A Chave
Aqueles recentes acontecimentos não estavam ajudando em nada o Ministro da Magia, no momento ele estava em um táxi trouxa acompanhado por dois dos melhores aurores que conhecia, o dia havia clareado há alguns minutos e pelo que o Ministro podia ver pela janela do táxi não, seria nada bonito.
O que Rufo Scrimgeour estava para fazer era considerado uma idiotice, um ato de desespero nesses momentos difíceis pelas palavras de seu secretário e ex-ministro. Mas na cabeça de Rufo aquele ato não demonstrava em nenhum momento desespero, mas sim esperteza.
O Ministro saiu do apertado táxi acompanhado dos aurores.
- Por favor, fique aqui para se certificar que o táxi não vá embora Scooter – Pediu o Ministro.
- Mas eu vim de Hogwarts para ver isto acontecer! – Protestou Paul.
- Certo você pode vir comigo, mas se o táxi tiver ido embora quando voltarmos você terá que voltar até Hogwarts a pé – Disse o Ministro calmamente.
- Como você quiser, eu fico!
Rufo sorriu, aquela tática nunca falhou. Naquele momento todas as brincadeiras ajudariam a relaxar, pois ele estava sentindo há muito tempo que os tempos sombrios que o mundo bruxo estava esperando chegaram.
O Ministro da Magia entrou andando calmamente pelo hall do famoso banco trouxa, aquele era o último lugar onde Voldemort iria procurar por aquilo, pelo menos era o que Rufo esperava, pois se Voldemort encontrasse aquilo, o mundo bruxo estaria com sérios problemas, principalmente o garoto que estava estudando em seu último ano em Hogwarts.
Rapidamente um atendente foi em direção ao Ministro da Magia e o auror que estava protegendo-o.
- Poderia ajuda-lo senhor? – Disse gentilmente o atendente
- Claro! Eu gostaria de abrir uma conta no banco? Você poderia me dizer onde ir? – Perguntou Rufo
- Está vendo aquele largo corredor? – Perguntou o atendente que continuou sem esperar resposta – Siga por lá até chegar em uma porta de carvalho escrita “Gerenciamento de Contas”. Lá você só precisa falar com o Ralph que ele lhe dirá tudo.
- Muito obrigado – Agradeceu Rufo, aquilo estava sendo muito mais simples do que imaginara.
O Ministro obedeceu todas as instruções dadas pelo atendente, seguiu pelo corredor que parecia não ter fim até chegar na última porta onde uma pequena placa dourada anunciava “Gerenciamento de Contas”. Rufo deu três fracas batidas na ornamentada porta de carvalho e pacientemente esperou pela resposta que demorou a chegar.
Uma mulher mau-humorada atendeu ao chamado de Rufo, ela segurava um cigarro na mão e tinha a cara de quem mataria alguém que tornasse a incomodá-la.
- O que deseja? – Perguntou ela com desdém.
- Gostaria de falar com Ralph.
- Por quê? – Perguntou ela com cara de quem não estava nem um pouco afim de colaborar.
- Eu quero abrir uma conta no banco.
- O.K. você pode entrar – Disse ela dando um espaço para Rufo entrar na sala – E você? – Perguntou ela para o auror que estava seguindo Rufo – O que quer?
- Ele está comigo – Disse Rufo puxando o auror para dentro da sala.
Logo após Rufo ter entrado na sala um homem alto e bem-vestido foi correndo em sua direção, o homem obviamente era o tal de Ralph, mas para alguém que fazia parte do gerenciamento de contas ele não parecia ser tão sério.
- Bom-dia senhor! Então você gostaria de abrir uma conta? – Perguntou ele animado.
- Exatamente. Por onde começamos?
- Oras! Não somos como os outros meu senhor – Disse Ralph rindo – Vamos para a minha sala.
Ralph levou o Ministro a o auror e trancou a porta da sala, ele ainda ria da pergunta de Rufo como se fosse uma piada.
- Meu senhor, nós somos um banco dos mais secretos que existem no mundo. Os verdadeiros tesouros que guardamos são os nomes dos nossos clientes, ninguém sabe o nome deles nem o que guardam.
- Eu sei – Disse Rufo – E é por isso que vim até aqui para guardar meu pequeno tesouro.
- Ótimo, vamos fazer isso rapidamente? – Disse Ralph sem nem esperar uma resposta – Você não precisa dizer seu nome nem nada, só quero que me diga qual é o nível de segurança do objeto que quer guardar.
- Cinco.
- Nossa! Nossos melhores cofres são os de nível cinco! – Disse ele rindo – Se esse é o caso eu preciso avaliar o objeto para ver se ele realmente é tão valioso.
Rufo tirou uma pequena caixa de seu paletó hesitando por alguns segundos antes de entrega-la à Ralph. A animação dele se aumentava a medida que Rufo colocava a caixa em suas mãos, Ralph não podia esperar para ver o que aquela caixa guardava.
Ralph cuidadosamente abriu a caixa de madeira e logo que o fez mostrou uma expressão de desapontamento.
- O que foi? – Perguntou o Ministro.
- É isso? – Disse Ralph tirando uma pequena chave de dentro da caixa – Uma chave!
- Exatamente.
- Me desculpe senhor, mas uma chave não é tão importante para ser guardada em nível cinco! – Disse ele mantendo o desapontamento – De modo algum isso será guardado em nível cinco, não permitirei!
- Você não sabe o que isso abre – Disse Rufo em voz baixa – Ninguém pode imaginar o que essa chave guarda!
Ralph parou por um instante, “Talvez essa chave realmente seja de grande importância” pensou ele, “Talvez eu deva dar uma chance à esse homem”.
- Então nós temos um negócio! – Disse Ralph tendo sua antiga animação de volta – Foi um prazer te conhecer senhor, você pode deixar essa chave comigo que eu já vou guarda-la!
- Não – Disse Rufo – Eu quero ver que ela está em segurança.
- O.K. me acompanhe.
Alguns minutos depois Rufo andava calmamente pelos corredores subterrâneos do banco acompanhado pelo gerente de sua nova conta, e após acompanhar o processo de segurança e ver a chave ser guardada ele voltou ao hall indo em direção ao táxi e de Paul. “Com certeza Voldemort não irá procurar a chave aqui!” pensou ele ao entrar no táxi, mas infelizmente ele estava enganado.
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