Capítulo 12- O Baile de Invern

N/A: *olha assustada* Gente, por favor... Não me matem! Eu sei que demorei... Mas é que a inspiração realmente me fugiu completamente! Depois de muito pensar essas férias, e colocar os pensamentos no lugar e talz, eu finalmente parei pra escrever.//

Aqui, finalmente está o BAILE COMPLETO! *hum-hum* Então... Espero que vocês gostem. Não ta realmente “aquele” capítulo, mas eu tentei caprichar no baile, viu? Bem, é isso... Obrigada pela paciência!

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Capítulo 12- O Baile de Inverno (parte 1)

-HARRY! Acorda!

Harry abriu os olhos, mas a luz ofuscou sua visão e ele demorou um pouco para ver o que acontecia. Um Rony sorridente estava sentado em cima da cama, ao lado de uma pilha de presentes.
-Anda Harry! Presentes!

Ele observou uma pilha de presentes também ao lado da sua cama. Harry jogou o cobertor longe, correndo para abrir os embrulhos. De Hagrid, ganhou um par de luvas de escama de dragão.
-Puxa, valeu cara!- disse Harry, enquanto observava o presente de Rony: Um óculos especial para quadribol (que não embaça).

Hermione lhe dera um livro sobre Práticas Defensivas e outro sobre História da Defesa Contra as Artes das Trevas. Da senhora Weslay, castanhas e bolos natalinos, assim como um pulôver verde escuro com um raio dourado desenhado. Alguns presentes de admiradoras e fãs (ele tomou um cuidado ainda maior ao abrir esses últimos). De Tonks, ele ganhou uma miniatura de vassoura que voava de verdade, e obedecia comandas de voz como “descer”, “mais devagar”, “mais rápido” e “para cima” e até alguns movimentos e jogadas como “Finta de Wronsk”. Mas os dois presentes mais interessantes estavam embaixo de todos. Um era um espelho, e junto dele, um bilhete:

“Olá Harry,
Espero que esteja tudo bem.
Eu estava arrumando alguns antigos pertences do Sirius e ache isso aqui. Como você deve saber, esse é o espelho de duas faces que ele e seu pai usavam pra se comunicar quando jovens. Eu não sei onde está a outra parte, mas achei que você gostaria de guardar pelo menos essa.
Bem, é isso. Se cuide, ouviu? Não se meta em confusões, e esteja sempre alerta.
Abraços de seu amigo,
Remo J. Lupin”

Harry se lembrou do espelho que Sirius lhe dera há alguns anos atrás. Se ainda soubesse onde estava...

-Hey, Harry!- Rony lhe tirou de seus pensamentos- E esse aqui?

Só então ele reparou numa caixa, com desenhos azuis, que parecia se mexer levemente.

-O que será que tem nela?- perguntou Rony preocupado.

Harry deu de ombros. Ao abrir a caixa, ele percebeu um lampejo dourado saindo de dentro dela, assim como uma espécie de zumbido. Após o susto inicial, os dois começaram a rir. A pequena bolinha amarela (e com asas) voava por todo o quarto rapidamente, derrubando pôsteres e batendo nas janelas. Num movimento rápido, Harry capturou o pomo.

-Que legal! Quem será que mandou isso?- Rony perguntou-Não tem nenhum bilhete?

Harry procurou, procurou, mas não encontrou nada. Lembrou-se das últimas vezes que ganhara presentes assim, anônimos. Um era a capa de invisibilidade de seu pai, que Dumbledore lhe enviara no primeiro ano. No terceiro ano, ganhou uma Firebolt de seu padrinho Sirius. Só que os dois agora estavam mortos... Então quem poderia ser? Todas as outras pessoas que ele conhecia, já haviam lhe dado algum presente. Mas será que ele não estava esquecendo ninguém?

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Depois de devidamente trocados, os dois desceram para o Salão Comunal. Harry esperava Gina para lhe entregar seu presente pessoalmente. Enquanto Rony, que tivera a mesma idéia, estava aos beijos com Hermione no canto da sala. Meia hora se passou e nada da Gina descer. O que teria acontecido?

-Mione... - Harry chamou-Será que você não podia fazer um favor?
-Claro. O que?
-Você não poderia subir até o dormitório do 6º ano, pra chamar a Ginny?
Hermione fez que sim com a cabeça e se adiantou para as escadas. Rony disse que estava com fome, então desceu para tomar café e disse que os esperava no saguão. Harry esperava ansioso, mas Mione não aparecia. De repente, ela surgiu correndo e completamente aflita.
-Harry! Me ajuda aqui!
-O que foi que aconteceu? A gina está bem?
-Não tem nada a ver com ela, pode deixar. Ah, Harry, vem!

Ela segurou em seu braço e o arrastou até a escada do dormitório feminino.
-Hermione, eu sou menino esqueceu? Eu não posso subir aí!
-Pode sim!- ela disse com certa urgência-Segure minha mão e não solte. Segure a respiração até chegarmos lá em cima. Vamos correndo!

Hermione o puxou pela mão, e um instante estavam lá em cima.
-Como você sabia disso?- ele perguntou desconfiado.
Ela resmungou alguma coisa que ele não entendeu, ao mesmo tempo que corava.

Ao entrarem no quarto, Harry levou um susto. Uma menina com os cabelos quase pretos estava desmaiada, deitada numa posição muito estranha. Seus olhos estavam fechados levemente, mas seu rosto trazia uma expressão de dor.
-Ela está viva?- Harry perguntou, a voz um pouco falhada.
Hermione tocou levemente no pulso da menina.
-Sim. Precisamos socorrê-la logo!

Harry a ergueu. As pessoas no Salão comunal pararam pra observar a cena. Harry e Hermione descendo do dormitório feminino, e esse carregava uma menina desmaiada. Por sorte o salão não estava muito cheio, mas eles sabiam que muxoxos e comentários surgiriam mais tarde. Eles foram o mais rápido possível para a Ala Hospitalar. Madame Ponfrey perguntou o que tinha acontecido, mas eles não souberam dizer. Eles ficaram na sala de espera, enquanto ela examinava a garota.
-Como ela está?- perguntou Hermione, que a longos minutos estava andando em círculos sem parar.
-Está muito fraca. Foi uma sorte vocês terem encontrado-a. Mais um pouco, e talvez não tivéssemos como salvá-la. Teve uma melhora depois de tiramos os brincos.
-Brincos?- perguntou Harry, surpreso.
-Exato. Brincos. Eram dois lírios brancos. Já mandei chamar a professora Culnámo e ela examinará para saber se há algo de errado. Agora vão. Vocês não devem perder mais nenhuma aula. Eu aviso qualquer coisa...

Hermione e Harry se encararam significadamente. Quando madame ponfrey entrou na enfermaria, Hermione logo disse:
-Você não acha que...
-Foi amaldiçoado? Talvez...
-Mas quem faria uma coisa dessas? E por quê?
-Não sei. Mas precisamos descobrir...

Eles foram andando para a cozinha, a fim de comer alguma coisa já que não tinham tomado café. Quando eles já estavam indo em direção ao Salão Principal, Hermione parou de repente com um brilho estranho no olhar. Aquele brilho de quando ela acabava de entender algo realmente interessante (como por exemplo, antídotos de poções).
-Mione, tudo bem?
Ela não respondeu.
-Mione?
-Harry, pode ir na frente. Eu já volto...
-Mas...
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ela virou as costas e saiu correndo de volto pro Salão Comunal. Harry se dirigiu sozinho para a cozinha.

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-Por onde você andou, cara?- Rony perguntava nervoso-Nem você, nem a Mione apareceram na aula. O Snape descontou vários pontos, por “falta de responsabilidade”-ele disse numa careta.
-Ta tudo bem. - Harry desconversou. Rony o olhou desconfiado-Nós chegamos no dormitório, tinha uma menina enfeitiçada e levamos ela pra Ala hospitalar. É só...
-Ah é... - Rony respondeu irônico-É tão normal, né? Essas coisinhas acontecem todo dia...
-Bem, de certa forma...
-Mas não em hogwarts!- disse Rony mal-humorado-E como está a menina?
-Fraca. Mas madame Ponfrey disse que ela vai se recuperar...

Eles pararam para observar um grupo de fantasmas que passava voando, cantando músicas natalinas. Hermione apareceu afogueada, com o rosto vermelho e uma expressão absolutamente séria.
-Harry, podemos conversar? Em particular...
Rony fez um gesto de descaso com os ombros foi andando em direção aos jardins.
-Que foi Mione?
-Eu voltei pro dormitório pra dar uma olhada se tinha alguma pista, e achei isso embaixo da cama mais próxima de onde a menina estava. A cama da Gina.
Ela lhe entregou um pedaço de pergaminho:

“Minha Gina,
Espero que você use esses brincos na festa essa noite. Você vai ficar ainda mais linda meu lírio! Te amo minha ruivinha!

Com amor,
H. James”

Harry gelou. Quer dizer que os brincos...
-Eram pra Gina. - completou Hermione, como se lendo os pensamentos dele-E está em seu nome.
Ele estava sem palavras.
-Quem será que mandou?- perguntou Hermione, tentando fazer com que Harry dissesse algo.
-Isso não pode continuar. Eu preciso fazer algo... - Harry pensou alto, e agora sussurrando mais pra si que qualquer outra pessoa- Ainda essa noite...

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PARTE 2 (Música: "Adeus você" do Los Hermano)

“ Ai, vontade de ficar, mas tendo que ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima, um momento breve
De uma estrela pura, cuja luz morreu”(Vinícius de Moraes)


Harry ainda preocupado procurava por Gina em todo o castelo. Foi quando ele passava próximo a algumas salas de aula, que ele encontrou Vivian.
-Olá Harry!- ela disse sorrindo-Feliz Natal!

Ela o abraçou. Harry retribuiu o abraço também sorrindo.
-Feliz Natal professora!
-Você não devia estar se arrumando pro baile?
-Estou procurando por Gina...
-Entendo. Venha aqui um instante, por favor.

Ela indicou uma sala vazia e os dois entraram.
-Soube que você que socorreu aquela menina hoje mais cedo.
-Eu e a Hermione...
-Me diga, como ela estava quando vocês a encontraram? Só me avisaram do acontecido
depois, então quando cheguei na Ala hospitalar, ela já estava... “Normal”.
-Ela estava com olhos fechados e ela parecia sentir dor. Estava deitada numa posição estranha, meio retorcida.

Vivian não disse nada por um momento.
-Obrigada Harry. Vou ver o que eu descubro sobre isso... Ah! E antes que eu me esqueça!

Ela entregou um embrulho que estava em suas mãos.
-É pra você. Presente de Natal.
-Não precisava... - Harry disse sem-graça-Eu não comprei nada pra senhora...
-Você já me deu o maior presente... – ela murmurou.

Harry desfez o embrulho. Era um exemplar do livro “Quadribol através dos séculos”.
-Obrigado!
-Eu sei que tem na biblioteca... Mas é um livro tão procurado que nunca está lá quando precisamos! Na verdade, esses livros não são mais vendidos. Esse era meu, no tempo que eu jogava quadribol, mas acho que você aproveitará melhor.
Ela sorriu.

Harry observou a contracapa. Estava escrito uma dedicatória para ele:

“Para meu amado Harry,
(Um dos melhores apanhadores que Hogwarts já viu)
De coração,
Vivian
25/12/1997”

Ele leu aquilo emocionado, mas antes que Harry pudesse dizer qualquer coisa, a professora saiu da sala. Ele continuou procurando Gina.

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Pouco antes das sete, Hermione, alegando ter que se arrumar, subiu para o dormitório. Rony e Harry ficaram um tempo jogando Xadrez de Bruxo, mas como o salão comunal já estava ficando vazio, eles resolveram se preparar também.

Às oito horas, eles já estavam prontos, sentados no Salão Comunal à espera de suas acompanhantes. Rony, com novas vestes de gala, com certeza estava melhor que no baile do quarto ano. Harry estava lindo com vestes pretas da cor de seus cabelos, e detalhes esverdeados como seus olhos. Oito e quinze, oito e meia, quinze minutos para a hora do baile e nada das meninas. Eles já estavam ficando impacientes. E nervosos é claro. Seria naquela noite que Harry teria que fazer a coisa mais difícil de sua vida.

Os dois estavam distraídos observando as chamas da lareira, quando ouviram um “hum-hum”. Os dois olharam no mesmo instante pra escada. Rony e Harry ficaram boquiabertos com a beleza das meninas.

Gina estava com um tomara-que-caia preto, trançado atrás, que mostrava as belas costas da menina e sua pele bem branca. O vestido era justo, o que deixava em evidência suas curvas. O vestido ia até um pouco abaixo do joelho, e tinha um discreto corte lateral. Seus cabelos, que estavam ondulados nas pontas e batiam na sua cintura, emolduravam seu belo rosto, olhos claros e a tentadora boca vermelha. Usava sandálias também pretas amarradas à perna, com algumas pequenas pedras cintilantes mais na frente. Na orelha, uma pena preta. Harry ficou estupefato com a beleza dela, com o charme, com a sensualidade. Ao mesmo tempo, ele percebia que ela estava ainda mais bonita que nunca. Parecia... Radiante! Aquilo seria mais difícil do que ele imaginava...

Hermione estava um pouco mais discreta que a amiga, mas nem por isso estava menos bonita. Usava um vestido azul claro com mangas que ficavam abaixo do ombro, deixando a mostra seu colo e repousado nele, um delicado colar prateado. O vestido era um pouco mais justo até a altura da cintura, e daí pra baixo abria graciosamente. Ia até a altura do joelho. Sua sandália era simples e prateada. No tornozelo, usava uma tornozeleira delicada e também prata. Os cabelos estavam presos no estilo “princesinha” deixando seu rosto livre. Uma sombra azul do mesmo tom que o vestido, e um brilho cintilante nos lábios. Usava brincos de argola.

Os dois meninos se aproximaram e ofereceram o braço para elas. Elas aceitaram e os quatro foram pro Salão Comunal.

Por onde eles passavam, as pessoas viravam para olhá-los. Os meninos ficaram com um pouco de ciúmes dos olhares que lançavam pra Gina e Mione, mas elas não pareciam se importar. Pelo contrário, estavam gostando. As meninas do fã-clube de Harry observavam a ruivinha como se quisessem matá-la com o olhar, e até mesmo algumas meninas olhavam com maldade para Rony e Hermione.

O Salão Comunal estava lindo! As mesas das casas tinham sido retiradas e no lugar, várias mesinhas tinham sido postas em volta da pista de dança. Estava tudo muito colorido e enfeitado, e a cor predominante era a prata. Parecia até que tudo tinha sido feito de gelo. Eles se dirigiram até uma mesa e alguns conhecidos vieram cumprimentá-los. Minerva tomou a frente e todos se calaram:
-Sejam Bem-Vindos ao Baile de Inverno! Espero que todos possam se divertir e aproveitar muito essa noite! Tudo isso foi feito para vocês! Não se esqueçam de alguns cuidados, é claro. - ela disse severamente, mas logo voltou animado de antes-E para alegrar essa noite, “As Esquisitonas”. Aproveitem!

Todos aplaudiram. Ela se sentou à mesa dos professores, enquanto várias pessoas já invadiam a pista de dança. As Esquisitonas entraram por uma porta lateral e começaram a se ajeitar com seus instrumentos. Rony, Hermione, Harry e Gina conversavam distraidamente.
-Vou pegar umas bebidas... – disse Rony.
-Volte logo!- respondeu Hermione-Eu quero dançar hoje.
Rony fez uma careta.
-O Vítor dançava comigo... – completou ela provocativa.
Rony abriu a boca para responder, mas Harry, já sentindo que aquilo não acabaria bem, falou um pouco mais alto que o necessário:
-Um Uísque de Fogo pra mim!

Rony pareceu se lembrar da bebida e saiu sem dizer mais nada. Voltou com duas canecas de Uísque de Fogo e duas garrafas de Cerveja Amanteigada.
-Porque eu bebo cerveja amanteigada?- perguntou Gina.
-Porque você ainda é criança... - respondeu Rony simplesmente.
Gina virou-se, emburrada. Harry riu e beijou-a.
-Adoro quando você fica com esse biquinho...
Ela também riu e o beijou de volta.
-Vamos dançar?- perguntou Gina, observando um casal que bailava próximo.
-Agora?- ele perguntou desanimado.
-Agora!- ela disse, puxando-o pela mão.

Rony ria ao ver um relutante Harry ser arrastado pela namorada, enquanto Hermione observava emburrada.
-Eu não sei dançar Gina... - ele tentou dizer, mas ela logo respondeu.
-Eu te ensino! Vem cá. - ele se aproximou-Coloque a mão aqui. - ela pegou a mão dele e colocou em sua cintura- Nos aproximamos assim.- ela colocou seu corpo no dele- E agora é só um - dois, um - dois, entendeu?
-Entender, entendi. O duro é fazer...

Algumas tentativas e muitas risadas depois, Harry finalmente conseguiu.
-Estou indo bem?- ele perguntou.
-Bem... Não é nenhum “dançarino”, mas ta indo bem sim...
Harry fez-se de ofendido e Gina riu. Ela o beijou e várias meninas suspiraram ao seu lado.

Ao olhar para o lado, Harry percebeu que Hermione finalmente conseguira tirar Rony da cadeira, e observou contente que o amigo era ainda pior do que ele. Por sorte, uma música mais lenta começou a tocar e ficou mais fácil. Gina se agarrou mais, e ele sentiu um calor no baixo ventre. Ele nunca se acostumara com aquilo... Amor...

Uma música começou a tocar. Ela fez com que Harry senti-se o coração acelerar. Naquela noite...

“Adeus Você
Eu hoje vou pro lado de lá
Estou levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui
Por não te Amar ”

A música acabou e eles voltaram a se sentar nas mesas, só que aquelas palavras (n/a: da música) ainda ecoavam na mente de Harry...

” Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui
Por não te Amar ”

Ele bebeu mais um Uísque de Fogo que Rony lhe trouxe. Ele não sabia se preferia parar de beber e manter-se sóbrio para fazer o que tinha que fazer, ou se enchia a cara até perder os sentidos, ou morrer até. Não agüentava mais a espera. Ele não queria... Ele não podia... Mas ele tinha que fazer...

Hermione e Rony trocavam juras de amor ao seu lado. A cabeça de Harry começou a rodar. A música, a bebida, a apreensão. Ele achava que não ia agüentar tudo aquilo. O baile estava sendo muito agradável (bem melhor que o do quarto ano), mas agora que chegava ao fim, ele se sentia cada vez mais temeroso. E se ele não conseguisse fazer aquilo? E se conseguisse ?

Somente imagens distorcidas... Rony e Hermione se beijavam ao lado. Gina sorria, aninhada ao seu braço. Neville caíra e derrubara parte das bebidas. Alunos dançavam, dançavam, a música não terminava nunca. Minerva dançava com Slughorn, ambos com os rostos vermelhos da bebida. Flitwick e Madame Sprout conversavam e riam. Hagrid batia palmas animado. Na verdade, “mais animado que o normal”. Mas Harry estava alheio a tudo aquilo.

Ele observou cabelos castanhos esvoaçantes. Vivian (n/a: Culnámo. Pra quem não se lembra, professora de DCAT, antigamente conhecida como Irëth) dançava com um menino da corvinal, do mesmo ano que Harry, e alguns outros rapazes estavam em volta, esperando a sua vez.
“Ela é realmente bonita”- Harry não pode deixar de pensar.
Ele notou que a professora vinha em sua direção.
-Olá.
Harry fez um pequeno gesto com a mão, e Gina sorriu.
-Será que eu posso pega-lo um pouquinho emprestado?- ela perguntou, apontado para harry.
-Claro!- respondeu Gina meio sem graça.

Vivian lhe estendeu a mão. Harry levantou e a segurou. Os dois se dirigiram a pista de dança. Um forró romântico tocava. Ela pegou a mão dele e colocou em sua cintura, colocando a sua no ombro dele. Ele sentiu um arrepio prepassar-lhe o corpo, quando ela se aproximou dele assim como Gina fizera. Eles se encararam e pela primeira vez, ele reparou nos olhos dela. Seus olhos eram verdes, não como os de Harry claros e brilhantes, mas uma cor de mar. No centro do olho, riscos castanhos bem claros contratavam com o verde. Os riscos formavam um Sol. Ele ficou tempos observando aqueles olhos. Como eram bonitos (“Assim como sua dona”- ele pensou sorrindo marotamente) e como eram... Diferentes. De repente, ele teve a sensação que eles tinham algo a dizer-lhe, mas foi então que a música terminou. Vivian agradeceu a dança e dando um beijo na testa dele, foi para a mesa dos professores.

Ele voltou para perto dos amigos. Eles ficaram conversando e rindo mais um pouco e Harry, ao perceber que já estava tarde e festa estava quase no fim, resolveu acabar com aquilo de uma vez.

-Gi... – ele disse baixinho. Sua garganta estava seca-Será que podemos conversar?- ele sinalizou para fora com a cabeça.
-Claro. – ela respondeu-Eu também quero falar com você...

Os dois saíram para os jardins. Sentaram em um banco colocado ali especialmente pra aquela noite. Ficaram alguns instantes num silêncio constrangedor. Harry não sabia como começar.
-Virgínia... – Gina olhou surpresa pra ele. Ele só a chamava assim quando estava zangado, ou quando algo realmente ruim acontecia...
-O que foi Harry?

Ela já sentia o coração acelerar.
-Você ficou sabendo o que aconteceu com aquela menina do seu dormitório?
-A Marissa? Ela desmaiou...
Harry fez que não com a cabeça. Gina engoliu em seco.
- N-não? En-então o que aconteceu?
-Ela foi amaldiçoada... Suspeitam de um brinco... - ele fez uma pausa- Um brinco que foi mandado pra você... Em meu nome. – ele disse por fim.

Gina levou as mãos à boca, assustada. Seus olhos estavam arregalados e levemente marejados.
-Quem faria isso?- ela perguntou, mas sua voz quase não saiu.
-Não sabemos ainda... - disse Harry-Mas o problema não é esse... - ele respirou profundamente-Eu gosto muito de você, mas não podemos continuar juntos.
- Co - como assim?!
-Não podemos Gi, e você sabe disso... Estar comigo é um risco pra qualquer pessoa! Eu não posso permitir que você corra esse risco!

” Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante
Adeus você”

As lágrimas escorriam pelo rosto dela. Cada lágrimas que deslizava, era como uma apunhalada em Harry.
“Por favor, Harry, não agora! Justamente agora que eu...”- ela pensava aflita.
-Eu não me importo de correr o risco!- ela disse gritando-Não me importo!
-Mas eu sim! Como você acha que eu me sentiria se fosse culpado pela sua morte?- ele disse já se desesperando.
-Eu não vou morrer!
-Mas pode! Você sabe disso.
-Eu sempre soube. Eu sempre soube que haveria riscos. Mas eu escolhi você, não foi? Eu escolhi Você! - ela começou a dizer, também desesperada.

As lágrimas agora escorriam como nunca e os olhos dela estavam começando a ficar vermelhos e inchados. Harry se adiantou para enxugá-las, mas Gina virou o rosto. Ele quase não resistia à tentação de tomá-la nos braços, de beijá-la e ficar ao seu lado para sempre. Mas ele sabia que não podia.

” Não venha mais me negacear
Seu choro não me faz desistir
Seu riso não me faz reclinar’

-Sinto muito, mas não há outra saída. Eu te amo Gina e isso é pro seu bem!
-Meu bem?- ela perguntou sarcástica.
Gina enxugou suas lágrimas violentamente, e levantando o rosto numa expressão mista de tristeza e frieza perguntou:
-É só?
Harry a olhou incrédulo.
-É...
-Então se me dá licença.
-Boa-noite Gina...
-Boa-noite... Potter. - ela respondeu secamente.

” Acalma esta tormenta e se aguenta
Que eu vou pro meu lugar”

Ela saiu pisando duro, mas antes de entrar de volta no castelo começou a correr, desesperadamente. Harry ouvia os soluços à distância.

Harry escorregou até cair sentado no chão. As lágrimas lavavam seu rosto. Ele sentia um aperto no peito. Um aperto insuportável. Um aperto que ele achou que poderia matá-lo. Ele se odiava por ter feito aquilo. Odiava-se cada vez mais, à medida que se lembrava dela, dos momentos que passaram juntos, dela chorando, dela pedindo para que continuassem juntos, dela sendo tão fria com ele...

” Cai, a noite sobre o nosso amor
E agora só restou do amor
Uma palavra: Adeus”

Porque tudo tinha que ser tão difícil? Porque nada podia dar certo? Por quê? Harry não se conformava com isso. Mas o importante agora era matar Voldemort, destruí-lo o quantos antes, pois só assim, eles poderiam ficar finalmente juntos.

Harry olhou para cima. A Lua brilhava palidamente. A mesma lua que a meses atrás lançara seus raios tornando ainda mais perfeita a noite que os dois finalmente se acertaram, era a mesma que naquela noite, iluminava as lágrimas salgadas que caiam dos olhos verdes dele. Lágrimas amargas... Lágrimas de Adeus.

” Cai, a noite sobre o nosso amor
E agora só restou do amor
Uma palavra: Adeus”
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((N/A: Essa música, apesar de eu não ter posto ao longo da fic (só nesse finalzinho), eu achei que é perfeita pra situação. Ta, não digo “perfeita”, porque eu realmente não achei nenhuma música perfeita pro capítulo. Mas bem, espero que vocês gostem dessa! Chama-se “Serenata do Adeus” e é do Vinícius de Moraes)).

“ Ai, a lua que no céu surgiu
Não é a mesma que te viu
Nascer nos braços meus
Cai, a noite sobre o nosso amor
E agora só restou do amor
Uma palavra: Adeus
Ai, vontade de ficar, mas tendo que ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima, um momento breve
De uma estrela pura, cuja luz morreu
Ai, mulher, estrela a refulgir
Parte, mas antes de partir
Rasga meu coração
Crava as garras no meu peito em dor
E esvai em sangue todo o amor
Toda desilusão
Ai, vontade de ficar, mas tendo que ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima um momento breve
De uma estrela pura, cuja luz morreu
Numa noite escura, triste como eu. . .”

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Oi Gente! Sabe... Eu não gostei muito desse capítulo... Eu achei meio chato, além de ter sido muito triste de escrever! Essa parte da gina e do Harry. Muita dó! Eu sei que eu descrevi muito como as meninas tavam, mas é que eu queria mostrar como elas estavam “lindas” (e de um jeito que eu nunca conseguiria, claro). Bem... Valeu pela paciência, viu? Eu não queria ter demorado tanto pra postar essa segunda parte, mas é que como as férias acabaram e talz... Mas hoje eu fiquei com mó peso na consciência de como eu tava demorando pra atualizar as fics, sentei aqui no computador e fiquei mó tempo digitando esse capítulo. Escrevendo, apagando, corrigindo, mudando, melhorando, dando uns ataques de “eu não sei escrever” e coisas do tipo. Vou tentar não demorar tanto na próxima, ta? Muito obrigada pelos comentários e pelo apoio! Vocês que fazem essa fic ir pra frente! Não vai dar pra responder um por um, então me desculpem. É que não vai dar tempo... Malz. Mas bem...

Agradecimentos a Daniel m. dos santos , Layla Potter , Mah Lupin , Luciana Abreu , Ellen , H.N.Lupin , Jamile Aroucha , Belinha Black e Adi Potter.


Em especial a Aldara Evans Potter , Sophie Writer , Luh , Fé Black , Lissa Evans, que tem agüentado essa escritora irritante todo esse tempo com muita paciência e carinho. Valeu!

Obrigada a todos que comentaram!

Eu sei q num tem nada a ver... Mas eu assiti "Piratas do Caibe 2"!! To feliz!! *sorriso eu-tenho-32-dentes*. Qm não assistiu, eu recomendo. Qm assistiu, pode falar.... É MUITO bom, né?

Preciso ir agora...

Até o próximo capítulo!

Bjinhus, Pérola Black
02/08/06

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