Annebelle e a Lua Nova
Annebelle e a Lua Nova
Sorveu um pouco de ar e preparou-se para realmente iniciar.Sabia que o que estava fazendo era errado, mas não a importava muito, não neste momento.Percebeu todos os olhos cravados nela, já esperava, mas o que estava escrito neles?Ansiedade.Apreensão.Os que realmente a surpreenderam foram os de seu primo.Medo.Estampado.Não por ele, por ela.Lançou um sorriso para tentar acalmá-lo, mas não consegui o pretendido.Afastou isso de sua mente e finalmente tomou coragem para realizar.
Invocou os espíritos da terra, do ar, do fogo e da água para ajudá-la.Isso era básico, mas o resto teria que ser pelas suas idéias.Sentou-se sobre os joelhos e fechou os olhos.Pronto, agora era só chamar a lua e pedir o que queria a ela.Uma idéia realmente besta, mas era o melhor que ela havia pensado em fazer.Mandaria toda a sua energia e magia para a lua.Se quisesse novas teria que dar o que já tinha primeiro.Concentrou tudo nas suas mãos e as ergueu oferecendo.Sentiu o poder se esvaindo.Estava dando certo, pelo menos até agora.Começou as preces.
Para quem assistia era tudo muito estranho.Primeiro ela levantando os braços e agora sua boca se mexendo sem emitir som algum.Ela desenhava outro pentagrama com os dedos, aparentemente sem perceber o que fazia.Continuava em ritmo acelerado, agora os dedos estavam descansando em cima do meio da estrela.De repente parou.Não mexia nenhuma parte do corpo.As nuvens se afastaram e a luz da lua incidiu sobre a menina.Um raio caia exatamente em cima de seu coração e se espalhava pelo resto do corpo como artérias e veias.Dava para ver aquela energia correndo como sangue.Passados alguns momentos ela estava totalmente, digamos, brilhante.Do mesmo jeito que aparecera acabou.Seu corpo pelo jeito absorveu seja lá o que tenha recebido.Do nada a luz parou de bater e se apagou.A próxima cena era de Annebelle caindo e batendo contra o chão.
Uma luz muito forte quase cegava seus olhos.Era extremamente branca e artificial.Ouvia burburinhos ao seu redor, vozes conhecidas.Tudo realmente doía, com muita dificuldade piscou para tentar focalizar a imagem.Porém não agüentou a claridade e fechou suas pálpebras novamente.Uma voz ao seu lado disse:
-Ela piscou!
-Fica quieta, Hermione.Só se tiver sido em uma fração de segundo.
-Deixa de ser grosso, Ron.Tenho certeza, ela piscou.
-Olha, a mão ta se mexendo.Vou chamar a madame Pomfrey.
Entendera agora onde estava.Mas como chegara lá?Tudo que se lembrava era de algo fluindo por ela e depois acordara aqui.Tentou novamente abrir os olhos.Estava tudo embaçado, mas permaneceram abertos.Viu um vulto que distinguiu como sendo a enfermeira se aproximando.Tomava seu pulso e perguntou:
-Está bem, querida?
Com muito esforço e num fio de voz respondeu:
-Sinceramente não.
-Oh, descanse.Não tente falar mais nada.Tome isto aqui.Vai te ajudar a dormir.
Bebeu a poção.Em instantes entrou em um estado de profundo entorpecimento.Variava ente momentos em que parecia estar flutuando em cima da sua cama e momentos em que “aterrissava”, freqüentemente ouvindo vozes.Ficou assim até quando sentiu uma mão contra a sua.Pensou estar em seu sonho novamente, mas aos poucos foi percebendo que era real.Abriu os olhos e encontrou um Draco realmente pálido e com os olhos marejados.Quando a viu acordada uma lágrima escorreu pela sua face, deixando o rastro.
-O que foi, priminho?
Uma voz muito embargada respondeu:
-Anne, você está bem?
Ela acenou com a cabeça.Em outros momentos brincaria, mas estranhamente não sentiu vontade de fazer isso.Ao contrário, perguntou:
-Como vim parar aqui?
-Você desmaiou, sabe?Eu, quer dizer, nós te trouxemos.
-Não entendo o que deu errado.Estava tudo indo tão bem...
Ele simplesmente a olhou incrédulo e a abraçou.A menina ficou surpresa, afinal não via motivos para isso.Mesmo sem vontade retribuiu o abraço e ficou assim até adormecer novamente.
Era domingo de manhã.Annebelle ainda estava na ala hospitalar, agora bem melhor.
O professor Snape estava corrigindo as tarefas e tomando café em sua sala quando alguém bateu na porta.Um alguém um tanto impaciente, na verdade.Snape já estava irritado quando foi ver quem era.Seu olhar parou ao observar a pessoa do outro lado do batente.
Uma mulher muito bonita estava parada em pé o observando.Tinha cabelos de um loiro brilhante até a cintura e ondulados.Os olhos que o encaravam eram de um azul profundo.O professor não acreditava no que estava vendo.Ficou a fitando até que uma voz doce, mas com um toque de desespero disse:
-Severo, onde está minha sobrinha?
-Amèlie?
-Pelo menos era quando acordei.Onde está Annebelle?
-O que você está fazendo aqui?
Snape ainda estava em choque.Amèlie o olhava incrédula.
-Vim tomar um chá com você, Severo.Pelo amor de Deus, onde está minha sobrinha?
-Já foi ver na enfermaria?
-E o que ela estaria fazendo lá?
-Você não sabe?
-Sei o que, Severo?Você está me deixando mais desesperada do que eu já estou!
-Entre, eu te explico.
Relutantemente a mulher entrou na sala e se jogou na poltrona mais confortável, a dele.Mas este nem reclamou, apenas foi fazer um chá de camomila para que ela se acalmasse antes de ouvir a história.
-Então, por onde tem andado?-Disse, enquanto a água fervia.
-Na França.Fui para a embaixada do ministério lá.Mas eu nem preciso perguntar sobre você, não?Professor do que?DCAT?
-Não, poções...Mas por que você está aqui?
-Minha sobrinha, Severo.
-Você não entendeu.Aqui, na minha sala.Por que veio me procurar?
Ela pela primeira vez ficara sem resposta.Boa pergunta.Por que viera procurá-lo?
-Bom, não sei.-Respondeu sinceramente.-Assim que entrei sabe lá Merlin porque Hagrid me disse onde era sua sala e eu corri para cá.
-Entendo.-Disse integrando uma xícara de chá para ela e agachando-se para ficar de frente para sua cadeira.-O que eu sei sobre sua sobrinha é que trouxeram-na para a ala hospitalar sábado de madrugada dizendo que ela estava em um ritual e desmaiou.
Amèlie engoliu o chá com força, queimando sua garganta, mas não se importou.
-Ritual?
-É...Eles disseram algo sobre Es...
-Bbat...Por favor, Severo, Me leva até ela.-Suplicou, segurando as mãos dele, que ficou sem reação por um momento, mas depois a puxou.
-Vamos, ela já deve ter acordado.
-No momento que escrevo isso estou com um pouco de dor de cabeça que tive na noite passada.Pode ser uma desculpa para ele estar tão ruim?Bom, todos estão...Perdão por isso.Está bem chato também...O que poderia esperar de uma escritora como eu?XP...
É pedir muito que quem chegou aqui continue acompanhando, eu sei.Mas obrigada por ter lido e espero q até o próximo capítulo!
Ps:O q vcs acham de eu fazer uma fic tipo, Hermione da noite???Ha ha!
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