O Segredo por trás das Rosas



Capítulo 33
O SEGREDO POR TRÁS DAS ROSAS


- Mas “dela” quem, afinal?

- Ninguém sabe, Harry... Mas lhe prometo que se eu pensar em alguma coisa eu lhe escrevo, ok? Tchau. – Disse Rebecca dando lhe um beijo testa e embarcando no expresso de Hogwarts, já fora concertado .

Todas as famílias dos alunos estavam indo embora naquele dia, inclusive os Granger. O último dia das férias estava ainda mais sombrio do que nunca, mas quatro ou cinco aurores iam acompanhar o trem em segurança até King Cross.
Mione despediu-se de sua família e Rony despediu-se de seus pais e irmãos. Faltava só Girassol que estava ali num look completamente cor de abóbora olhando para Harry amavelmente.

- Au revoir, querido, fique com Merlim e tenha cuidado. E boa sorte no jogo contra a Lufa- Lufa na semana que vem. Eu era da Lufa- Lufa, sabe? Mas vou estar torcendo por você... Ohana! Adios!

Girassol pegou Harry por seus braços e lhe deu um longo e apertado abraço. Ela segurou as mãos do garoto e neste instante ele sentiu que ela havia deixado entre seus dedos algo frio de metal, mas antes que pudesse ver o que era e lhe agradecer, ela subiu no expresso de Hogwarts e partiu.
Harry abriu suas mãos para ver o último presente de Girassol. Tratava-se de um medalhão de ouro preso numa corrente que, ao abrir, exibia a foto de Sirius de uma lado e de Girassol de outro. Ambos faziam caretas. Dentro do medalhão havia também um bilhete de Girassol:

“Irei voltar para buscar esse medalhão e quero recebê-lo pelas suas mãos, querido. Foi o primeiro presente que Sirius me deu.
Beijos, Girassol.”

Harry ficou demasiado feliz. Agora tinha uma foto de seu padrinho e de sua madrinha por um tempo e isso poderia ajudar a esquecer de seus problemas ao menos por enquanto. Esquecer ou, ao menos, amenizá-los. Harry voltou para seu quarto na Torre da Grifinória e colocou o medalhão junto ao porta retrato que exibia, de um lado, a família de seu pai e, de outro, a de sua mãe. Ficou observando todas aquelas pessoas ali: sua família.
Depois pensou em seus avós. Seus avós paternos, apareciam na foto, mas só a avó materna aparecia na outra. Ele não sabia seus nomes, não sabia nem se estavam vivos! Não! Isso era impossível. Será que Girassol sabia o nome de seus avós? Esquecera-se de perguntar. Harry então teve uma intuição.
Tirou as duas metades de fotografias recortadas de dentro do porta retrato e olhou seu verso. Harry viu alguma coisa brilhar, mas era invisível. “Apparecium”, murmurou ele, ao que algumas letras surgiram atrás das fotos. Na foto de sua mãe apareceram os nomes:

Lilian Evans
Petúnia Evans
Serena Lagge Evans
Petter Evans, falecido em 1985

Petter não estava na foto, mas Harry ficou feliz de saber o nome de seu avô. Do outro lado da foto apareceram os nomes:

Tiago James Potter N/B: Pedro, acho melhor retirar o James.
James Potter
Orquídea Valaruk Potter

Serena e Potter, James e Orquídea... Esses eram os nomes de seus avós. Harry colocou as metades das fotografias novamente no belo porta retrato. Voltou a olhar o medalhão onde Girassol e Sirius continuavam a fazer incansáveis caretas para ele.
Harry então voltou a dormir olhando a sua família ali. Lembrou-se do Poema falso de seu pai que, na verdade, indicava a identidade de uma Horcrux.

LILLIAN, A HORCRUX ESTA COM A IRMÃ DELA EM ALMA.

Mas o que seu pai queria dizer com “irmã dela”?
Irmã de quem? Irmã da própria Horcrux... Mas como um objeto poderia ter um irmão? Muitas coisas passavam pela cabeça de Harry. Mas ele achou melhor voltar a dormir.

***

O sol estava obscurecido por algumas nuvens, mas não estava chovendo. Aquele ia ser um jogo de Quadribol melhor que o anterior, pensou Harry. Dessa vez ele pegaria o pomo e o esforço de Gina não seria em vão.
As vassouras entraram em campo finalmente e Harry estava mais confiante do que nunca. Porém, Rony e Harry perceberam que Mione não estava na arquibancada. Onde a amiga teria ido?
O jogo começou e muitas vassouras cortaram o ar. Harry então foi decidido atrás da bolinha dourada enquanto o novo apanhador da Lufa Lufa, Rudolph Mallagol, o seguia. Era um apanhador do segundo ano e Harry viu que o menino era bem inexperiente.

Ótimo, pensou Harry, assim tenho mais chances.
Harry olhou o céu: não podia ver o sol, que estava atrás de algumas nuvens, mas em geral, o dia estava bom. Seus olhos percorreram o campo de quadribol atrás do pomo. Não via nada. Percebeu que Rudolph fazia o mesmo, que copiava exatamente as suas ações.
Harry então viu que a torcida da Grifinória vibrava lá em baixo. Provavelmente Gina tinha feito um gol, mas não podia saber pois, de onde estava, era impossível ouvir a voz do narrador do jogo.
Harry então desceu um pouco. Queria saber qual era o placar. Percebeu que Rudolph descia com a vassoura também. Seu olhar rondou as arquibancadas e, de repente, viu que Mione chegava perto de Neville. Ela segurava um papel, que Harry reconheceu como sendo... O Poema de seu pai!
Mas o que Mione estava fazendo com o poema de seu pai?
Pela expressão de Mione, que falava sem parar com Rony na arquibancada, ela parecia ter descoberto alguma coisa. A curiosidade consumiu, Harry. O jogo tinha que acabar depressa. Num segundo, Harry viu que Rudolph cortou o ar descendo em alta velocidade. Ele tinha visto o pomo.
Harry desceu atrás dele. Não podiam perder mais esse jogo. Harry olhou o placar: Grifinória 100, Lufa-Lufa 40. Estavam na frente, mas se Rudolph pegasse o pomo tudo estaria terminado e Gina ficaria morrendo de raiva de Harry. Ele ainda não vira o pomo, mas seguia o garoto da Lufa Lufa em alta velocidade.
Harry então viu um risco dourado cortar o ar poucos metros a sua frente. A Firebolt Master de Harry avançou e ultrapassou o garoto da Lufa-Lufa que ficara para trás. Era a primeira vez que ele usava a nova vassoura e já sentira as diferenças: era mais rápida, mais leve, melhor. Na verdade, a Grifinória estava em grande vantagem porque todos usavam Firebolts.
Rony e Gina também tinham ganhado uma de Girassol, Dino emprestou a de Mione, Demelza emprestou a de Luna Lovegood – que, apesar de não ser da Grifinória, estava torcendo por eles, Peakes e Cookes – os batedores – por sua vez usavam a Firebolt Master de Nevile e a velha Firelbot simples de Harry.
Enquanto isso, o único jogador da Lufa Lufa que não usava a boa e velha Comet 600 era Olga Mariokovitch, que usava uma Nimbus 2000 (ainda assim inferior às Firebolts).
A vassoura de Harry ultrapassou o jovem Rudolph e sua mão aproximou-se de pomo. Mais perto, mais perto e... Apanhou. Fim de jogo. Madame Hooch apitou e Harry ouviu o Narrador gritar: Grifinória 250, Lufa Lufa 40. Grifinória vence a partida!
A torcida da Grifinória levantou-se alegre, enquanto os jogadores pousavam. Todos diziam “parabéns Harry”, mas ele não estava mais ligando para o jogo. Seus olhos procuravam Mione. O que enfim ela estava fazendo com o poema de seu pai?

Mione puxou Harry pelo braço no meio da multidão e tirou o menino para fora do castelo. Gina e Rony vieram atrás deles. Ela os conduziu para a cabana de Hagrid que estava com a porta aberta. Harry não parava de perguntar “O que foi Hermione?”, mas até agora não obtivera resposta.
A menina abriu a porta da velha cabana do meio gigante, que se tornara, a algum tempo, a nova sede do Elo. Denetra, Neville e Luna já estavam lá, mas, pelas suas caras, pareciam saber menos que Harry sobre o que os trouxera ali.

- O.K., Mione... Pode nos dizer porque nos trouxe até aqui?

- Agora que os sete estão reunidos, eu posso... Bom, garotos... – Falou Mione olhando para Rony e Harry. – Desculpem não ter ido ver o jogo de vocês, não gosto muito de Quadribol, sabem? – Ela os encarou com um olhar tão meigo que eles não puderam brigar com ela.

- Tudo bem... – Responderam eles.

- Bom, mas valeu a pena. Lembram-se que o Senhor Weasley tinha tentado feitiços de Desencanto para revelar os segredos do poema? – Todos confirmaram olhando curiosos para Mione. – Bem, ele só fez isso na parte da frente do poema. Olha o que está escrito no verso... – Virando o verso da folha e mostrando para os amigos. – Apparecium!

O feitiço de Mione fez com que letras se revelassem na parte de trás da folha poema.

E TNE MLI CAFALIURT SEDARIT-IM REPOANOLEO

Harry olhou as letras. Eles leram várias vezes em voz alta, mas ninguém tinha a mesma idéia do que se tratava.
- Será um feitiço?

- Não. – Respondeu Denetra firmemente. – Feitiços são todos em Latim Arcaico ou em grego. E eu conheço essas línguas. Isso não é um feitiço.

- Seu pai era um bom inventor de códigos, Harry. – Disse Rony olhando para as letras que brilhavam no papel.

- E tne mli cafaliurt sedarit-im repoanoleo. – Repetiu Neville para tentar decifrar o mistério das letras embaralhadas.

- Bom. O fato é que já reproduzi essas letras e mandei-as a minha irmã numa carta. Ela vai tentar descobrir o que significam.

***

Os dias de inverno passavam vagarosamente.
O clima estava esquentando em Hogwarts devido à aproximação da primavera que seria no mês que vem, em Março. As cargas de lição de casa estavam cada vez maiores e as reuniões do Elo da Rosa Branca eram cada vez menos freqüentes. Mione passava praticamente o dia todo estudando e ajudando Rony a estudar. Minerva estava ensinando uma família de feitiços chamado “Lúrios” que eram particularmente complexos.

- A família dos Lúrios é uma série de cinco feitiços que permitem transformar o objeto- alvo ou o ser- alvo em metal. Alguém pode me dizer quais são os cinco feitiços que formam a família dos Lúrios?

- Anolúria, Betonúria, Cetolúria, Deltolúria e Penolúria, professora McGonagall. – Respondeu Mione abrindo um largo sorriso.

As aulas de Godwin, pelo contrário, eram cada vez mais insuportáveis. Harry odiava a arrogância do professor, que fazia questão de dirigir todas as perguntas mais complexas a ele. Godwin, algumas vezes, lembrava em seu jeito de ser, o professor Snape. Mas não, dizia Harry, Snape não era só arrogante. Snape era Cruel!

- Sr. Potter, a fusão de dois elementos em uma Oxidação Completa por Mágica Induzida libera imediatamente dois compostos. Um orgânico e um inorgânico. Os dois tem caráter líquido, são ?imiscíveis? e são comuns na Fabricação de Poções para Curar dores. Diga-me a fórmula químico- mágica dos dois compostos, quando fundidos.

Harry olhou para Mione que fazia diversos cálculos no canto de seu pergaminho. Nem Mione sabe a resposta na ponta da língua, disse Harry a si mesmo, como é que eu vou saber? Ele então tentou lembrar-se enquanto o professor olhava-o por cima dos óculos de cientista maluco.

- Sr. Potter?

- CH quatro Mg três elevado à terceira mágica, senhor?

- Na verdade, a resposta seria CH quatro Mg três elevado à quarta – e não terceira – mágica, sr. Potter. Dez pontos a menos para a Grifinória, porque, com a fórmula que o senhor me deu, ao invés de curar dores, o senhor envenenaria o paciente.

Harry ficou frustrado, mas ao mesmo tempo pensava: pelo menos ele explica o porquê está me tirando os pontos. Snape, nem isso fazia! Mas porque estou me lembrando de Snape? E então Harry decidiu voltar à fonte de Dumbledore. Precisava ouvir seu coração.

Ao término da aula, Harry seguiu para o grande salão e ajoelhou-se diante da bela fonte onde a foto de Dumbledore estavam ali piscando para ele. Ia fazer o que tinha que fazer rapidamente antes que o salão se enchesse de alunos para o almoço. Olhando a imagem de Dumbledore ali, Harry disse de olhos fechados:

- Porque o senhor acreditou em Snape? Porque? Se não tivesse acreditado, nada teria acontecido!

Mas, dessa vez, Harry Potter não obteve nenhuma resposta.
O salão encheu-se de alunos famintos daquela quinta feira, dia vinte e dois de fevereiro. Os professores foram entrando, e Harry se levantou. Não queria que RAB o visse ali. Dirigiu-se para a mesa da Grifinória onde encontrou-se com Mione, Gina, Rony e Neville.
Gina deu-lhe um beijinho carinhoso, mas logo percebeu sua expressão preocupada. Mas antes que pudessem discutir qualquer coisa, uma revoada de corujas invadiu o salão. Denetra e Luna vieram correndo para a mesa da Grifinória quando viram que Mione tinha recebido uma carta.

- É de Rebecca. – Avisou Mione ansiosa para ler o que a irmã tinha descoberto sobre as estranhas palavras de Potter. Porém a carta era minúscula o que, à primeira impressão, desapontou a todos. Mione leu:

“Mione, é tão óbvio como jamais poderia ser. Leia de trás para frente usando os mesmos espaçamentos.
Rebecca.”

Mione encarou a todos desapontada. Odiava não reparar em algo que parecia muito óbvio. Ela pegou o poema de Potter e murmurou: “Apparecium”. As mesmas letras voltaram a aparecer:

E TNE MLI CAFALIURT SEDARIT-IM REPOANOLEO

Mione pegou uma pena e rescreveu a frase de trás para frente, usando os mesmo espaçamentos conforme a indicação de sua irmã. Quando viu o resultado, não pôde acreditar no que estava diante de seus olhos: o enigma era simples, bobo e vazio.

O ELO NÃO PERMITIRÁ DESTRUI-LA FACILMENTE.


------------------------------------------------------------------------------------------------
NOTA DO AUTOR: NÃO DEIXEM DE COMENTAR! QUERO SABER SE ESTÃO GOSTANDO!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.