Quem sou eu? Quem é você?



Capítulo 2 – Quem é você? Quem sou eu?

Notas dos Autores:
Gente, esse capítulo pode parecer um pouco confuso, por isso leiam com atenção.

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Gina estava muito nervosa, sentia uma lágrima deslizar pela sua face, quando ela lembrou o que sua mãe tinha lhe dito à algum tempo atrás: “Os sonserianos não valem uma lágrima sequer”.

Sua experiência com Tom Riddle, acabou que aumentando sua raiva por sonserianos. Ela já tinha amadurecido bastante, mas não o suficiente para não se abalar emocionalmente com as lembranças de Riddle.

O jardim estava todo iluminado magicamente por lamparinas de âmbar enfeitiçadas para dar um tom de azul, o que deixava o jardim muito lindo. Não tinha ninguém no jardim e Gina pode reparar cada detalhe, havia uma pequena lagoa de águas cristalinas que deixava ver as pedras em seu fundo, no meio havia um chafariz enfeitiçado que parecia fazer acrobacias com os jatos d'água. Uma leve brisa batia em seu rosto, todo aquele ambiente foi fazendo com que Gina relaxasse e ficasse cada vez mais calma.

- O que você esta fazendo aqui, Weasley? – uma voz surgiu atrás de Gina, que instintivamente virou e deu de cara com Draco Malfoy e seu habitual sorriso sarcástico e sua expressão de desprezo.

Gina respirou fundo, não queria se estressar de novo.

- Não é da sua conta! – disse arisca, balançando a cabeça.

Draco Malfoy deu a volta no banco de modo que ficou de frente para Gina.

- É mesmo... o que você está pensando deve interessar somente você e ao TOM RIDDLE – sorriu irônico enfatizando o nome do herdeiro de Slytherin. Draco sabia que as lembranças de Riddle deixava a ruiva profundamente desequilibrada.

- Ora, seu crápula! – disse ela, se jogando em cima dele.

Os dois saíram rolando pela grama do jardim, até que eles pararam, Gina estava totalmente deitada na grama e Malfoy estava ajoelhado sobre ela, segurando seus antebraços.
- Esse é o seu máximo? – perguntou com desdém.

Gina tentou se soltar com as mãos, estava muito enfurecida e ainda não tinha terminado o seu ‘serviço’, queria bater mais em Malfoy, tudo em vão. Gina percebeu que não adiantaria em nada seu esforço para se soltar, apenas bufou.

- Me solta, seu nojento! – disse ela resmungando da visível desvantagem.

CRACK! Os dois ouvem o ruído de um galho seco se quebrando e uma voz rouca exclamou:

- Commutare Corpus! - quase instantaneamente um forte clarão surgiu da direção da voz. A luz era muito forte e fez com que eles ficassem totalmente zonzos. Gina sentia que sua alma estava sendo sugada, Draco já não sentia seu corpo. Definitivamente aquela sensação era horrível.




Quando Draco e Gina acordaram estavam ensopados na margem da lagoa, seus corpos estavam parcialmente cobertos pelas águas da lagoa, águas aquelas que outrora estavam calmas, agora estavam agitadas criando pequenas ondas que tocava os corpos de ambos.

Isso porque com o impacto do feitiço Gina e Draco foram arremessados para a orla da lagoa, fazendo com que as águas ficassem agitadas.

- Que droga! O que fo... – Draco parou de falar ao perceber que sua voz tinha mudado drasticamente.

Draco se levantou, ainda com os pés dentro da lagoa, fechou os olhos por um instante e olhou para baixo em busca do seu reflexo na água, engoliu seco e soltou umas silabas indecifráveis.

Não acreditava no que estava vendo, olhou para o lado em busca de Gina e viu a si próprio, sentado e observando perplexo toda aquela cena, era ele em carne e osso.

- Quem é você? – foi a primeira pergunta que passou pela cabeça de Draco naquele momento.

- Eu sou a Gina... – disse o loiro ofegante, rebatendo: - Então você é...

Houve um silêncio momentâneo.

- Dra...co Mal...fo...y – disse a ruiva pausadamente.

Só agora eles entenderam a gravidade da situação: não era brincadeira, não era ilusão nem sonho.

Tinham trocado de corpos!

- Que brincadeira é essa Malfoy? Quero meu corpo de volta! – exclamou Gina aflita, observando as mãos de pele pálida.

- Ora, Weasley! Não percebeu que aquele bruxo trocou nossos corpos? – disse saindo correndo da lagoa, na tentativa de conseguir achar o bruxo.

Gina se lembrou do momento exato da hora em que tudo aquilo tinha acontecido. Alguém tinha lançado um feitiço neles, mas quem?

Draco no corpo de Gina vasculhava tudo em busca do mago que tinha lançado o feitiço, mas sem sucesso.

- Por Merlim, eu sou você!!! Que nojo!! – exclamou Gina angustiada se levantando do lago.

Draco fez uma cara diferente e que no corpo de Gina ficou realmente estranha.

- Como se eu estivesse muito feliz de ser um pobretona fracassada como você!! – retrucou Draco encarnado no corpo de Gina.

Gina cerrou os punhos, mas se conteve.

- E agora o que fazemos?! – perguntou Gina enojada de estar no corpo de um sonseriano.

- É eu que tenho que saber, sua burra?

- Se você não percebeu, foi um bruxo que jogou esse feitiço em nós! Provavelmente um bruxo das trevas, que deve ser amigo do seu pai! – disse Gina se lembrando da voz rouca que lançou o feitiço; - Porque pra jogar essa maldição em nós, boa coisa não deve ser! – completou sentando em um banco.

Draco pensou por um instante, como se estivesse analisando toda situação.

- Não seja ingênua, um comensal nunca ia jogar uma maldição em mim!! – disse ele se sentindo com extrema importância. Mesmo no corpo de Gina, não deixava de ser arrogante e convencido.

Gina se levantou rapidamente e começou andar rápido, pingando água.

- Onde vai Weasley? – gritou Draco.

- Vou falar com Dumbledore, ele tem que dar um jeito! – disse Gina decidida.

- Não! – disse ele correndo atrás dela.

Gina parou, olhou para trás fitando ela mesmo, só que com a alma e o jeito do Malfoy.

- Eles nunca iam acreditar em você! E nessa história doida...

Gina analisou e teve que concordar com Draco, os professores nunca iam acreditar em dois alunos ensopados que dizem que um bruxo, muito suspeito por sinal e que ninguém conhecia e que não fazia a mínima idéia de como ele encontrou os dois, lançou um feitiço neles em um jardim afastado do castelo e em pleno baile, fazendo com que trocassem de corpos.

Gina quase iria chorar.

- Que raios eu tinha que vim até aqui, atras de você! – lamentou-se Draco da má sorte, colocando as mão na cintura; - E não chore, não ficaria bem para mim!!

- Tira a mão daí! - disse Gina imperativa se recompondo; – Que raios você e os sonserinos patéticos, tinham que nascer?! – choramingou Gina.

- Pois agora você é um sonseriana! – constatou.

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