Volúpia
Harry segurou a mão de Gina e começou a andar em direção a saída. Ele podia sentir a palma da mão de Gina suada. Ela devia estar nervosa, ele pensou. Mas foi ela que me chamou, foi ela que me convidou, e eu a quero tanto.
Gina sentia as batidas aceleradas de seu coração, o medo a fazia tremer ligeiramente, mas o desejo que sentia por Harry era tão grande que ela era capaz de subjugar qualquer coisa ou qualquer um para não perder a oportunidade de ficar junto de seu amor. Quem sabe não é assim que ele vai perceber que é a mim que ele quer? Não adianta sonhar tão alto, Gina Weasley, Mas seu coração, entretanto dizia-lhe que ela devia lutar enquanto houvesse esperança.
Cada um deles caminhava em busca do seu destino com apreensões um tanto diferentes, mas uma coisa os unia, a vontade incontrolável de sentir um ao outro, de finalmente pertencer um ao outro.
Gina com toda a coragem e ousadia que possuía, encostou seu corpo no de Harry, enquanto eles se espremiam para passar por entre as pessoas e sussurrou em seu ouvido:
- Quero ser sua Harry. Agora.
Harry sentiu sua excitação aumentar. Como a vida podia continuar pregando peças nele dessa forma? Por que ele não podia ser livre para aproveitar os momentos sem preocupações? Hoje ele decidiu que as coisas iam ser diferentes. Nessa noite ele não queria pensar. Nessa noite ele só queria sentir. Sentir Gina.
Por fim eles conseguiram sair da boite e sentiram o ar da noite refrescando-lhes o rosto. Uma brisa gélida podia ser sentida e a névoa estava bastante densa nas ruas. Mas nem a sensação climática era capaz de acabar com o fogo que brotara em seus interiores.
Harry continuava a andar pelas ruas desertas levando Gina pela mão até que avistou a Travessa do Tranco. Sabia que lá era um lugar freqüentado por pessoas perigosas, entretanto lá estava escuro e deserto.
Quando chegaram a uma antiga construção em ruínas, Harry virou-se para Gina, olhou bem fundo naqueles olhos que estava descobrindo amar e disse:
- Gina, você tem certeza que me quer?
- Mais do que tudo, Harry.
- Mesmo que eu não possa te oferecer muita coisa?
- Estou pronta para aceitar o que você tiver para me dar. – e dizendo isso ela encostou Harry na parede.
Gina tocou o rosto de Harry com tanto carinho e adoração que acabou comovendo o rapaz, que ao olhar bem fundo nas pupilas dilatadas de Gina percebeu que além de afeto havia um desejo imenso. Desejo esse que ele não via a hora de poder saciar. E assim, Harry inverteu as posições e pressionou Gina contra a parede, com uma de suas pernas por entre as pernas da garota e com as mãos espalmadas na parede. Tentou beija-la, mas ela desviou na hora com um sorrisinho nos lábios.
- Vai me fazer implorar, Gina? É isso que você quer? Que eu implore? Pois bem, eu imploro. Deixa eu te beijar, Gina Weasley.
Gina não esperou um segundo e colou seus lábios aos dele. A boca dele era firme e, de repente, sentiu todo o corpo de Harry pressionando-a e o quanto ele estava excitado. Ela apertou os ombros de Harry, cravando suas unhas. Ele gemeu. Por Merlin! Como ele a queria!
Os lábios de Harry moveram-se da boca macia para o queixo e com a ponta da língua foi fazendo um caminho até chegar à curva dos seios de Gina. Foi deslizando as mãos até seus quadris, sentindo toda a sua voluptuosidade. Dos quadris, levou suas mão para as nádegas pressionando agora o quadril de Gina contra o seu. Ele queria que ela soubesse que aquela virilidade toda era para ela.
A ereção poderosa que Harry não conseguia disfarçar foi o suficiente para alimentar a confiança de Gina. Timidamente colocou uma de suas mãos no membro túrgido de Harry e olhou em seus olhos para testemunhar a reação que seria capaz de provocar. Harry gemeu mais uma vez e beijou Gina como se sua vida dependesse daquele beijo.
De repente um apito começou a tocar no bolso de Gina. Eles separaram-se a contragosto e assustados.
- Mas o quê?!
- Essa não! É o sinal dos meus irmãos nesse mini-berrador, Harry. Eles devem estar indo embora. Temos que ir.
Um silêncio incômodo caiu entre eles. Apenas há alguns minutos eles estavam derretendo um nos braços do outro e agora tudo parecia tão estranho.
Harry percebendo o desconforto de Gina e o quanto aquela linda ruivinha estava pálida, pegou suas mãos, beijou-as delicadamente e disse, antes de leva-la ao encontro dos irmãos:
- Creia, Gina, quando te digo que nunca me senti assim antes. Acho que já está na hora de resolvermos as coisas. Mas agora vamos. Temos muito tempo pela frente.
Nessa hora Harry percebeu que isso era o correto, ficar ao lado daquela menina que vira crescer era o correto.
Gina apertou a mão de Harry sorrindo e com o coração cheio de esperança foi ao encontro de seus irmãos.
Eles estavam tão distraídos um com o outro que nem perceberam uma silhueta que estava escondida no breu.
- Se eles pensam que vão ficar assim estão muito enganados. Se eu não posso ser feliz, esses dois também não serão. Eles não perdem por esperar...
Espero que tenham gostado. Podem ter certeza que muita coisa ainda está por vir. Comentem!
Beijo.
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