De volta à Toca
Era uma tarde fria no final de julho, e todos estavam agasalhados em suas casas lacradas na Rua dos Alfeneiros, com exceção de um garoto magricela debruçado na janela do segundo andar na casa de número quatro. O garoto mostrava indiferença ao frio que sentia, seu nome era Harry Potter, e ele parecia um garoto qualquer, magricela com roupas excessivamente grandes para ele, pois as roupas pertenceram ao seu primo Duda que era no mínimo três vezes maior do que ele. Harry também tinha uma cicatriz em forma de raio em sua testa, um presente de Lord Voldemort.
Mas o que poucos naquela rua sabiam era que ele era “Harry Potter, o menino que sobreviveu”, e que, como seus pais, ele era um bruxo preste a atingir a maioridade. O quarto de Harry estava, surpreendentemente, arrumado. Ao lado de sua cama estava seu malão com livros de feitiços, livros de transfigurações, e de poções, acima de seu malão se encontrava a gaiola de sua coruja, Edwiges, que encarava o pôr-do-sol no ombro do dono. Sua vassoura, uma Firebolt que era o orgulho de Harry, estava encima de sua cama. Harry esperava pacientemente o momento que ele esperou a semana toda, não era simplesmente o fato de que naquela noite ele atingiria a maioridade como bruxo, ao lado de sua Firebolt havia um pergaminho amassado, a carta mais importante que recebeu nas férias, que dizia:
"Harry iremos te buscar na véspera do seu aniversário.
NÃO SAIA DA CASA DOS SEUS TIOS
P.S: Dumbledore quer falar com você
Remo Lupin"
Com assim? Dumbledore quer falar comigo? Mas eu vi Snape matá-lo! Pensou Harry, mas respondeu um educado O.K.
Já havia anoitecido há muito tempo, Harry olhou para o relógio, faltava meia hora para seu aniversário. Quando derrepente, CRAQUE! Harry olhou para dentro de seu quarto e avistou Lupin, Tonks, Moddy e Quim Shacklebolt olhando sorridente para ele.
- Então, teve uma boa noite na janela? – Perguntou Lupin.
- Com você sabia?
- A Sra. Figg nos disse – Respondeu Tonks rapidamente.
Então a porta do quarto se abriu e dela saiu a gigantesca forma de Tio Válter que apareceu com uma expressão de raiva no rosto, provavelmente porque o CRAQUE o acordou, que logo se transformou em um largo sorriso.
- Então vocês vão leva-lo embora!
- Exatamente Dursley – Rosnou Moddy.
- Bem não se demorem. Ninguém irá incomoda-los, contanto que não hajam... CORUJAS! – Berrou Tio Válter, no exato momento em que uma coruja marrom entrou no quarto deixando uma carta aos pés de Lupin e foi embora.
Tio Válter saiu do quarto murmurando xingos para a coruja.
- Provavelmente é a Molly reclamando que estamos atrasados – Disse Moddy.
- Correto – Respondeu Lupin.
- Pedirei desculpas pessoalmente quando chegarmos lá.
- Sabe Harry – Explicou Tonks – Moddy nos fez ir até o Ministério da Magia, para “despistar” alguém que estivesse nos seguindo, e um auror novato o alugou por um bom tempo.
- Então vamos Harry? – Perguntou Lupin – Por acaso você já sabe aparatar?
- Já.
- Certo. Quim vai levar suas coisas e n...
- Não – Harry o interrompeu – Eu não vou voltar para Hogwarts este ano.
- De qualquer jeito Harry. Quim irá leva-las _ Respondeu Lupin – E nós iremos para A Toca. Agora se prepare.
Harry concentrou-se na cozinha d’A Toca então ele teve a sensação de estar sendo espremido e quando abriu os olhos se viu na cozinha d’A Toca rodeado pelos Weasley, Hermione, e Fleur Delacour. E na sua frente, ele via alguém que a uma semana ele não acreditaria que estava vendo, mesmo que em um retrato a figura de um Dumbledore sorridente que olhava para ele era inconfundível.
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