Novas Aulas de Oclumência



Estava muito escuro, Harry não podia ver quase nada, tentou se mover, mas suas pernas não alcançavam o chão. Seus olhos começaram a se acostumar com o escuro e ele pode distinguir algumas formas, ele olhou para os lados para poder ver o que o segurava tão alto, e então, ele viu que estava sendo segurado pelos braços. Havia duas estátuas de cobras, pelas suas bocas abertas os braços de Harry entravam como se estivessem sendo engolidos pelas cobras, os braços de Harry estavam até os cotovelos dentro das cobras.
Então, repentinamente, uma luz verde iluminou todo o local onde Harry se encontrava, e ao olhar em volta, percebeu que além de estar preso em um calabouço, estava a mais de sete metros do chão, sem nenhuma proteção contra uma queda. Foi então que o medo tomou conta de si, uma forma de homem apareceu no fundo de um corredor que dava acesso ao calabouço em que estava. O homem chegou perto da luz de modo que seu rosto pôde ser visto, os temores de Harry se confirmaram.
Voldemort olhava sorrindo para sua presa. “Inofensiva” pensou ele, “nesta noite tudo acaba”.
- Harry, Harry. Confortável? – Disse ele em um tom cínico – Está preparado para o fim?
- Claro que estou, esperei tanto tempo para ver você morrer, você acha que sete anos não seriam o suficiente?
- Ainda acha que pode me enfrentar garoto? Mesmo sem uma varinha? – Disse Voldemort agitando a varinha de Harry com a mão esquerda – Que tal sermos mais justos? Pegue sua varinha! – Então Voldemort jogou a varinha de Harry para ele. A varinha bateu fracamente na barriga de Harry caindo no chão aos seus pés – Ah! Eu me esqueci que você não pode usar suas mãos! – Disse Voldemort rindo, aparentemente ele estava adorando tudo aquilo – Bem vamos logo com isso não? – Então ele apontou sua própria varinha para o peito de Harry.
Estranho como quando a hora chega, nós lembramos de nossa vida. Era aquilo que se passava na cabeça de Harry, ele estava se lembrando de quando o cachorro de Tia Guida o acuava em uma árvore, do dia em que Hogwarts lhe mandara cartas para que ele começasse a ter aulas lá, quando ele conheceu os Weasley, se lembrou do encontro com sues pais no espelho de Ojsed, as memórias não tinham fim, elas passavam como tiros em sua mente, finalmente uma memória parou em sua cabeça, a sua memória mais recente, ele estava na beira do lago em Hogwarts junto com Gina, os dois estavam dando risadas e se divertindo durante horas então ele teve seu último pensamento, “Eu espero que ela esteja bem”. Então tudo chegou ao fim, Voldemort cansou-se de esperar e gritou “AVADA KEDAVRA”, toda a visão de Harry foi tomada por uma luz verde clara quase o cegando.

- HARRY! HARRY! – Ele estava ouvindo uma voz que perecia estar muito longe, seria seu pai?
- POTTER ACORDE! – Desta vez ele tinha certeza que não podia reconhecer a voz. A morte parecia indolor, muito tranqüila tirando o fato de que ele não podia ver nada.
Então, como se estivesse tentando congela-lo, um jato de água fria atingiu todo seu corpo. Então Harry foi puxado para a realidade, ele estava comprimido contra a janela ao lado de sua cama todo encharcado rodeado pelos alunos da Grifinória, até mesmo os alunos do primeiro ano estavam tentando ver algo na porta do dormitório. Ao olhar para frente viu Quim olhando para ele, Quim estava com sua varinha em punhos, provavelmente foi ele quem encharcara Harry para acorda-lo.
- Vamos, acabou o show crianças – Disse Quim tirando todos do dormitório – Cada um para sua cama agora! – Então Quim guardou sua varinha e segurou Harry pelo braço – Venha comigo, precisamos conversar.
- Mas o que eu fiz?
- Nada, eu não vou puní-lo.
Harry foi lentamente acompanhando Quim até a sala onde meses atrás ficava a Prof. McGonagall, a sala continuava a mesma, ao chegarem lá Quim pegou sua varinha novamente e fez um aceno que secou Harry na mesma hora, logo após Quim se sentou e fez um sinal para que Harry fizesse o mesmo.
- O que aconteceu? – Quim perguntou
- Eu gostaria de saber o mesmo professor.
- O seu amigo Rony disse que acordou ouvindo você gemendo, então você começou a suar e gemer mais alto acordando todos seus amigos, então quando eu cheguei lá nós estávamos tentando acordá-lo fazendo o menor barulho possível para não acordarmos os outros alunos, até que, derrepente, você soltou um berro que acordou todos os alunos da Grifinória como você viu.
- Eu estava sonhando.
- Com o que especificamente?
- Voldemort. Ele tinha me prendido então me matou. O que isso significa?
- Que Dumbledore estava certo.
- O que?
- Dumbledore disse para que eu ficasse de olho em você para o caso de que Voldemort tenha parado de usar a Oclumência contra você, lembra que ano passado ele havia parado de “trocar informações com você”.
- Lembro
- Talvez ele tenha parado, e agora pode estar tentando entrar na sua mente novamente.
- Por que? Qual o motivo para ele queira que me veja morrer?
- Medo. É o “combustível” que move Voldemort. A sensação de prazer que ele tem quando percebe que os outros têm medo dele.
- Você não liga de usar o nome dele?
- Eu aprendi com Dumbledore que o nome de um bruxo pode gerar o medo entre outros, e Também aprendi com Dumbledore que se eu vencer essa barreira eu posso destruir aquilo que motiva o bruxo qual os outros não pronunciam o nome. Simplificando Harry, como eu já estava lhe falando, Dizendo o nome dele eu estou um passo adiante para perder o medo dele.
- Eu vou ter que voltar a fazer aulas de Oclumência?
- Sim, desta vez eu serei seu professor Harry. Eu sei o quanto você detestava as aulas com o Prof. Snape por isso farei meu melhor para que nossas aulas sejam melhores.
- O.K.
- Agora é melhor você voltar para sua cama, mesmo que não consiga dormir novamente, pois eu acho que seus amigos não te deixarão de qualquer jeito.
Na verdade Quim estava muito enganado, como os amigos de Harry já o conheciam a muito tempo eles não disseram nada quando ele entrou no dormitório pois já haviam se acostumado com acontecimentos como aquele.

No dia seguinte Dino, Simas e Neville haviam mostrado sua preocupação com Harry simplesmente perguntando se ele estava bem e se teve algum problema com o Quim, mas Hermione queria chegar fundo ao acontecido.
- Harry, você sabe a gravidade disso não sabe?
- Surpreendentemente Hermione, foi comigo que aconteceu da última vez – Disse Harry em um tom cínico.
- Eu sei! Mas você não pode fazer aquelas besteiras que você fazia com o Snape!
- Desta vez vai ser totalmente diferente. Não vai ter o Snape e sim o Quim, e ele me disse que vai fazer tudo que puder para que estas aulas sejam melhores do que as anteriores.
- Certo – Disse Hermione, mas pela sua cara alguma coisa ainda a incomodava.
Ao olhar para frente Harry viu o que estava incomodando ela, alguns metros além deles Crabbe e Goyle estavam os encarando. O problema foi rapidamente resolvido quando, da porta ao lado deles, Quim saiu e foi diretamente de encontro a Harry e Hermione.
- Bom dia – Disse ele em um tom formal – Eu não sei se você já olhou no seu horário Harry, mas nossa aula será amanhã e eu quero que você espere todos saírem da sala para que eu possa lhe passar mais informações sobre nossas aulas.
E, quando Harry ia dar uma resposta, Quim desapareceu mais rápido do que havia aparecido. Harry esperava que alunos da Corvinal ou Lufa-Lufa viessem fazer perguntas sobre o que havia acontecido durante aquela noite, mas o dia passou sem nem ao menos as gozações dos alunos da Sonserina.

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