Frank Longbottom (edit)




Harry Potter e o Estranho R.A.B.

Capitulo 2
Frank Longbottom


As duas semanas passaram, o profeta sempre trazia más notícias. Hermione tinha consigo vários livros falando sobre Hogwarts, sua história e seus fundadores.

O trio passava a maior parte do tempo no quarto examinando o material e temtando descobrir quais poderiam ser os próximos Horcuxes. Sendo assim quase não viam os Dursleys e ambos ficavam satisfeitos por isso. Harry evitava que Rony ficasse perto deles por causa do jeito do amigo ficar olhando as coisas “estranhas” dos trouxas. E evitava Hermione por que não gostava nada do jeito que Duda olhava para o corpo da amiga. E assim o tempo passou numa paz estranha, embora fosse bom ter os amigos ali com ele. Enfim chegara o dia anterior ao seu aniversário, tinha de sair dali. Os Comensais talvez soubessem da proteção e ficariam esperando ele no dia seguinte, era melhor ir logo. Enviaram a bagagem via Flú. Iam se afastar e aparatar. Alguns integrantes da Ordem viriam busca-los. A sede tinha mudado de local e era pra lá que iam. O trio desceu, sairiam pela porta da frente.

Os Dursleys estavam esperando na frente da porta para se despedir. Pareciam meio sem jeito.

- Bem, acho que isso é um adeus – Harry começou sem emoção.

- Mande notícias – disse tio Valter encabulado surpreendendo Harry – pelo correio. Não gosto dos seus métodos... - Harry riu. Era engraçado uma despedida definitiva, tão esperada e agora parecia querer ser adiada.

- Vou escrever.

- Avise quando a guerra acabar – era tia Petúnia que parecia nervosa – e...- faltaram-lhe palavras – boa sorte! Que tenha mais sorte do que a Lílian teve. - Ela levou a mão a boca como se tivesse falado demais. Duda o encarava ao lado dos pais, parecia até uma pessoa normal. Deu um sorriso forçado.

- Adeus Harry.

- Adeus Duda.

Ouviu se uma batida na porta, era Tonks. Para provar que era ela mesma ela transfigurou o cabelo de rosa para verde. Sorriu e chamou os garotos, Rony e Hermione saíram primeiro. Harry deixou se ficar ali olhando os tios, tinha mais uma coisa a dizer.

- Eu fui só um bebê deixado a sua porta. Não devia ter sido como foi, eu não tinha culpa sabe, muito menos uma escolha.

- Me desculpe... – Tia Petúnia estava a beira das lágrimas – mas passei a vida inteira na sombra de Lílian, não consegui criar o filho dela, jamais conseguiria...

- Não importa mais... mas ela teria criado o Duda como a mim. Como um filho!

E saiu da casa. Para nunca mais voltar. Afastou-se um pouco até os amigos e olhou para trás. Não sentiria saudades, mas levava muitas recordações, nenhuma delas boas.


************

- Vamos?

- Onde estamos? – eles desaparataram no meio de um beco escuro e sujo mais sem duvida de uma grande cidade.

- Londres. – respondeu Tonks – perto do ministério, assim não chama a atenção ficarmos passando. Venham é logo ali.

Entraram numa casa que apareceu do nada como a casa de Sirius. Parecia estar tendo uma reunião mas Harry logo percebeu que na verdade estavam só esperando por eles. Estavam presentes os Weasleys, Tonks, Lupin (pareciam estar namorando pelo clima quando ela sentou ao seu lado), Quim e Moody que era o novo líder da Ordem. A sra. Waesleys veio abraça-los, Gina falou com Rony e Mione mas só acenou pra ele. Melhor assim ele disse pra uma dorzinha que se instalara em seu peito.

- Estavam nos esperando?

- Na verdade não. Os curandeiros do St. Mungus foram irredutíveis e só deram alta para Frank ontem. E hoje ele vem aqui pela primeira vez.

- Ótimo! Podemos estar presentes?

- Devem! – Moody mais uma vez estava muito confiante – talvez ele possa lhe ajudar Potter no que você está fazendo.

Harry sorriu, era difícil imaginar alguém que passara dezesseis anos sem sã consciência lhe ajudar em algo que descobrira a meses.

A conversa se voltou para a normalidade enquanto esperavam. Guy, Carlinhos e o Sr. Weasley estavam contando como arrumaram aquela casa como sede. A casa pertencia ao sr. Smith que preferia não se envolver demais uma vez que não era auror, mas sim curandeiro. O conheceram enquanto visitavam o hospital tentando falar com Longbottom. O casamento de Guy também ia muito bem, e os ferimentos não estavam sendo tão terríveis quanto imaginavam. As coisas estavam melhorando.

Foi então que a porta se abriu e a professora McGonagal entrou na frente. Atrás dela vinha Frank Longbottom amparado pelo filho Neville. O homem parecia muito fraco mas pelo olhar se via que estava em plena saúde mental. Tinha um olhar desconfiado, atento. Observou todos na mesa, sem dúvidas analizando-os. Seus olhos demoraram em Harry e seguiram para Moody.

- Se não é Alastor que vejo aqui – sua voz era calma – soube que é o novo representante da Ordem da Fênix. – sorriu. Parecia muito cansado.

- E por isso faço questão de telo aqui de volta! O melhor auror que a Ordem já teve!

Longbottom sorriu e sentou-se na ponta da mesa que estava vaga para ele, em frente a Moody.

- Se eu fosse o melhor eu e Alice não teríamos passado pelo que passamos.

- Eles eram muitos Frank.

Um silencio constrangedor. Ele parecia estar lembrando, o olhar perdido vagando sobre a mesa. De repente o brilho dos olhos dele mudou. Se tornou maligno.

- Soube que Bellatrix está viva... – ele sussurrou de uma maneira que lembrou a Harry alguém, mas quem?

- Está.

- Neville... meu filho – ele falou como se isso lhe soasse estranho – estava me pondo a par da situação. Da geral quero dizer. Falem-me da real. Como esta aqui?

Começaram então a explicar tudo o que vinha acontecendo. O ressurgimento de Voldemort e a morte de Dumbledore. Ele mostrou muito interesse neste ponto, quis saber onde Harry tinha ido com o diretor mas ele se recusou a falar. Não teve insistência, passou para a traição de Snape.

- Todos acreditávamos que ele estava do nosso lado entende – a professora falava lembrando aqueles momentos – ele era da Ordem e tinha a confiança de Alvo...

Ele não demonstrava emoção nenhuma. Brincava com os dedos enquanto ouvia.

- Você disse que ele fugiu com o jovem Malfoy... Onde está o pai do garoto?

- Em Azkaban. Foi preso quando tentaram roubar a profecia, ele é um Comensal...

- Eu sei – ele interrompeu Lupin – eu mandei Lúcio Malfoy para Azkaban uma vez, mas infelizmente ele foi inocentado. Disse que era uma maldição Imperdoável.

Os mais jovens ficaram pasmos. Até o sr. Waesley parecia em choque. Neville parecia estar pensando o que teria dito ao Malfoy se soubesse de uma coisa dessas.

- A mãe do garoto estava junto? – ele pareceu não notar o choque.

- Não. Ela continua na mansão da família.

Ele parou para refletir a informação. Mais uma vez fez-se silêncio.

- Então o objetivo de vocês agora é prender o maior número de Comensais possível.

- Não sabemos o que fazer quanto a Voldemort – disse Lupim.

- E não adianta fazer nada ainda...

- Como assim não adianta? – fora Hermione que perguntara.

Ele olhou para ela antes de responder. Parecia analisar a pergunta.

- Preciso consultar uma fonte antes. Falar com um “informante”. Ele deve saber se já se pode atacar Voldemort...

- E como você sabe se ele ainda ta vivo, são dezesseis anos lembra?

- Eu sei que ele está vivo e vai me atender quando eu o chamar.

- E quem é ele para saber se já se pode atacar Voldemort? – Mione de novo.

- E por que não poderiam antes? – Harry perguntou já sabendo a resposta. Os Horcruxes, mas só ele Rony e Hermione sabiam disso.

Os membros da Ordem pareciam chocados com as perguntas, já o sr. Longbottom parecia muito interessado nelas. Olhava os garotos como se tentando ler suas mentes. Recostou-se na cadeira de forma confiante e continuou a olha-los.

- Quem é ele e por que não adiantou ataca-lo antes de eu falar com ele?

- É. Ou isso é segredo?

- Só eu e ele devíamos saber o por que... mas acho que mais alguém sabe.

Harry gelou. Ele não podia estar falando dos Horcruxes. Mais uma vez ele falou baixo de forma que lembrava muito alguém. Mas quem? Podia sentir Hermione nervosa ao seu lado.

- Isso era assunto meu... e do Príncipe Mestiço.

Harry levantara. A fúria veio-lhe ao peito. Todos o olharam, Rony estava em choque, Hermione tentou puxar Harry, mas ele estava cego de raiva.

- Lamento lhe informar – ele quase gritava – que se esse é seu informante, você já o perdeu, ele não passa de um traidor covarde que matou Dumbledore, o único que confiou nele. Se esse é seu trunfo, não vale nada.

- Harry o q você está falando? – Lupin tentava acalma-lo.

- Que O Príncipe Mestiço, é o traidor covarde do Snape. O Maldito Ranhoso!
O sr. Longbottom não parecia abalado mas estava sem dúvida nenhuma surpreso. Todos na sala estavam imóveis esperavam o desfecho da cena.

- Que aconteceu sr. Longbottom? – Mione outra vez – Surpreso por saber que seu informante ser o Comensal da Morte, Severo Snape?

Ele sorriu. Parecia ter esquecido os outros na mesa. Falava diretamente para Harry e Hermione. Com aquela voz baixa que Harry conhecia bem.

Na verdade não. Estou surpreso é por vocês saberem disso. Dá pra vê que só vocês sabem. Não aceitaria informações de alguém que não conhecesse. Só aceito de meus leais amigos.

- Então está enganado mais uma vez – Harry continuava zangado – ele só é leal a Voldemort e a si mesmo!

- Harry Potter não é? – agora ele perguntou saindo de sua calma e se apoiando na mesa. Ficou sentado mas seus olhos tinham um brilho estranho outra vez.

- É. Sou eu.

- O menino-que-sobreviveu!

- Esse mesmo!

- Você se parece muito com seu pai... – sorriu sarcástico – inclusive na arrogância!

- Frank! – Lupin levantou-se agora, o sr. Longbottom também.

- Harry Potter, deixa eu deixar umas coisas claras aqui – encarava Harry nos olhos – Severo Prince Snape era meu amigo desde os tempos de Hogwarts, e eu não sei o que esse aí – ele fez um gesto em direção a Lupin – andou falando sobre seu pai mas de herói ele só tinha o título. Severo não é covarde, ao contrario era muito mais corajoso do que esse aí e sua “turma” que só andavam em bandos. Covardia era a desse aí que tinha um distintivo de monitor só pra lustrar. Fechava os olhos para as covardias de Black e Potter. Se atacar em bandos e pelas costas é sinal de coragem, dá até pra entender o que os “Marotos” faziam na Grifinória.

Sentou ainda com os olhos brilhando. Todos estavam mortificados. Lupin corara envergonhado e Harry estava com os pensamentos longe, em uma penseira na qual entrara certa vez e vira o pai... sentou-se derrotado.

- Voltando a reunião, chamem Narcisa Malfoy para a próxima...

- O QUÊ???? – a surpresa foi geral.

- Chamem Narcisa e confiem em mim – fizeram menção de interrompe-lo mas ele ergueu a mão e todos se calaram – conheço o ponto fraco de certas pessoas, sei quem pode nos ajudar e quem não. Mesmo depois de tanto tempo... algumas coisas nunca mudam.

- Você sabe o quanto confio em você – Moody continuou – não vou duvidar dos seus planos.

- Ótimo! E Potter e a namorada – falou referindo-se a Mione, Rony se remecheu – acho que precisamos conversar... sobre Voldemort!

Ainda em choque Harry balançou a cabeça afirmativamente. Tinham muuuuuito o que conversar.



*******

Depois da reunião todos se despediram e o sr. Longbottom foi embora com Neville. O trio foi para o quarto que havia sido arrumado para Harry e Rony. Harry sentou-se no chão entre as duas camas enquanto os amigos sentavam cada um em uma. Todos ainda estavam em choque (para não dizer indignados) com o que ouviram.

Harry não tinha palavras, durante tempos remoera a cena na penseira com nojo das atitudes do pai, mas então vieram Sirius e Lupim falando que não era nada e ele preferiu acreditar. Era tão mais simples acreditar que o pai e o padrinho foram heróis. Mas agora alguém os acusava também, o que tornava a palavra deles não muito confiável. Seu pai não era covarde... não podia ser. Via claramente ele erguer Ranhoso no ar, humilhando-o em público, só para se divertir. Via os Marotos atacando em bandos. Via o Mapa diante de si... “juro solenemente não fazer nada de bom”, “malfeito feito”. O distintivo de monitor brilhando no peito de Lupim e ele apenas fingindo ler um livro enquanto tudo se passava bem atrás dele. Lembrava das vezes que Snape o comparara ao pai e o rebaixava por isso, e agora vinha o sr. Longbottom “Você se parece muito com seu pai... inclusive na arrogância!”.

Agora Harry lembrava bem. O jeito de o sr. Longbottom falar, a calma na voz... a mesma que passara 6 anos vendo no Snape! Aquele jeito odioso de falar como se tivesse total controle das situações, só por que tinham total controle das emoções. Afinal o que estava fazendo? Dando ouvidos a alguém que não conhecia! Quem era ele para falar de seu pai ou dos outros? Um amigo do traidor miserável do Snape não podia ser digno de confiança, talvez ele continuasse louco no fim das contas. Não importava o que Moody dissesse, sua opinião não valia absolutamente nada!

-Harry? – Hermione parecia ter medo de falar.

-Estou bem Mione, pode falar – sua voz pareceu estranha até mesmo a ele. Jamais tinha contado aos amigos o que vira na Penseira e não planejava contar.

-Você não achou o sr. Longbottom muito estranho? Tipo, que auror confiaria em Comensais da Morte? – ela parecia refletir profundamente – e chamar a sra. Malfoy quando ele próprio mandou o marido dela para Azkaban uma vez. O ataque dele a você, seu pai e os Marotos... a total confiança que Moody tem nele, a esperança de McGonagal. Quero dizer, é tudo tão apropriado...

- Defender Snape e dar a entender que sabe do que não devia? – Rony estava sério – eu diria que é apropriado até demais... é como se quisesse fazer a gente falar assim.

- O que vocês estão pensando?

- Estava pensando – ela parecia não estar muito certa do que falava – que provas temos que esse é Frank Longbottom? Já tivemos experiências antes que deviam ter nos ensinado... quer dizer... o professor Moody com a Porção Polissuco, Madame Rosmeta com a Maldição Imperius. E aceitamos ele sem ao menos tentar nada e deixamos ele dar ordens absurdas como a de Narcisa Malfoy.

- É cara, seria bem fácil para os Comensais entrar no St. Mungus e trocar de lugar. E bem apropriado, ele era um dos maiores, você viu como tão tratando o cara?

- Nisso vocês tem razão. Vamos falar com a Ordem, isso tem de ser averiguado.

- E Harry – mais uma vez ela parecia envergonhada do que ia dizer – e se ele estivesse falando mesmo dos Horcruxes? E se ele souber?

- Se ele for um Comensal não saberá, e como auror, se ele soubesse teria alertado Dumbledore na época, mas ele ficou sabendo a apenas alguns meses. Ele deve estar jogando com a gente, pra tentar descobrir onde eu e o diretor estivemos naquela noite.

- Sabe de uma coisa? – Rony parecia muito abatido – o sr. Longbottom não é como eu imaginei. Quer dizer, ele é o pai do Neville! Mas do Neville ele não tem nada.

- Rony ainda não temos certeza que é ele e enquanto não tivermos não confiarei em nada do que ele disser! – Hermione estava decidida.

Batidas tímidas atrapalharam a conversa. Alguém batia na porta, depois de um “entra” sem emoção Gina entrou no quarto meio sem jeito.

- Ah... eu vim chamar a Hermione... já passa da meia-noite e vocês devem acordar cedo amanhã... – ela evitava olhar pra Harry.

- Claro Gina eu já to indo...

- Mione, você podia esperar um pouco aqui, eu queria dar uma palavrinha com o Harry... aqui mesmo no corredor... se ele não se importar.

Hermione olhou pra Rony sem saber o que responder. Aquela definitivamente não era a melhor hora, ficaram esperando alguma reação dele mas não teve nenhuma então se atreveram a olhar para o amigo que continuava a olhar para o chão. O silêncio durou um pouco mais, o clima pesado... Ela não agüentou essa espera.

-Harry... – mas ele a interrompeu.

-Na verdade Gina eu me importo sim. Por favor, não torne as coisas mais difíceis do que já estão.

Silêncio. Gina não falou nada, só baixou a cabeça e saiu envergonhada, ainda puderam ver suas lágrimas. O clima piorou.

-Mione eu acho melhor você ir falar com a minha irmã.

- Certo... – ela não tinha certeza se Harry ficaria bem mas Gina parecia pior – boa noite!


Os garotos ficaram sozinhos. O clima tava péssimo, e Harry lutava contra uma vontade que veio do nada de sair correndo atrás de Gina e beija-la. Pedir perdão. Mas as coisas não eram fáceis assim, não para o famoso Harry Potter. Ele se levantou e se deitou na cama onde Hermione estivera sentada. Não teve coragem de olhar para o amigo, e agora todos os acontecimentos da noite vinham ao seu pensamento. Os Dursleys, o Sr. Longbottom e Gina... sua querida Gina!

- Desculpa por essa Rony – falou de costas para o amigo.

- Tudo bem, esquece.

Mas ali perto tinha uma garota chorando por ele. Ela não esqueceria assim tão fácil.



*******
N.A.: EU AMO ESCREVER SOBRE O FRANK *.* (desculpa gente , mas eu tinha que desabafar)

N/A.: Como eu prometi a Ordem volta a ativa e no proximo capitulo uma reviravolta com o passado...

~~~§~~~LARA MALFOY~~~§~~~

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.