"A Fonte"
- Que lugar é esse e quem é você? – Perguntou Harry
- Eu sou apenas alguém que passa informações, enquanto a esse lugar. Bem, ele tem vários nomes, mas eu prefiro chamá-lo de “A Fonte”. – Disse o bruxo – É melhor nos apressarmos com isso, pois há muito para lhe dizer garoto.
- Como assim, não estou te entendendo.
- Ah! Isso vai ser mais complicado do que eu imaginava – Disse o bruxo, provavelmente em voz alta demais – Não passou pela sua cabeça que você foi induzido até aqui?
“Não me refiro a alguém ter trazido você até aqui, mas um sentimento dentro de você nos aproximou garoto. No fundo temos todos uma conexão, e eu estou aqui para lhe mostrar o que você tem a ver com tudo isso. Consegue me entender agora?”.
- Mais ou menos – Respondeu Harry
- Ótimo, então vamos começar. – Disse ele em um tom animado – Você já pode me entregar sua varinha agora garoto – Disse estendendo a mão.
- E o que pretende fazer com ela? – Perguntou Harry curioso
- Oras! Você não vai mais precisar dela não é mesmo? – Disse o bruxo rindo, mas ele parou logo depois e encarou Harry com uma expressão séria – O que você está fazendo aqui?
- O que? – Tudo aquilo só estava confundindo a cabeça de Harry
- O que veio fazer aqui? Você não sabe de nada?
- Saber do que?
- MEU DEUS! – Gritou o bruxo – Dumbledore não te contou nada?
- O QUE ELE NÃO ME CONTOU? – Agora era Harry quem gritava
- Eu realmente não esperava isso – Disse o bruxo indo até uma pequena mesa de escritório e se sentou – Por favor, venha até aqui.
Harry foi até a mesa e obedecendo ao pedido do bruxo se sentou de frente para ele. Harry finalmente teve algum tempo para visualizar melhor a sala, que na verdade mais parecia uma casa, perto da mesa onde Harry e o bruxo estavam sentados havia uma pequena cama, onde provavelmente o bruxo dormia. De uma porta entreaberta atrás deles Harry pôde ver uma cozinha simples.
- Isso vai ser um pouco difícil de entender – Disse o bruxo tirando a concentração de Harry da casa – Primeiro eu preciso que você me diga o que já sabe sobre este lugar.
- Tudo que Dumbledore me disse era que havia um tipo de poder especial nesta sala, um poder que eu tenho. Ele disse que era amor, o amor que minha mãe tinha por mim ao morrer.
- Bem, de certo modo ele não mentiu para você. Mas também não lhe disse qual é o propósito desta sala.
- E você pode fazer o favor de me dizer? – Respondeu Harry ironicamente.
- Entenda isso Potter – Disse o bruxo calmamente – Você pode acabar com tudo isso aqui, esse é o propósito. É simplesmente impossível que alguém entre aqui sem ter a chave.
- Essa chave? – Perguntou Harry revistando o bolso, mas ele não conseguia encontrar a chave em lugar algum – Onde ela está?
- Desapareceu. Essa que é a parte mais brilhante dessa sala, cada vez que a porta é aberta a tranca muda seu formato e a chave anterior desaparece. – Respondeu o bruxo – Vendo que você ainda não sabe muito sobre essa sala, eu acho melhor te mostrar algumas coisas. – Completou ele indo a direção a uma gaveta e tirou vários recortes.
Harry lia espantado várias notícias de jornais bruxos com matérias surpreendentes: “Garoto sobrevive ao ataque do mais terrível bruxo da história”, “Milagres da magia salvam pequeno bebê de um perigoso assassino”, “Reviravoltas no mundo das trevas: pequena menina sobrevive ao ataque de Kedavra!”.
- Mas esses casos são todos parecidos ao meu – Disse Harry
- Exatamente, e todos esses sobreviventes passaram por situações parecidas com a sua – Disse o bruxo com um sorriso – Todos eles estiveram aqui antes, entenda Harry que você tem outras escolhas, mas antes tenho que te mostrar porque isso está acontecendo.
“É como um jogo entende? Um pequeno desentendimento entre dois grandes bruxos aconteceu milhares de anos atrás e você entrou nesse jogo acidentalmente. Como aconteceu com todas essas crianças, vocês foram jogados no meio desse jogo por causa dos bruxos que causaram isso a vocês. Só quero acrescentar que esses bruxos sabem desse jogo, e para eles é como ter a honra de entrar nesse jogo.”
“Você não é nada mais que um peão no meio desse gigantesco jogo e acidentalmente acaba envolvendo outros peões. Podem ser amigos – Disse o bruxo fazendo Harry pensar em Mione e Rony -, ou podem ser familiares – Continuou fazendo Harry pensar em Sirius -, talvez sejam pessoas que se importam com você – Finalizou ele fazendo Harry pensar nos Weasley e em Dumbledore -, no fundo são todos peões. E como você sabe, uma hora ou outra uma peça pode ser sacrificada para se vencer o jogo.”
“O meu objetivo aqui é impedir que você seja a peça sacrificada, quando você chega aqui é como um peão chagar ao outro lado do tabuleiro. Você se torna o centro das atenções, a peça que muda todo o jogo.”
- E o que eu tenho que fazer para mudar o jogo? – Perguntou Harry
- É aqui que chega a hora das escolhas – Disse o bruxo – Eu estou aqui por uma habilidade especial que eu tenho. Eu posso trazer pessoas para cá Harry. Você tem duas escolhas, uma é trazer cinco pessoas aqui sendo que você deve ser uma delas.
- Por que?
- O objetivo principal de Voldemort é te matar Harry! – Disse o bruxo rindo – Aqui é o único lugar seguro.
- Como você sabe quem está atrás de mim se você não sai dessa sala?
- Por causa do meu acompanhante – Disse o bruxo apontando para um quadro onde se via um bruxo carrancudo. – Ele me passa todas as informações que vêm de fora.
- E depois que eu trouxer cinco pessoas para essa sala o que vamos fazer?
- Na cozinha há uma porta trancada, é claro que eu tenho a chave, mas o que importa é que essa outra porta leva a uma outra casa, mais espaçosa que essa e que vai comportar vocês cinco até que tudo acabe. Quando aquele que te persegue finalmente for destruído, então os outros quatro que você trouxe irão sair daqui para reconstruir o mundo dos bruxos.
- E por que eu não vou ajuda-los a reconstruir nada? – Perguntou Harry
- Pois infelizmente as coisas não acontecem do jeito que queremos. A ligação que houve entre você e Voldemort vai te matar. Quando Voldemort voltou com seu sangue ele criou uma conexão entre vocês que não pode ser rompida. Se ele morre, então você morre também.
- E que outra escolha eu tenho? – Perguntou Harry refletindo sobre o que acabou de ouvir.
- Você pode sair dessa sala nesse exato momento e encarar seu medo. – Disse o bruxo – É o que você quer fazer, não é? Você é realmente mais corajoso que os outros, você quer acabar com esse jogo de uma vez, ao invés de se esconder.
- É, eu tenho que fazer isso. Senão outros vão aparecer, e isso não vai acabar nunca.
- Vai. Esses bruxos são todos descendentes de Slytherin, e Voldemort é o último. Mesmo tendo um filho, seu grau de parentesco já é pequeno, o do seu filho será praticamente nulo. Vai ter tudo acabado.
- Mesmo assim, Voldemort está pero de chegar à imortalidade. Se isso acontecer ele nunca vai parar de destruir tudo e todos.
- Se você realmente pretende ir atrás de Voldemort, então há algo que precisa saber. Os aspectos desse jogo são complicados. Em resumo, Voldemort está atrás de quatro objetos, um de cada fundador de Hogwarts, esses objetos tem propriedades mágicas que se unidas podem dar um poder incomparável a ele. Todo esse poder mágico está em Hogwarts, escondido em uma sala até hoje desconhecida.
“Somente os fundadores da escola sabem como chegar à essa sala, mas como ele é descendente de um fundador, eu não duvido muito que ele saiba onde a sala está. O poder que ele vai obter nos objetos dos fundadores servirá como uma chave para entrar na sala. Dizem que esse poder escondido na sala, é o que da forças ao escudo que protege Hogwarts, ele é mais quente que o fogo, mais forte que um raio e congela o próprio gelo. Em resumo, ele ultrapassa todos as barreiras.”
- Obrigado por me contar tudo isso – Disse Harry se levantando.
- O prazer foi meu de contar minha história para você. Se cuide – Disse o bruxo apertando a mão de Harry e perguntou – Para onde quer ir? Do mesmo jeito que posso trazer pessoas para dentro dessa sala, também posso tira-las.
- Você pode me deixar em Hogsmeade, obrigado.
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