A Toca - Preparando as malas



Arrumando uma enorme mochila de viagem, sem ao menos notar que seu tio e sua tia estavam passando pelo corredor do segundo andar da casa dos Dursley, para verificar de vez em quando Duda, que três dias antes passara mal, e fora socorrido e levado às pressas para o Hospital Cirúrgico. O motivo Harry sabia muito bem: Duda andara fumando muito desde que Harry retornou mais cedo de Hogwarts. Seu problema era, pela aparência e os gestos de Duda, nos pulmões, e que de fato era.
Ao notar depois de uns segundos rápidos que seus tios andavam pelo corredor, Harry escondeu a varinha sobre suas vestes de trouxas, e passou a arrumar sua mala com a mão (como se não fosse tão fácil). Mas, Harry preferia usar sua varinha.
-Moleque! Porque está arrumando suas malas? - indagou tio Valter - Você não estaria sem aulas naquela escola maldita?
Harry se virou. Fitou tio Valter com aspereza e tornou a se virar para sua mala. Após alguns segundos, Harry respondeu, ainda com os olhos e as mãos nas malas.
-Não sabem se vão ou não fechar a escola. E eu vou sair daqui. Talvez nem volte mais.
Tio Valter olhou de esguelha para Tia Petúnia, e então, com um sorriso de satisfação começando a transparecer em seu rosto, tornou seu olhar para Harry e entrou no quarto, desta vez, pegando três pares de camisas, e dois pares de meias que se achavam dobrados na cabeceira da cama e empurrando no bolso médio que havia na mochila de Harry.
-Então, se você vai sair desta casa, tenho todo o prazer de lhe ajudar com suas malas, para que saia o mais rápido possível daqui. - e com uma rápida piscadela para Tia Petúnia, começou a gargalhar.
-Não vejo graça. A menos que o senhor queira bancar o palhaço e começando a rir de suas próprias piadas sem graça, eu pediria que se retirasse e que fosse cuidar do imbecil que se encontra deitado na cama do quarto ao lado; Mas, se preferisse que levasse o senhor até lá mais rápido, sem esforço. - Harry levantou a camisa revelando a seu tio sua varinha semi-escondida.
Tio Valter recuou uns três passos de Harry, então se virando para a porta, saiu sem dizer nem olhar a Harry, indo ao quarto de Duda, com sua mulher no seu encalço.
Harry pensou por um momento, se deveria deixar Edwiges ficar na casa dos Dursley. Mas, como sabia que eles detestavam Harry, e tudo o que pertencia a ele, provavelmente Edwiges seria uma ave morta, se um dia, Harry retornasse a casa de seus tios.
-Vamos Edwiges, mas terá que me obedecer e terá que me acompanhar no meu ombro. Não posso ficar carregando uma gaiola grande por onde eu vá, ok? - disse Harry, e deixando um biscoito salgado na escrivaninha em que a coruja se encontrava.
Harry queria esperar mais um dia até partir. Queria ter certeza de que seus amigos o acompanhariam como prometeram. Mesmo que não quisesse que Rony e Hermione partissem com ele.

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