Um aniversários desastroso
Capítulo 2- Um aniversário desastroso
A noite chegou e com elas os convidados. A casa estava cheia.
Lola usava um vestido azul-turquesa e o cabelo estava solto. A garota de onze anos estava no jardim dos fundos brincando com seus amigos da escola. Gina organizava os quitutes na cozinha e com a ajuda de sua mãe e de Hermione servia os convidados.
Toda a família Weasley, alguns amigos trouxas dela e de Harry, alguns amigos da época de Hogwarts, todos andavam pela casa conversando. Muitos deles conversando sobre um assunto que Gina considerava perigoso...
-Gina?
Hermes, seu amigo trouxa também professor, estava parado à porta da cozinha segurando um copo vazio.
-Cerveja, Hermes?
Ele riu e colocou o copo na pia.
-Ah não, já bebi muito. Queria saber sobre Lola.
Gina olhou pela janela da cozinha e viu a filha brincando com suas amigas.
-Está lá, toda feliz. Lola adora aniversários, mesmo que não seja o dela.
-E a carta?
Gina ficou pálida e olhou para Hermes. Sempre achara que ele fosse um trouxa... Como ele sabia sobre a carta?
-O quê?
-E a carta que Lola recebeu? Que carta é essa? Seus pais não param de comentar com todos que Lola recebeu ‘a carta’ e parecem bem felizes com isso.
Gina olhou furiosa através da porta, tinha que lembrar seus pais que havia trouxas ali.
-Lola foi convidada para fazer um intercambio na Austrália –mentiu ela.
-Austrália? Mas é muito longe!
Gina forçou um sorriso.
-De avião se resolve tudo...
Hermes se aproximou dela e colocou a mão no ombro dela.
-Eu achei que você estava tensa, e agora vejo porque. Você vai deixá-la ir?
-As pessoas têm que seguir o que elas são. É o destino dela ir.
Hermes olhou para Lola pela janela. Então parou pensativo.
-Engraçado, não? Ano passado o filho dos Hunton também foi convidado para um intercâmbio, e não faz mais que três anos que a mais nova dos Ash também foi. E tiveram pelo menos mais uns outros sete que eu não me lembro direito. E se não me engano foram convidados todos aos onze anos.
Sim. Nos últimos treze anos nove crianças de trouxas da região descobriram aos onze anos que eram, na verdade, bruxas. Gina visitou a cada família, ajudou-as a entender essa mudança pela qual passariam.
-Gina?
Harry estava parado na porta olhando sério para ela. Harry tinha ciúmes de Hermes.
-Que bom que está aqui, Harry. Termine de arrumar essa bandeja que eu vou ali. Com licença, Hermes.
Sem ligar para o olhar mortal que Harry lançava para Hermes, ela andou pela sala e parou ao lado de seus pais, puxando os dois pelo braço para fora da casa. Fechou a porta da rua e olhou impaciente para os dois.
-O que deu em vocês? Há trouxas nessa casa! Nós tínhamos combinado que ninguém falaria nada sobre a carta de Lola!
Arthur ficou corado e abriu a boca para falar, mas Molly o interrompeu, visivelmente contrariada.
-Lola é minha neta. Estou orgulhosa!
-Lola é minha filha, mamãe, e nem por isso estou contando para todos os trouxas desse lugar que minha filha vai estudar numa escola de magia e bruxaria!
Um gato saiu correndo por de dentro dos arbustos que havia ali perto, Gina se assustou, mas logo voltou ao normal.
-Estou avisando –disse ela apontando o dedo bem na cara de sua mãe- Nem mais uma palavra sobre carta, Hogwarts, ou qualquer coisa bruxa nessa casa.
Molly estava indignada, o rosto se contraindo de um modo que Gina costumava temer.
-Não falarei nada mais até amanhã. Mas eu a levarei ao Beco Diagonal para fazermos as compras dela.
Gina revirou os olhos e soltou um suspiro de insatisfação.
-Se ela quiser ir ao Beco Diagonal, mamãe, será um alívio para mim.
Entrou novamente na casa e o olhar preocupado de Hermione em sua direção não passou despercebido, mas sua atenção voltou-se para Harry, que a chamou com um aceno de cabeça para a cozinha.
-O que há com você? –perguntou ele.
-Estou nervosa.
-Por qual motivo?
Ela ficou encarando-o. Deu uma risada irônica e olhou para ele com um olhar fulminante.
-Vamos ver porque... Talvez porque o meu casamento foi construído em cima de uma farsa que vai acabar amanhã, ou quem sabe porque a minha filha mais velha terá um choque e fará um escândalo quando souber que é bruxa. Ou ainda pode ser pelo fato de que toda a minha família está chamando muita atenção dos trouxas!
Com a ultima fala de Gina, que havia sido num tom bem mais alto que o normal, toda a conversa da sala morreu e as atenções se voltaram para a cozinha. Harry deu um sorriso sem graça e disse algo para distraí-los, fechando a porta da cozinha logo em seguida.
-Agora você está chamando mais atenção que a sua família... –disse ele tentando brincar, ao ver que ela só parecia mais nervosa resolveu ficar sério- Gina, hoje é o aniversário de Lola, vamos nos esforçar para dar tudo certo.
-O que você chama de dar certo? –indagou ela entre dentes.
-Não discutir na cozinha e nem ficar de cara amarrada durante a festa, por exemplo.
Ela o encarou duramente, mas depois suspirou cansada.
-Você está certo. Mas o que você está me pedindo está além das minhas forças... –disse ela abrindo a porta da geladeira e tirando um frasco laranja-berrante- Mas para provar que eu quero que tudo dê certo eu vou tomar isto.
Antes que Harry perguntasse o que era aquilo, Gina engoliu todo o conteúdo do frasco. A cara de espantado que ele fazia para ela de repente parecia muito cômica. Então ela começou a rir.
-Gina... O que diabos era isso?
Ela deu uma gargalhada e perdeu levemente o equilíbrio, se apoiando no balcão da cozinha.
-Uma poção que Hermione me deu para eu me sentir mais calma. E eu me sinto calma. Engraçado, não? Agora tudo dará certo... –disse ela com uma voz risonha.
-Você parecer uma bêbada não é a melhor maneira das coisas darem certo... –disse ele com um quê de desespero.
A porta se abriu e Harry viu uma Hermione preocupada entrar na cozinha.
-O que está acontecendo aqui? –perguntou ela com um tom hesitante.
-HERMIONE! –exclamou Gina ao ver a cunhada, abraçando-a em seguida- Boa Hermione, você é um gênio!
Harry separou Hermione do abraço de Gina já visivelmente irritado.
-O QUE VOCÊ DEU PARA ELA BEBER?!
-Shhhhh! As pessoas estão ali na sala e estão reparando que tem algo errado!
Ele segurou Gina que acabava de tropeçar com o salto e quase cair. Gina ria alto e freneticamente. Alguém bateu à porta da cozinha.
-O que você deu para ela beber? –perguntou ele num sussurro letal.
-Poção Animadora –disse ela empurrando a porta que alguém tentava abrir- Mas eu disse que só um pouquinho bastava...
Alguém bateu à porta e os dois se encararam, Gina estava conversando baixinho com um vaso de plantas.
-Ela bebeu tudo.
-TUDO? ELA BEBEU TUDO?
-Hermione? –veio a voz de Rony do outro lado da porta.
-Só um momento, Rony. O caldo está quase pronto! –gritou ela olhando para a porta, então olhou para Harry- Temos que tirar Gina daqui, a magia dela pode se descontrolar!
Rony bateu à porta novamente, mas dessa vez percebia que mais gente estava tentando entrar na cozinha. Provavelmente toda as pessoas da sala queriam saber o que estava acontecendo ali.
Harry abriu a janela e viu Lola brincando com suas amigas, as meninas não pareciam ter percebido nada. A batida na porta tornara-se contínua.
-O que vamos fazer? –perguntou Hermione desesperada.
A maçaneta estava girando.
-A mais inteligente aqui é você, Hermione!
As pessoas estavam gritando algo do outro da porta.
-Mas foi você quem a fez tomar a poção! Você a irritou!
POW!
Gina abriu a porta e várias pessoas caíram no chão da cozinha, Rony xingou um palavrão e Gina começou a rir descontrolada, caindo por cima das outras pessoas. Arthur a ajudou a se levantar e ela deu um abraço apertado no pai.
-Você estava certo, papai. A carta de Lola chegou! Nós devemos ficar felizes...
Arthur olhou para Harry e percebeu que algo estava errado com a filha.
-Que bom que viu isso, Gina. Por que nós não vamos ali no jardim comemorar com Lola?
Assim que ele saiu dali carregando a filha todos olharam para Harry. Ele sorriu sem graça.
-Lola foi convidada para um intercambio –disse ele como se pedisse desculpas- Gina está com medo de deixá-la ir. Preocupação de mãe...
As mulheres fizeram uma comovida cara de compreensão e saíram dali voltando para a sala, aos poucos todos voltaram para seus lugares e fingiram que a cena da cozinha não acontecera. Jorge ajudou a dispersar a atenção contando algumas piadas.
Harry estava indo para o jardim quando Mione o puxou.
-Você não vai lá. Fique aqui com os seus convidados, afinal esta é a sua casa! Eu vou lá e vou dar um jeito de fazer o efeito da poção diminuir...
Harry fez que sim com a cabeça e ficou na sala, enquanto Hermione foi para o jardim.
-Imagino o quanto Gina está sofrendo –disse Hermes se aproximando de Harry- Ela é tão apegada às filhas.
-Tolice –respondeu ele entre dentes.
Harry nunca gostara de Hermes. Jovem, bonito e financeiramente estável, as mulheres diziam que ele era o melhor partido da região. Isso não faria diferença para Harry se Hermes não fosse determinado a conquistar Gina.
-A Austrália é muito longe, Gina deve estar inconsolável...
“E você está doido para consolá-la” pensou ele com raiva.
-Gina já fez esse intercâmbio. Sabe que é muito bom. Ela não precisa se preocupar com isso.
Hermes fez uma cara de compreensão.
-Então talvez ela esteja sendo afligida por outros problemas... Conjugais, talvez.
Harry ia responder a altura quando as crianças gritaram. Ele correu e pôde ver horrorizado Gina fazer as bonecas flutuarem enquanto Hermione e Arthur lançavam feitiços paralisando os brinquedos. Uma menina passou correndo por ele e se afundou no colo da mãe, que olhava aquilo se benzendo e rezando desesperadamente.
-É O DIABO!
Rony sacou a varinha e fechou as portas, janelas e cortinas. Os trouxas dentro da sala gritaram e se encolheram acuados quando Rony, junto com os irmãos estuporaram os que estavam ali. Harry saiu para o jardim e estuporou Gina, que caiu inerte no chão. Por entre as crianças berrando e chorando assustadas ele viu Lola.
Harry não conseguiu agir quando viu o nojo que a filha tinha nos olhos. Arthur e Hermione paralisaram as crianças e antes que lançassem um feitiço em Lola a garota saiu correndo.
-Eu vou atrás dela! –gritou ele correndo em direção à filha.
Mas ele não a pegou, antes foi pego por um homem que o paralisou e o jogou no chão, e com absoluto terror ele viu outro homem pegando Lola. Gritou alguma coisa, e segundos depois desacordou.
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Acordou com a cabeça doendo horrores. Ao tentar se mover percebeu que não era só sua cabeça que doía, mas todo o corpo. Sentou-se e percebeu que dormira no chão duro e, muito pior que isso, dormira numa cela.
Estava preso.
Olhou para o lado e viu Rony, Carlinhos e Arthur na mesma cela que ele, onde apenas Carlinhos dormia. Ao lado Fred, Jorge e Gui também estavam desacordados no chão duro. Passou os olhos pelo lugar e viu Hermione e Gina estavam numa cela um pouco distante da sua. Hermione já estava acordada e lhe lançou um sorriso fraco, mas Gina continuava desacordada.
-Gina...? –gritou ele grudado à grade.
-Ela está bem –respondeu Hermione num tom monótono- O efeito da poção já deve ter passado, ela só está dormindo.
Deixou-se cair no chão e olhou desolado para Rony, que lhe devolveu um olhar impaciente.
-O que diabos aconteceu ontem? –perguntou o ruivo.
-Gina e eu discutimos e ela bebeu uma poção Animadora. Só que bebeu muito além da dose normal. Estamos em Azkaban?
-Não, no Ministério –disse Arthur pesaroso- Nós estuporamos quinze trouxas, além de executar magia na frente de sete crianças trouxas e paralisá-las. Infringimos um monte de leis...
-O que vai acontecer?
-Eles já devem ter alterado a mente de todos aqueles trouxas. Talvez estejam agora abafando o caso dos jornais.
-E quanto a nós? –perguntou Harry temeroso.
-Não vamos para Azkaban, se é o que quer saber. Você é Harry Potter, ninguém lhe mandaria para lá, mesmo que você tivesse matado todos aqueles trouxas a sangue frio. Mas provavelmente vamos ter problemas...
-Onde estão Lola e Hilde?
-Com os Aurores. Não faz muito tempo que Olívia Fare esteve aqui, e disse que as duas estão bem.–disse Arthur escondendo o rosto entre as mãos- Nunca pensei que passaria uma noite numa cela, e que meus netos presenciariam um horror daqueles.
Rony revirou os olhou e fez um muxoxo para Harry.
-Na verdade para Doug e Ben a cena foi divertida. Hilary ficou confusa e os bebês nem acordaram...
Doug era seu afilhado de dez anos, filho de Rony e Mione. Ben tinha dezessete anos e era o filho mais velho de Gui e Fleur, que também tinham Hilary, de treze anos. E os bebês eram Paul, de um ano, e Sara, de dois anos. Filhos de Fred e Carlinhos, respectivamente.
“São Weasleys. São bruxos. Já devem estar acostumados a cenas do tipo” pensou Harry. Ficava feliz dos sobrinhos não ficarem traumatizados, e ainda mais feliz ao lembrar que Hilde também estava dormindo na hora do incidente, mas não conseguia esquecer a expressão de Lola.
Nojo.
-Eu preciso ver minhas filhas –disse Harry depois de algum tempo.
-Alguém deve vir aqui daqui a pouco –disse Hermione com piedade- Você pode pedir para vê-las.
Ele balançou a cabeça vagamente. Ficaram todos em silêncio, constrangidos demais para dizer qualquer coisa. Harry queria abrir um buraco no chão e se enterrar. Rony colocou a mão em seu ombro.
-Vai ficar tudo bem, cara.
-Espero que sim.
A porta se abriu com um rangido e Draco Malfoy entrou com um sorriso de escárnio.
-Ora, ora, Potter. Anos sumido, mas teve uma volta triunfal, não?
Harry não respondeu nada. Malfoy continuou rindo e abriu a cela.
-Vamos, saia. Queremos fazer algumas perguntas a você e a sua esposa –Draco olhou para Gina ainda desacordada- Bom, por enquanto só para você. Depois você pode ver suas filhas...
Ele se levantou e respirou fundo, tentando pensar em outra coisa que não fosse esmurrar Draco Malfoy. Sua situação já estava ruim o bastante. Entrou numa sala e um homem estava sentado esperando-o.
-Sente-se, Sr. Potter.
Harry se sentou ao mesmo tempo em que Draco Malfoy deixava a sala.
-Bom dia, meu nome é Peter Hue. Arthur, Ronald e Hermione Weasley já prestaram depoimento. E até agora nenhum de nós consegue entender como uma simples poção Animadora pôde ter causado tanto estrago.
O homem o olhava profundamente, aparentemente não acreditava muito na história.
-O problema é que havia trouxas demais na casa, e todos estavam descuidados em excesso, porque estavam felizes por Lola ter recebido a carta de Hogwarts. Gina estava furiosa porque ninguém para de falar sobre isso, e os trouxas estavam ficando desconfiados de algo. Nós discutimos e ela tomou a poção. E pelo que eu me lembro dessa poção ela deve ter tomado uma dose oito vezes maior do que deveria.
-Sua esposa é uma bruxa, sabe a dosagem que deve tomar.
-Há mais de trezes anos que eu e minha esposa vivemos como trouxas.
Peter levantou uma sobrancelha.
-Então você, Harry Potter, passou mais de treze anos sem executar uma única magia?
-Exatamente.
-E a primeira magia que faz em trezes anos é estuporar sua esposa?
Harry sentiu um nó na garganta.
-Ela estava descontrolada, eu quis evitar que a situação piorasse.
Peter bufou de impaciência.
-Vamos, Sr. Potter. Essa sua história é ridícula, e você sabe que eu não acredito. Alguma coisa aconteceu na sua casa noite passada e eu desejo saber o que é. Infelizmente eu não vou poder te prender, nem você nem ninguém, devido ao seu passado. O Ministério seria apedrejado se Harry Potter, o bruxo que derrotou Você-sabe-quem, fosse preso. Eu acho que você fez algo muito errado, mas mesmo que tenha feito a população nunca vai deixar de adorá-lo. Você já sabe que não será prejudicado, então agora me fale: o que aconteceu?
-Eu já disse.
-A sua filha mais nova está com a avó dela, já que na hora do ocorrido ela estava dormindo e não viu nada. Mas a sua filha mais velha está na sala ao lado, e está em estado de choque. Não fala com ninguém, não quis comer nada e não dormiu a noite inteira. E eu acho que ela presenciou algo terrível para ter ficado assim...
Harry abaixou o rosto, o coração apertado. Tinha que ver Lola, tinha que abraçá-la e explicar tudo.
-Me deixe ver minha filha –pediu ele com a voz trêmula.
-Não antes que você me explique o que ela viu.
-Ela viu... Ela viu a mãe dela fazer bonecas flutuarem, e viu o pai dela fazer alguma coisa que desacordou a mãe dela. E tudo isso foi feito com varinhas.
Peter continuou a encará-lo com descaso.
-Lola não sabe que é uma bruxa. Ou não sabia, até ontem à noite.
Peter se levantou impaciente e já ia chamar alguém para levá-lo de volta para a cela quando Harry o interrompeu.
-Me deixe provar o que estou dizendo! Deixe eu ver a minha filha.
Peter encarou Harry, e embora não acreditasse na história dele, percebia que o ele falava sério.
-Acompanhe-me.
Harry saiu da sala e entrou na sala ao lado, onde uma Auror estava sentada lendo entediada ao lado de uma garota estática que olhava fixamente para a parede.
-Lola!
Ele correu e abraçou a filha, beijando o topo da cabeça dela.
-Fale comigo, minha princesa.
A garota continuava a olhar fixamente para a parede.
-Lola, olhe para mim –mandou ele com voz firme.
Ela só moveu os olhos, continuava com o rosto voltado para a parede.
-Você entende o que está acontecendo?
-Não.
-Entende o que aconteceu ontem?
-Não.
-Você é uma bruxa, Lola. Assim como eu, sua mãe, Hilde e todo o resto da família.
-Bruxos não existem –disse ela entre dentes, voltando a olhar para a parede.
-Existem e você viu mágica ser feita ontem. Você viu acontecer, por mais que queria ignorar.
Peter Hue estava perplexo. Ao que tudo indicava a história contada era verdadeira, mas o mais impressionante era a filha de Harry Potter não saber e não acreditar na existência da magia.
-Gina e eu íamos te contar hoje. A carta que sua mãe recebeu ontem... Na verdade a carta é sua. É uma carta de Hogwarts, a Escola de Magia e Bruxaria, na qual você ingressará esse ano.
A garota deu um riso amargo, mas não falou nada e continuou a encarar a parede. A atenção dela só foi desviada pela porta que se abriu num estrondo. Gina estava parada encarando a filha. Depois encarou Harry.
-Eu avisei que esconder a verdade nos traria problemas.
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N/A: Olá, pessoal!Mais um capítulo... a fic ainda no começo! Bom, se vc chegou até aqui, seja um bom membro da campanha 'Faça uma autora feliz!' e deixe uma resenha!!!rsrsr Bjussss
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