Pesadelo



Tudo estava confuso na sua cabeça. O que tinha acontecido? Que sensação era aquela? Estava sentindo-se tão leve, tão livre, mas de repente uma força a puxava para baixo. Ela não queria ir, ela tinha medo do que ia encontrar ali. Por que todos tinham abandonado-a ali sozinha? Ela queria gritar, mas sua voz não saía. Onde estava Harry? Por que ele não vinha ajuda-la? Por que ninguém vinha socorre-la? A dor na sua cabeça aumentava. E de repente já não sentia mais nada.
- Meu querido, é melhor você ir dormir. Amanhã você tem aula e ela vai dormir com certeza até amanhã. Venha para cá descansado logo cedo, pois tenho certeza que ela há de querer vê-lo saudável. – Madame Pomfrey falava maternalmente para Harry que estava sentado em uma cadeira ao lado da cama de Gina e não arredara do lado da namorada o dia inteiro.
- O que a senhora acha que pode ter acontecido com ela? Ela estava tão bem e de repente ela aparece pálida e quando eu vou falar com ela, ela desmaia e cai no chão. Ela fica gemendo como se sentisse alguma dor e parece que chora também. Estou me sentindo impotente frente a essa situação. Só quero que ela acorde e diga que está bem.
- Fisicamente ela não aparenta ter problema nenhum. Provavelmente é algum estresse relacionado às aulas. Deixe-a descansar e descanse também. Amanhã você pode vir assim que acordar.
- Ok. Boa noite Madame Pomfrey.
- Boa noite, Harry. Não se preocupe. – mas intimamente até mesmo Madame Pomfrey estava preocupada.

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Harry não conseguiu dormir a noite inteira. Ficou olhando pela janela e rezando para que Gina estivesse bem e a noite terminasse logo. Se uma coisa boa pudesse ter surgido disso tudo, Harry achou que foi a atitude de Cho. Ela fora tão solícita e ficara genuinamente preocupada com Gina, que Harry começou a rever o que achava da garota.
Assim que os primeiros raios de sol penetraram pelos vitrais do quarto, Harry pôs-se de pé e arrumou-se para ir à enfermaria ver Gina. Sabia que Madame Pomfrey viria com aquela lenga-lenga de que era muito cedo e blá, blá, blá... Só que para o coração de uma pessoa apaixonada não existe tempo e nunca é cedo ou tarde demais.
Pegou um sapo de chocolate com recheio de alcaçuz que sabia ser o preferido de Gina. Ele poderia viver a vida para agrada-la e faze-la feliz. Pegou seu material, mas estava tão afoito por sair logo daquele quarto que não percebeu que seu livro de DCAT havia ficado sobre a cama. Tentou não fazer o mínimo barulho e saiu contente por não ter acordado nenhum de seus amigos. Ele nem imaginava que havia alguém acordado e observando-o pela cortina da cama já há algum tempo.

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A noite havia sido agitada para a pequena Weasley. Ela queria acordar e acabar com aquela sensação de sufocamento, ela queria correr para bem longe daquelas sensações desagradáveis, mas por mais que tentasse não conseguia sair do lugar. Aquelas risadas histéricas continuavam a persegui-la. Quem estaria rindo daquela forma? Será que eram dela?
Ela estava caminhando por um corredor escuro e empoeirado. Podia ver um ponto luminoso no final do corredor. Era uma tocha presa na parede e iluminava uma porta muito antiga. Ela sabia que não ia gostar do que veria lá dentro, mas uma força maior do que ela a impulsionava a girar a maçaneta. A risada aumentava, podia sentir as batidas de seu coração. Girou a maçaneta e contemplou o seu maior medo.
- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
- Gina. Sou eu, o Harry. Calma, meu amor! Eu estou aqui com você. Nada de mal pode te acontecer agora. – Disse Harry enquanto envolvia Gina afetuosamente nos braços.
- Harry, é você mesmo? – ela olhava para ele como se não pudesse acreditar que era mesmo ele que estava ali na sua frente. Segurou o rosto do rapaz entre as mãos e começou a beija-lo várias vezes. Beijos de desespero.
- Fica tranqüila, Gina. Eu estou aqui, meu amor.
- Eu tive tanto medo, Harry. Era como se eu nunca mais fosse te ver.
- Isso não vai acontecer, Gina. A Madame Pomfrey disse que deve ser o estresse pelos estudos e tudo que tem acontecido conosco nos últimos anos. Você vai ficar boa, logo. – Gina não pôde deixar de sorrir com a atenção do namorado.
- Você ainda não me acha boa, Harry? – Gina perguntou com fingida ingenuidade.
- Srta. Weasley, você é muito boa, muito boa mesmo. – Harry disse enquanto percorria com as mãos o corpo coberto com aquela fina camisola. – E pelo que vejo continua a gostar de me provocar...
- Eu gosto de muitas outras coisas em relação a você além de te provocar...
- Por exemplo?
- Por exemplo: tocar você, beijar você, amar você...
Os dois esqueceram-se completamente de que estavam na enfermaria do hospital, que Madame Pomfrey poderia entrar a qualquer momento, que Roni e Hermione estavam vindo visitá-la a qualquer momento e entregaram-se, um ao outro, em um abraço apaixonado e a um beijo sôfrego. Mas não foi nenhum deles que chegou para atrapalhar aquele momento.
- Estávamos todos preocupados com você, Gina. Mas pelo que posso perceber você está muito bem. Muito bem mesmo.
- Cho... Como vai?
- Bem, Harry. Na realidade, eu estou com dificuldade em uma tarefa de DCAT e gostaria que você me ajudasse, já que a Gina parece estar melhor.
- Não sei, Cho...
- Pode ir, Harry. Não tem problema. Obrigada pela preocupação, Cho. – disse Gina sem emprestar muita veracidade às suas palavras. Ela precisava que Cho saísse logo dali. Sua cabeça parecia que ia explodir.
- Tchau, Gina. Eu volto na hora do almoço para ver se você está melhor. Ok?
- Ok.
- Espero que você possa sair da enfermaria logo, Gina. O pobre Harry fica tão triste sem você. Mas pode deixar que eu cuido dele. – Cho segurou no braço de Harry e sorriu para Gina falsamente antes de sair da enfermaria.
Gina colocou as mãos na cabeça para tentar aliviar a dor. Estava com medo, muito medo... Parece que o pesadelo ainda estava longe de terminar...

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Oi, gente! Há quanto tempo eu não atualizo a fic, mas ultimamente minha vida tem sido um pouco atribulada. Obrigada a todos que lêem e comentam. Eu fico muito feliz por isso. Já escrevi o próximo capítulo, mas ainda acho que tenho que melhora-lo um pouco. Se alguém tiver alguma sugestão, por favor, não se acanhem em escreve-la.
Um beijão, a todos!

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