Emoções a flor da pele
Estavam agora partindo para Godric’s Hollow. Lalau voltara a ser o condutor do Nôitibus Andante e tentava ao máximo evitar falar sobre Azkaban ou sobre Comensais da Morte. Fizeram uma viagem tranqüila, tirando os momentos em que quase iam de cara à janela com as barbeiragens do Ernesto. Após um pouco mais de uma hora de viagem chegaram ao lugar. Pagaram, desceram e esperaram o Nôitibus desaparecer para poderem se localizar. Estavam em um lugar que parecia o Beco Diagonal, mas invés de lojas havia casas e ao invés de gente lotando a rua, esta estava completamente vazia. Andaram pela rua até pararem em um local onde ao lado havia uma grande placa “Godric’s Hotel”. Entraram esperando encontrar as pessoas ali dentro, mas se enganaram, apenas viram uma pessoa, mas não uma pessoa normal, essa era gigantesca tanto de comprimento quanto de largura.
- Hagrid? – perguntou Harry
O homem se virou para eles. E não era Hagrid.
- Ram Burguer, muito prazer! – disse o desconhecido.
Os três cumprimentaram ele, que aparentemente era maior que Hagrid. Era bruxo, pois estava com a varinha em mão e parecia estar arrumando as cadeiras e mesas que havia ali, claramente sendo um restaurante no térreo e um hotel nos outros andares.
- Por que a cidade está tão vazia? - perguntou Hermione
- É uma longa história. Resumindo, eles estão com medo. - disse Ram
- Mas faz muito tempo que se foram?
- Aproximadamente dois anos atrás. Quando Você-Sabe-Quem voltou.
- Mas há dois anos, ninguém acreditava que Voldemort voltara - falou Harry.
- Não diga esse nome! - Ram parecia apavorado. - Sim... Muita gente não acreditava, mas os moradores daqui têm suas razões para crerem em qualquer informação sobre a volta d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
- E o senhor... Por que o senhor não foi também? - perguntou Harry
- Eu não tenho medo!
- Mas deveria... Você pode estar correndo perigo.
- Você acha que pode me dar conselhos do que eu devo ou não fazer, ainda mais porque você está correndo o dobro de perigos que eu, afinal você ainda é uma criança. Mas quem você acha que é? - perguntou Ram encarando o garoto.
- Harry Potter - respondeu Harry calmo.
O homem pareceu não acreditar, quase caiu no chão ao ouvir o nome.
- Harry Potter? Filho de Tiago e Lílian Potter... Meu deus, como é que eu não percebi antes, você é...
- Igual ao meu pai. - interrompeu Harry
- É... Mas têm...
- Os olhos da minha mãe. - interrompeu Harry novamente.
O trio riu enquanto Ram parecia perplexo com as adivinhações de Harry.
- Desculpa por eu ter agido daquela maneira - falou Ram
Harry deu de ombros, não se preocupou com a atitude do homem, pois sabia que apesar de parecer bastante corajoso o homem estava apavorado.
- Eu não conheço seus amigos Harry...
- Ah... Certo... Esse é o Rony, Rony Weasley. E essa é a Hermione, Hermione Granger. - apresentou Harry
- Prazer em conhecê-los. Weasley... Você é filho do Arthur não é?
- Sim... O senhor conhece o meu pai? - perguntou Rony
- Primeiro parem de me chamar de senhor, por favor. Chamem-me de Ram. - disse o homem - E quanto ao seu pai... Não, eu não o conheço pessoalmente, mas já vi esse nome no Profeta Diário. E você? Granger, nunca ouvi falar...
- É que eu venho de pais trouxas. - respondeu Hermione.
- Ah certo... Harry, você vai querer ficar algum tempo aqui no hotel?
- Não sei... Pode ser. Primeiro eu queria ver a casa dos meus pais e o túmulo deles. Nunca tive tempo pra isso antes...
- Eu posso te levar lá, mas você não tem aula?
- Não... A escola foi fechada por causa de tudo o que está acontecendo.
Ram se adiantou a eles e abriu a porta, os garotos saíram e o homem saiu depois trancando a porta com um feitiço. Seguiram a ruazinha por mais uns cem metros até que viram os escombros da casa dos Potter. Era um local um pouco mais afastado daquelas cazinhas mínimas, essa era grande, pelo menos parecia ser grande, afinal não restara nada, apenas os destroços.
- Por que nunca construíram uma casa aqui? – perguntou Harry
- Porque eles pensam que está amaldiçoado e tem até medo de chegar perto.
Harry chegou ao centro, olhou em volta, mas via nada além de tijolos e madeiras quebrados. Não via mais motivo para continuar olhando toda aquela destruição, tudo aquilo o fazia lembrar do que acontecera e dava mais vontade de ir atrás de Voldemort. Pediu para Ram leva-lo ao túmulo dos pais. O homem apontou para um lugar um pouco antes da casa, e seguiram para lá. Harry pediu para ficar sozinho com os pais um pouco, todos atenderam. Era um lugar bonito, ficava embaixo de uma árvore e estava bem cuidado. Tinha umas flores em um vaso que Harry deduzira ser de Ram, então se sentou defronte à lápide, passou o polegar sobre as fotos de seus pais como se quisesse fazer carinho neles. As duas lápides ficavam muito perto uma da outra.
Harry estava sentindo um calor no fundo do peito, como se sentisse seus pais junto com ele naquele momento. Permanecia ali sentado, pois era muito boa aquela sensação. Só se deu conta de onde estava quando Ram o chamou, avisando que estava chegando à hora do almoço e que era melhor eles voltarem para o hotel. O garoto se levantou e andou em direção aos amigos ainda olhando para as lápides. Acolitou os amigos em direção ao hotel, estava ainda um pouco perdido em pensamentos.
- Harry! Você ouviu o que eu falei? – perguntou Ram
- Que? Ah... Claro... Você falou que estava na hora do almoço. – respondeu o garoto ainda um pouco zonzo.
Rony e Hermione se olharam, o amigo parecia nada bem. Ram repetiu a pergunta que tinha feito.
- Não... Eu perguntei o que você quer pra almoçar?
Harry começou a entender a cena, tudo parecia ter voltado ao foco. Olhou para os amigos que encaravam ele. Respondeu que comeria o que tivesse, não estava muito preocupado com isso. Logo respondeu também que estava bem e que eles não precisavam se preocupar. Após almoçarem voltaram para o cemitério e para a casa dos Potter tentando achar alguma coisa, mas sem sucesso. Quando voltaram para o hotel, já era de noite, Ram ofereceu a eles os quartos e eles aceitaram, pois estavam mortos de cansaço. Antes de irem dormir todos estavam sentados à mesa no restaurante conversando, menos Ram que fora fechar todas as portas e janelas.
- Harry, eu acho que nós podemos ir embora amanhã, acho que tem nada aqui em Godric’s Hollow. – aconselhava Hermione – Porque se Voldemort fez as Horcruxes quando ele ainda tava no poder, não haveria motivo pra ele colocar uma aqui, a não ser que ele mudou uma de lugar após o que aconteceu com ele nesse lugar.
- É... Você está certa. Voldemort só teria motivos para colocar alguma aqui se fosse após ele ter tentado me matar e perdido os poderes, mas não acredito que ele mudou alguma de lugar. Amanhã de manhã nós partimos.
- Vamos para onde? – perguntou Rony
- Não faço a menor idéia... – respondeu Harry buscando auxilio de Hermione que lia um livro, talvez procurando alguma coisa.
- Por enquanto nada de interessante, Harry. – disse Hermione nada feliz.
Nesse momento Ram sentou-se na mesa junto com eles, trazia quatro copos de cerveja amanteigada.
- Eu ouvi que vocês não sabem para onde ir... – disse Ram olhando para os três e sorrindo. – Talvez eu tenha uma solução. Tem uma lagoa com uma cachoeira, é um lugar muito bonito e seus pais gostavam de ir lá, quem sabe vocês não acham algo importante. Aqui eu tenho um mapa explicando como chegar lá.
- Você não vem?
- Não posso... Preciso fazer algumas coisas amanhã. Mas tenho certeza que vocês irão achar o local facilmente mesmo sendo um pouco distante.
Harry assentiu com a cabeça e tomou um gole de sua cerveja. Rony e Hermione levantaram e se despediram, foram dormir.
- Eu conheci seus pais muito bem... Sua mãe sempre gostava de ajudar os outros e era muito boa em poções, conseguia curar qualquer doença com elas. Não é a toa que ela trabalhava no St. Mungus. Se tivesse mais tempo de vida, teria com certeza um quadro seu pendurado lá.
- Eu não sabia disso... E o meu pai? - perguntou Harry surpreso.
- Seu pai queria jogar quadribol, tinha conseguido entrar em um time, mas tinha que viajar muito e quase não parava em casa, então quando você nasceu ele arranjou um emprego no Ministério para poder ver você crescer. Quando os dois estavam trabalhando, sempre tinha alguém da vila pra cuidar de você, todos se ajudavam aqui, além do mais, seus pais eram amigos de todos.
Harry gostou de conhecer história de seus pais, mas agora estava quase caindo de sono. Despediu-se e foi dormir. Entrou no quarto e desabou na cama. Nem conseguiu pensar nas informações que tinha recebido e já dormira.
Nada como uma boa noite de sono para deixar a pessoa disposta pensou Harry quando acordou no dia seguinte. Arrumou suas coisas dentro da mochila, a colocou nas costas e desceu para tomar café da manhã. Rony, Hermione e Ram estavam sentados em uma mesa comendo. Harry juntou-se a eles. Não demorou muito para terminarem, se despedirem e partirem. Novamente os três estavam com o pé na estrada em busca de novas descobertas. Hermione carregava o mapa e indicava a eles o caminho, que era feito por uma trilha no meio da floresta. Pelas informações de Ram, eles chegariam ao local em cinco dias a uma semana. Passaram o dia inteiro caminhando e se alimentavam de frutas ou da comida que a Sra. Weasley tinha lhes dado.
Já chegara noite quando decidiram parar definitivamente. Era muito tarde para continuar a caminhada então armaram à barraca, mas tinha um pequeno problema para ser resolvido:
- Nós precisamos de alguém para vigiar. Não poderemos simplesmente dormir aqui, no meio da floresta. Se algum Comensal nos encontrar estaremos acabados. – disse Rony assustado.
- Certo... Mas como faremos? – perguntou Hermione.
- Podíamos chamar o Dobby. – sugeriu Harry, mas Hermione logo fez uma cara querendo dizer que seria judiação com o elfo. – Eu posso pagar a ele galeões extras por isso.
A feição da garota mudou. Tanto ela quanto Rony concordaram com a idéia. Portanto Harry chamou por Dobby que no mesmo momento apareceu no local.
- Dobby está muito feliz em ajudar o senhor Harry Potter. Dobby faz o que o senhor pedir. – disse o elfo não se contendo de tanta alegria.
- Eu queria que você vigiasse a barraca e nos informasse quando alguém chegasse perto. Você poderia ficar em uma árvore com total visão do local. Mas tem um problema, você teria de ficar acordado a noite inteira. Posso te dar pagamentos extras.
- Dobby não se importa em ficar acordado. Dobby faz qualquer coisa que o seu senhor pede. E o senhor realmente não precisa pagar a Dobby.
- Na verdade... Eu realmente preciso. – disse o menino olhando para Hermione. – Então está combinado.
Os três levaram Dobby para fora da barraca e mostraram a ele a árvore que dava a visão perfeita do local. O elfo subiu e fez sinal de positivo para os garotos que se despediram e quando iam entrando na barraca, Harry lembrou de algo:
- Antes que eu me esqueça, Dobby – disse ele para o elfo – Eu queria pedir para que você obedecesse ao Rony e à Hermione.
O elfo assentiu com a cabeça. Harry entrou e se juntou aos dois que o esperavam para poderem dormir. Estava muito frio, então resolveram dormir perto um do outro para esquentar mais. Harry tivera novamente o sonho com a Gina sendo atacada por Voldemort e novamente acordou assustado, mas vendo que seus amigos ainda dormiam, ele também voltou a dormir.
Passaram à manhã andando e por mais cansados que estavam não deixavam de admirar a beleza do local, com vários pássaros e flores, vários frutos e cores. Mas chegou a hora que não agüentaram mais, pararam e resolveram comer um pouco. Harry mal tocou em sua comida, levantou e foi sentar-se um pouco afastado dos dois ao pé de uma árvore. Ainda tinha em mente o que poderia acontecer com Gina. Rony foi procurar uma moita próxima para necessidades enquanto Hermione, preocupada com o amigo, seguiu Harry após limpar os restos de comida.
- And when I'm gone just carry on don't mourn, rejoice every time you hear the sound of my voice, just know that, I'm looking down on you smiling and I ain't gon' feel a thing so baby don't feel no pain just smile back – cantava Harry baixinho.
- Harry, o que você está cantando? – perguntou Hermione
- Ah... Uma música que me lembra a...
- Gina? – completou Hermione. – Olha, eu sei que você prefere conversar com o Rony porque vocês têm mais em comum, mas esse assunto é melhor eu e você conversarmos porque, afinal, é a irmã dele.
Harry assentiu com a cabeça. Hermione sentou ao lado dele e continuou.
- O que você está sentindo? Além de saudades.
- É que... Nós nem tivemos tempo para aproveitar porque eu tive que me afastar para poder me acostumar a ficar sozinho.
- Harry você nunca está sozinho. Você tem a nós.
- Eu quis dizer...
- Tudo bem, eu entendi. Mas então porque separar se vocês iam sofrer tanto? – perguntou Hermione olhando bem nós olhos de Harry como se quisesse sugar dele a verdade.
- Você sabe que foi para a segurança dela! – respondeu Harry sem desviar o olhar.
- Mas Harry, eu e o Rony estamos com você faz anos e nunca aconteceu algo. Claro que nos machucamos, mas nada de muito grave, nada que tenha sido culpa sua. E mesmo se tivesse sido, mesmo assim estaríamos aqui ao seu lado. Às vezes você tem que começar a pensar que o lugar mais seguro pra ela é perto de você. Então, quando isso tudo acabar... Não!... Não vai ser quando acabar. Quando você vir ela novamente, você vai conversar com ela e falar tudo que está sentindo.
- Tem um problema... Eu não acho que a verei novamente – Harry abaixou a cabeça e passou a olhar para o chão.
- O que?! Claro que você vai vê-la novamente. Que história é essa? Você não pode estar desistindo! Você é o nosso coração, se você parar nós não poderemos continuar. Eu prometo que você irá ver ela novamente, nem que pra isso eu tenha que andar até A Toca e traze-la.
O garoto levantou a cabeça e encarou a amiga por alguns segundos. Depois a abraçou colocando a cabeça nos ombros da menina e até derramando algumas lágrimas. Não poderia sentir-se mais privilegiado por ter uma amiga como aquela.
- Abraço em conjunto! – berrou Rony que vinha correndo e se jogou em cima dos dois. Eles riram ainda abraçados, mas agora um olhando pra cara do outro.
- Vocês são os irmãos que eu nunca tive. Eu amo vocês! – disse Harry
- Nós amamos você também, Harry! – responderam os dois em coro.
Os dias que seguiram continuaram na mesma rotina. Caminhadas incessantes, sem muito tempo para descanso, a não ser de noite quando chegava à hora de dormir, o único momento em que poderiam descansar por completo sem se preocupar com algo. Ou pelo menos era isso que pensavam antes da terceira noite chegar:
- Senhor Harry Potter! O senhor precisa acordar – falava Dobby enquanto empurrava Harry.
Harry abriu os olhos. Dobby estava parado ao seu lado e parecia mais assustado do que qualquer outra vez.
- Dobby tem que acordar o senhor!
- Calma... O que está acontecendo? – perguntou Harry colocando os óculos.
- O senhor pediu para Dobby avisar quando visse alguém. Então Dobby veio avisar que tem pessoas vindo. Dobby viu lá de cima da árvore... Estão vindo pra cá, senhor.
Harry levantou correndo e saiu da barraca. Dobby apontou a direção.
- Fique aqui na frente da barraca e faça de tudo para impedir alguém de entrar.
Harry seguiu para onde Dobby apontou, tinha corrido uns cinqüenta metros quando ouviu uma voz as suas costas:
- Então o encontramos, Harry Potter.
Harry se virou e percebeu que eram Comensais da Morte. Dois à frente como se fossem seguranças enquanto um terceiro atrás continuava a falar:
- O Lorde das Trevas ficará feliz quando souber que pegamos o famoso Potter.
- Se nem ele conseguiu, o que os faz pensar que conseguirão? – desdenhou Harry.
- Não fale assim do Mestre!
- Me impeça! ESTUPEFAÇA!
Harry acertou um dos “seguranças”, mas não esperava ser atingido por um Expelliarmus e perder sua varinha ficando impossibilitado de reagir caso fosse atacado. Precisava ganhar tempo para poder pensar no que fazer.
- Hei... Eu não vejo um Comensal de capa e máscara faz tempo. Vocês continuam usando porque têm medo ou porque são feios?
- Retire o que disse garoto! Não nos faça ataca-lo!
- Então é isso... Você vai atacar alguém que está desarmado e sozinho.
- ESTUPEFAÇA!
Os dois Comensais que sobraram caíram de bruço no chão. Harry entendeu nada do que acontecera até ver a fonte do feitiço. Hermione e Rony estavam parados atrás dos Comensais com as varinhas apontadas para os dois.
- Harry, você nunca está sozinho. – disse Hermione
Os dois se olharam e por mais assustadora que fosse a situação, eles riram. Rony não entendera a “piada”, mas riu para não chorar.
- Como você sabiam que eu estava aqui? – perguntou Harry
- Dobby!
- Dobby? Mas... Não que eu esteja reclamando... Porém, eu pedi para ele ficar na frente da barraca vigiando.
- Quem disse que ele não ficou? Eu acordei por causa dos roncos do Rony, então eu vi que você não estava ali e resolvi acordar o Rony para nós te procurarmos. Saímos da barraca e o Dobby nos disse que você tinha vindo pra cá. – disse a garota sem notar a cara que Rony fazia.
- Hei... Eu não ronco!
- Claro que ronca!
- Não há tempo para isso. Onde está o Dobby?
- Você falou que nós poderíamos dar ordens a ele, portanto, pedi que ele fosse chamar o Lupin e o Moody. Pensei que você estaria correndo perigo. Tudo bem? – respondeu a menina agora encarando Harry.
- Claro! Você fez o certo.
Harry mal terminara de falar quando Lupin e Moody apareceram correndo. Harry mostrou para eles onde estavam os Comensais. Moody se encarregou de amarrá-los enquanto Lupin falava com o garoto:
- O que aconteceu? Você está bem?
- O Dobby avistou os três vindo então eu fui atrás deles para impedi-los de chegar perto da barraca. Mas eram três e conseguiram me desarmar... Poderiam até ter me matado ali mesmo senão fosse o Rony e a Hermione. – disse o garoto olhando para os dois que ajudavam Moody. – E sim... Estou muito bem agora.
- Você tem que tomar cuidado para não ser surpreendido de novo. Mas vocês fizeram um bom trabalho com eles. Dificilmente pessoas da idade de vocês conseguiriam “acabar” com três Comensais. – disse Moody que se aproximava após amarrar os Comensais.
Lupin e Moody se despediram e levaram os Comensais com eles. Harry não teve tempo nem de ver quem eram e nem de perguntar sobre Gina.
- Quem eram os Comensais? – perguntou o garoto para os amigos.
- Não pudemos ver. Moody não deixou nós tirarmos à máscara. Disse que dava azar. – respondeu Rony um pouco desapontado
- Azar? Que besteira... E vocês acreditaram? –
- Não! Mas o que poderíamos fazer? Azarar ele? – respondeu Hermione.
- Certo... Mas eles não pareciam Comensais muito inteligentes. Quero dizer se Voldemort sabia onde nós estávamos porque não mandou os melhores? – perguntou Harry enquanto eles voltavam para a barraca.
- Eu acho que ele não mandou aqueles Comensais para nos capturar. Acho que ele só queria dizer “Estou observando vocês” entende? – respondeu Hermione.
Rony e Harry assentiram, afinal parecia à idéia mais sensata. Avisaram a Dobby que estava tudo bem, que ele poderia voltar para sua árvore porque o problema já havia sido resolvido. Os três voltaram a dormir, mas não por muito tempo, pois a manhã já estava chegando.
Os três, na manhã seguinte, voltaram à rotina. Andaram durante dois dias até Hermione perceber, pela legenda do mapa, que faltavam apenas dez quilômetros para chegar ao local. Andaram até encontrar uma senhora de cabelos compridos e brancos, com o rosto protegido por um lenço que só deixava os garotos verem os olhos dela. Hermione percebeu que a senhora tinha os braços perfeitos, sem nenhuma ruga.
- Olá... A senhora poderia nos informar onde fica a lagoa com uma cachoeira? – perguntou Harry que realmente não sabia outro jeito de explicar.
- Sim. É só andar mais alguns quilômetros nessa direção – respondeu ela apontando.
Os dois garotos se apressaram a chegar ao local, mas Hermione deu uma última olhada para a mulher, que piscou para ela. A menina não acreditou no que via, só poderia ter sido imaginação da cabeça dela. Sabia que já tinha visto aquela pessoa em algum lugar, mas não lembrava onde. Quando a mulher repentinamente desapareceu, Hermione seguiu os garotos, mas sem comentar o ocorrido.
As informações eram verdadeiras. Andaram quase quatro horas ou dez quilômetros até chegaram a uma grande montanha de rochas. Tatearam o local, na hora não acreditaram que andaram tudo aquilo para nada. Então Hermione percebeu algo.
- Hei... Isso aqui é runas antigas. – disse a garota se agachando e apontando para alguns símbolos embaixo. – Me deixa lembrar. “Nenhum ser não-mágico conseguirá entrar”.
- “Nenhum ser não-mágico conseguiria entrar” – repetiram os dois garotos que não entenderam o que poderia aquilo significar.
- Claro! Nós precisamos mostrar para essa rocha que nós não somos trouxas, e qual o melhor jeito para isso? – perguntou ironicamente a menina.
- Feitiços? – respondeu Harry um pouco indeciso.
- Com certeza. Então vamos os três em um simples Alohomorra, só para ver o que acontece.
Apontaram as varinhas para a rocha e lançaram o feitiço. Deu certo. A rocha moveu-se para o lado deixando uma passagem gigantesca a mostra. Mas quando os três deram um passo para entrar, alguém apareceu em sua frente saindo da “caverna”.
----------------------------------------------------//----------------------------------------------------
Está aí o quarto capítulo. Demorei a atualizar porque eu fiquei fora a semana inteira. Mas até que foi rápido escreve porque já tinha planejado. Então espero que gostem.
Informações:
Ram: Esse personagem é um pouco do contra. Porque ele tem medo de falar Voldemort, mas ao mesmo tempo não tem medo do próprio. Mas tem uma explicação para isso, pois ele foi obrigado a não falar Voldemort tanto tempo que acostumou, pra eles é como se fosse cultura. Muitas vezes você não concorda, mas acaba se acostumando.
Tiago: Desculpem-me pela profissão que eu escolhi pra ele, mas não fazia idéia. Coloquei-o no Ministério porque pelo menos teria várias opções.
7° livro: Com certeza eu não acredito nem por um segundo que a Rowling vai fazer algo parecido com isso, porque nem eu acreditava antes de escrever. Mas é só para mostrar um pouco mais dos pais do Harry.
------------------------------------------------------//--------------------------------------------------
Jé_bellatrix: Eu não vou prometer nada, mas eu acho que no próximo capítulo ou no outro depois do próximo haverá um beijo entre Gina e Harry, mas como eu disse não irei fazer promessas.
Obrigado todos que votaram e comentaram e espero que comentem e votem mais agora que o novo capítulo está no ar. Então se divirtam!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!