O Mestre da Oclumência



Capítulo 39
O MESTRE DA OCLUMÊNCIA


- Minha varinha! – disse Harry alertando-os e ainda passando as mãos pela cós da jeans. – Eu devo ter deixado na torre da Grifinória...

- Harry, mas porque acha que a sua varinha é a horcrux?

- Gina, acabei de me lembrar do óbvio... A minha varinha é ligada a varinha dele. A varinha do Voldemort! A pena de fênix que está na varinha dele produziu uma pena irmã... Só mais uma... O sr. Olivaras me disse isso quando me vendeu. E eu contei isso a Rebecca...

- Minha irmã se lembrou disso... Mas o que Godric Griffindor tem a ver com isso?

- Eu sei. – Disse Minerva misteriosamente. – Quando Rebecca estava aqui nas férias, ela e Magnólia foram um dia visitar a sala de RAB para conhecer. Nesse dia eu estava na sala para conversar com RAB quando elas chegaram... RAB então mostrou a sala a elas, mas as Granger ficaram interessadas por Fawkes que queimou bem na frente delas...

- Minha varinha é feita com a pena irmã de...

- Fawkes! Quando RAB estava contando a Magnólia e Rebecca, o que era uma fênix, Raviolla contou a elas uma coisa que nem eu sabia: Fawkes pertenceu a Godric Griffindor. É tão antiga quando ele e têm morrido e renascido diversas vezes desde então passando de mão em mão por todos os diretores da escola... Essa é a sina de Fawkes.

- A minha varinha é uma horcrux!

- Ou a de Voldemort, Harry! – Alertou Gina com uma expressão preocupada. – Se formos pensar a varinha é uma horcrux perfeita. Ela significa muito para Ele porque é a forma com que ele matou tanta gente e ela é indestrutível já que está ligada a sua. Além de tudo, tem a pena que pertenceu a Godric.

- Mas e sobre estar em Hogwarts?

- De alguma forma sempre esteve aqui! Porque a irmã dela em alma, assim como dizia o poema, sempre esteve aqui. – Explicou Denetra à Luna enquanto Harry parecia cada vez mais confuso e preocupado. – O conteúdo da varinha é a alma dela... Aprendi isso com um professor no Brasil.

- Onde está sua varinha, Harry?

- Eu deixei a varinha na torre da Grifinória porque nós íamos só conversar hoje... Não ia ter treino!

- Vá até lá, Harry! Pegue a varinha e traga aqui! – Disse Minerva apressadamente.

***

Harry irrompeu rapidamente pelos corredores de Hogwarts correndo o máximo que pudia. Agora, ali, correndo para a Torre da Grifinória ele percebia que o fim de tudo estava próximo. Tão próximo quanto jamais pudesse estar. Dentro de alguns minutos estaria com a última horcrux, ou a irmã dela, em mãos e nada poderia impedir isso.

- Potter, aonde vai com tanta pressa? – Disse a voz rastejante e envelhecida de Godwin, ao que Harry parou.

- Não tenho tempo pra conversar com você.

- Mas está na hora de eu ter uma conversa com você. Em particular.

- Eu sempre desconfiei que você fosse ruim... Tão ruim quanto o idiota do Snape!

- Incarceorus! – Gritou Godwin prendendo Harry a cordas que sairam de sua varinha. – Vamos conversar, quer queira ou não!

- SOCOR...

- Silencio! – Harry emudeceu num instante. Não conseguia fazer nenhuma voz sair de sua boca por mais esforço que fizesse.

Godwin levou Harry amarrado a uma sala e trancou a porta. Desfez o feitiço de silêncio, mas manteve o menino amarrado falando com uma expressão debochada: Aqui você pode gritar, Potter, as paredes estão enfeitiçadas com Feitiço Anti-Perturbante.
Harry odiava esse feitiço agora mais que nunca e a cara de cientista maluco do professor escondida sobre a penumbra na sala era ainda mais assustadora do que de costume. Godwin apontou a varinha para Harry como se estivesse ameaçando-o.

- Deoblítero!

Harry sentiu um frescor em sua mente como se alguma memória perdida estivesse voltando. De repente, Harry se lembrava de tudo: Filch falando com Madame Pince na biblioteca, os jornais de Agosto de 1982, a “morte” de Godwin e sobre os fios de cabelo que Rony achou escondidos da sala do professor. Depois lembrou-se de RAB apontando a varinha para eles.

- RAB está do seu lado! – Gritou Harry desesperado não conseguindo mover os membros. – Quem é você?

- Eu achei que você fosse mais esperto, Potter... Logo saberá quem eu sou...

- Eu não tinha como saber... RAB alterou a minha memória!

- Mesmo assim, Potter. Eu cometi um erro terrível em uma das minhas aulas e com esse erro eu entreguei minha identidade. Mas nem assim você descobriu nada! – Harry fez cara de não entender. Tentou repassar na memória todas as aulas de Poções daquele ano, mas não conseguia se lembrar de nada. – Responda-me, Potter: qual a diferença elementar de acônito licónito e acônito lapelo.

Harry parou. O professor já tinha perguntado aquilo alguma vez e então a cena veio em sua memória:

“- Acônito Licónito e Lapelo são substâncias diferentes, certo sr. Potter?

- Certo, professor. – Respondeu Harry sem pensar muito. Godwin olhou para Harry com um olhar fuzilante e o garoto tinha certeza de que, se o professor tivesse uma bomba ali, ele a explodiria.

- Potter, já é a maldita segunda vez que você comete o mesmo erro! Entre licónito e lapelo não há diferença alguma! Quantas vezes mais vou ter que repetir isso?

- Desculpe, professor...”

As coisas então começaram a fazer sentido na cabeça de Harry, porque não era a segunda vez que Godwin perguntava isso a Harry, era a primeira. Essa pergunta só tinha sido feita a Harry uma única vez por Godwin e outra por... Severo Snape!

- Entende agora, Potter? Eu disse segunda vez!

- SNAPE! VOCÊ É SEVERO SNAPE!

- Está... Acontecendo...

O rosto do falso Godwin começou a se deformar. Seu cabelos brancos começaram a cair dando lugar a fios negros e sebosos que Harry conhecia bem. O corpo em transformação escondeu-se na penumbra, mas, quando voltou a luz, não tinha mais resquícios de Godwin. Era Severo Snape.

- RAB está do seu lado, então? Mas se está... Como pode ter destruida as horcrux!

- Raviolla está do meu lado, Potter, que, quer você queira ou não, é o seu lado também!

- Não! Eu jamais ficarei do seu lado, Snape! Assassino! Eu não fico do lado de assassinos sujos como você! Traidor!

- Cale a boca, Potter!

- Você enganou Dumbledore!

- Alvo Dumbledore nunca se enganou a meu respeito, Potter!

- Ah! – Zombou Harry ainda preso em cordas. – Você vai querer me dizer que ele sabia, o tempo todo, que você era um canalha?

- Não me ofenda, Potter, você não sabe de nada!

- O que eu sei é que você é um traidor sujo que enganou Dumbledore para depois matá-lo!

- NÃO FUI EU QUEM MATOU DUMBLEDORE!

Um longo silêncio se estendeu pela sala. Harry olhava fixamente para a cara suja de mentiroso de Snape. Harry se irritava até com o fato de Snape estar pronunciando o nome de Dumbledore.

- Dumbledore jamais se engana a respeito de uma pessoa que ele conhece, Potter! JAMAIS! No tempo que deu aula para Riddle e passou a conhece-lo, Dumbledore sempre soube que o passado daquele menino ia fazer dele um pessoa com problemas. Dumbledore tentou concertar isso, assim como tentou com Draco. Mas falhou!

- O que Draco Malfoy tem a ver com essa história?

- Potter, você não entende? Encaixe as pistas! Desde os primeiros dias de férias você já deveria ter entendido tudo o que aconteceu!

- Do que você está falando? – Disse Harry ficando cada vez mais nervoso e tendo a certeza de que Voldemort apareceria ali a qualquer momento para matá-lo.

- O Chrono Equalium, Potter! Lupin me contou que você tinha sonhado com isso!

- Lupin te contou? O que quer dizer com isso?

- Pare de pensar bobagens e pense no teu sonho, Potter! O Chrono Equalium! Ele explica tudo!

- Não entendo como isso tem a ver com a história! Lúcio Malfoy fugiu de Azkaban usando um falso corpo para enganar os cárceres... Ele fez isso antes do ataque a Hogwarts e teve tempo para ajudar Draco a entrar em Hogwarts com os comensais! Mas ele não apareceu por lá para que todos pensassem que ele ainda estava em Azkaban!

- É isso que você não entende, Potter! Lúcio Malfoy apareceu lá!

- Eu não o vi!

- Potter, escute de uma vez por todas! – Snape estava ofegante nesse momento. – Lúcio Malfoy ficou em Azkaban por quase um ano. Você acha mesmo que, se quisesse, ele não poderia ter usado o Chrono Equalium e fugido antes?

- Mas ele pode ter pensado nisso só na última hora!

- Não, Potter! Foi tudo premeditado! Lúcio ficaria lá preso até aquela noite onde tudo aconteceria... Quando Draco viu que você e Dumbledore tinham saído de Hogwarts ele pôs seu plano em ação. Draco usou os comunicadores mágicos para avisar seu pai, (que, de algum modo, conseguiu levar um para Azkaban) que aquela era a noite em que iam agir.

- Os comunicadores mágicos que eu e os outros usávamos na A.D.?

- Os mesmos! Draco esperaria Dumbledore sair de Hogwarts para agir. Quando viu que ele e você estava fora, ele avisou o pai. Lúcio esperou pela hora da sopa e usou o plano do Chrono Equalium para fugir de lá. Ele não é tão inteligente assim... Estava planejando isso desde quando entrou em Azkaban. Lúcio então fugiu e ajudou o filho a permitir que os comensais invadissem a escola naquela noite.

- Até aí... Isso não muda o fato de...

- Espere eu terminar, POTTER! Eu estava na Sonserina quando descobri que Crable, Goyle e Malfoy não estavam em suas camas. Fui procurá-los então, mas Lúcio me encontrou primeiro. Durante todo esse tempo Potter eu estava como agente duplo. Os comensais achavam que eu estava do lado deles e inclusive Voldemort achava isso...

- Como você conseguiu enganar Voldemort?

- Porque sou Oclumente Potter. Ele não conseguia invadir meus pensamentos, coisa que você deveria ter aprendido! Como achava que eu estava do lado dele, Lúcio tinha decido às masmorras para me chamar, mas então eu tive que revelar que estava do lado de Dumbledore!

- Eu vi você naquela cena! Está mentindo!

- Eu disse a ele – Disse Snape calmamente ignorando as acusações de Harry. – que sempre estive do lado de Dumbledore e ele então me atacou de surpresa e me prendeu numa sala.

- Eu vi você! Mentiroso!

- Cale essa sua maldita boca de uma vez por todas! – Berrou Snape ofegante e retomando. – Ele me prendeu numa das salas de poções onde guardo meus ingredientes e poções secretas, mas Lúcio Malfoy teve uma sorte nesse momento. Durante muito tempo eu estava preparando Polissuco para o caso da Ordem precisar em alguma missão ou coisa parecida...

- Polissuco...

- Foi a situação perfeita para Lúcio. Ele pegou fios de cabelos meus, colocou na poção e bebeu imediatamente. Lúcio me trancou na sala, amarrado e indefeso... Ele então subiu aos andares superiores como Severo Snape...

- Os comensais então...

- Pensaram que ele era eu, mas não tinha importância porque até ali, eles achavam que “Snape” estava do lado deles. Lúcio Malfou matou Dumbledore, Harry... E eu nunca vou perdoá-lo porque Dumbledore morreu pensando que eu era o seu assassino!

- Depois daquela cena, quando o efeito do Polissuco acabou, Malfoy voltou com os comensais para seu covil ao lado de Voldemort e, com certeza, contou a ele que eu tinha traido as trevas.

- E você...

- Eu passei quase uma semana trancafiado naquela cena e assisti o enterro de Dumbledore por uma rachadura na parede, Potter... Mas eu nunca o trai... Um dia depois do enterro, Minerva veio até as masmorras procurar por um pouco de poção de Allaora.

- O que ela faz?

- Ameniza as dores do coração... – Harry então lembrou-se que Minerva havia confessado amar Dumbledore todo aquele tempo. – Só que o único lugar em que havia essa poção era na sala onde eu estava escondido. Ela me encontrou naquele dia amarrado e me prenderam numa cadeira diante de todos os professores da escola.

- Nesse dia todos os alunos já tinham ido embora.

- Todos. – Confirmou Snape agora mais tranquilo. – Me davam diariamente doses fortes de Veritasserum e todos os dias eu repetia a mesma história. Eu dizia sempre a verdade que o Veritasserum me fazia falar... A mesma verdade que eu estou te contando agora.

- E se disfarçou de Godwin pra que?

- Por dois motivos óbvios. Primeiro pra que Voldemort e os comensais achassem que eu estava morto e não me procurassem... Se Voldemort me encontrasse me mataria pela traição... E segundo porque a notícia de que “eu” havia matado Dumbledore tinha se espalhado rapidamente e Minerva sabia que pessoas como você ou os Weasley demorariam para me aceitar... Era difícil para todos entenderem a verdade...

- E então pegaram os cabelos de um morto?

- Tinha que ser uma pessoa que não estava mais entre os vivos, Potter, porque, ao contrário de Barto Crouch Jr., não poderíamos aprisionar ninguém num baú. Minerva então lembrou-se que, há muito tempo, Amateu Godwin tinha sido amigo de Dumbledore, mas já estava morto... Como ele já era velho na época em que morreu, o que já faz vinte e seis anos, ninguém se lembraria dele, muito menos os alunos...

- Então fingiram ser um velho auror...

- Minerva conseguiu com os netos vivos do professor, as cinzas do corpo do homem que fora cremado... E também fios de cabelos presos em antigas roupas e coisas do tipo... Por todo esse tempo tenho sido Godwin para não causar pânico...

- E quando eu estava próximo da verdade, RAB me obliviou.

- Ela teve que fazer isso, pois julgou ser cedo demais para que todos descobrissem a verdade...

- Mas muita coisa não se encaixa, Snape... – Harry ainda mantinha um tom de ameaça, mesmo estando amarrado. – E o voto perpétuo? Foi comprovado que você tinha feito... Lupin me contou...

- E você nunca se perguntou como Lupin descobriu sobre o voto? – Harry parou um instante, não sabia responder. – Eu contei a Lupin e a todos sobre o voto, Potter! Mas é claro que ele não te contou isso, não é...

- Lupin e Tonks também sabiam sobre você...

- Todos os adultos em Hogwarts sabem!

- Mas se você fez um juramento dizendo que mataria Dumbledore, caso Draco não o fizesse... Quer dizer... Se não foi você que matou Dumbledore, você deveria estar morto!

- No início do ano, Belatriz e Narcisa pensavam que eu era servo de Voldemort, assim como todos os comensais. Belatriz era mais esperta... Sempre desconfiou de mim e eu tive que inventar mentiras deslavadas para ela... Ambas foram até a minha casa para me pedir que eu fizesse o voto... Mas existem duas leis para que o voto secreto se conclua, Potter. O vassalo, o senhor e a testemunha precisam estar ligados por essas duas leis...

- O vassalo era você, a senhora era Narcisa e a testemunha era Belatriz... – Harry lembrou-se do dever que Lupin havia passado sobre as três artes mágicas. - O senhor é quem pede o juramento, o vassalo é quem jura e a testemunha é quem assiste a mágica. É preciso contato físico e mental completo entre os três componentes para que o voto perpétuo se faça.

- Exato. A primeira lei é que haja contato físico entre os três. Isso ouve... Mas a segunda lei requer contado mental... Mais uma vês eu usava a oclumência, Potter. A minha oclumência me permitiu bloquear minha mente naquele momento e o voto perpétuo não se concluiu totalmente.

- Porque você não mantinha contato mental com elas... – Snape confirmou com a cabeça, mas Harry continuava confuso, apesar de aceitar que a versão de Snape para tudo era plausível. – E quanto a Draco Malfoy... Você sempre o protegeu...

- Como eu disse antes, Potter, Dumbledore não se engana quanto as pessoas, mas acredita que elas podem mudar assim como eu mudei. Dumbledore sempre soube que o passado e a família de Riddle iam fazer dele uma pessoa vingativa e violenta e ele tentou fazer de tudo para mudar isso nele... Mas falhou...

- Com Draco...

- Foi a mesma coisa. – Disse Snape confirmando. – Dumbledore acreditava que se eu tentasse ficar amigo de Draco Malfoy e fazê-lo meu aliado, na última hora Draco viria para o lado de Dumbledore. Ele achava que Draco, apesar da família, poderia mudar e me encarregou disso. A minha principal missão era me tornar amigo de Draco e assim ele viria para o meu verdadeiro lado quando eu pedisse... Mas eu também falhei... Falhei e percebi isso quando Draco usou sem dó o Avada Kedavra pra matar Rúbeo Hagrid.

- Maldito...

- Draco nunca gostou de Hagrid, Potter, e também nunca fez questão de esconder esse ódio. Naquele dia Draco e Lúcio tinham sido encarregados de matar as Granger para, de algum modo, atingir você. Voldemort, antes do fim do ano passado, tinha me contado seu plano: ia atingir todos as pessoas próximas a você. Ele queria minar sua s forças e isso ficou claro no episódio do trem.

- Mas nós salvamos as Granger e eu ataquei Malfoy...

- O ódio tomou conta de Draco... Afinal, pelo que me contaram, você o atingiu com toda força do atalho da floresta e depois a mãe dele foi enganada por Longbotom...

- O que, para os Malfoy, deve ter parecido humilhante. – Disse Harry com um sorriso no canto dos lábios.

- Naquele momento juntou nele uma raiva grande, junto com a vontade de vingançae o pior: o desejo de provar que ele podia usar o Avada Kedavra uma vez que não tinha conseguido isso no ano passado... Você entende agora, Potter...

- Sim.

- Diffendo! – Murmurou Snape cortando as cordas que prendiam Harry a cadeira. O menino se levantou calmamente. – Nesse momento, RAB e Minerva devem estar contado essa mesma coisa que eu estou te contando para o resto do Elo da Rosa Branca.

Uma longa pausa se deu. Harry ainda precisaria de um tempo para por a cabeça em ordem depois de tantas revelações. Depois d eum tempo, o menino que sobrevivera olhou para baixo e disse.

- Mesmo assim... Você sempre mostrou me odiar...

- Em parte era encenação, eu confesso... Draco te odiava e eu tinha que estar sempre ao lado dele... Mas em parte... – Snape deu um longo suspiro. – Você sabe porque eu me tornei Comensal, Potter?

- Por causa do seu pai. – Harry parou estático. – Eu sempre o odiei, Potter, por ele ser da Grifinória e por zombar de mim. Mas meu ódio a ele se tornou mortal no dia em que ele deixou cair propositadamente a rosa de vidro que eu dei a sua mãe... Ele tomou Lilian de mim e não permitiu que nunca mais eu falasse com ela... Isso foi demais para mim... Eu queria matar Thiago Potter e Voldemort me mostrou um caminho das trevas cheio de vingança... Era o único caminho que eu via naquele momento...

- Minha mãe não te amava! - Disse Harry com um aperto no coração.

- Está enganado. Ela me amava... Mas amava mais o Thiago e o fato de perde-la justamente para o meu maior inimigo juntou em mim um ódio sem igual... Eu queria me vingar e Voldemort me mostrou como... Fui um tolo, eu sei... Dumbledore, mais tarde, me mostrou que os caminhos do coração não pertencem a ninguém... E que o fato de Potter estar morto não mudaria o amor de Lilian por ele...

- Por isso sempre me odiou.

- Você é idêntico a ele, Potter, em tudo. Menos...

- Nos olhos.

- Quando eu olhava pra você eu via o Potter e isso fazia o ódio renascer em mim... Já não renasce mais... Lilian está morta e nada vai mudar isso.

A porta se abriu e RAB entrou na sala abrindo um largo sorriso. Muita coisa ia mudar dali para frente e então subitamente se lembrou da sua varinha. Era a vez dele de revelar um segredo.

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NOTA DO AUTOR: GOSTARAM? ESPERO Q SIM! N DEIXEM DE COMENTAR! ESSE FOI O COMEÇO DO FIM DA MINHA FIC, PQ ALGUMAS COISAS AINDA TEM Q ACONTECER E HÁ UM ÚLTIMO SEGREDO IMPORTANTE PARA SER REVELADO!

abraço a todos
Pedro Braga - o_arteiro

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