Tudo ia abaixo. Tudo se movia.



Era 1º de dezembro e Harry estava em seu sexto ano. Fora no dia 30 e novembro que houvera a Entrada Sorrateira na Seção Proibida.

Ainda não sabiam quem havia petrificado a Madame Pince, mas ela já voltara ao normal.

Na tarde do primeiro dia de dezembro, Harry leu um pouco o livro, vendo vários poemas magníficos. Na verdade, ele achava o francês uma língua linda, mesmo não entendo nem bulhufas, nem paçocas. Mas, achava lindo as palavras que ia anotando em um bloquinho de notas. Na coluna da esquerda, ele escrevia as palavras em francês e na da direita, o significado que ele achava que era:

Fleur ---------------------------------------- Flor
Papillons ----------------------------------- Borboletas
Lumière ------------------------------------ Luz
Le soleil ------------------------------------ Sol
Dame d'or ---------------------------------- Dama de Ouro
Déesse -------------------------------------- Deusa
Seul ----------------------------------------- Solitário
Amour -------------------------------------- Amor
Fille ----------------------------------------- Garota
Frère ---------------------------------------- Irmão
Dieu ----------------------------------------- Deus
J'Aime Gina -------------------------------- Eu Amo Gina

Assim, Harry continuou com seu mini-dicionário até a noite, quando fechou o fino livro. Só no momento em que levantou a cabeça, pôde ver que Rony e Hermione estavam há horas tentando chamar a atenção do amigo.

_ Harry – disse Hermione – até que enfim você largou desse livro. Aliás,... Onde você arranjou ess... Ah, não...

_ Hermione, eu achei o livro interessante...

_ Harry, você cometeu uma infração...

_ Ora, mais... Você petrificou Madame Pince!

_ Ah, é mesmo! – exclamou a bruxa, dando um sorrisinho que não lhe pertencia – Bom... De que trata esse livro?

_ São alguns poemas em francês, não é legal?

_ Nossa, que legal – disse Rony, dando uma examinada no livro – O que é isso? – perguntou apontando para o mini-dicionário.

_ Ah, é meu mini-dicionário. Olhem – falou Harry, entregando o livrinho a Rony, depositando o livro de bronze na mesa. Harry entregou o bloco, sem se lembrar que havia algo comprometedor naquela listinha.

_ Ah – exclamou Rony – a mulher de Gui é uma flor. Hehehe! Olha... Papillons são borboletas. E, olhem, o Fred é meu Frère. Hehehe! E... O QUE É ISSO?

_ O quê? – perguntaram Harry e Hermione. Nesse momento, Harry gelou e viu toda a sua vida passar em sua frente, em um rápido e ilimitado flash.

_ Harry... Porque você não me disse que...

_ Desculpa... Eu devia ter contado... Mas começou esse ano... E foi tudo tão estranho...

_ Do que você está falando? – perguntou Rony

_ Como assim? Você não falando da...

_ Fleur! Porque não me disse que Fille é Garota? Poderia ter conquistado aquela veela há muito tempo!

_ Claro... Eu estava falando disso! Claro! Agora, deixa-me guardar logo isso – disse, puxando o mini-dicionário.

Fazendo isso, sem querer, bateu o cotovelo na mesa. E o livro, que estava na ponta, caiu no chão, abrindo na página 01, mostrando o pequeno poema La Sorcellerie de Transformation de Poésie Dans Des Poupées. Harry levantou o livro e o abriu mais, para que Rony e Hermione lessem o poema.

_ Es ändert seine Sprache – disse Hermione, apontando a varinha para o livro, executando um Feitiço.

_ O que você fez? – perguntou Rony – poderia ter estragado essa relíquia.

_ Desculpa. Só queria ver se dava pra mudar a linguagem do livro.

_ É, mas não dá – resmungou Harry, chateado com a amiga.

_ Espere... – disse Hermione, observando a linha acima do poema – olhem!

E eles olharam. Onde havia Ils ont lu dedans réglé estava agora Leiam Em Conjunto. O trio se olhou e tentou ler em conjunto o poema, que dizia:

La Sorcellerie de Transformation de Poésie Dans Des Poupées

Il fait la pluie, il fait le soleil,
La lumière toujours apparaîtrait.
Si pour dire cette sorcellerie,
Tout dans la limite, poupée si transformerait.

Eles terminaram de ler e se olharam de novo. O poema era bonito. Não entenderam nada, mas acharam bonito e deram um longo sorriso no rosto.

_ Viu, Hermione. Não tinha problema alg... – dizia Harry, antes de ser interrompido por um terrível terremoto.

Era estilo SALVE-SE QUEM PUDER. Foi um corre-corre danado, mas Harry, Rony e Hermione ficaram juntos. Abraçaram-se, ainda com o livro nas mãos.

Eles ficaram com medo. Tudo se mexia. A mesa afastara-se. Os troféus conquistados no Quadribol se espatifaram no chão. Tudo ia abaixo. Tudo se movia.

Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. Tudo ia abaixo. Tudo se movia. E parou!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.