DÚVIDAS? PROCURE O PROF. SNAPE
CAPÍTULO 10:
Hermione e Reka chegaram à porta da sala do Prof. Snape realmente apreensivas com o que poderia acontecer. Principalmente Hermione. Instantes depois de baterem à porta, esta se entreabriu e de lá de dentro ouviram a temida voz.
- Pode entrar.
As duas entraram, Reka disfarçada como Ornovsky e Hermione segurando um grosso livro às mãos.
- Ora, ora, ora – riu-se ironicamente o professor – que casal mais exdrúxulo entrando aqui na minha sala. A senhorita Irritante Sabe-Tudo da Grifinória e o estrangeiro da Sonserina. O que desejam? Não tenho o dia todo...
Reka preferiu tomar a iniciativa, tendo em vista o nervosismo da amiga.
- Professor Snape. Eu estava na biblioteca, pesquisando sobre um dever da professora McGonagall, quando vi essa desafiadora colega aqui contando vantagens sobre como enfeitiçar objetos de modo que eles possam atacar os próprios donos. – deu uma pausa – Imagina, senhor, que ela falou que esse tipo de magia fora inventado e era ainda praticado por bruxos das trevas da Europa Oriental até os dias de hoje. E disse isso àquele grupinho nojento da Grifinória, liderados por aquele seboso de óculos que se acha o máximo...
- Potter – apartou Snape – sei bem de quem você está falando. Eles vivem colados , juntamente com aquele ruivo idiota do Ronald Weasley. Mas o que trás vocês duas aqui? – perguntou desconfiado.
- É que quando fui defender o povo bruxo do meu país, fui ridicularizado pelo grupo, com todos afirmando que se ela tinha dito era porque seria verdade, uma vez que Hermione é a melhor estudante da escola..
Snape levantou-se de sua cadeira e caminhou lentamente contornando as duas moças e perguntou às costas de Hermione.
- É verdade o que ele falou srta. Granger?
- Nós não ridicularizamos ninguém, senhor – defendeu-se a moça – eu apenas estava esclarecendo ao Harry e ao Rony que tipo de feitiço era esse, uma vez que eles estão achando que as vassouras do time de Quadribol da família Weasley desapareceram, como o senhor deve saber, imaginando que seria coisa de bruxos das trevas para prejudicar alguém. Eu até peguei esse livro aqui que fala de antigos feitiços dos países da Europa Central para poder comprovar o que eu estava...
- O que não lhe dá o direito de ridicularizar ninguém, srta. Granger. Muito menos aos estrangeiros que estão em intercâmbio por aqui em Hogwarts.
A atmosfera estava pesada. Por alguns minutos todos ficaram calados, até que por fim o professor tomou novamente a palavra.
- Sr. Ornovsky, a srta. Granger no que diz respeito a origem desse tipo de feitiço está correta. Porém vou levar em conta o desacato contra um aluno da Sonserina e tirar dez pontos de cada um dos três estudantes que lhe ridicularizaram. Pode se retirar, srta. Granger, o Sr. Ornovsky ficará por mais alguns instantes aqui comigo.
Preocupada Hermione saiu carregando o livro antes dando um olhar significativo a amiga, que piscou um olho como quem diz que estava tudo bem.
Snape voltou a se sentar olhando do alto dos seus escuros olhos penetrantes para o pretenso aluno da Sonserina. Reka sustentou-lhe o olhar tranqüilamente.
- Dumbledore não me disse nada que o aluno vindo de Durmstrang chegaria ainda nesse semestre. Por que você veio mais cedo para cá? – perguntou o astuto professor.
- Escrevi ao professor Dumbledore pedindo permissão de vir mais cedo, por ser um grande fã de Quadribol, sabendo que estaria acontecendo esse torneio entre famílias, para poder também assistir. Minha família toda desapareceu na última tempestade de gelo do ano passado sendo soterrada por uma avalanche e não teria mesmo com quem passar as festas de final de ano. O professor Dumbledore foi condescendente o bastante para me permitir chegar antes.
A maneira fria com que Reka contou sobre a morte da família terminou por convencer ao professor de Defesa Contra a Arte das Trevas. Com o silêncio do professor, Reka aproveitou para perguntar:
- O senhor realmente acha que foi algum bruxo das trevas quem roubou as vassouras do time deles, professor Snape?
- Não, senhor Ornovsky, a não ser que o senhor esteja me acusando de ser um bruxo das trevas.
Reka não deixou que o espanto que sentia transparecesse em seu rosto. Quer dizer que tinha sido ele. Harry e Rony tinham razão em desconfiar do odiado professor.
- Mas senhor – perguntou – isso não é uma atitude errada?
Snape sibilou de volta.
- Por acaso o senhor está julgando os atos de um professor, que também é diretor de sua casa, sr. Ornovsky?
Reka apressou-se a dizer.
- Não senhor, não o estou julgando. Mas pelo que dizem do professor Dumbledore, com seu enorme senso de justiça, isso não seria muito bem visto por ele...
- Pois foi exatamente o professor Dumbledore que me pediu para “guardar” as vassouras novas que Potter comprou para o time dele, justamente com medo que alguém as roubasse ou as enfeitiçasse como ocorreu há 6 anos atrás. Eu simplesmente não avisei ao time que confiscaria as vassouras. Quem sabe o nervosismo e a tensão do ato abale o time deles e dê a vitória ao time dos Malfoys tirando aquele detestável ar de superioridade do Potter.
- Brilhante idéia, professor. – anuiu rapidamente Reka para deixar Snape orgulhoso do que tinha feito, sem assim levantar suspeitas – Mas o senhor vai devolvê-las somente no dia?
- Essa é precisamente a idéia, sr. Ornovsky.- respondeu o professor.
- Mas é lógico que o senhor irá fazer algo às vassouras, não? – perguntou a esperta brasileira – pelo menos reduzir um pouco a velocidade delas.
Snape arregalou os olhos.
- O senhor já praticou Oclumência alguma vez? Em Durmstrang ensinam essa prática?
Reka viu que estava avançando muito rápido, mas agora tinha era que tratar de encerrar a entrevista com Snape o mais rápido o possível.
- Pratica-se sim, a Oclumência em Durmstrang, senhor mas só no último ano letivo. Agora, se o senhor me permite, tenho que me preparar para a aula de astronomia, na torre norte. O senhor me daria licença?
- Perfeitamente, sr. Ornovsky. E obrigado por ter me trazido essa nojentinha da Grifinória aqui, para poder lhe tirar alguns pontos.
Reka já estava à porta da sala do professor, quando esse lhe chamou mais uma vez:
- E sr. Ornovsky – disse Snape praticamente em um sussurro ameaçador. – Não preciso lhe dizer que o que foi falado aqui fica em absoluto sigilo.
- Claro, professor Snape. Eu nunca trairia a casa a qual pertenço. Boa noite, senhor.
E fechou a porta, dando um suspiro de alívio. Ao ver Hermione parada na escadaria, fez-lhe um gesto de tudo bem e mandou-a subir correndo para a sala da Grifinória.
Somente dentro da sala comunal foi que Reka se tranformou de novo, com a sorte dessa só estar com os amigos que a esperavam, com notícias.
Reka colocou-os a par da tremenda maldade que Snape estava fazendo, deixando a todos revoltados.
- Pelo menos já sabemos que ele devolverá as vassouras no dia da partida. – disse Reka querendo animar os amigos.
Rony estava com muita raiva.
- Mas devolverá as vassouras enfeitiçadas. Mais lentas. De que vão adiantar?
Neville tentou ajudar.
- Mas são melhores que as antigas que o pessoal do time tinha...
Harry muito desconfiado falou.
- Isso se ele não colocar nenhum outro feitiço. Além disso não podemos esquecer que Malfoy arranjará uma Goles enfeitiçada também.
Todos, apesar da revolta, calaram-se sem idéias.
Foi Gina quem rompeu o silêncio.
- Isso é um trabalho para os super gêmeos Weasleys. Somente eles teriam peito para pegar as vassouras nas barbas do Snape. Nenhum de nós temos idéias malucas o suficiente para isso.
Reka perguntou para a cunhada.
- Mas não será perigoso, Gina. O Snape é fogo...
- Mas para aqueles dois ali não tem tempo ruim. Vamos mandar uma coruja pedindo para eles virem para Hogwarts o mais rápido possível.
Porem os gêmeos apesar de revoltados, disseram que somente no sábado após o expediente, ou seja, após as 18 horas estariam liberados para irem para Hogwarts. O número de fregueses que esperavam no sábado era muito grande devido a enorme quantidade de turistas para a final. Vera e Angelina não conseguiriam dar conta do recado sozinhas. Teriam que esperar até sábado e torcer para até lá Snape não detonar de vez as Nimbus.
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