Godric`s Hollow (edit)




Harry Potter e o Estranho R.A.B.

Capítulo 8
Godric's Hollow


Harry abriu a porta com a varinha. O interior da casa estava iluminado pela luz do sol que entrava pela janela. Havia uma camada espessa de poeira no chão, a esquerda ficava uma sala grande e aconchegante, onde os móveis estavam cobertos de poeira e teias de aranhas. Também na sala ficava uma escada para o primeiro andar. Em frente a porta, a uns 5 metros, ficava uma mesa de jantar de 8 cadeiras com um bonito lustre sobre ela. A esquerda uma porta entreaberta deixava a eles a visão de uma cozinha. Digiram-se para o centro da sala com cuidado, tudo parecia muito frágil. Sobre os moveis, fotos trouxas de uma família feliz. Ele pegou um dos porta-retratos onde apareciam seu pai e sua mãe com um bebezinho de não mais que 2 meses no colo. Um passarinho cantou do lado de fora da janela.

- O que exatamente estamos procurando, Harry? - Rony olhava com desagrado para algumas aranhas ali perto.

- Não tenho certeza - colocou o porta-retrato no lugar e virou-se para o amigo. Hermione estava no pé da escada olhando para cima - Voldemort provavelmente planejava fazer uma Horcruxe quando esteve aqui. Temos que descobrir se ele conseguiu. Devemos procurar por algum tipo de magia duradoura.

- Mas seus pais eram bruxos! A casa deve estar cheia de magia.

- A de Voldemort será Arte das Trevas. Tenho certeza que saberemos a diferença.

- Seus pais morreram lá em cima, não é, Harry? - Hermione continuava olhando a escada.

- Acredito que sim. - ele também se dirigiu para a escada. Lá em cima era bem mais escuro que lá em baixo.

- Então acho que devemos começar por lá. - sem esperar respostas ela começou a subir a escada.

Harry não sabia o porque, mas aquela casa lhe dava um certo medo. Enquanto andavam pelo corredor deserto no andar superior, ele podia sentir como se estivesse sendo observado. O silêncio na casa, as luzes fracas do sol entrando pelas janelas quebradas, davam ao garoto uma sensação muito ruim. Hermione abriu uma das portas, era um quarto de bebê. Sobre um berço estava pendurado um pomo de ouro, escurecido de sujeira.

Fora ali. A luz verde, a gargalhada. Tudo começara ali. Podia ouvir na mente as vozes de seus pais, era estranho, mas podia sentir o perfume deles.

- Eu vou dar uma olhado nos outros quartos - Hermione deve ter adivinhado que ele precisava ficar sozinho.

- Eu também - Rony entendeu a deixa - se acharem algo estranho gritem.

Harry ficou sozinho. Caminhou ate a cômoda, havia mais fotos ali. Todas dele, como na casa dos Dursleys só haviam de Duda. Ele sentiu um nó na garganta, junto as fotos havia uma pequena bandeira de Hogwarts por trás de uma miniatura de leão que simbolizava a Grifinória. "Eu estou na Grifinória, como vocês". Passou a mão no rosto desorientado.

Deve ter passado algum tempo ali, perdido em lembranças que não tinha. Despertou do seu estado de sonhos por um barulho vindo da porta aberta, virou-se assustado com a varinha em punho. Havia alguém no corredor.

Ele caminhou devagar até a porta, saiu para o corredor devagar. Olhou em direção a escada, parecia ter alguém ali, podia sentir... alguém ou alguma coisa. Pensou se podia ser Rony ou Hermione, mas a idéia de chamá-los não lhe pareceu boa. Seu coração acelerou, não tinha certeza, mas achava que estava ouvindo uma respiração...

- Harry! Rony! Venham aqui!

Ele se virou. A voz de Hermione veio do lado oposto do corredor onde estava, ainda mais no coração da casa. Não chegava a ser um grito, mas sem duvida ela achou alguma coisa. Pensando se a amiga podia estar em perigo ele deixou o que estava seguindo e se dirigiu ao chamado de Mione. Encontrou Rony saindo de um quarto.

- Você ouvia a Hermione?

Harry confirmou com a cabeça. Manteve a varinha em punho, ainda não tinha esquecido a criatura que havia estado no quarto com ele. A ultima porta do corredor estava aberta, eles entraram cautelosamente. Era um quarto de casal, possivelmente o de seus pais. Mione estava sentada na cama segurando uma caixa de ferro cravejada em pedras. A caixa estava aberta e
Mione contemplava seu interior.

- O que você achou Hermione? - Harry apressou-se a sentar do lado dela e observar o conteúdo da caixa. Rony sentou-se ao lado dele. Dentro da caixa forrada por veludo vermelho, Harry viu 3 frascos cheios de uma substancia prateada, nem líquida e nem gasosa que Harry conhecia bem. - São lembranças - ele pegou um dos frascos.

- Isto estava junto Harry - ela mostrou a ele um pergaminho que segurava e que tinha acabado de ler - está endereçado a Lílian Evans - ela leu no envelope que segurava na outra mão.

Ele pegou o pergaminho amarelado e o leu.



Tenho quase certeza que você está com a razão. Muito embora não tenha encontrado nada que indique que seja verdade, cada vez mais esgotam as explicações e resta apenas a sua teoria, que não tenho certeza que possa ser provada. Ontem, Ele esteve em Hogwarts, não sei se chegou a entrar, mas cada vez fica mais claro que há algo na escola que muito lhe interessa. Farei o possível para encontrar a informação que você deseja, mas não entrarei em contato até lá. Tem alguém me vigiando, alguém que sabe que sou seu amigo. Se o-que-foi-dito estiver certo, lembre-se que não podemos vencer essa guerra, podemos apenas ajudar aquele que deve faze-lo. Tome cuidado.


R.A.B.



- Não posso acreditar nisso!

- Eu sei Harry. Também achei estranho sua mãe conhecer R.A.B. mas a carta deixa bem claro que eram amigos. Embora eu ache que tem algo muito errado nela eu não consigo saber o que é. O-que-foi-dito Harry, só pode ser a Profecia. Eles sabiam!

- Não é isso Mione - ele olhou a carta ainda em suas mãos.- eu conheço essa letra, eu passei o ano inteiro lendo o que ela escreveu. Essa é a letra do Príncipe.

- O quê? - Mione não parecia achar possível. Rony pegou a carta.

- É, pequena, apertada e horrível de se ler! Definitivamente essa é a letra do Príncipe.

Harry levantou-se revoltado. A raiva que vinha toda vez que falavam em Snape surgiu em seu peito outra vez.

- Não é possível! Ele não podia ser amigo dela, ele a odiava, a chamava de sangue ruim.
Aquele miserável a entregou a Voldemort! Maldito, eu juro como vou mata-lo.

- Harry, não pode ser a letra de Snape!

- Nos dê uma boa razão pra isso Hermione.

- Vejam isso - ela mostrou o envelope que havia sido lacrado com cera vermelha, como os de Hogwarts. Mas em vez do "H" da escola estava um "D" poderoso.

- O que tem isso?

- Já recebi cartas com essa marca Harry. Cartas de Vítor!

- E o que as cartas de Vitinho tem haver com isso Hermione? - Rony foi curto e grosso, dizendo o mesmo que Harry pensava. Mione se zangou.

- Estou tentando dizer a vocês que este "D" é o brasão de Durmstrang.

Os dois ficaram em silêncio.

- Está dizendo que esta carta veio de Durmstrang? - Rony observava a carta.

- É.

- Ele pode ter enviado ela de lá - Harry estava irredutível.

- Eu sei Harry, mas como eu já disse, tem algo muito errado com essa carta que eu não sei o que é. Mas acho que ela tenha muito mais informações do que imaginamos.

- De qualquer forma, - Rony apanhou um dos frascos - a resposta deve estar aqui. Se ela guardou os frascos junto com a carta numa caixa só pra eles, sem dúvida devem ter uma ligação muito forte.

- A carta fala "Ele esteve em Hogwarts" - Mione citou e Harry completou.

- Voldemort.

- "Há algo na escola que muito lhe interessa".

- Ele devia estar procurando seu próximo Horcruxe.

- "Tome cuidado."

- Miserável! Foi ele o responsável pela morte dela, e ainda se fazia de amigo? Como ela foi ser amiga de um cara desses? Essa carta é uma piada!

- Harry, - Rony acabara de ter uma idéia - se Snape é R.A.B., então foi ele que pegou o Horcruxe! "Cada vez mais esgotam as explicações e resta apenas a sua teoria", sua mãe descobriu a existência dos Horcruxes e o traidor do Snape os pegou!

Rony parecia não acreditar no que estava dizendo. Hermione refletia enquanto balançava a cabeça negativamente. Harry pegou a carta outra vez. Podia muito bem estar se referindo aos Horcruxes, e se Snape era realmente R.A.B., ele sabia dos Horcruxes. Então fora sua mãe. Sua mãe descobrira o maior segredo de Voldemort. Isso era incrível!

- Está errado.

- O quê Hermione?

- Eu não sei bem, mas estamos deixando passar alguma coisa muito importante.

- Eu sei que é estranho, mas é a única forma...

- Harry, se você tem tanta certeza que Snape é R.A.B., porque você não reconheceu a letra quando viu o bilhete junto com o falso medalhão?

- Simples Mione, o bilhete está escrito em letra de forma, exatamente como a assinatura da carta. Só a letra do restante da carta é igual a do livro de Porções Avançadas, a assinatura é que é igual a do bilhete do medalhão.

Hermione pegou a carta para ver. Não estava convencida, estava procurando qualquer maneira de sair daquela situação. Qualquer coisa que lhe cheirasse mal.

- Por que ele assinaria R.A.B.? Se ele não queria por o nome dele podia ter colocado Príncipe Mestiço. Não faz sentido assinar assim!

- Talvez alguém mais o conhecesse como Príncipe Mestiço, o pai de Harry por exemplo - Rony deu outra olhada na carta - ele não deixa nada que indique quem ele é além da assinatura.

- Exatamente! - exclamou Hermione - e é isso que está muito errado. Porque tanto cuidado em procurar outro nome se ele sequer disfarçou a letra?

- Não me peça para entender a cabeça de um homicida Hermione - Harry estava mais zangado ainda com a insistência da amiga - porque está defendendo Snape?

- Não estou defendendo Snape! - ela se ofendeu - só acho que deixamos passar alguma coisa.

- Onde você achou a caixa Mione? - Rony mudou de assunto.

- Estava em cima da cama. A mãe do Harry deve ter mexido nela pouco antes de morrer.

- É melhor vermos as lembranças e descobrirmos logo o que elas tem haver com a carta - Rony olhou ao redor - será que tem uma Penseira nessa casa?

Harry também olhou ao redor procurando algum lugar que pudesse ocultar uma Penseira. Além da cama, o quarto tinha dois criados mudos, uma cômoda, um guarda-roupas, um sofá aconchegante e uma poltrona. No meio do quarto um tapete espesso e macio. O cheiro que Harry tinha sentido no quarto de bebê estava ainda mais forte neste, então ele reparou em algo que não tinha notado por causa da confusão da carta. Ao contrario do resto da casa este quarto estava limpo. Nem poeira, nem teias de aranhas. Os moveis brilhavam, o tapete estava limpo, o quarto tinha um cheiro doce de flores, flores que ele via agora num jarro sobre o criado mudo. Rosas vermelhas.

- Este quarto está arrumado! - Rony se admirou também notando a diferença.

- As flores estão frescas - Mione falou, sem duvida tinha reparado no quarto assim que entrou - não parece magia. Parece que o quarto tem sido arrumado todos os dias durante todos esses
anos em que a casa esteve abandonada.

- É porque eu o arrumei.

O trio se virou bruscamente para a figura parada na porta olhando os três.


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~~~~~~~~§~~~~Lara Prince Malfoy~~~~§~~~~~~~~~

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