Primeira Prisão
Primeira Prisão
Capítulo 10
Passaram a noite revistando a casa. Quando o sol finalmente nasceu, estavam exaustos. Não encontraram mais nada que pudesse ajudar na busca pelos misteriosos horcruxes. Pelo menos Harry encontrou muitas fotografias e coisas que para ele tinham muito valor. Com os primeiros raios de sol veio a sensação de que estavam numa busca perdida. O elfo-doméstico não saia do pé de Harry. O trio estava morrendo de sono, fruto de tantas preocupações.
- Eu acho que não tem mais nada aqui – comentou para os amigos.
- É, eu também acho – Rony falou bocejando. – O que faremos agora?
- Acho que devíamos voltar para a Ordem.
- Hermione, temos pressa em achar as horcruxes.
- Mas não podemos continuar a olhar embaixo de camas Harry. Elas não estão aqui.
- Se voltarmos vamos nos atrasar.
- Harry, você viu a carta. Tem algo em Hogwarts.
- A carta não quer dizer que esta coisa que ele queria ainda esteja lá.
- Mas a escola é o ponto de partida.
- Bem – Rony interrompeu – então o próximo ponto de parada é Hogwarts!
- Ótimo, e o que vocês dois irão fazer: pular o muro ou arrombar o portão? É óbvio que temos que falar com a prof. McGonagal antes.
- Ta bom Hermione – Harry começou a perder a paciência – você venceu vamos para a Ordem. Mas – ele continuou diante do sorriso vitorioso da amiga – só falamos com a professora e partimos para Hogwarts.
O trio se despediu do elfo e saíram a contra gosto de Harry que olhou para traz, para sua casa, antes de aparatarem de volta a Londres.
*****
Narcisa estava no quarto servindo uma porção para Draco, que estava sentado na cama, ainda sem poder se levantar. Ela tinha respondido o mínimo possíveis as perguntas do filho. A única coisa que deixara clara foi que não estavam do lado do Lord. Ela havia terminado de mexer a porção, ia colocar numa taça para ele quando bateram na porta.
- Quem pode ser? – Draco perguntou assustado.
- Não precisa se preocupar – ela abriu a porta. Era Gina, Draco não comentou nada.
- Sra. Malfoy, estão chamando a senhora na cozinha. Parece urgente.
- Agora? Estou servindo uma porção para Draco, o sr. Smith disse que ele tinha de tomar de hora em hora...
- Acho que eu posso servir.
- Como? – Narcisa a olhou surpresa. As ordens de Frank era para que ninguém se aproximasse de seu filho – faria isso para mim? Obrigada...
Ela mostrou a Gina a porção num pequeno caldeirão em cima da cômoda. Saiu do quarto deixando a porta aberta. A garota foi servir a porção em uma taça enquanto era observada por um Malfoy calado que tentava entender a situação. Chegou a passar pela cabeça do loiro se aquela seria mesmo a sua mãe ou se ela não estaria sob a Maldição Imperius. Acabou descartando ambas as possibilidades. Gina levou a taça de porção até ele.
- Então Weasley, esta é a sede da Ordem da Fênix!
- Achei que sua mãe não poderia te dizer isso – ela falou desdenhosa.
- Ela não disse, você é que acabou de confirmar minhas suspeitas. – ela sorriu.
- Não acredito que VOCÊ esteja aqui Malfoy, definitivamente, você devia estar em Azkaban.
- Agora me diga Weasley, onde afinal estamos. Esta não é a sua casa, só esse quarto deve ser do tamanho de sua casa inteira.
- Olha Malfoy, é o seguinte: você e sua mãe estão aqui de favor, então é melhor não encher minha paciência ta?
- Mesmo? E o que você vai fazer se eu não parar? – ela sorriu cínica.
- Se você não se comportar, a Hermione nunca vai olhar para você!
- O quê? Que quer dizer Weasley? A pobreza atingiu seu cérebro foi? Se bem que você nunca foi muito inteligente, louca pelo idiota do Potter...
- Nem vem Malfoy, já ta todo mundo sabendo de seu segredinho. Todo mundo sabe que você está de quatro pela Mione.
- O quê? – mesmo seu sorriso mais cínico não conseguiu disfarçar uma certa aflição em seus olhos cinzas.
- Ela também já sabe – continuou Gina – e detestou.
- Escuta aqui Waesley...
Malfoy cortou a frase ao meio e levou a mão ao ante-braço. A camisa do pijama de seda que vestia encobria aquilo que o incomodava. Massageou o braço tentando fazer aquele ardor parar. Sabia o que era aquilo, o Lord o estava chamando. Um medo repentino se apoderou dele. Não era verdade que o Lord podia achar aqueles que foram marcados? Não foi assim que localizaram e mataram Karkaroff no ano anterior? Queria perguntar a alguém... mas o prof. Snape não estava por perto! Será que sua mãe saberia?
- Você está se sentindo bem? – Gina notou que aquilo era a Marca Negra o alarmando, e se assustou com a palidez que aumentou no rosto do loiro.
O garoto olhou ao redor. O pijama que vestia não tinha bolsos, e não conseguia ver sua varinha em lugar nenhum. Seu coração disparou, tentou levantar-se da cama, mas sentiu uma dor forte no peito onde o feitiço o tinha atingido. Sentou de novo levando a mão onde doía, o braço continuava a arder. Sentiu gosto de sangue.
- Malfoy? – Gina estava preocupada, ele parecia péssimo – eu vou chamar sua mãe.
Ela levantou-se e se dirigiu até a porta.
- Weasley! – ela parou e olhou para o garoto assustada. Ele parecia mais assustado do que ela.
– Não me deixa sozinho...
Surpresa, ela voltou para a cama e sentou ao lado dele.
*****
O trio entrou na casa e se dirigiu a cozinha para falar com a sra. Weasley. Porem quando entraram na cozinha encontraram sentados a mesa: Moody na ponta, Lupin ao seu lado, sr Weasley do outro lado, ao lado deste Carlinhos. Depois de Lupin, uma cadeira vazia e na outra sra. Malfoy. De pé e chorando a sra. Weasley. Só então Harry notou que todos estavam abalados, Lupin estava com os olhos vermelhos e a sra. Malfoy olhava para a superfície da mesa.
- Vocês voltaram! – a sra. Weasley foi abraça-los chorando – já estava tão preocupada, está tão perigoso lá fora...
- O que aconteceu? – Harry se adiantou.
- Os Comensais recém foragidos foram vistos, - informou Moody abatido – mandamos uma equipe da Ordem ao lugarejo, mas era uma armadilha...
A sra. Weasley soltou um gemido de desespero, Lupin suspirou tentando conter lágrimas teimosas que brilhavam em seus olhos. O sr. Weasley continuou.
- Eles pegaram a Tonks.
O trio sentiu o impacto daquela notícia. Rony ficou vermelho, Mione começou a chorar e Harry sentiu um nó incomodo se formar em sua garganta.
- Então, eles a ... – não podia terminar a frase.
- Não sabemos – Carlinhos respondeu – os Comensais a levaram. Era o primeiro escalão.
- Malfoy era um deles – Lupin falou demonstrando raiva ao olhar para a sra. Malfoy. Ela continuou a olhar a superfície da mesa como se não o tivesse escutado.
- Mas ele mal saiu de Azkaban! – Rony exclamou.
- Deve estar tentando mostrar serviço depois do desastre do Ministério. – Lupin continuou ainda muito zangado – você sabe que ninguém da família Malfoy presta.
- Ninfadora Tonks é minha prima – falou Narcisa com simplicidade – não sei em que grau, mas ela é.
- Pela parte dos Black, não dos Malfoys!
- Ainda assim, sem contar que existem Comensais na família Black. Veja minha irmã ou o irmão do Sirius.
- Não compare a Tonks com a Bellatrix! – Lupin gritou perdendo o controle.
- Não estou comparando – ela mantinha a calma e ainda olhava para a mesa – só acho que toda a família tem uma ovelha negra. No caso dos Malfoys, é o Lúcio. A família Malfoy sempre foi muito mais bem vista do que a família Black, a começar pelo refinamento, quase todos na família Malfoy estudaram em Beauxbatons, que não costuma formar muitos bruxos das trevas.
- Nomes importantes não significam boas pessoas – interviu o sr. Weasley que odeia declaradamente todos os Malfoy.
- Assim como não significam pessoas ruins.
- Não conheço um Malfoy que preste – Lupin falou tentando se controlar.
- E eu não conheço um Black.
- Pare de defender aquele miserável do Lúcio Malfoy – Lupin se levantou. Ela também.
- Então pare de me culpar! – falou olhando-o, ela quase gritava – eu não estava lá.
- Ele é SEU marido!
- Quer culpar alguém, comece por você mesmo! Você estava lá e deixou que a levassem!
Lupin piscou indignado mais não respondeu. Um silêncio se abateu sobre eles. Ela voltou a se sentar e ficou olhando para a mesa. Passou a mão no rosto tentando recuperar a calma. Lupin saiu da cozinha ainda zangado.
*****
Distante dali Tonks abriu os olhos. Estava num local escuro, sem passagem de luz ou vento. Talvez uma caverna. O silêncio indicava que estava sozinha. Tentou se mover, mas notou que era inútil. Estava presa a um tronco, tal como as bruxas eram presas para serem queimadas em fogueiras. Estava muito machucada, sangrava. Havia sido torturada por Malfoy e alguns outros Comensais. A dor da Maldição Cruciatus a fizera desmaiar, e agora que finalmente acordava tinha a séria impressão que seria melhor se tivesse morrido.
Ouviu um barulho e notou um alçapão no teto se abrir. Alguém vestido de preto estava descendo as escadas de pedra sob a luz de uma varinha, o rosto coberto por um capuz. Tonks sentiu medo, mas preferiu não demonstrar. O Comensal chegou perto dela, ainda com a varinha acesa.
- Draco Malfoy está na Ordem com Narcisa? Ela conseguiu salva-lo?
Tonks reconheceu a voz do Comensal da Morte imediatamente. Embora muito surpresa com a pergunta e assustada com sua situação, a raiva invadiu o seu peito.
- Snape? – sua voz saiu fraca.
Ele baixou o capuz deixando-a ver seu rosto. Estava mais pálido do que de costume, mas fora isso estava como sempre.
- Eu sei que Narcisa está na Ordem da Fênix, então só me diga se Draco está com ela. – ele apontou a varinha para Tonks.
- Seu traidor miserável – ela estava sem voz até para ralhar com ele – como você foi fazer aquilo com o Dumbledore? Ele confiava em você...
Ele deu um passo a frente e a mão livre apertou o pescoço dela.
- Só diga se ele está bem. – falou com sua voz mansa e arrastada.
- Perdeu o garoto foi? – seu pescoço doía, mas ela não ia mostrar fraqueza – espero que eles o matem...
- Então ele está vivo – ele a soltou – agradeço pela informação.
Deu as costas a ela e caminhou de volta a saída, mas alguém entrou no alçapão. Bellatrix e Lúcio.
- Ora, ora, ora! O que você faz aqui Snape? – Bellatrix perguntou sorrindo cínica.
- Podia lhe perguntar o mesmo – ele respondeu sem se abalar.
- Vim aqui para faze-la falar onde está meu único e tão querido sobrinho. E você Snape?
- Porque você acha que ela ia saber onde ele está? – parecia educadamente curioso.
- Porque ela é da Ordem!
- Narcisa sumiu – falou Lúcio – ela pode estar em perigo.
- Então é melhor pararem de procurar – Snape falou calmo – Longbottom voltou para a
Ordem, se Narcisa ou Draco foram pegos, já devem estar mortos.
- E você pretende deixar isso assim? Fez um Voto Perpétuo para a minha irmã que defenderia o garoto e agora vai deixar os dois morrerem dessa maneira? Não vai fazer nada?
Tonks observava a cena assustada. Eram três Comensais poderosíssimos. Lúcio pareceu não gostar da citação ao Voto Perpétuo que o outro fez a sua esposa. Bellatrix mantinha um sorriso desagradável, Snape parecia estudar a situação.
- Muito boa sua tentativa de jogar Lúcio contra mim Bellatrix, mas creio que com exceção de você, todos os Comensais confiam em mim, inclusive o Lord das Trevas. E também tenho certeza que Lúcio entende a gravidade da situação. Longbottom não “captura” comensais, ele os mata. Se eles foram pegos pela Ordem, não poderemos fazer nada. Claro que não estaríamos nessa situação se você o tivesse matado há dezesseis anos quando teve a chance.
- Passei treze anos em Azkaban porque mostrei para aquele auror maldito que ele não é nada contra nós, os Comensais da Morte, e posso mostrar outra vez. E não o matei porque precisava dele vivo para dizer onde o Lord das Trevas estava, pois ele era o único que sabia.
Não tenho medo de Longbottom! Ele não é nada comparado a mim!
- Claro que não. – a velocidade da resposta de Snape a fez soar muito irônica.
- O que você está insinuando? – o sorriso sumiu do rosto da morena.
- Absolutamente nada. Acho que vocês não deviam torturar a Ninfadora Tonks, o Lord das Trevas disse que ninguém devia toca-la. – ela sorriu outra vez.
- Está preocupado com sua antiga coleginha da Ordem da Fênix, Snape?
- Não. Faça o que achar melhor. – ele se virou e começou a subir os degraus de pedra.
- Você ainda não nos disse o que veio fazer aqui com ela Snape. – ele parou e olhou para trás.
- E nem vou dizer. Se o Lord perguntar, eu direi a ele, não a você. Mas creio que não preciso ter essa preocupação, o Lord das Trevas confia em mim.
Bellatrix ficou olhando ele sair do local e se virou para Lúcio. Tonks pode ver os olhos da outra brilhando.
- Dumbledore também confiava, e veja só como acabou. – virou-se para Tonks e ergueu a varinha – agora vamos conversar.
*****
Gina entrou na cozinha correndo e deu de cara com um grupo muito abalado, mas não tinha tempo de perguntar o porque. Mal notou a presença do trio ali.
- Sra. Malfoy, Draco está passando muito mal – falou o mais rápido que pôde.
- Quê? – Narcisa se levantou. A roupa de Gina estava suja de sangue.
- Ele está vomitando sangue e sente muita dor. – Gina estava nervosa.
- Ah não...
A sra. Malfoy saiu quase correndo da cozinha acompanhada de perto por Gina. A sra. Weasley enxugou as lágrimas e foi atrás das duas.
O trio sentou a mesa tão abalados quanto os outros. Harry pensou em Lupin e em como estaria se sentindo, pensou em Tonks, se ela estaria viva. Era quase impossível parar para pensar nos horcruxes com tudo o que estava acontecendo. Lembrou mais uma vez da carta e achou que Hermione tinha razão em achar muito estranho que R.A.B., aquele que roubou o verdadeiro horcruxe fosse o braço direito de Voldemort. Pensou em Dumbledore... estavam perdidos sem ele.
- Bom, eu vou ver como está o garoto – Carlinhos comentou depois de um tempo.
- Eu vou com você – Hermione levantou sob o olhar de reprovação de Harry.
Como Rony tinha ido tomar um banho, sobraram apenas Harry, Moody e o sr. Weasley.
- Então Potter – Moody quis saber – encontrou o que tinha ido procurar?
- Não – falou sinceramente – só encontrei más notícias.
- Espero que Frank tenha mais sorte do que estamos tendo até agora.
- É. – comentou o sr. Weasley – sorte é o que estamos precisando.
Com o comentário Harry lembrou da Porção Felix Felicis. Era dela que estava precisando! Pensou logo em Hermione e foi até o quarto da sra. Malfoy falar com a amiga. Ela e Carlinhos estavam parados no batente da porta. Ele a chamou discretamente e ela foi até ele.
- Hermione, eu tive uma idéia. E se nós preparássemos um pouco de Felix Felicis para tentar encontrar as horcruxes? Você pode fazer um pouco, não é? Não tem problema se demorar, antes tarde do que nunca...
Ela parou um pouco para refletir a respeito.
- Isso é uma boa idéia Harry, mas eu não tenho certeza se podemos. Depois da aula em que você ganhou a porção, eu fui até a biblioteca e pesquisei muito sobre ela e definitivamente, está muito além do nosso nível.
- Mas você sempre consegue...
- Mas você lembra que no último ano eu não estava me saindo tão bem em porções não é Harry. Creio que porções avançadas como essas não possam ser feitas por qualquer um que as lerem num livro. Precisaremos de ajuda.
- Você acha que o prof. Slughorn aceitaria nos ajudar? Acho que ele não ia querer que fizéssemos um caldeirão de Felix Felicis...
- Na verdade, eu estava pensando em outra pessoa.
- Em quem? – ele já imaginava a resposta.
- No Príncipe Mestiço.
*****
N/A.:
Calma, não precisam xingar. Não é D/G... quer dizer... é só um pouquinho! Mas podem confiar em mim, eu darei um jeito. Entendeu Sanyer? Você não precisa encher o meu orkut com xingamentos, eu vou consertar, ta bom? Acompanhe e você verá...
N/A.2:
Nosso trio de heróis irá a Hogwarts buscar a ajuda do Príncipe das Porções!
Próximo capítulo: ENTRE LETRAS E LETRINHAS
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