparecer.
Talvez por isso Harry tenha achado que aquela era a melhor hora pára por
seu plano em pratica. Aquilo era, para ele, a luz de todos os problemas.
Quando finalmente a porta se abriu (só depois de todos os troféus limpos)
eles foram buscar as varinhas.
A sala da monitoria, que era no sétimo andar, era um cômodo quadrado que
tinha a janela de frente para a porta.
Com duas escrivaninhas, uma que seria do Malfoy (perto da janela) e a outra
de Hermione (perto da porta) e também havia um pequeno lavabo ali. Quando
digo pequeno é pequeno mesmo.
Hermione, querendo mais que tudo sua cama, pegou as varinhas e socou à de
Harry nas mãos dele.
- Hem... Hermione eu queria conversar com você.
Como estava de costas, ela não viu a expressão de ansiedade e esperança
estampada em seu rosto.
- Olha Harry...
Só pelo tom, Harry sabia que ela não queria conversar, mas tinha de seguir
em frente. Antes que perdesse a coragem.
- Quero fazer a coisa certa Hermione. Vamos nos casar.
Não era bem, assim que queria dizer, mas...
- Casar? – repetiu Hermione com a voz estrangulada – nós vamos casar –
dessa vez ela virou de frente para ele.
Se sentindo nervoso, Harry desatou a falar:
- É. E olha vai ser uma boa solução para esse problema – e se lembrando de
algo que Rony disse – E nem vai ser um sacrifício...
Oh!Oh! Harry sentiu que disse besteira.
- Esse problema? Nem vai ser um sacrifício? – Parecia que o ar em volta de
Hermione se enchia de eletricidade.
- É... Bem... Hermione me escute...
- Não quero escutar mais nada Potter. Eu e MEU filho não seremos um
sacrifício na vida de ninguém.
- Não... – o desespero tomou conta de Harry – eu não queria dizer essas
coisas Mione, o que quis dizer é ...
-... Exatamente o que disse Potter. Você é a pessoa mais mesquinha que
conheço.
- Isso não é verdade Hermione. Eu arrisquei minha vida para matar
Voldemort...
- Acho que Snape tem razão – desdenhou Hermione – o sucesso lhe subiu nessa
sua cabeça inchada.
- Olha Hermione, me escute só por um instante. – ao vê-la ficar quieta
resolveu falar logo de uma vez – O que estava querendo dizer é que você e o
bebê são agora...
Hermione descobriu que se ficasse olhando mais meio segundo para Harry
bateria nele com toda a força de que era capaz.
- Esse problema não é mais seu. Passe bem Potter.
Deu meia volta e saiu da sala rumo a torre da Grifinória.
N/A: bem galera, ai esta mais um cap. Eu particularmente adorei escrever
ele. Gosto quando caras babacas se dão mal. Qual será a frase que Malfoy
deixou de mensagem nas saias de Gina? Como Hermione vai escolher outra
profissão?
LEIAM O PROXIMO CAPITULO!
Mandem coments, mails, criticas, sugestões e não deixem de fazer propaganda
hein?
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!