CAPÍTULO 1 – A candidatu
CAPÍTULO 1 – A candidatura
Acordara com o barulho do despertador. Maquinalmente se levantou e foi em direção ao banheiro. Lavou o rosto e olhando o espelho a sua frente, viu uma Hermione madura, com novas rugas que nasciam dia a dia. Já tinha seus trinta anos. A idade da seriedade, a idade da sabedoria.
Voltou para o quarto e procurou uma roupa para se vestir. O guarda-roupa, assim como a casa inteira, era impecável. Extremamente arrumado. Hermione adquirira a mania de não conseguir ver nada fora do lugar sem que tivesse um impulso de arrumar. Sua sorte era do lugar ser pequeno... Não se comparava à antiga casa.
Morava naquele lugar há dez anos. Quando Rony morreu Hermione não suportou viver com todas as lembranças vívidas dele todo dia então se desfez de tudo que o lembrasse.
Há anos vivia em um bairro afastado de Londres. Queria, além de estar longe das lembranças de Rony, estar longe de todos aqueles que pudessem de alguma forma comentar sobre o assunto.
Às vezes via Gina, que ainda teimava em visitá-la. Olhar aqueles cabelos ruivos tão parecidos com o de Rony lhe trazia lágrimas aos olhos. Evitava a bruxa o máximo que podia, mas Gina sempre dizia que não podia fugir dessa maneira.
Fuga, essa era a palavra exata para explicar a vida que Hermione levava há dez anos. Fugia do mundo, fugia dos sentimentos, fugia de si e, principalmente, fugia do passado. Não queria se machucar mais do que já estava.
Era uma nova bruxa, mas não no bom sentido. Sentia-se incompleta e com razão. Quando Rony morreu uma Hermione morreu junto. Uma Hermione alegre e determinada. Ela somente tinha uma dedicação na vida, dedicação essa que se tornara sua razão de viver. Sua campanha contra a escravidão dos Elfos Domésticos fora mais além do que muitos acreditavam. Hermione era agora a Presidente da Organização Não Governamental "Fundo de Apoio à Liberação dos Elfos" fundada por ela mesma há seis anos.
Sabia que Rony se sentiria orgulhoso por vê-la tão bem sucedida em algo que antes parecia um sonho. O que mais desejava era que ele pudesse realmente vê-la nesse momento de sua vida.
Vestiu-se e desceu as escadas sem nem tomar café da manhã. Morava exatamente encima da cede do F.A.L.E. Gostava de chegar cedo na ONG todos os dias. Era um costume diário levantar, vestir-se e ir trabalhar. Gostava de ajudar os elfos domésticos e, por conseqüência, ser bem quista por eles.
Nestes seis anos de ONG Hermione já conseguira que as leis a favor dos elfos fossem parcialmente mudadas, conseguindo para eles um salário mínimo digno, o direito de voto nas eleições para Conselheiros do Ministro da Magia e um representante elfo no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Não pensara duas vezes quando fora responsável em decidir o elfo doméstico que seria o Representante da classe; o nome Dobby foi o primeiro que pensou.
Infelizmente apesar do sucesso que conseguia em seus feitos a ONG não recebia apoio nenhum do Ministério da Magia. Estavam extremamente endividados com Gringotes, mas ela se negava a desistir, como muitos sugeriam.
Hermione abriu a porta que separava a garagem de sua casa da sede do FALE. Guardou o molho de chaves no bolso após passar pela porta. Tateou a parede procurando o interruptor. Acendeu a luz e visualizou o galpão estreito porém comprido da ONG. Diversas mesas estavam dispostas umas de frente para as outras com muitos papéis e telefones encima delas.
Pegou a lixeirinha, que ficava ao lado da porta de entrada, e caminhou pelas mesas esvaziando os cinzeiros cheios. Deu uma ajeitada nos documentos dispostos sobre as mesas e foi em direção à sua sala. Hermione, como Presidente da ONG, tinha uma sala só para ela.
Tirou o molho de chaves do bolso e abriu a porta envidraçada. Procurou o interruptor, guardando novamente as chaves nas vestes.
Ao olhar para sua mesa levou um susto. A silhueta de homem que estava em sua cadeira pôde ser vista na penumbra da sala. Hermione impulsivamente pegou a varinha no bolso da calça e a apontou para o estranho.
- Quem está aí? – disse ostensivamente.
- Por que você não acende a luz, Granger?
Hermione se xingou mentalmente por não ter pensado nisso e pior, pelo estranho tê-la lembrado desse fato.
Acendeu a luz sem tirar os olhos da figura a sua frente. Após a sala ser coberta pela claridade, Hermione encarou um bruxo alto, loiro, que se vestia elegantemente de preto e tinha olhos cinzas como a chuva que prometia cair do céu naquela manhã.
- Malfoy?!
- Ainda se lembra de mim? Isso já é um bom começo – disse com a voz arrastada que Hermione se lembrava bem.
- Como você entrou aqui?
- Não seja idiota, Granger. Sou um bruxo, sabia? Bruxos fazem mágicas. O feitiço para abrir portas é um dos mais simples, aposto que até você sabe proferi-lo.
Hermione sentiu seu sangue subir a cabeça. Apertou fortemente a varinha nas mãos, esperando um movimento em falso do loiro. Mas a única coisa que Draco fez foi se ajeitar na cadeira.
- Não quer sentar?
Era o fim. Como um bruxo que não via pessoalmente há quase quinze anos aparecia em sua sala e a convidava para sentar em sua própria cadeira? O pior era que nunca fora seu amigo... Ele realmente era abusado.
- O que você quer, Malfoy?
Ele lhe lançou um olhar superior como sempre fazia em época de escola.
- Pode abaixar sua varinha, Granger. Vim para falar de negócios.
- Negócios? – Hermione baixou sua varinha, mas não a guardou no bolso por precaução – A não ser que você resolva dar liberdade a todos os seus elfos domésticos eu não teria negócio algum para tratar contigo. Aqui é uma ONG que defende os direitos do Elfos Domésticos, Malfoy.
Draco se levantou e Hermione pôde ver que ele realmente estava mais conservado do que mostrava as fotos publicadas no The Quibbler e n'O Profeta Diário nos últimos anos.
- Seu movimento, ao qual você chama de Fale...
- É F.A.L.E.!
- Tanto faz – disse, parecendo não prestar atenção na última frase dela. – Esta sua ONG, pelo que eu saiba, tem sido a "pedra no caminho" de muitos bruxos de posses. Sua popularidade cresceu bastante nos últimos anos, Granger, e não há bruxos ricos que nunca tenham ouvido falar de seu nome.
Hermione se orgulhou de ouvir seus feitos serem ditos na boca de Malfoy. Era realmente uma honra já que ele somente se referia a ela para xingá-la.
- Você não veio aqui para me falar somente essas coisas, veio? – disse, ríspida.
- Não, claro que não – Malfoy voltou a sentar e Hermione logo o seguiu, sentando-se na cadeira em frente a ele. - Como você deve saber, Granger, minha fortuna veio da herança de minha mãe e dos meus investimentos com empresários trouxas. O petróleo para eles é como o ar para nós: essencial.
- Já li o suficiente sobre você nos jornais, Malfoy.
- Pois bem. Sou um bruxo renomado no mundo mágico. Tenho influências importantíssimas no alto escalão do Ministério – Draco parou alguns segundos de falar e encarou as mãos enlaçadas sobre a mesa. – Minha influência só não é maior do que a de meu pai. Ele possui uma fortuna em bancos bruxos e trouxas espalhados pelo mundo inteiro. Sem contar nos imóveis e estabelecimentos em nomes fantasmas mas que pertencem a ele.
Hermione sentia uma verdadeira repulsa por Lúcio Malfoy. Ela não se conformara por ele nunca ter sido preso por muito tempo mesmo todo mundo sabendo que continuava sendo um Comensal da Morte. O pior era que tinha quase certeza que o pai de Draco liderara o ataque ao Ministério no qual Rony morrera.
- O que Lúcio Malfoy faz não interessa a mim.
- Você sabia que ele será o próximo candidato a Ministro da Magia?
Isso realmente era novidade para Hermione. Lia diariamente três jornais mágicos e um trouxa. Considerava-se uma pessoa bem informada, mas isso sim era algo novo.
- Um Malfoy Ministro?
- Amigos poderosos de meu pai estão montando a campanha dele. Tudo será encoberto até que termine a votação para Conselheiro do Ministro.
Seria algo realmente catastrófico. Hermione conseguia lutar pelos direitos dos elfos com muita persistência diariamente, mas com Lúcio Malfoy como Ministro da Magia sabia que as coisas seriam muito mais difíceis.
- Por que você está me contando isso? – não estava entendendo o porquê de Draco estar ali, contando tudo aquilo. – Presumo que você tenha algo a dizer, pois, afinal, ele é seu pai.
- Qualquer bruxo no mundo mágico sabe que eu e meu pai cortamos nossa relação desde a morte da minha mãe...
- ... Quando você não quis ser um Comensal como ele – completou, provocando Malfoy.
- Os motivos que levaram eu e meu pai a nos desentendermos não vêm ao caso. – respondeu, estúpido – O que quero que entenda, Granger, é que eu e ele somos concorrentes em diversos negócios. Como você já deve ter presumido a candidatura de meu pai para Ministro atrapalhará imensamente o andamento de meus trabalhos.
- Os trabalhos ilegais, presumo.
- Isso depende somente de ponto de vista.
- Você continua muito sórdido, não? – Hermione se levantou. Estava exausta daquela conversa que, pelo que parecia, não levaria a nada. – Será que você pode me dizer o que eu tenho a ver com isso tudo?
- Como já disse você conseguiu muitas vantagens para os elfos domésticos com esta ONG, mas o mais promissor de seus feitos foi o direito de voto que foi concedido a eles. Em apenas duas eleições conseguiram eleger três conselheiros simpatizados com os direitos dos elfos. Isso, Granger, está atrapalhando imensamente os planos de meu pai – Draco falava lentamente. – O que ele precisa é de pelo menos 60% de aprovação dos Conselheiros... Coisa que fica difícil com a eleição que vem aí e com todo o poder de voto que têm a massa de elfos domésticos.
- Lúcio Malfoy terá o apoio de muitos bruxos...
- Mas mesmo que ele consiga que todos os bruxos do mundo mágico votem nos candidatos dele, coisa que seria impossível, teria que torcer para que alguns elfos votassem em qualquer candidato dele também.
- Independente disso, Malfoy, existe também outros candidatos ao cargo de Ministro, que também dependerá da votação dos Conselheiros. Lúcio Malfoy terá que se preocupar com isso também.
- Os candidatos que poderiam realmente afetar a candidatura de meu pai, como Amos Diggory e Citrus Fudge, filho do antigo Ministro, desistiram de concorrer sem dar muitas explicações.
- Provavelmente ficaram com medo do que seu pai pudesse fazer a eles ou tinham algum assunto pendente com os Comensais.
- O que interessa, Granger, é que quero colocar um candidato que realmente tenha a possibilidade de vencer meu pai.
- E quem lhe vem à mente? – perguntou, já cansada daquela conversa.
- Você, Granger.
Hermione ainda ficou alguns segundos com as palavras de Malfoy "passeando" por sua cabeça antes de realmente entender o que havia dito. Ela, candidata a Ministra da Magia? Não, não devia ter ouvido bem ou só podia ser uma brincadeira.
- Como?
- Granger, entenda, com a votação para Conselheiro o voto dos elfos domésticos fará grande diferença. Meu pai não tem simpatia pela causa dos elfos e, por isso, sairá perdendo quando os Conselheiros votarem no novo Ministro. Você tem chances suficientes para vencer meu pai nessa votação.
- Por que não outra pessoa?
- Você é a presidente de uma ONG que defende os direitos dos elfos domésticos e possuiu uma popularidade de dar inveja a muitos políticos.
- Espere um minuto... Quem disse que eu quero ser Ministra, Malfoy? Pode parar com esses seus planinhos. Mesmo que por um motivo absurdo eu aceitasse isso e ganhasse a votação eu nunca lhe ajudaria em nada.
- Chegamos ao ponto fundamental – disse Malfoy, pegando sua pasta preta, aparentemente muito cara, e tirando dela uns papéis. – Sabia que você diria não, Granger, então busquei algo que pudesse usar para lhe convencer.
Draco entregou a ela os papéis que tinha em mãos. Hermione passou os olhos pelos documentos e viu que alguns deles se tratavam das promissórias que ela mesma havia assinado no banco de Gringotes.
- Se você der uma boa olhada, Granger, verá que eu comprei o direito de todas as suas dívidas. Você não deve mais nada a Gringotes porém sua conta agora é comigo.
Hermione não sabia o que pensar. Se por um lado não dever para um banco com seus enormes juros era algo encorajador saber que estava devendo uma fortuna para Draco Malfoy era um verdadeiro pesadelo.
- Você está falando que se eu aceitar me candidatar para Ministra da Magia você quita esta dívida?
- Quitar? Não. Darei um prazo maior e posso até não cobrar os juros. Se bem que quando você ganhar...
- ... Se eu ganhar.
- Ok, se você ganhar me pagará este valor rapidinho.
Era sem dúvidas uma proposta tentadora. É claro que Hermione já tinha pensado em um dia ser Ministra da Magia (quem nunca havia pensado?), mas tudo estava depressa demais. Precisava pensar, ponderar os prós e os contras e avaliar se valia ou não a pena. Não queria também dar o braço a torcer tão rápido assim para Malfoy... Não podia deixá-lo pensando que ela estava desesperada com esta dívida.
- Isso se chama chantagem.
- Chame como quiser. Mas o que me diz?
- Terei que pensar no assunto.
- Não temos muito tempo...
- Me dê uma semana e lhe darei uma resposta – Hermione não queria mais falar com Malfoy. Sua cota de paciência aos olhares arrogantes e a voz arrastada dele já tinha se esgotado. – Agora se não tem mais nada para falar comigo... – apontou a porta aberta. - ... Por favor.
Ela pôde perceber que Draco não gostou muito de ter sido convidado a sair da sala, mas ele se levantou da cadeira em silêncio. Ele pegou sua capa preta, que estava pendurada nas costas da cadeira, e caminhou em direção à porta.
- Caso resolva aceitar ligue para este número de telefone trouxa – disse, entregando um cartão de visitas. – Deixe um recado com minha secretária que será mais fácil eu te encontrar do que você me encontrar.
Draco passou pela porta e neste exato momento um vulto entrou rapidamente na sala. Ambos se assustaram e após procurar com os olhos o que havia entrado há poucos segundos avistaram uma corujinha mínima, pequena o bastante para caber na palma de suas mãos.
- Esta bolinha de pêlo é um atentado a vida de qualquer um – disse Draco, saindo da sala.
Hermione fechou a porta. Já havia reconhecido Píchi, a coruja que fora de Rony. Ela chamou umas duas vezes a ave, que ainda sobrevoava em círculos a sala, antes de ela pousar em cima de sua mesa.
Um papel cinza estava amarrado nas patas da coruja com um barbante amarelado. Hermione retirou o papel, afagando a cabeça da ave que, de tão pequena, ficou totalmente escondida debaixo de sua mão.
Desenrolou o papel e viu a letra delicada e inconfundível da caçula Weasley. Gina realmente nunca desistia de manter contato com ela.
[i]"Mione,
Isto não é um convite, é uma intimação. Harry ganhou uma promoção no serviço. Ele agora está no comando da equipe de investigação no Quartel de Aurores. Vamos chamar alguns amigos para jantar em casa no sábado e você irá. Será às sete horas. Espero por você.
Beijos, Gina."[/i]
Hermione sorriu ao terminar de ler a carta. Bem sabia que não podia contrariar um Weasley... Vivera com um durante muito tempo e sabia que eles eram suficientemente teimosos para irritar qualquer um.
Pegou um pergaminho encima de sua mesa e rabiscou uma resposta dizendo que estaria no lugar exatamente às sete horas. Amarrou nas patas de Píchi com o mesmo barbante no qual a carta de Gina viera. Pegou a ave com as mãos e a levou até a janela. A coruja fora sua durante o tempo em que morara com Rony. Resolveu entregar a ave a Gina quando ele morreu... Até a pequena coruja a fazia se lembrar de momentos felizes, porém dolorosos.
O que será que Rony pensaria de tudo isso que estava acontecendo? Hermione nunca gostou de demonstrar, mas considerava muito tudo o que Rony dizia. A opinião dele sempre fora muito importante para ela.
Quando ele morreu, Hermione ficara durante pelo menos um ano em total relapso. Não queria saber de mais nada e não se importava com mais nada. Perdera a vontade de trabalhar, dormir, viver... Entrou em completa depressão. Gina fora uma das que mais a ajudou a sair desta situação. Eram realmente muito amigas.
Seria realmente bom encontrá-la. Precisava conversar com alguém sobre a proposta de Draco. Estava confusa, apesar de querer aceitar, não queria estar se envolvendo com Lúcio Malfoy... Sabia que seria perigoso estar no seu caminho.
A manhã passou lenta, já que não tinha muito serviço naquele dia. Algumas denúncias de maus tratos a elfos domésticos foram registradas, alguns telefonemas foram dados, mas nada muito importante havia acontecido.
Hermione saiu da sede da ONG exatamente à uma e meia da tarde para almoçar. Não gostava muito de cozinhar por isso comia todo dia no mesmo restaurante.
O céu estava ficando cada vez mais enegrecido. A chuva não tardaria a cair então apertou os passos.
Por um estranho momento sentiu como se tivesse alguém caminhando atrás dela. Parou e olhou para trás, mas não viu ninguém.
Continuou a andar depressa, mas a sensação de que estava sendo seguida não a abandonou. Passou a mão esquerda na calça e sentiu a varinha no bolso. Sentiu-se mais aliviada, pois se houvesse algum problema poderia usar um feitiço para se defender.
Entrou na Little Hanglet, uma rua paralela ao restaurante. Acelerou ainda mais os passos e sentiu que possíveis passos atrás de si também haviam sido acelerados. Sentiu um frio na barriga e apertou a varinha ainda no bolso.
Olhou para trás, ainda andando, e novamente não vira nada. Correu e virou a ruela que ligava a rua em que estava com a rua do lugar que almoçaria. Ao invés de ir em direção ao restaurante, ela parou. Ficou encostada na parede sem fazer muito barulho, esperando por um possível perseguidor.
Hermione pegou em suas vestes a varinha e ficou em guarda. No início achou que estivesse somente imaginando coisas, pois ninguém aparecera, mas após alguns segundos voltou a ouvir passos. Os passos agora eram nítidos e menos apressados, como se a pessoa tivesse desistido de seguí-la.
Quanto mais a pessoa se aproximava mais alto era o som das passadas. Hermione apontou a varinha para frente e assim que sentiu que a pessoa estava do seu lado foi para cima dela com a varinha em seu pescoço.
- Quem é você e por que está me seguindo?
Hermione pôde sentir a respiração da pessoa se intensificar. Virou-se devagar, ficando de frente para ela. Era um homem bem mais alto que Hermione, cabelos castanhos compridos e olhos profundamente azuis.
- Anda! Eu lhe fiz uma pergunta: por que estava me seguindo?
Por um instante Hermione se sentiu uma tola, pois não fazia idéia se aquele homem era um bruxo ou não. Ficou imaginando como ele devia estar sem entender nada se fosse um trouxa tendo seu pescoço apontado por um pedaço de madeira.
Ele a encarou no fundo de seus olhos... Hermione sentiu um frio no estômago. Sentiu como se de algum lugar já o conhecesse. Desapertou a varinha do pescoço do estranho e no momento em que perguntaria se eles já haviam se visto antes... Ele sumiu.
O bruxo desaparatou na sua frente, deixando-a com a impressão de que já o conhecia.
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