Songfic da música do LS Jack
É só me recompor
Mas eu não sei quem sou
Me falta um pedaço teu
Sentado no sofá de casa, ele se perguntava porque tudo tinha que ter acabado assim. Não podia ser! Ele a amava, ela o amava e isso era o bastante... Pelo menos era o que ele achava. Viviam em constante lua de mel desde que se casaram, há 3 anos atrás. Ela era perfeita e ele não podia viver sem ela.
- Mas eu sou um Malfoy, e os Malfoys sabem se virar sozinhos.
Mas não. Ele não conseguia. O cheiro dela ainda tomava conta da casa. As coisas ainda estavam como ela deixou, ele não conseguira mexer em nada. Ainda não tinha se recuperado do que aconteceu. Pra ele foi um choque muito grande.
- Como aquela Weasley pôde me deixar. Logo eu, Draco Malfoy, o bruxo mais bonito de todos os tempos. Rico, gostoso... MERDA!!! Por que ela fez isso comigo?
Não adiantava. Por mais que ele tentasse, não conseguia viver sem ela. Dependia dela e isso era o que mais o incomodava. Eram um só. E ela, quando foi embora, levara junto com ela um pedaço dele, e deixara um pedaço dela.
Preciso me achar
Mas em qualquer lugar estou
Rodando sem direção eu vou
Decidiu falar com ela. Fazia uma semana desde que ela foi embora e nesse tempo ele ainda não acreditava. Não tinha forças pra fazer nada. Necessitava da presença dela.
Saiu... Andou por aquele caminho que há muito não fazia, mas que conhecia muito bem. Chegou. Não acreditava que estava ali, mas precisava falar com ela. Tocou a campainha, que logo foi atendida por um ruivo que ele bem conhecia. O ruivo o olhou com a cara de nojo mais horrível que conseguiu fazer na hora.
- Malfoy, que ventos o trazem à Toca? Se bem que não é bem um vento, e sim um fogo... O que você quer aqui?
- Weasley. Nunca perde a mania de ser mal-educado típica dos Weasleys. Anda, vai chamar a Gina que eu quero falar com ela.
- A Gina não tá aqui.
- Por Merlin, Weasley. Para de enrolação e vá logo chamar a sua irmã que eu não tenho todo o tempo do mundo pra ficar aqui.
- Eu já disse que a Gina não tá aqui. Ela não veio pra cá depois que vocês brigaram.
- O que você está me dizendo Weasley? Você está me dizendo que a Gina, a minha Gina não está aqui? – Draco agora estava nervoso. Oras, pra onde ela pode ter ido?
- É Malfoy, a Gina não veio pra cá. E nós também não sabemos pra onde ela foi.
Morcego sem radar
Voando a procurar
Quem sabe um indício teu
Draco olhou incrédulo para o jovem ruivo. Percebeu que Rony não mentia, pois podia ver a tristeza em seus olhos. Saiu como um louco correndo pelas ruas, não sabia onde achá-la e nem por onde começar sua busca. Pensou, pensou e... DROGA! Não fazia a menor idéia de onde ela estivesse. Na casa de alguma amiga, talvez. Mas Draco não conhecia as amigas de Gina. Não queria conhecê-las. E sentia-se bem assim.
Mas o que fazer agora? “Calma Draco, pense em algum lugar, algum lugar especial...” Não conseguiu. Voltou pra casa angustiado, sem saber o que seria de sua vida. Decidiu tentar relaxar, o que ele pensava ser impossível. Mas não foi.
Conseguiu dormir. E sonhou. Um sonho muito bom. Sonhou com quando se apaixonou por Gina Weasley. Fora tudo tão lindo. Estavam de férias e se encontraram por acaso numa lanchonete trouxa de Londres. Há muito tempo que ele já reparara em como aquela grifinória havia mudado, tão diferente daquela magricela que entrara em Hogwarts. Ele passara para o sexto ano e ela para o quinto. Estavam ambos sozinhos e, num impulso, foi sentar-se à mesa dela. Só que dessa vez não fora para insultar ou humilhar, o que deixou ambos admirados.
Não trocaram uma palavra sequer e, como num passe de mágica se aproximou, colou seu rosto ao dela e no minuto seguinte ela pôde sentir os lábios frios dele tocando seus lábios quentes. Ela estava ali pensando em Harry e Draco tirou o menino dos pensamentos dela, o que a deixou muito admirada. Então, passaram a se encontrar ali todos os dias. Logo, estavam apaixonados.
De repente, Draco acordou assustado: não acreditava no que estava acontecendo. Sim! A lanchonete!
Queimando toda fé
Seja o que Deus quiser eu sei
Que amargo é o mundo sem você
Ela para lá que iam quando brigavam. E Draco sabia que poderia encontrar sua ruivinha lá. Mas porque não pensou nisso antes? Com certeza ele fora para lá todos os dias. Saiu na esperança de encontrá-la. Correu feito um louco pelas ruas, não queria perder um minuto sequer.
Enfim chegou. Passou correndo pela porta, olhou ao redor, procurou e... Ela não estava lá. Como assim? Tinha quase certeza de que estaria ali. Mas não. E isso o deixou profundamente triste, mas do que estava, se é que poderia ficar assim.
Sentiu um vazio no peito, sua vida já não tinha mais graça sem ela. E por que tanta demora para encontrá-la? Porque a vida estava fazendo isso com ele? Talvez fo0sse por todas as maldades que ele fez em Hogwarts. Mas isso não era justo! Era um menino em Hogwarts e agora se tornara um homem. Um homem apaixonado! Saiu da lanchonete falando consigo mesmo:
- Por quê tudo é tão assim? DROGA!
Você me entorpeceu
E desapareceu
Vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
Meu sol escureceu
Vou ficando sem ar
Esperando você voltar
Já se passara um mês desde o episódio da lanchonete e notava-se uma enorme mudança nele. O Malfoy antes bem vestido e vistoso dava lugar a uma imagem de um Malfoy largado, desinteressado pela vida. Quem o visse, não diria que era tão rico. Parecia um mendigo, suas roupas todas amarrotadas, não ligava pra nada. Precisava dela. Queria ela!
Um mês sem nenhuma notícia, nenhum telefonema, nada! Parecia um farrapo humano, todo maltrapilho e não se importava com isso. Com ela tudo era diferente. Sem ela, a vida não valia a pena. A casa, antes iluminada pelos raios de sol, agora encontrava-se sombria. Não podia-se mexer em nada. Tinha tudo que estar do jeito que ela deixou pra que, quando ela voltasse, visse que nada mudou. O único que mudou foi Draco.
Precisava desabafar. Aquilo doía muito. Como não tinha amigos, resolver escrever. Pegou então um pergaminho e uma caneta e pôs-se a escrever:
“ Saudade!
Como dói. Queria não senti-la, mas não consigo. Por que fui tão tolo a ponto de não acreditar na minha ruivinha? Ela, a ruivinha que domina meus pensamentos. Gina Weasley. Por que ela não está aqui comigo agora? Por culpa minha, unicamente minha.
Me deixei levar pelo ciúme e agora aqui estou, triste e infeliz por não saber onde ela está. Sei que ela não lerá isso, mas preciso desabafar. Preciso dela, necessito dela pra viver. O que antes podia se chamar de homem, hoje pode se chamar de alma. Uma alma que vaga pelo mundo esperando o dia da sua elevação aos céus.
Só eu sei o quanto estou sofrendo, o quanto me dói isso tudo. Se ao menos pudesse falar com ela, tentar consertar a besteira que fiz... Mas não sei onde ela está. E se soubesse, iria lá correndo e diria pra ela e pro mundo inteiro ouvir:
RUIVINHA, EU TE AMO! VOLTA PRA CASA!
D.M.”
Deixou o papel em cima da mesa e resolveu deitar. Enquanto isso, na rua onde do edifício Draco morava, uma certa ruivinha olhava para o apartamento do loiro, rezando para que ele não a visse, mas ela desejava vê-lo. Queria saber como ele estava. Apesar da decisão de sair de casa ter sido dela, seu coração desejava estar ao lado dele. Ela o amava. Pensava nele, mas foi interrompida de seu devaneio por um forte vento que passou arrastando tudo. Viu também quando, do apartamento de seu amado, voou um pergaminho que caiu bem na sua frente.
Nessa hora o vento já tinha cessado. Pegou o pergaminho e, num impulso, resolveu abri-lo e lê-lo. A cada palavra que lia, uma lágrima brotava de seus olhos. Estava certa em ter ido ali. Resolveu subir. Chegando em frente ao apartamento nº. 1025, pensou em desistir, mas o amor que sentia era maior que qualquer ressentimento. Abriu a porta. Olhou em volta e viu que tudo estava como ela deixou. Nada havia mudado.
Foi até o quarto e viu o loiro dormindo. Não acreditou no que viu: aquele na era o Draco que ela havia deixado. Estava acabado, parecia ter envelhecido uns 10 anos. Sentou ao seu lado na cama e ficou a fitá-lo. Passou a mão sobre seu rosto, e ele acordou.
Assim que ele abriu os olhos, um sorriso brotou em seu rosto e ele não podia acreditar. Ela estava ali. Ela voltou.
Escrevendo minha própria Lei
Desesperadamente eu sei
Tentando aliviar
Tentando não chorar
Por mais que eu tente esquecer
Memórias vêm me enlouquecer
Minha sentença é você
Ele a olhou. Ah! Como ela estava linda. Não que ela pudesse ficar mais linda do que já era, mas ela estava com um brilho especial nos olhos. E ele sabia o porquê. Ela fitava-o de um jeito que só ele entendia: ela estava doida de saudades, uma saudade que só não se comparava à dele por ela. Ora, porque ela não o abraçava logo? Resolveu falar.
- Gina, eu... – e ele parou de falar, olhando-a.
- Não fala nada!
Com os dedos, tocou os lábios dele para que ele não falasse. Chegou pra perto dele e colou seu rosto ao dele. Sentiram seus corpos como da primeira vez que se beijaram. E então, colaram seus lábios um no outro e beijaram-se como se tivessem passado uma eternidade sem se ver. E pra eles foi...
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