A audiência
Capítulo XXIX – A audiência
Rony estava totalmente atônito com o que vira. Malfoy estava vivo e em Hogwarts e pior ainda: Harry e Hermione sabiam e não lhe disseram.
- A quanto tempo isso vem acontecendo? – o garoto tentava manter a voz calma, mas era extremamente difícil, já que além de ver a pessoa que mais odiava, também vira Hermione, a garota que amava, de mão dada a ele.
- A alguns meses – disse a garota com o mesmo tom de voz de Rony.
- E por que não me contaram?
- Achamos mais sensato que pouca gente soubesse disso – garota Harry quem respondera.
- Certo, então vocês acharam que eu não conseguiria guardar segredo ou algo do tipo? – disse o garoto abandonando de vez o tom calmo de sua voz.
- Não é nada disso Rony!
- Então o que é? Não consigo entender como você consegue esconder isso por tanto tempo! Digam-me, vocês viraram amiguinhos agora é? Justo dele que sempre perturbava a nossa paz!
- Rony, se acalme, Draco passou por tanta coisa que...
- Ah! Draco! Que lindo! E vocÊ Mione, quantas vezes ele te chamou de sangue-ruim e eu ou o Harry tivemos que te defender, me diga? Agora eu vejo vocês de mão dadas! Simplesmente fascinante! E eu duvidando do Harry, quando na realidade era com ele que você estava!
- Olha Ronald não vou nem me dar ao trabalho de te responder! E sim, não era somente com o Harry que eu estava durante todas essas noites. Eu estava com Draco também e quer saber de uma coisa, de uns tempos pra cá tenho preferido mil vezes a presença dele à sua! Com licença! – e assim saiu da sala.
- Bom, acho que vou indo nessa também – disse Draco transformando-se na coruja branca.
- Ele é um animago ainda por cima? Ele sempre esteve com a gente e eu nunca percebi? Por que vocês nunca me contaram, Harry?
- Porque quanto menos pessoas soubessem, menor o risco de ser descoberto! Mione descobriu por acaso! E por favor, Rony, não conte pra ninguém!
- Ah, qual é, o que eu ganharia falando do Malfoy? - ele estava realmente chateado com tudo aquilo – afinal de contas? O que eu ganharia falando com você também?
- Que?
- É isso mesmo Harry, vocês me esconderam isso por quase dois meses, isso quer dizer que não confiam em mim e se não tem confiança não tem amizade!
- Rony, é exatamente por isso que não te contamos, Mione e eu sabíamos que você reagiria dessa maneira!
- Ah não vem com essa Harry! – e assim saiu da sala batendo violentamente a porta.
- Ótimo! – disse o garoto se atirando em um dos pufes.
Ao retornar ao Salão Comunal foi direto para o dormitório. Encontrou todos acordados, exceto por Rony que tinha o acortinado de sua cama fechado. Harry achou melhor deixar o amigo descansar aquela noite, falaria com ele de manhã.
Várias manhãs passaram e Harry não conseguira falar com o amigo, já que este nunca estava por perto, nem mesmo nas aulas. Sentava-se sempre com Neville. E o dia da audiência enfim havia chegado!
Mais uma noite na sala precisa, mas naquele dia Harry não veria lembrança alguma, estava ali apenas para descansar seus pensamentos, refletir sobre o que aconteceria na manhã seguinte, partiria logo após o café para o Ministério. Não podia negar que estava nervoso.
Ficava cada vez mais difícil para o garoto retornar ao salão comunal por causa de Rony, que insistia em ignora-lo, isso fez também co quem Gina acabasse se afastando dele, o que o deixava mais aborrecido.
Naquela noite que antecedia a audiência Harry não conseguiu dormir. Parte disso dava-se pelo nervosismo, mas o que o preocupava mais eram as dores de cabeça que repentinamente começaram a aparecer, primeiramente na hora do almoço, prolongando-se pelo dia todo.
Esperou o relógio marcas meia-noite e voltou para o salão, que estava vazio, bem vazio. Sentou-se de frente para a lareira e ficou mirando as chamas. Acabou adormecendo, mas definitivamente aquela não seria uma noite sossegada.
Harry começou a sonhar, mas seu sonho era muito real para ser verdade...
Ele se via naquela rua abandonada, ao lado da cabine telefônica vermelha, que era a entrada para o ministério. Estava acompanhado por Draco, na forma animaga, e por Lupin. Pela primeira vez não estavam sozinhos, um mendigo dormia na calçada, por isso entraram um à um na cabine, para não levantar suspeitas e rumaram para o Ministério.
Logo na entrada foram recepcionados por uma bruxa de aparência idosa.
- Bom dia, em que posso ajuda-los?
- Bom dia Carmem, estou aqui com Harry, viemos para a audiência com o ministro e com o conselho.
- Ah claro! Podem seguir para o elevador que o ministro está esperando para atende... Minha nossa! Segurança!
A bruxa então saiu correndo para um grupo de duendes e elfos que discutiam arduamente. Harry não conseguiu ouvir o motivo da discussão, reconheceu o duende que sempre o levava para seu cofre, no Gringotes. Este por sua vez fora estuporado por um elfo que lembrava muito...
- Monstro! – disse o garoto parando no meio do caminho e retornando para o elfo, que ao vê-lo desaparatou.
Entraram então no elevador e desceram até a tão conhecida sala da audiência, onde Harry já estivera dois anos antes. Mas algo estranho aconteceu, o elevador parara de repente e por ele entrou o Ministro da Magia.
- Oh Rufus, bom dia – disse Lupin, mas nenhuma resposta. Trocou um olhar com Harry, que também não entendera o porque que o ministro ignorara Lupin.
- Ministro... – tentou Harry. De repente o homem vira para Harry e o encara fixamente na cicatriz – ministro, o que está havendo?
O homem então vira-se para Lupin e Draco e com um aceno da varinha mata-os com a maldição da morte, silenciando Harry logo em seguida. O elevador volta em movimento, mas não para a sala da suposta audiência.
As portas se abrem e Harry é puxado pelo ministro para uma sala. Passando por uma porta, Harry se viu naquela mesma sala circular. As portas então começam a girar cada vez mais rapidamente. O ministro levanta a varinha e aponta para frente.
- Sala de mistérios!
Então tudo pára e uma porta se abre logo ao lado do garoto. Harry foi puxado para a sala e então viu aquele véu e novas vozes começaram a surgir em sua cabeça. “Salve-se Harry, salve-se enquanto pode...”. Era a voz de Sirius. “Pegue o medalhão e salve-se!”.
Medalhão, como assim? Harry não entendia, como o medalhão poderia estar ali? O garoto começou então a reparar na sala, estava tal qual dois anos atrás, aparentemente ninguém entrava ali, já que o garoto podia ver grossas camadas de poeira no chão. Olhou então o véu que estava imóvel, o garoto percebeu então um certo brilho metálico ao canto do arco, um brilho dourado. Não poderia ser, o medalhão estava ali!
Sentiu ser puxado pelo braço e levado para uma outra sala, a sala das profecias e lá estava ele!
- Olá Harry! – disse Voldemort com aquela voz calma e ao mesmo tempo penetrante – muito esperto de sua parte ter matado minha cobra, Nagini! Esperto, porém extremamente ousado! Prepare-se para a vingança! AVADA KEDAVRA!
- Harry, Harry acorda! – era Hermione – você está atrasado!
- Que? – estava muito suado e seu coração estava acelerado. Olhou no relógio, estava realmente atrasado.
- O que houve? Você dormiu aqui?
- Ah? Sim, dormi – sentia agora um terrível dor nas costas.
- Vamos Harry, apresse-se, caso contrário você se atrasará!
- Certo, que horas Lupin passará aqui?
- Lupin? Como assim? Como você sabe que ele está na escola?
- Ele está? Ah bem, apenas chutei nessa possibilidade... – então se Lupin estava lá as possibilidades de seu sonho ser verdade cresciam.
Trocou-se rapidamente e desceu para o Salão principal, onde tomou um rápido café da manhã e foi para a sala da McGonagal. De lá rumaram, través da rede de Flú, para a lareira do “Três vassouras”, de lá aparataram para a rua onde ficava a entrada do ministério, Harry, Lupin e a coruja branca. Harry espantou-se al ver que Lupin já sabia sobre Malfoy, o que o deixou mais tranqüilo.
Caminharam umas duas quadras até encontrarem a cabine e para o espanto de Harry, lá estava o mendigo que o garoto vira em sonho.
- Lupin, isso pode parecer estranho, mas eu sonhei com isso.
- Fique tranqüilo Harry, você está nervoso, só isso.
- Não é isso Lupin, eu quero dizer que vi isso acontecer em meu sonho, ontem a noite.
O bruxo olhou desconfiado para o garoto, que rezou para estar errado, pois se seu sonho fosse realidade, em poucos minutos Lupin e Draco, e posteriormente ele, estariam mortos.
Foram então um por vez na cabine e chegaram no saguão do Ministério. Harry realmente precisava falar com Lupin sobre seu sonho, pois sentia que ele se tornaria realidade.
- Lupin, me escute, por favor!
- Estamos atrasados Harry...
- Eu sei, mas será que você poderia... Olá Carmem – disse Harry à senhora do balcão, chamando assim a atenção de Lupin.
- Como você conhece ela? Quero dizer, da última vez que você esteve aqui ela não trabalhava no ministério.
- Agora será que você pode me escutar?
- Diga...
- Pois bem, noite passada eu tié um sonho sobre hoje e está tudo acontecendo! A começar pelo mendigo na cabine, agora com a Carmem e em poucos segundos aqueles elfos ali começarão a brigar com aqueles duendes – disse apontando para um grupo de duendes e elfos que se encaravam seriamente.
Dito e feito começaram a discutir bravamente e Carmem começa a chamar pelos seguranças.
- E ali está o monstro, olhe lá. Assim que eu o chamar ele irá desaparatar, olhe, Monstro! – e mais uma vez o que o garoto disse aconteceu, deixando Lupin espantado – agora eu te peço, por favor, para não entrar naquele elevador!
- Por que? É o jeito mais rápido para chegarmos na sala da audiência.
- Não tem audiência alguma! É tudo uma armação! E se você entrar naquele elevador você morrerá – disse diminuindo o tom de voz.
- Que?
- Confie em mim... – o garoto estava suplicando.
- E o que faremos? Iremos embora?
- Não, tenho que chegar na sala de mistérios antes do ministro, creio que ele esteja sob a maldição imperius.
- Que?
- Vamos Lupin, não temos tempo!
Assim rumaram para a sala de mistérios, pela escada mesmo, por isso que não poderiam perder tempo. Chegaram naquela sala circular e as paredes começaram a rodar.
- Ótimo, como passaremos? – perguntou Lupin
Harry então fez o mesmo que Rufus fizera me seu sonho e deu certo. Entraram então na sala de mistérios e Harry olhou diretamente para o véu, mas não ouviu a voz de Sirius. Olho então para o chão e viu aquele brilho metálico tal qual no seu sonho. Correu para pegar a horcruxes, mas foi interrompido por Rufus Scrimgeour, que entrara na sala naquele exato momento.
- Estupefaç....
- Impedimenta! – gritou Lupin, antes que o ministro acertasse Harry.
O garoto por sua vez pegou a horcruxes e rumou para a próxima sala, onde estavam as profecias. Será que Voldemort estaria ali dentro? Será que se ele entrasse por aquela porta ele morreria como em seu sonho? Estava com a mão na maçaneta, sentiu que deveria colocar o medalhão no pescoço e por impulso o fez. Uma dor em sua cicatriz surgiu naquele momento, mas não tirou o medalhão. Dumbledore praticamente perdera uma mão por causa de um horcruxes, ele agüentaria um dorzinha na cicatriz. Abriu então a porta.
Longos corredores com prateleiras muito altas era tudo que o garoto conseguia ver. Tais prateleiras estavam repletas com esferas de vidro empoeiradas, eram as profecias, mas não estavam tão repletas assim, já que a dois anos muitas delas haviam se quebrado em meio a batalha que ocorrera ali. De repente a porta se fechara e tudo ficou escuro e lá no fundo da sala Harry enxergou aqueles olhos vermelhos que faziam muitos bruxos tremerem.
- Harry Potter, que surpresa agradável... – disse Voldemort num tom de voz calmo – não esperava sua visita.
- Mentiroso! Você sabia que eu viria, por isso amaldiçoou o ministro, pra fazer com que ele me trouxesse diretamente a você!
- Sim Harry e aqui está você! – disse com um sorriso maléfico, mas ainda com a voz calma.
- Não pense que vai me matar porque dessa vez seu plano não vai dar certo!
- É claro que eu vou te matar Harry, mas não agora. Contento-me apenas te torturando... CRUCIUS! – o garoto desviara, por pouco – Ah Harry, não fuja... Venha, venha pra mim... Lumus!
Assim toda a sala se iluminara e então o bruxo conseguiu ver Harry, não estava muito longe. Este por sua vez colocou-se no campo de visão de Voldemort.
- É um duelo que você quer? Pois bem, é um duelo que você terá... SECTUCEMPRA! – disse mentalmente, pegando o bruxo totalmente desprevenido, dando-lhe assim um enorme corte no rosto. Logo abaixo dos olhos.
- Garoto maldito! Crucius!
- Impedimenta! – disse o garoto novamente pela memória – admita Voldemort, melhorei muito desde nosso último duelo.
- É verdade, mas veremos se você conseguirá se safar desta! AVADA KEDAVRA!
- IMPEDIMENTA! – mas Harry sabia que não tinha como impedir a maldição da morte. Viu um raio dourado sair de sua varinha pouco antes de ser arremessado para longe e bater com tudo em uma prateleira, fazendo muitas esferas caírem no chão. Mas não havia morrido, sobrevivera pela segunda vez à maldição da morte, mas como?
Sentiu uma enorme queimação no peito, ao olhar para si, viu que sua camisa estava totalmente queimada e em seu peito estava a medalha que sua tia lhe dera, intacta, mas juntamente com esta estava a horcruxes, totalmente destruída. Olhou então para Voldemort, que estava totalmente atônito.
- Você era pra estar morto! MORTO!
- Não Voldemort, eu estou bem vivo – disse tentando se levantar – o único que vai morrer aqui é você! – e assim mostrou a horcruxes destruída – pelas minhas contas só faltam duas, não é?
Ao ver aquilo o bruxo caiu no chão, sentia mais um pedaço de sua alma sair de seu corpo, estava muito fraco para revidar contra Harry, olhou o garoto por uma última vez.
- Isso não acaba aqui Harry!
- Definitivamente que não – disse o garoto totalmente certo do que dizia.
O bruxo então sumiu. Harry retornou a sala anterior e viu Lupin, Malfoy em sua forma humana e o ministro já de volta ao normal. Após uma longa conversa sobre o que ocorrera, Rufus tomou como verdadeiras todas as evidências sobre Snape que Harry tinha, inocentando-o assim como Malfoy, que teve toda seu passado sujo apagado. Poderia agora retornar a Hogwarts de cabeça erguida! E foi o que fizeram, retornaram à escola.
N/A : GENTE, DESCULPEM A DEMORA, MAS CAPRICHEI NESSE CAP. ... ESPERO QUE GOSTEM... COMENTEM!!!! BJOS!
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