Enfim, férias!
N/Autora: Heeeey people!!!! FELIZ 2007!!!!!!!! Muita paz, saúde, amor, luz, etc etc etc pra tds essas almas caridosas que são vcs queridos leitores!!!! Sim, pq só almas caridosas pra aguentar nossa demora secular *sorriso amarelo*. Buuuut, como esse é o primeiro cap do ano, e como algumas pessoinhas andaram reclamando no cap anterior que ele tava mt curto, dessa vez é overdose mesmo! Pessoinhas, esse é o cap mais gigantesco que eu já escrevi na minha vida!!! Foram 49 páginas de word e mt dor nas costas d tanto digitar!!! Por isso espero sinceramente que vocês apreciem e não durmam em cima do teclado pq se não essa pobre autora vai ter um treco e se jogar da varanda! E obrigada a Ana_Weasley_Black e Ana Lívia pelo toque em relação ao tamanho do cap... a gente escreve td a mão então as vezes quando passa pro PC nem percebe o tamanho que ficou... buuuuuuut, não se acostumem não hein, pq eu não sei se meus pobres dedinhos vão aguentar digitar tanto assim de novo *careta* !!! Anyway... tem uma ou duas cenas que estão escritas em primeira pessoa, mas não estranhem, isso ocorrerá as vezes, pq os autores são loucos e deu na telha *risos* Brincadeira, foi um teste pra ver se ficava legal, entaum digam o que acharam pleaseeeeeee! E por último, e mais triste, novamente não responderemos aos coments, pq a gnt demorou mt pra postar (again^^) e são mts coments (EBAAAA, EBAAAAAA!!!!!!!!! ^^) e meus dedinhos não suportariam, como eu já disse!!! Agradecimento especial a Alex Black, que me deixou envergonhada ao dizer que aprendeu a demorar pra postar com dois irmãozinhos (*tom sarcástico* q eu to ateh agora tentando descobrir quem são...) sendo que os caps dela são mt maiores que os nossos! E se vc chegou ao final de td isso, meus sinceros parabéns, pq eu já teria parado de ler há muuuuuuuuuito tempo ^^ Sem mais delongaaas... ENJOY IT!!!!
Capítulo 10 – Enfim, férias!
Após a temporada de quadribol, Tiago e Sirius trataram de concentrar novamente seus esforços em descobrir um jeito de ajudar Remo durante suas transformações, mas por mais que pensassem e pesquisassem tudo o que podiam sobre lobisomens, não obtiveram nenhum êxito. Além disso, ainda tinham que pensar em uma maneira de convencer o amigo a aceitar ajuda, o que poderia ser bem difícil. De qualquer forma, haviam decidido fazê-lo somente quando já tivessem descoberto alguma coisa útil.
Era uma quarta feira à noite e Remo se encontrava no Salão Comunal, vazio devido a hora.Lia um livro de transfiguração, mas desistiu quando se deu conta de que lera a mesma frase pela quinta vez. Definitivamente, seus pensamentos estavam em outro lugar. “Onde foi que esses dois se meteram?! Não vejo eles desde o fim do jantar e já passa do horário permitido para os alunos...” Suspirou, sorrindo fracamente com seus próprios pensamentos. “Como se isso significasse alguma coisa pra eles...”
Como que correspondendo aos seus pensamentos, o buraco do retrato se abriu dando passagem a dois morenos que bocejaram com visível fadiga.
- Eu disse que não ia dar em nada... foi a maior perda de tempo...
- Eu não pensei que fosse ser tão difícil... Da próxima vez a gente podia dar uma olhada na se...
- Opa Remo, tudo bem?! – falou Sirius o mais natural que conseguiu, colocando a mão no ombro de Tiago e fazendo-o dar-se conta da presença do amigo de cabelos castanhos.
-Acordado até essa hora?! – indagou Tiago passando a mão pelos cabelos desalinhados.
- Posso saber onde os senhores estavam até essa hora? – ergueu a sobrancelha, inquisidor.
-Ah papai...
- Pode deixar que o lobo mau não pegou a gente não tá...
- Na realidade, agora me dei conta de que ele preferiu esperar até chegarmos aqui para dar o bote...
Tiago e Sirius riram da cara de Remo, que continuou, porém, a fitá-los com um olhar sério.
- Ah, qual é Remo... a gente só tava passeando pelo castelo...
Remo manteve o olhar de seriedade típico dele nesses momentos e ergueu a sobrancelha em descrença.
- Puxa Remo, você tá precisando de um pouquinho de senso de humor... deixar de ser tão sério sabe...
- E então, dá pra dizer onde foram? – Remo inquiriu ignorando o último comentário do amigo.
Tiago olhou seriamente para Sirius, como quem diz “Não falei que ele ia perguntar?!” , ao que este deu de ombros.
- Fui encontrar a Mariana, da Corvinal – respondeu Sirius com simplicidade.
- E voltou junto com o Tiago? – Remo perguntou astutamente, desconfiado. – Vai dizer que era um encontro a três? – zombou.
- Er... é que... – sorriu amarelo
- Ah Sirius, chega de enrolação cara... a gente só tava na biblioteca mesmo. – falou Tiago casualmente, fazendo Remo gargalhar.
- Tá bom! E eu fui chamado para o corpo docente da escola não sabiam? Conta outra Tiago!
- Mas é sério!!!
- Tá legal Sirius! Vai me dizer agora que vocês estavam estudando?! – falou em tom discrente e divertido.
- De certa forma... é, acho que pode-se dizer que sim...
- Tá, e eu sou a chapeuzinho vermelho! – Remo revirou os olhos, não percebendo o olhar confuso de Sirius.
- Acho que está mais para o lobo mau mesmo! – riu-se Tiago.
- Ei, do que vocês estão falando? – Sirius perguntou, intrigado.
-Nada não, são só histórias infantis trouxas... minha mãe me fez ler algumas quando eu era menor – explicou Tiago fazendo careta ao recordar-se - E devo dizer que são horríveis! Aqueles touxas inventam cada coisa bizarra!!! E também tem uma que...
- OK Tiago, bela tentativa de mudar de assunto, mas não vai funcionar comigo, conheço você... O que estavam aprontando dessa vez?
- Droga, pensei que dessa vez você tinha engolido... - lamentou-se Tiago, suspirando, no que Remo sorriu satisfeito.
- Ah, chega disso Tiago, cedo ou tarde ele vai descobrir mesmo... – ponderou Sirius, lançando um olhar derrotado ao amigo.
- Descobrir?! Descobrir o quê?!
Tiago e Sirius puseram-se a explicar todas as idéias que vinham bolando para ajudar Remo nas suas transformações. Este mantinha-se calado, aparentemente incapacitado de coordenar sequer uma palavra enquanto os amigos revezavam-se nas explicações.
- E então Remo? Não vai dizer nada?! – perguntou Tiago apreensivo após o término da narrativa, vendo o amigo levantar-se e dar-lhes as costas ainda mudo.
- É claro que eu vou dizer... Aliás... tenho muito a dizer... - disse Remo com a voz aparentemente normal.
Sirius deu um suspiro aliviado, lançando um olhar aliviado como quem diz “ Viu como ele reagiu melhor do que o esperado?”
- E...?! Vai nos deixar ajudá-lo? – Tiago ainda parecia apreensivo.
Remo virou-se para eles com o semblante incrédulo.
- E nada!!! Vocês não vão se envolver nisso, está bem, não vão!!!!
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- Tiago, olha esse livro! Acho que deve ser interessante! – falou Sirius, atirando um grosso livro por cima da cabeça.
- Mas será que tem alguma coisa útil aí?Acho que esse aqui deve ser melhor... – respondeu Tiago, atirando outro pesado livro por sobre a cabeça.
-Não acredito que eu concordei com isso... – gemeu Remo, entre desanimado e apreensivo, observando os dois amigos ao longe – E o pior: ainda estou ajudando!
Remo riu fracamente da cena que tinha diante de si: Tiago e Sirus pegavam os livros de qualquer jeito e os atiravam como se fossem simples goles, de um para o outro e então sobre a mesa. “Madame Pince não vai gostar nada, nada disso...”
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Depois de um longo dia de aulas, resolvi relaxar um pouquinho indo à biblioteca. Amanda e Ana, obviamente, não me acompanharam, preferindo jogar Snap Explosivo no Salão Comunal.
Resolvi começar a revisar a matéria de feitiços, afinal, nunca é tarde para começar a se preparar para os exames. Sou nascida trouxa, então sempre tenho que me esforçar mais do que a média e mostrar a todos o quão boa posso ser. Bom, meu dia estava perfeito, até que...
- Tiago, olha esse livro! Acho que deve ser interessante! – Essa voz, dizendo claramente o nome Tiago... humph, não podia ser, eu estava delirando... afinal, estamos em uma biblioteca!
- Mas será que tem alguma coisa útil aí?Acho que esse aqui deve ser melhor... – Preciso mesmo dizer que eles estavam gritando?
De qualquer modo, acho que se tivessem me contado eu não teria acreditado... O fato é que virei-me na direção das vozes, ainda ponderando sobre a minha possível insanidade mental (ouvir vozes não é bom sinal nem mesmo entre bruxos). Porém, não sei se para minha felicidade (eu não estava louca) ou infelicidade (meus temores se concretizaram) , deparei-me exatamente com o que eu temia: Potter e Black não só se encontavam na biblioteca novamente como atiravam os livros de um lado a outro como se fossem insignificantes sacos de batatas! Onde eles pensavam que estavam afinal?! E onde estava Madame Pince quando se precisava dela?! E a questão principal: o que aqueles dois seres acéfalos faziam novamente em uma biblioteca?!
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Tiago se encontrava atirado no sofá, entediado.Era uma noite de sexta-feira e Remo parecia absorto em um grosso livro [N/Amanda: *revirando os olhos* Pra variar!] , enquanto Pedro enpanturrava-se de doces a um canto do salão. Ambos pareciam completamente alheios ao estado de tédio do amigo e Sirius... bem, Sirius....
Flashback
-CANSEI! – exclamou Tiago fechando impacientemente o que lhe parecia ser o milésimo livro. – Vamos lá Sirius, eu tô morrendo de fome e nós já perdemos o jantar!
-Peraí Tiago, eu acho que eu tô quase lá! – disse Sirius sem nem ao menos erguer os olhos do livro.
- Mas você tá dizendo isso há duas horas!!! – exasperou-se o outro.
- Mas agora eu tô quase lá mesmo, peraí vai! – falou Sirius convicto fazendo Tiago revirar os olhos.
- Quer saber?! FUI!!!
Fim do Flashback
Tiago foi retirado de seus devaneios pela entrada repentina de Sirius, que parecia extremamente satisfeito consigo mesmo.
- Finalmente hein? Cansou? – perguntou Tiago, quase sem mover os olhos do crepitar das chamas. Sirius, no entanto, ignorou-o completamente.
- Remo... – Sirius chamou-o, excitado – Animais não são afetados por lobisomens certo? – indagou o moreno, um sorriso começando a se formar em seus lábios.
- É, realmente não sã... – Remo estacou, deixando de encarar seu livro pela primeira vez para lançar um olhar assustado ao amigo – Você não está pensando em... – deixou a frase no ar, como se ela pudesse não tornar-se real pelo simples fato de não ser proferida.
- Pensando em quê? – Tiago estava confuso, mas não pôde deixar de reparar no sorriso “eu-tenho-32-dentes” que Sirius exibia.
- Não... vocês não vã... não vão fazer isso certo?! – sibilou Remo, entre incrédulo e temeroso. – Vocês simplesmente não... não podem!!! – levantou-se nervoso, aumentando a expectativa de Tiago e Pedro, que nada entendiam da conversa.
- Mas fazer o quê?!?! Dá para responder ao invés de ficar dando ataque Aluado?!
- Caro Tiaguito – Tiago fez uma careta – acompanhe o raciocínio desse ser perfeito que vos fala: - Tiago revirou os olhos, mas estava curioso demais para intervir na narrativa – Lobisomens não afetam animais, certo? O Aluadinho aqui – deu uns tapinhas na cabeça do amigo – é um lobisomem; agora calma! Guarda essa informação – Sirius falou seriamente, gesticulando para Tiago como se ele fosse um retardado – Seres humanos, mais especificamente os bruxos, podem se transfigurar em animais, ainda que somente através de feitiços complexos e ... – seu rosto se contorceu em uma careta - ...muito estudo! – Tiago finalmente entendia. Tão simples, tão óbvio... – Nós, como seres humanos & bruxos lindos, perfeitos, gostosos... ops, foi mal, essa parte se aplica unicamente a minha pess...
- Nós vamos nos tornar animagos – falou Tiago em tom calmo, conseguindo finalmente articular algo inteligível.
Pedro olhava os amigos assustado, o impacto das palavras de Tiago transparente em seus olhos. Remo finalmente parara de andar de um lado para o outro, como fizera durante toda a explicação de Sirius. Virou-se para os amigos com um olhar duro.
- Não. Vocês não vão. – afirmou simplesmente, a voz rouca na tentativa de conter toda a aflição que ia em seu íntimo.
- Qual é Remo?! Por que não?! – Sirius indagou, franzindo o cenho e cruzando os braços.
- Por que não?! Por que não?! Sirius, você ainda pergunta?! – Um grupo de alunos havia acabado de entrar pelo buraco do retrato e Remo controlou-se para não gritar, o que fez sua voz sair num sussurro descrente – Tornar-se um animago não é um processo fácil! Requer muita habilidade e experiência, segurança de si e em si. Não é simplesmente um agitar de varinhas, as coisas podem sair tremendamente erradas, sem possibilidade de reversão! – rebateu alucinadamente, olhando os amigos como se fossem loucos fugidos da ala psiquiátrica do St Mungus.
- Nós não achamos que seja simplesmente um agitar de varinhas Aluado – Tiago começou calmamente, tentando escolher a maneira certa de dizer o que queria, sem tirar o amigo do sério – Não pretendemos fazer nada às cegas. Vamos pesquisar, nos informar, e só realizaremos o processo quando tivermos nos certificado de que não há riscos. Não somos loucos suicidas, se é o que você está pensando!
- Pois parecem! – exclamou Remo, atraindo alguns olhares dos ocupantes da sala. Respirou fundo, abaixando o tom de voz e falando sôfregamente – Escutem: agradeço do fundo do peito o que têm feito por mim. Acreditem, é a maior prova de amizade que já recebi na vida. Mas daí a permitir que vocês se tornem animagos e me acompanhem nas transformações já é...
- Você ainda não entendeu Remo?!- interrompeu-o Sirius, erguendo-se da poutrona e encarando o amigo na altura dos olhos – Vamos fazê-lo, você concordando ou não. – afirmou seguro de si, certo de que logo venceriam a relutância de Remo.
- Então que fique bem claro que eu não concordo. – concluiu Remo convicto, subindo apressadamente as escadas que levavam aos dormitórios. Eles não podiam... eles simplesmente não... não entendiam!
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Desde a sexta-feira anterior , os três garotos empenharam-se em tentar persuadir Remo de todas as maneiras. Não havia um assunto que não fugisse de ser redirecionado para a questão animaga, o que fez com que o responsável maroto se irritasse diversas vezes com os amigos. No entanto, não ficavam chateados um com o outro por muito tempo, e sempre acabavam voltando ao normal.
Já havia se passado uma semana, e Sirius e Tiago não desistiam daquela “idéia mirabolante”, palavras do próprio Remo. Ao contrário, após considerar inútil continuarem procurando argumentos que convencessem o amigo, resolveram partir para a parte prática e fazer a lista de ingredientes necessárias à poção que caracterizava a primeira etapa do processo.
Remo, apesar de não concordar com as atitudes dos amigos, certificava-se de estar por perto todas as vezes que Tiago e Sirius debatiam o assunto, para que eles não extrapolassem, com suas idéias sem pé nem cabeça.
- Não Tiago, esse ingrediente é muito difícil de achar... – Remo falou secamente, sem erguer os olhos do livro que fingia ler. Não daria o braço a torcer na frente daqueles dois.
- Ah Remo, corta essa, é só pedir pro Jonny! – falou Tiago dando de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
- E você acha que o Jonny vai concordar em nos arranjar um ingrediente para fazer uma coisa tão arriscada? – tentou manter o tom de voz indiferente, mas não conseguiu disfarçar uma nota de apreensão na voz.
- E quem disse que ele vai saber o que pretendemos fazer?! – indagou Sirius erguendo a sobrancelha, ao se aproximar com os braços carregados de livros.
- Ah tá... e ele nem vai perguntar né?! – ergueu os olhos do livro, emburrado, e começou a ensaiar uma conversa imaginária em tom irônico – Vocês vão chegar pra ele e falar o quê? “Jonny, será que você podia nos arranjar uns ingredientes pra fazermos uma poção e nos tornarmos animagos?! É só pra acompanhar o Remo quando ele se transformar em lobisomem” – deu ênfase à última palavra, fuzilando-os com os olhos e continuando em seguida, sem dar tempo para réplicas – “Ah, claro que sim garotos! Não estão precisando de uma mãozinha?” “Não, não, já temos tudo pronto, só faltam alguns ingredientes. Mas valeu mesmo assim!”
- É... – fingiu considerar a idéia – É uma opção...
O queixo de Remo caiu em incredulidade, provocando gargalhadas não só em Sirius e Tiago, mas também em Pedro, que a princípio parecia alheio à conversa.
-Não acredito que você caiu nessa Aluado! – Remo fez uma careta à menção do apelido [N/Sirius: *tom pomposo* Apesar dos esforços do ALUADO para que parássemos de chamá-lo assim, o apelido colou mesmo!] [N/Autores: *risos*] [N/Amanda: Mas por que ele reclamava? Aluado é tão fofinho...] [N/Sirius: Eiii!!! O almofadinhas aqui que é o fofinho da história! *estufa o peito*] [N/Amanda: *junta as mãos na frente do peito em uma expressão apaixonada* Ainda prefiro Aluado... *suspiro*] [N/Sirius: EIIIIII!!!] [N/Amanda : Mas o que foi?!] [N/Sirius: *abanando a mão displicentemente* Nada não, esquece...] [N/Amanda: *olhar curioso* Ahhh, agora fala!] [N/Sirius: Não, deixa, deixa...] [N/Amanda : *sentando-se no colo do maroto e alisando-lhe o peito* Ahhh amorrr... *voz doce e sensual* conta vai...] [N/Sirius: *sorri marotamente sem que ela veja* Besteira minha...] [N/Amanda: *aproxima o rosto do dele, deixando os lábios a uma distância estratégica e o fita desejosamente. Faz como quem vai beijá-lo, mas desvia o rosto e sussurra em seu ouvido* Tem certeza de que não quer me contar?] [N/Autores: Continuemos sim? ]
Continuando....
[N/Amanda: *sussurra roucamente no ouvido do maroto* Vaaaai Siii....] [N/Sirius: *sorrindo marotamente* Bom, se você quer mesmo saber... Mas tem uma condição... *sorriso malicioso*] [N/Amanda: *pensativa* Condição é? Huuum... e qual seria essa condição Sr Black?] [N/Sirius: *sussurra algo inaudível, porém longo, no ouvido da namorada*] [N/Amanda: *sorri maliciosamente* É... é um caso a se pensar... Mas conta logo vai...] [N/Sirius: *sussurra a resposta no ouvido da namorada*] [N/Amanda: *empurra levemente o peito do maroto, aborrecida* Ahhh Sirius, era isso?!?!?! *cruza os braços e bufa, irritada*] [N/Autores: *caras confusas e curiosas*] [N/Sirius: Mandy, querida, não se esqueça... promessa é dívida hein *sorriso vitorioso*] [N/Amanda: *tom inocente* Promessa?! Que promessa?! *põe a mão no queixo falsamente pensativa* Se eu bem me lembro... não prometi nada... disse somente que era um caso a se pensar...] [N/Sirius: Sua trapaceira!!!] [N/Amanda: *risos* Você vivia fazendo isso comigo nos tempos de escola!] [N/Autora: *inclina-se para frente curiosamente* Mas Sirius...não que eu seja curiosa, loooonge de mim...] [N/Sirius: *revira os olhos* Nãããããããão, imagiiiiina!!!] [N/Autora: *continua como se não tivesse notado o tom sarcástico* Mas afinal, por que você disse aquele “EI” quando a Amanda disse que Aluado é um apelido fofinho?] [N/Sirius: Ahhh, isso... sabe como é né... força do hábito...] [N/Autor: *erguendo a sobrancelha* Força do hábito?] [N/Amanda: *tom levemente irritado* É, pra não perder o hábito... assim toda vez que eu elogio alguém...] [N/Sirius: Correção: toda vez que você elogia um ser do sexo oposto...] [N/Amanda: *revira os olhos e anui entediada* Táááá, enfim... resumindo, ele se vê no dever de “se opor terminantemente a esse fato absurdo e errôneo”...] [N/Autores: *olhares estagnados*] [N/Autora: *decepcionada* Não acredito que era só isso!] [N/Amanda: Ele é um louco!] [N/Sirius: Ahhh gente, eu nem tinha percebido que ela tava falando do velho Aluado... Como eu disse: força do hábito!] [N/Autora: OK, agora vamos voltar à fic sim?]
Continuando....
[N/Sirius: *falsamente pensativo* Mas devo acrescentar...] [N/Autora: *revira os olhos ao ser interrompida*] [N/Autor: *tom entediado* O que é dessa vez Sirius?] [N/Sirius: Hum hum... como eu dizia, devo acrescentar que o nosso querido amigo Aluado não pode ser fofinho, uma vez que essa característica só se atribui a minha pessoa, tendo em vista que eu sou O almofadinhas!] [N/Autores e Amanda: *reviram os olhos*] [N/Autor: RECAPTULANDOOO....]
Recaptulando...
- Ah tá... e ele nem vai perguntar né?! – ergueu os olhos do livro, emburrado, e começou a ensaiar uma conversa imaginária em tom irônico – Vocês vão chegar pra ele e falar o quê? “Jonny, será que você podia nos arranjar uns ingredientes pra fazermos uma poção e nos tornarmos animagos?! É só pra acompanhar o Remo quando ele se transformar em lobisomem” – deu ênfase à última palavra, fuzilando-os com os olhos e continuando em seguida, sem dar tempo para réplicas – “Ah, claro que sim garotos! Não estão precisando de uma mãozinha?” “Não, não, já temos tudo pronto, só faltam alguns ingredientes. Mas valeu mesmo assim!”
- É... – fingiu considerar a idéia – É uma opção...
O queixo de Remo caiu em incredulidade, provocando gargalhadas não só em Sirius e Tiago, mas também em Pedro, que parecia alheio à conversa.
-Não acredito que você caiu nessa Aluado! – Remo fez uma careta à menção do apelido – Nem parece um maroto! – exclamou Sirius risonho.
- Deixa de bobeira Remo... eu vou simplesmente chegar para o Jonny e pedir os ingredientes. Ele, obviamente, vai compreender que é para fins marotos! – sorriu marotamente.
Os garotos passaram o resto da tarde no dormitório pesquisando nos livros que haviam pego na sessão reservada na noite anterior. Volta e meia Remo ainda resmungava alguma coisa, com a esperança de dissuadi-los da idéia, sem qualquer sucesso, no entanto. Já tinham descoberto quase todas as etapas necessárias à transformação, que infelizmente demoraria algum tempo.
-Mas isso é muito complicado! Não é melhor procurar outro jeito?! – Pedro indagou indeciso, fazendo os amigos revirarem os olhos – Eu acho que eu não vou conseguir.... – disse num sussurro desanimado.
- Novidade!
-Eiii... – falou Pedro lentamente, de modo que os outros dois riram.
-EI! – exclamou Remo, que até então se encontarava absorto em “Transfiguração avançada – Os perigos da animagia”
- Que foi Remo? Descobriu finalmente que Ranhoso não lava os cabelos? – indagou Sirius casualmente, mas Remo pareceu nem ouvir.
- Animagos têm que se registrar no Ministério da Magia!!!
- E daí?! – foi a vez de Tiago falar casualmente.
- E daí?! E daí?! Vocês teriam que se registrar para serem animagos, só que eles não vão permitir porque vocês são menores e ...
- E você acha mesmo que a gente vai fazer isso Aluado?!
- Ora Sirius, o Remo tem razão!
- Tenho?!?! – admirou-se Remo.
- Tem?! – espantou-se Sirius
- Lógico que tem... é só a gente chegar pro chefe da sessão de controle das criaturas mágicas e falar a verdade! “Sabe Sr, nós gostaríamos de nos tornar animagos para ajudar nosso amigo lobisomem nas noites de lua cheia... O Sr entende né?!”
Remo piscou algumas vezes, a informação sendo processada no seu cérebro, e então a ficha caiu.
- Vocês vão fazer isso ilegalmente ?!?!?! – exclamou, recusando-se a acreditar.
- Brilhante raciocínio Aluadinho! - Tiago bateu palmas falsamente eufórico.
-Você é realmente um gênio! – Sirius apertou-lhe as bochechas – O orgulho do papai!!!
- E do titio também! – Completou Tiago como quem fala com uma criança de 3 anos, pouco antes de ele e Sirius explodirem em gargalhadas sob o olhar fuzilante de Remo.
“Não posso... simplesmente não posso permitir que eles façam...”
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A última segunda-feira do ano letivo se aproximava e os marotos, mais especificamente Tiago e Sirius, continuavam suas pesquisas para ajudar Remo. Já era tarde, e apesar disso eles consultavam alguns livros em seu dormitório.
-Mas que saco! Mesmo com todos os ingredientes, ainda vamos ter que esperar 6 meses para a maturação da poção. – Tiago falou cansado e Sirius suspirou.
-E essa é só a primeira parte... Serve só para descobrirmos em que animais nos transformaremos. – bocejou.
-Ahhhh... – começou Pedro sonhador – Eu queria ser um animal forte... grande... imponente! Quem sabe um Leão?!
-Que isso Pedro! – exclamou Tiago em tom zombeteiro – eu não acho que um leão combine com você... Quem sabe talvez... hummm – falsamente pensativo – uma minhoca!!! Esse sim!!! – infernizou Tiago, provocando uma careta em Pedro.
-Ah Tiago, cala boca!!! - tacou um travesseiro no amigo, rindo em seguida.
-Seu... – Tiago se preparava para iniciar uma guerra de travesseiros quando foi interrompido por Sirius.
-Minhoca?!?! Mas Tiago, tu é burro mesmo! Minhoca não pode ser! Ela é muito magrinha! – afirmou Sirius, gargalhando juntamente com Tiago enquanto Pedro fazia uma nova careta.
-Ah tá. – foi a vez de Pedro, irônico – E que animais vocês seriam?!
-Eu acho que nenhum animal serve para ME representar... – Sirius falou com um “quê” de desdém, fazendo Tiago erguer a sobrancelha e Pedro o fitar interrogativamente – Afinal, nenhum animal serve para representar a perfeição! – finalizou com simplicidade.
-Não se iluda meu amigo... não se iluda... – Tiago deu uns tapinhas nas costas do amigo – Mas falando de coisas mais importantes... No meu caso, acho que vou ser um tigre!!! – Tiago estufou o peito – Combina com a minha força! Sagacidade! Liderança! – fez pose.
-Modéstia... – completou Remo risonho, entrando no dormitório.
-É claro! Isso também...
-Mas e então, não vão me falar o motivo de tamanha modéstia? – Remo perguntou, afinal, não tinha ouvido o motivo daquela explosão de egos.
- Ahhh, nada demais... estávamos discutindo nossas futuras formas animagas! – respondeu Sirius alegremente, excitado com a idéia.
- Mas vocês ainda não desistiram?! – indagou Remo em tom cansado.
- E por acaso você tinha esperanças disso? – rebateu Tiago, erguendo a sobrancelha.
- Quando é que vocês vão entender que... – começou Remo levemente irritado, sendo interrompido logo em seguida.
- É perigoso...
- E ilegal...
- E pode dar tudo errado...
- E é loucura...
- E podemos ser pegos...
- E Dumbledore confia em você...
- E você é totalmente contra isso...
- Afinal, não tem a menor necessidade! – Tiago e Sirius completaram o amigo em tom sacal, enumerando todos os contras que o amigo citara repetidamente nos últimos dias.
- Isso aí! – Remo sorriu satisfeito, fazendo os amigos revirarem os olhos – Bom, agora que entramos num acordo...
- Pode ir parando por aí Remo! Dá um tempo! – exclamou Sirius, abandonando o costumeiro tom brincalhão – Acho que já está na hora de nós termos uma conversa séria aqui!
- Ahh Sirius, tá bom, você quer ter uma conversa séria?! – perguntou Remo divertido.
- Deixe de brincadeiras Remo, já faz um tempo que queremos falar com você. – Tiago interveio.
- Ok – suspirou – E o que vocês consideram uma conversa séria? – sentou-se em sua cama, cruzando os braços e olhando-os intensamente.
- Olha Remo, na boa, quando começamos com essa idéia de animagia, tenho que confessar que já esperávamos essa sua reação... – Sirius começou, ponderado.
- Só não esperávamos que você fosse ser tão cabeça dura!
- É claro que eu estou sendo cabeça dura Tiago, vocês estão prestes a cometer uma loucura!!!
- Remo, poupe-nos da ladainha! Como você acabou de ver, a gente já conhece ela toda de cor! – rebateu Tiago
- Então por que cismam em dar continuidade a essa insanidade?!?!
- Porque simplesmente não faz sentido o que você está fazendo! O fato de ser ilegal, proibido, ou o que quer que seja, não significa nada pra nós, como você bem sabe! – foi a vez de Sirius.
-Mas significa pra mim!
- Remo, pelo amor de Mérlin, quantos atos ilegais você já nos viu cometer por aí?! Você sempre se opõe no início, mas depois acaba até se juntando a nós!!! Por que dessa vez está sendo diferente?! – exclamou Tiago ansiosamente.
Remo suspirou pesadamente. Fechou os olhos e passou as mãos nos cabelos de modo nervoso.Ao encarar novamente os amigos, possuía uma expressão cansada. Seus olhos, marcados por profundas olheiras, exibiam um brilho diferente e continham um sentimento que os amigos não conseguiram decifrar com exatidão.
- Vocês não entendem! – começou urgentemente – Quando eu me transformo em lobisomem, eu perco completamente o controle, perco a razão! Perco o senso de certo e errado, não tenho mais consciência de meus atos! Viro simplesmente um mostro! – exclamou com vergonha de si mesmo – Eu... eu posso... machucar vocês! Como vocês acham que eu vou me sentir se eu fizer algo a vocês?! – completou desesperadamente ante os olhares penalizados dos amigos.
- Remo, nós sabemos de todos os riscos! Mas estamos dispostos a enfrentá-los, não importa quão grandes sejam! Como você acha que nós nos sentimos toda vez que você volta de uma transformação?! Você acha que é agradável ver um amigo sofrendo desse jeito sem poder fazer nada?! – a voz de Tiago saiu carregada de emoção e os olhos de Remo ficaram rasos de lágrimas.
- Eu... – gaguejou Remo, sem encontrar palavras que demonstrassem a gratidão que sentia pelo que Tiago havia dito.
-Não nos importa o que você fale. Faríamos qualquer coisa por um amigo. – finalizou Sirius com os olhos extremamente brilhantes.
Não foram necessárias mais palavras. Os quatro se abraçaram, um abraço fraternal: um abraço de irmãos.
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- Esse ano passou tão rápido! – afirmou Amanda suspirando enquanto o expresso acelerava.
- É... vou sentir falta de Hogwarts – completou Lily, observando já saudosa o castelo que se afastava.
- Também, com uma irmã maravilhoooooooooosa como a sua...
- Deixa de ser exagerada Amanda...
- Não Aninha, ela está certa... – cmpletou Liy, os lábios se curvando em um sorriso sem emoção.
- Mas Lily... mudando de assunto... Não vai pregar uma última peça no Potter antes de chegarmos à estação? Sabe como é né... – falou casualmente – pra fechar o ano com chave de ouro... – sorriu marotamente.
- Pra falar a verdade... eu meio que desisti sabem... – continuou em tom indignado – sempre que eu prego uma peça nele ele consegue se sair bem! – as outras duas riram.
- Não é verdade! Tem aquela vez que...
- Tá Amanda – Lily revirou os olhos – quase sempre... mas perdeu a graça... – terminou dando de ombros.
- Pena... era tão divertido... – Amanda disse já com saudades, fazendo as amigas rirem.
- Ninguém merece vocês duas... – respondeu Ana meneando a cabeça.
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- Então tá tudo combinado Tiago, meus pais já concordaram. Daqui a duas semanas me deixam lá na sua casa! – disse Pedro enquanto os quatro desembarcavam.
- Tá, mas a gente se corresponde enquanto isso...
- Ok então... meus pais já estão lá. Tchau gente!
- Tchau! – responderam os três em uníssono.
- Ah, que saco! – suspirou Tiago, arrepiando os cabelos – Se meu pai não tivesse essa droga de de festa do trabalho... vocês podiam até ir lá pra casa direto...
- Vai ser na sua casa não é mesmo?! – perguntou Sirius sem muito interesse.
- Infelizmente – afirmou Tiago, desanimado com a simples menção da festa. – E minha mãe ainda vai me obrigar a descer todo engomadinho – completou fazendo uma cômica careta.
- Olha lá Tiago, nossos pais já estão conversando. – disse Remo, enquanto se aproximavam.
- Mas Alan, você tem certeza de que não tem nenhum problema? Não vai ser muito incômodo não?
- Encômodo nenhum John, vai ser um prazer ter o Remo lá em casa! Além do mais, vai ser bom pros garotos passarem as férias juntos...
- Bom, se não tem nenhum problema mesmo... Ah, como vai filho? – exclamou ao avistar os garotos, abraçando Remo.
- Tiago, meu filho!!! – Eliza estreitou o filho em seus braços, apalpando-o como que para ter certeza de que estava inteiro – Tiago, você tem se alimentado? To te achando tão magrinho filho... Não está comendo só aquelas besteiras não né?!
- Ei mãe, que mico!!! Dá pra me soltar?! Tá me esmagando!!! – todos sorriram divertidos e Sirius gargalhou.
- Deixa o garoto respirar Liz! – pediu Alan, no que a mulher o soltou e Tiago suspirou aliviado.
- Pai, esses são Tiago Potter e Sirius Black... gente, esse é o meu pai, John Lupin.
- Prazer Sr. Lupin – disseram os dois juntos.
- Ué Remo, – disse Tiago num tom falsamente casual, lançando um olhar divertido ao amigo – cadê a sua mãe? Ela tá doente de novo?
Liza crispou os lábios imediatamente e fuzilou Tiago com o olhar. Isso lá era brincadeira que se fizesse?! Alan sorriu sem graça. Achara engraçado o trocadilho do filho, mas admitir isso em voz alta era assinar sua própria sentença de morte já que Liz não parecia muito satisfeita. John sorriu fracamente, simpatizando com o amigo do filho por tratar um assunto tão delicado de tal maneira descontraída. Remo, por sua vez, lançou um olhar fulminante ao amigo.
- Tinha que fazer uma gracinha não é Tiago? – falou entredentes.
- Já te falei pra não ser inconveniente Tiago?! – repreendeu Liza, dando-lhe um tapa no braço.
- Ai mãe, foi só pra descontrair... e dá pra parar de me tratar como se eu fosse uma criança? – exclamou Tiago indignado, arrancando risos de todos.
- É só você parar de se comportar como uma! – Tiago revirou os olhos.
- Mas mudando de assunto... – disse virando-se para os amigos – Já estão todos apresentados né? Ufa, menos trabalho pra mim... – falou meio que para si mesmo, mas alto o suficiente para que todos ouvissem.
- Tiago!!!
- Mãe... eu sei que você adora o meu nome... não foi a toa que você o colocou em mim... mas precisa ficar repetindo toda hora?! Gasta sabia? – disse falsamente sério.
Liza revirou os olhos e todos riram.A risada de Sirius, no entanto, sobressaiu-se ligeiramente.
-Não precisa nem apresentar filho... afinal, eu reconheci assim que vocês se aproximaram! – Alan sorriu convencido – Pelo jeito calmo e responsável, este é Remo Lupin; e pela risada escandalosa, este é Sirius Black.
Sirius sorriu amarelo e Eliza fuzilou Alan com o olhar, brincando em seguida com o marido.
- Mas é claro que você reconheceu eles assim que chegaram, Alan querido - disse em tom trocista – você sabe muito bem que o Remo tem cabelos castanhos e que o Sirius tem cabelos negros!
- Ihhh pai , ela te pegou nessa!!! – riu Tiago.
- Errrr.... ahhhh, isso não faz diferença... – abanou a mão displicentemente, fazendo todos rirem.
Os Lupin se despediram e atravessaram a barreira, deixando apenas Sirius e os Potter. [N/Amanda: Ou seja, sobraram apenas os Potter] [N/Sirius *sorri abertamente*]
- Ai, Mérlin me ajude... meu karma chegou... – Sirius falou visivelmente desanimado ao ver a mãe atravessar a plataforma em passos largos – Espero ainda estar vivo daqui a duas semanas... Bom, vou indo... Foi um prazer Sr. e Sra. Potter – completou pegando seu malão.
- Liz, querido, Sra Potter é muito formal – corrigiu com um sorriso.
Sirius virou-se e pôs-se a andar lentamente em direção à mãe, desejando na realidade nunca chegar, até que sentiu uma mão firme em seu ombro. Ao se virar, deparou-se com o sorriso amigável de Alan Potter.
- Você não achou mesmo que eu ia embora antes de ter uma conversinha com sua mãe não é? – e completou, falando para si mesmo em tom sério – Não me agradam os métodos educacionais que ela adota – finalizou, encaminhando-se com Sirius, que lhe sorriu agradecido. [N/Sirius: *tom de respeito e admiração* Alan Potter é realmente um grande homem...]
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- Ahhh mãe, eu tenho mesmo que usar essa coisa?! – tentou Tiago uma última vez, vestindo o paletó que a mãe lhe estendia.
- Já te disse que sim Tiago! Essa festa é importante pro seu pai, ele não está no cargo a muito tempo e temos que causar boa impressão. – lançou um olhar severo ao filho – E você comporte-se ouviu bem?! Nada de gracinhas por hoje!
-Ahh mãe!!! A festa já ia ser chata, agora então... que graça vai ter?! – indagou fazendo a mãe rir fracamente.
-Além do mais, toda a elite ministerial vai estar presente.
-Como se o papai ligasse muito pra isso... Ele puxa assunto até com elfos domésticos!
-É... –Eliza sorriu abertamente – sabemos como o seu pai é bem articulado... até demais... – os dois sorriram.
-É verdade... por isso todos gostam dele... papai é mesmo O MÁXIMO!!! – sorriu orgulhoso.
Liza balançou a cabeça pensando em como Tiago se parecia com Alan. “Tal pai, tal filho”, pensou enquanto Tiago terminava de se arrumar.
-Aiiii Tiaguito, você está tão elegante!!!!!! – exclamou orgulhosa, tentando arrumar os cabelos do filho.
-Mãe!!!!
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“Isso tá realmente UM SACO!!! Eu mereço, né?! E essa droga dessa gravata me enforcando... Pra completar, nem me deixam fazer uma brincadeirinha! Que absurdo! Eu podia deixar essa festa bem mais divertida!!!”
Tiago sorriu marotamente. Já fazia algum tempo que conseguira fugir e agora se encontrava na sacada a observar as estrelas.
-Ah, desculpe... – ouviu uma voz feminina às suas costas – Não sabia que tinha gente aqui, só estava tentando ficar um pouco sozinha...
-Sem problemas. – disse virando-se em direção a voz – Eu também estav... DELACOURT?!?!
-POTTER?!?!
-O que você está fazendo aqui?! – exclamaram em uníssono.
-Ahn... por acaso, sabe, essa é a minha casa...
-Sua?! Mas minha mãe disse que era a festa de um amigo do trabalho...
-AMANDA VILAIN DELACOURT!
-Ops, sujou! – sussurrou para si mesma fazendo Tiago rir fracamente.
-O que a senhorita pensa que está fazendo?! Já não te disse pra não sair de perto de mim?! Não quero você aprontando por aí!
-Quem? EEEEEEEUUU?!?! – suspirou, falsamente magoada, levando a mão ao peito – Me decepciona muito saber que a senhora faz esse juízo de mim mamãe! – concluiu dramática.
Tiago teve que se segurar para não rir. “Eu acho que já vi essa expressão em algum lugar... Parece até que eu to vendo o Sirius na minha frente!” pensou, entre abismado e risonho.
- Ora, mas parece que você arranjou companhia! – disse a mãe dela ao notar a presença de Tiago – Melhor assim, menos chances de você aprontar uma né? [N/Amanda: *sorriso maroto* Doce ilusão...]
- Mãe!!!
- Patrícia, aí está você! – exclamou Alan Potter, dirigindo-se a eles, seguido de perto por uma linda mulher.
- Olá Alan, eu estava procurando a minha filha... – afirmou a Patrícia, passando o braço por sobre o ombro da garota maternalmente – Esta é Amanda.
- Oi... – murmurou a garota, envergonhada.
- Olá minha querida – Alan sorriu gentilmente, virando-se para Patrícia – Acho que você ainda não conhece minha esposa, Eliza...
- Muito prazer. – as duas mulheres se cumprimentaram.
- Pode me chamar de Liz – sorriu simpaticamente.
- Patrícia é uma ótima auror querida! A nossa equipe ganhou um reforço fantástico desde que ela veio tranferida da França!
- Bondade sua Alan!
- E vejo que vocês já conheceram Tiago, nosso filho – disse Eliza puxando Tiago para perto de si e apoiando as mãos em seu ombro – Ele estuda em Hogwarts, sua filha deve cohecê-lo, é um dos melhores alunos de seu ano!– sorriu orgulhosa
- Mãe! – sibilou Tiago entredentes e Amanda riu fracamente.
- EI JONNY! Junte-se aos bons! – exclamou Alan acenando para o amigo, que se aproximou.
Tiago, percebendo que as atenções haviam sido desviadas para Jonny, sussurrou no ouvido de Amanda.
- Acho que é uma boa hora para uma saída estratégica... – puxou a garota pela mão.
- Com toda a certeza – sussurrou ela, aliviada, acompanhando-o.
O que os dois não perceberam é que, se a atenção de seus pais não estava sobre eles, a de Jonny certamente estava. “Tiago, Tiago... é isso aí hein garoto, já fazendo sucesso com as meninas...”
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- Pra onde nós vamos agora?! Eles já nos descobriram na sacada... – Amanda disse desanimada.
- Confie em mim... – Tiago sorriu, ainda puxando a menina pela mão.
Amanda sorriu consigo mesma. “Deixa só a Lily saber disso... Eu, Amanda Delacourt, confiando no ‘arrogante do Potter’...”
- Do que está rindo?! – foi tirada de seus pensamentos pela voz de Tiago.
- Ahn?! Nada não...
- Chegamos!
A menina não pôde deixar de sorrir ao ver onde estava. Era um lindo jardim, extremamente florido, com direito a lago, chafariz e balanço, tal qual aqueles filmes trouxas que ela vivia vendo na TV. Ao fundo, porém, podia-se ver um espaço coberto com alguns puffs, redes e sofás.
- Vem, vamos sentar ali – disse Tiago puxando-a exatamente naquela direção – Acho que eles não vão nos procurar aqui – completou jogando-se em um sofá verde-oliva que combinava perfeitamente com todo o ambiente.
- Ai, que bom que a gente conseguiu fugir daquela conversa tediosa! – disse sentando-se em um dos puffs.
- Correção minha cara: que bom que EU nos tirei daquela conversa tediosa! – sorriu convencido.
- Modesto como sempre! – revirou os olhos.
- Claro que sim! Esta é só uma das minhas incontáveis qualidades – tom brincalhão.
- Sei, sei... realmente incontáveis... se você quiser posso pedir pra Lílian fazer uma lista pra você... – ela riu e ele fez uma careta.
- Será que você poderia não me lembrar da existência da irritante da Evans só por essa noite?
- Ok, não está mais aqui quem falou...
Um silêncio incômodo se instalou durante alguns minutos, nos quais a mente da menina trabalhava fervorosamente para achar um assunto comum. Tiago se perguntava se ela teria ficado chateda com o que ele dissera, afinal a ruivinha esquentada era amiga da Delacourt. Mas por mais que eles não se dessem muito, nenhum dos dois queria ficar ali sem nada pra fazer. Foi Amanda quem quebrou o silêncio.
- Hum... – limpou a garganta, chamando a atenção do menino – por que você estava naquela festa chata? Se eu fosse você teria ficado no quarto e nem teria dado as caras! – ela sorriu, meio que timidamente.
- E você acha que eu não tentei? – ele sorriu também, grato por ela ter decidido iniciar uma conversa afinal – Fiz de tudo pra não ter que ir... – afrouxou a gravata e jogou o paletó em cima do sofá.
- Parece que você não tentou o suficiente...
- Logo se vê que você não conhece a minha mãe... Ela disse que eu, como membro da família, tinha que causar boa impressão, fazer sala para as visitas... esse tipo de coisa, você sabe né?
- Sei...
- E você?
- Vou bem, obrigada – sorriu marotamente e o garoto arqueou as sobrancelhas.
- Você entendeu vai...
- Bom, eu acho que você já percebeu que a minha mãe trabalha com o seu pai né? – afirmou irônica, fazendo-o revirar os olhos.
- Não foi isso que eu quis dizer! Eu perguntei o que VOCÊ está fazendo aqui!
- Ah, você sabe né... – começou falsamente casual – meus pais não acharam seguro me deixar sozinha com a mobília deles...ficaram com medo de só encontrarem as cinzas na volta. – Tiago riu e Amanda adquiriu um ar falsamente pensativo – É, eu não os culpo...
-Essa história está me soando bem familiar... – ambos sorriram.
-Mas como nós nunca nos esbarramos antes morando no mesmo condomínio?!
-Voceeê... mora aqui?! – indagou surpreso.
-Segunda casa a esquerda da praça com a estátua de Mérlin.
-Mas você não mora aqui a muito tempo né?!
-Depende do que você considera muito tempo... 3 anos tá bom pra você?!
-Pouco... pouco... – Tiago abanou a mão em um gesto displicente, Amanda ergueu a sobrancelha – Eu moro aqui desde que nasci, essa casa pertence à família Potter a 5 gerações...
-WOW!!! – exclamou ela assombrada – Bem que eu senti um cheirinho de mofo quando pisei no Hall... – sorriu divertida.
-Como se Eliza Potter fosse deixar o mínimo vestígio de sujeira em algum lugar, nem que fosse na fresta da quina da garagem...
-E isso existe?! – indagou brincalhona.
-Não sei... mas se você falar pra minha mãe que tem uma sujeira na “fresta da quina da garagem”, com certeza ela acha! – ambos riram.
-Pelo que você diz... parece que nossas mães vão se dar muito bem!
-Mas onde você morava antes?
-Na França. Apesar de a minha mãe ser inglesa, meu pai é francês... eu nasci lá.
-Mas você não tem o mínimo sotaque!
-Minha mãe sempre me fez falar inglês em casa. Como ela sempre fez questão de repetir “Français dan e’icole, english at home.”
-Quê?!?!
-Francês na escola, Inglês em casa.
-Ah tá... Mas por que vocês voltaram então?
-Minha mãe... ela foi transferida. O ministério inglês pediu que ela voltasse e como meu pai tinha muita vontade de conhecer a Inglaterra pediu transferência pra cá.
-E o que ele faz?
-Ué, isso agora é um interrogatório é?! – indagou a menina com as sobrancelhas arqueadas – O senhor por acaso está querendo levantar a minha ficha?! – Tiago riu fracamente.
-É... Digamos que eu tenha que me precaver acerca de quem freqüenta a minha casa...
-E desde quando eu freqüento a sua casa? – num tom entre interrogativo e brincalhão.
-Desde agora oras! – a garota esboçou um sorriso.
-É, o senhor tem razão... já que é assim... Papai trabalha no Gringotes.
Tiago arqueou as sobrancelhas em uma expressão descrente.
-“Papai”?!?! Ôôôôô ti bunitinha!!! – completou em tom infantil.
-Ahn... – ficou um pouco desconcertada, recuperando-se logo em seguida – Sinto muito se o meu bom relacionamento com meu pai te incomoda!
-Não por isso minha cara... eu tenho um ótimo relacionamento com meu pai e não o chamo de papai desde os 5 anos de idade... – disse zombeteiro.
-Ora, mas você... você... é um garoto! – exclamou pouco convincente fazendo Tiago revirar os olhos.
-Sua explicação não foi das melhores... mas dessa vez passa... – abanou a mão displicente.
Foi a vez de Amanda revirar os olhos, remexendo-se no puff para se acomodar melhor.
-Ei, o que... – sentiu algo sobre suas [N/Sirius: grossas] pernas [N/Amanda: Esqueceu de dizer definidas amorzinho...] [N/Sirius: perdão Amandinha... este fato não irá se reprisar] [N/Autores: *reviram os olhos*]
Continuando...
- Ei, o que... – sentiu algo sob suas [N/Sirius: Grossas e DEFINIDAS] pernas [N/Amanda: *sorriso satisfeito* Agora sim...], retirando uma pequena miniatura de quadribol.
- Nossa, minha miniatura do Jack Olsen!!! Achei que a tinha perdido!
- Na verdade esse lixo não ia fazer a menor diferença... além de ser um péssimo jogador, atua no pior time da liga!
- Ei! É o meu time!!!
- O quê?!?! Você torce pros Tornados?! Achei que entendesse mais de quadribol...
- Já que eu não entendo naaaaaaaaaaaaaaada de quadribol – começou irônico – e já que você é uma profunda conhecedora do assunto, poderia me dizer qual é o melhor time da liga então?!
- Os Cannons, ÓBVIO!
- O quê?!?! Essa porcaria?!
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- Mas ele só não pegou o pomo porque foi idiota o suficiente pra cair na Finta de Wronski! Depois disso ele não conseguiu mais acompanhar o ritmo do jogo, perdeu um pouco da moral também... Mas todos sabiam que se ele estivesse em forma teria pego o pomo primeiro!
- Disse bem minha cara: SE ele não fosse tapado o suficiente pra cair na finta; SE ele estivesse em forma. Como nada disso aconteceu, só fica evidenciada mais uma vez a inferioridade dos Cannons!
- Mas...
- Amanda! Finalmente te encontrei! – Patrícia e Eliza apoximaram-se dos meninos.
- Viu Paty, não disse que eles estavam bem?
- Ah Liz, mas se tratando da Amanda...
- É, parece que sofremos de um mal parecido... – sorriu fracamente.
- EI! – exclamaram Tiago e Amanda em uníssono fazendo suas mães rirem.
- Mas pra que esse escândalo todo mãe?
- Ora pra quê? Precisamos ir embora menina!
- Mas já?! – exclamaram juntos novamente, fazendo suas mães sorrirem.
-É garotos, a festa já acabou faz algum tempo – afirmou Liz e eles se entreolharam surpresos.
- Só vou chamar seu pai e espero encontrar a srta na entrada em 5 minutos ouviu bem?
- Sim, mãe... – disse em tom entediado, observando as duas se afastarem.
- Bom, acho que eu tenho que ir – disse meio sem jeito, virando-se para Tiago – Até que a noite não foi uma perda total como eu esperava...
- É, até que conversar com você não foi entediante... – recebeu o olhar fuzilante da garota e ergueu as mãos em sinal de rendição – Ei, era brincadeira... conversar com você foi legal, o tempo passou bem rápido...
- Verdade... até que você não é tão chato como eu pensava Potter... – ele fez uma careta a menção de seu sobrenome.
- Nunca pensei que fosse dizer isso mas... acho que já temos intimidade o suficiente pra você me chamar de Tiago não? – começou a contar nos dedos falsamente pensativo – Vejamos... estudamos no mesmo colégio, somos da mesma casa, moramos no mesmo condomínio, nossos pais trabalham juntos e estamos conversando civilizadamente há... – olhou para o relógio – hum... 3 horas! Além disso, acabo de descobrir que você é uma garota legal! – finalizou descontraído.
- É... – fingiu considerar – me convenceu ... Tchau Tiago! – virou-se e pôs-se a caminhar em direção à casa
- Ei Amanda!
- O que foi? – respondeu a menina, virando-se.
- Não quer aparecer por aqui amanhã? A gente podia arranjar alguma coisa pra fazer...
- É, vou considerar a possibilidade... – sorriu marotamente sumindo da visão do maroto “Até que ele é bem legal...”
Tiago revirou os olhos ao comentário da garota, rindo em seguida. “Até que ela é bem legal...”
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Tiago acordou assustado aquela madrugada. “Que pesadelo estranho... Mas por que eu não me recordo de nada com clareza?” Balançou a cabeça de um lado a outro tencionando desanuviar a mente e pôde ver vários relâmpagos cruzarem o céu, iluminando a negra madrugada e anunciando a iminente tempestade. Passou as mãos pelos cabelos em desalinho, a nuca ainda arrepiada pelo misterioso pesadelo, e observou o próprio quarto através do cortinado de sua cama. “Bom, parece que o ambiente já etá agradável... minha mãe e essa péssima mania de ‘tentar’ arrumar o meu quarto enquanto estou em Hogwarts...” , pensou ao contemplar seu malão aberto ao pé da cama e todos os seus pertences devidamente jogados pelo quarto.
Como já estava acordado e não acreditava que conseguisse pegar no sono novamente tão cedo, o garoto vestiu o roupão por sobre o pijama e decidiu descer para tomar um copo d’agua. Tudo culpa daquele pesadelo... ainda que não conseguisse lembrar-se como fora, duas coisas eram certas: havia lhe deixado com um frio na espinha e lhe tirado completamente o sono.
A casa se encontrava completamente escura àquela hora da madrugada e seus passos ressoavam levemente ao longo do corredor deserto. Ao mirar a sala, do alto da escada, deu-se conta da eficiência dos elfos, que já haviam arrumado toda a bagunça da festa. Mesmo com a falta de luz, Tiago jamais teria problemas em se locomover naquela casa, pois a conhecia como a palma de sua própria mão. E, apesar de adorar Hogwarts, a sensação de estar de volta àquela velha casa era indescritivelmente agradável.
Ao fim do último degrau, ouviu vozes vindas do escritório. Somente algo sério provocaria uma reunião matinal como aquela, e apesar de saber que não devia ouvir, sua curiosidade falou mais alto e o menino se aproximou da imponente porta de carvalho [N/Amanda: Foffy ele não?] [N/Sirius: *tom casual* É, o Pontas tinha esse defeito...] [N/Amanda: Olha o gigante falando do trasgo...] [N/Sirius: Você não estaria, por acaso, me chamando de....] [N/Autores: Outra hora crianças... CONTINUANDO...]
[...] Somente algo sério provocaria uma reunião matinal como aquela, e apesar de saber que não devia ouvir, sua curiosidade falou mais alto e o menino se aproximou da imponente porta de carvalho, ouvindo as vozes abafadas que sussurravam com urgência lá dentro.
- Ah Alan, você sabe que isso são só boatos... – uma voz jovem e indecisa falou.
- Boatos Rufus?! Ora poupe-me! Apesar de ser novo nesses assuntos, você sabe muito bem que isso é o que o ministro quer que acreditemos: que são só boatos! – outra voz desconhecida soou firme, acompanhada de vários resmungos de concordância.
- Alastor tem razão Rufus. Ele está tenatndo abafar o caso para não desesperar a comunidade – a voz do pai chegou aos ouvidos do garoto, contida – Este já é o quinto caso! Apesar do ministério tentar fazer parecer que são casos isolados, todos sabemos que estão interligados por padrões preocupantes... TEMOS que fazer alguma coisa! – disse convicto.
- E o que você tem em mente Alan?! – era sua mãe, visivelmente nervosa – Sair por aí por conta própria, em uma missão suicida?!
- Acalme-se Liz... – aquela voz.... se ele não estava enganado, era a voz da Sra Delacourt, e parecia tentar consolar sua mãe.
- É Liz, as coisas não são bem assim... há muito mais coisas envolvidas do que pode aparentar... nós só...
- Pra mim chega!!!
De repente a porta abriu-se com estrondo e sem aviso prévio, fazendo com que Tiago se desequilibrasse e quase caísse no chão. O rosto nervoso de Eliza Potter surgiu sombreado pelas chamas dançantes da lareira.
- Tiagooo!!!!!!! O que você está fazendo aqui?! - exclamou furiosa agarrando o filho pelo braço – Desde quando está aí, o que foi que você couviu?!?!?!
- Calma mãe, eu não...
- DEIXE DE MENTIRAS! – esbravejou descontrolada, assustando a todos no escritório.
- Acalme-se Liz, você está muito nervosa... provavelmente ele não ouviu nada... caso contrário ele já...
- DIGA LOGO TIAGO! – apertou ainda mais o braço do filho.
- Mãe, você está me machucando... – gemeu Tiago, tentando se livrar do aperto da mãe. Nunca a tinha visto tão fora de si em toda a sua vida – Eu já disse que eu não ouvi nada! – exclamou soltando-se de Eliza e correndo em direção aos jardins.
- TIAGO! VOLTE AQUI!
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Tiago corria desabalado, a visão da mãe fora de si fresca, fixa diante de seus olhos. “DEIXE DE MENTIRAS!” A voz dela ecoava insistentemente em sua mente. “DIGA LOGO TIAGO!” Óbvio que ela já gritara com ele, e não haviam sido poucas vezes... mas nunca dessa maneira tão... agressiva, assustadora. Nunca o chamara de mentiroso de forma tão certa e cheia de raiva. Sem se dar conta, lágrimas amargas desceram pelo seu rosto, salgando-lhe a boca.
Quando deu por si, já estava lá. Naquele mesmo local de sempre. Incrível como seus pés o levaram até aquele lugar, tão seu conhecido, instintivamente. Dirigiu-se automaticamente ao sofá carcomido pelo tempo, apoiando a cabeça nas mãos; finalmente, deixou as lágrimas correrem livres.
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- Ele não está em parte alguma Alan! – exclamou Liz nervosamente irrompendo pelo quarto – Já olhei nos jardins, em cada canto dessa casa e... – choramingou – nada do Tiago...
- Ora Liz, acalme-se... – Alan abraçou-a carinhosamente, afagando-lhe os cabelos – Eu sei que pra você ele nunca vai deixar de ser criança, mas ele já é crescido, sabe cuidar de si mesmo...
- Não, não sabe não... e o pior é que eu sei que fui eu que errei... – sua voz era chorosa e seu rosto ainda trazia vestígios de lágrimas – Eu estava nervosa... todo esse assunto me tirou do sério e eu descontei em quem menos tinha a ver com essa história... – escondeu o rosto no peito do marido, fazendo sua voz soar abafada – Agora eu só quero o meu filho, saber se ele está bem...
- Calma minha querida, é claro que ele está bem... – Alan sorriu tentando reconfortá-la , porém sentindo as lágrimas da esposa molharem-lhe a camisa.
Após algum tempo Eliza desvencilhiou-se dos braços do marido, esfregando as mãos em sinal de nervosismo.
- Mas e se ele estiver com fome? E se estiver com sede? E se estiver com frio Alan?! Onde ele vai dormir? Ele é orgulhoso que nem você, não vai querer voltar pra casa... Mérlin, ele vai se resfriar se pegar esse sereno, estava só de pijama e ... – a mulher despejava as palavras num fôlego só, andando de um lado a outro e quase fazendo Alan rir.
- Liz! Olha pra mim! – interrompeu-a, erguendo-lhe o rosto e obrigando-a a fitá-lo – Tiago-não-é-mais-um-bebê-de-colo – frisou bem cada uma das palavras, falando lenta e ritmadamente na tentativa de fazê-la entender – Deixe que ele saia um pouco de debaixo das suas asas!
- Eu... eu sei... – falou quase em um sussurro - Mas é que ele é nosso único filho Alan! – ergueu os olhos vermelhos para o marido e este suspirou.
- Se isso te acalma... acho que sei onde ele está...
- Sabe?! Então por que não me disse antes?! Me deixou aqui toda preocupada! – pegou um casaco no armário e puxou o marido em direção a porta – Vamos!
- Não Liz – ele a deteve – Tiago precisa de um tempo... precisa de espaço! Deixe que ele enfrente as coisas um pouco sozinho, vai fazer bem a ele. Além do mais... ele deve estar chatedo, você foi dura com ele...
- Mas...
- Eu sei que não foi de propósito meu amor... mas o fato é que, nem eu, nunca tinha te visto tão dscontrolada. Deixe ele colocar as idéias em ordem e amanhã vocês conversam certo? – ao ver a reticência da esposa, sussurrou em seu ouvido – Vamos, nada de mal pode acontecer com ele aqui. Confie em mim.
- Eu confio – afirmou ela enxugando as lágrimas e sorrindo ao fitá-lo.
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Abriu os olhos lentamente, com os raios de sol aquecendo-lhe a face. Sentou no sofá onde dormira e observou o ambiente, recordando-se do porquê de estar ali. Os acontecimentos da noite anterior logo invadiram-lhe a mente em enxurrada. O menino ainda conservava os olhos vermelhos e não se lembrava exatamente de quando havia adormecido.
Ainda estava chateado e não queria voltar pra casa. Não estava pronto para conversar com a mãe e ainda ouvir o sermão que certamente viria por ele ter sumido. Mas então, pra onde iria?
“Segunda casa a esquerda da praça com a estátua de Mérlin”
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Bocejou. Já havia acordado há algum tempo e estava terminando de tomar café. Pensava na noite anterior. “A Lily se enganou sobre o Tiago... ele tinha tudo pra ser um garotinho mimado, mas é bem legal! O que será que aquela ruivinha esquentada vai fazer quando descobrir que fiquei amiga dele?” Riu consigo mesma e levantou-se, colocando algumas bolachas em um prato e dirigindo-se à varanda “Provavelmente ela vai dar um xilique e querer me esganar!” sorriu, sentindo a brisa matutina e observando aquela paisagem tão familiar. A não ser por...
- Tiago?! – indagou surpresa – O que você está fazendo aqui? – olhou-o de cima a baixo – E... que roupa é essa?! – ergueu a sobrancelha. O menino trajava uma calça de moletom azul e uma camiseta branca bem amarrotada: visivelmente um pijama. Os cabelos estavam ainda mais revoltos do que o usual, como se tivesse acabado de acordar.
- É que eu... estava... hum... passando por aqui sabe...
- De pijama?! – perguntou irônica
- Pijama?! – olhou para si mesmo, fazendo a garota quase acreditar nele – E desde quando isso é pijama?!
- Ah, e não é? – indagou descrente.
- Não... eu só gosto de andar à vontade – disse dando de ombros [N/Autora: *tom risonho* Se o Tiago fosse trouxa, ele ia dar um ótimo ator... na realidade, um ótimo galã!]
- Tá bom... – disse ainda descrente – Então quer dizer que agora o Sr faz caminhadas matutinas?
- É, sabe como é né... deu vontade...
- Haaaam... e que coincidência né, você vir caminhar logo aqui na frente da minha casa... – disse debochada.
- É mesmo... – Tiago afirmou como se realmente achasse a maior coincidência do universo, fazendo a garota revirar os olhos.
- Não quer se sentar um pouco e descansar então? Imagino que deve ter sido uma árdua caminhada...
- Por que não? – deu de ombros, aproximando-se e sentando-se em frente a menina, que lhe perscrutou o rosto atentamente.
- Tiago... você andou chorando? – perguntou de forma direta, em tom sério e preocupado.
- Não, claro que não! – coçou os olhos de leve, tentando disfarçar.
- Então por que seus olhos estão vermelhos? – indagou calma e astutamente
- Vermelhos? – desviou o olhar e coçou os olhos novamente, dessa vez com mais força – Deve ser só alergia, eles estão coçando pra caramba... mas daqui a pouco passa...
- Sei... – disse descrente, analisando-o – E então, pensou em algo interessante pra gente fazer hoje? – mudou de assunto na tentativa de diminuir a tensão presente.
- Mais ou menos... nada concreto na realidade – sorriu amarelo: não havia pensado em absolutamente nada, devido aos acontecimentos do dia anterior. Mas não tinha a mínima vontade de confessar isso a garota.
- Acho que eu tenho uma idéia! Meu pai comprou uma máquina trouxa muito legal, acho que é jetsky o nome, e dá pra and... Tiago? Você tá me ouvindo? Tiagoooooooo!!!
- Ham? Oi?
- Você tem certeza de que está bem?
- Claro, estou ótimo! – afirmou, forçando um sorriso.
- Pois não me parece...
- Impressão sua, eu... – ia dar mais uma desculpa quando seu estômago protestou – Errr... – Tiago ficou sem graça e Amanda não pôde evitar um sorriso.
- Parece que essa sua caminhada foi realmente muito desgastante Sr Potter – começou em tom risonho – não quer comer alguma coisa? – ofereceu o prato de biscoitos que tinha a sua frente e Tiago avançou sobre eles como se não visse comida há séculos.
- Não quer entrar não? – perguntou reprimindo uma gargalhada ao ver o modo faminto como o garoto comia – A mesa do café ainda está posta...
- Quissnãpreciusnãuu... – disse enfiando o último biscoito na boca.
- Como?!?!
- Disse que não precisa... – respondeu ainda mastigando.
- Pois eu acho que precisa sim – afirmou puxando o garoto para dentro.
Ao ver a mesa repleta de bolos, tortas, pães e afins, Tiago sentou-se sem cerimônia e serviu-se de tudo um pouco.
- Ah, mas é claro que você pode se sentar, não precisava nem perguntar, sinta-se em casa! – disse irônica.
- Hum?! Quiquicêdixe?!
-Nada não Tiago... – disse a garota rindo e sentando-se em frente ao maroto. Observou-o comer por alguns minutos e decidiu retomar o assunto – Bom.... percebe-se que você não tomou café da manhã... – falou seriamente, analisando o garoto.
Tiago sentiu seu estômago afundar. Ergueu o olhar e encontrou os olhos cor de chocolate de Amanda fixos em si. Baixou novamente a cabeça, tentando fugir do olhar incômodo da garota, daqueles olhos que pareciam capazes de decobrir qualquer mentira que ele fosse capaz de inventar.
“Como ela percebeu?”
“Ô seu tapado, você está comendo que nem um esfomeado!Era de se esperar que ela percebesse que você não tomou café”
“Eu não to falando disso... como será que ela percebeu que aconteceu alguma coisa?”
“Dããããã, mas ela não percebeu que aconteceu alguma coisa... pelo menos não ainda... Ela só constatou que você não tomou café. E convenhamos, isto está ÓBVIO!”
“Ei, você era pra ser minha consciência!”
“E eu sou!”
“Então pare d falar como o Remo e ME-DEIXE-EM-PAZ!”
“O que eu posso fazer se o Remo não é tão obtuso quanto você? Mas se assim você deseja... vire-se sozinho!!!”
- E então? Agora vai me contar o que aconteceu?
- O que aconteceu? Mas não aconteceu nada... – disse sem encará-la nos olhos.
- Tiago, não minta pra mim! – disse a garota firmemente, a primeira vez que se dirigia ao garoto em tom de ordem, mas certamente não a última.
Tiago ficou levemente surpreso. O modo como a garota falou lembrou-lhe, por um momento, a mãe... Sim, ela mesma... Não se podia dizer que ele estava com raiva dela mas... Quando voltou seu olhar para Amanda, ela ainda esperava pacientemente uma resposta. Naquele milésimo de segundo no qual seus olhares se encontraram, ele decidiu que se havia alguém com quem poderia desabafar, esse alguém era a morena a sua frente.
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- Bom, e aí eu saí correndo de casa. – suspirou.
Patrícia descia as escadas, mas estacou ao ouvir a voz do menino. Há não mais de dois minutos atrás, Eliza a havia contactado avisando que o garoto sumira noite adentro e que ainda não tinham notícias. Discretamente, desviou seu rumo para a cozinha, já que os dois jovens conversavam na sala de jantar. Fizeram-se alguns minutos de silêncio.
- É... – começou a garota, ponderada – Realmente sua mãe exagerou mas... tenho certeza de que ela não fez por mal Tiago... – o garoto lançou-lhe um olhar ferino, como se a desafiasse a dizer que estava do lado de sua mãe e não do seu, mas ela continuou sem dar importância a isso – Entenda... ela devia estar nervosa... deve ter ficado preocupada que você tivesse ouvido algo perigoso, algo que poderia até colocar sua vida em risco, nós não sabemos... pelo pouco que você ouviu, já deu pra ver que a coisa era bem séria...
- Mas... mesmo assim... ela nunca tinha me tratado dessa maneira... era como se nem fosse ela sabe... como se fosse uma estranha, desconhecida, sei lá...
Se os dois olhassem em direção à cozinha naquele momento veriam Patrícia esgueirando-se silenciosamente para fora da casa.
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- Mas... mesmo assim... ela nunca tinha me tratado dessa maneira... era como se nem fosse ela sabe... como se fosse uma estranha, desconhecida, sei lá... – Amanda viu que o garoto sustentava um olhar triste.
- Você não acha que deveria voltar pra casa, falar com ela? Foi só uma briguinha a toa Tiago, você está sendo orgulhoso...
- É, talvez eu esteja mesmo... mas ainda não sei se quero voltar – a indecisão era clara em sua voz – Não sei se já é hora...
- Como assim se “já é hora”?! – riu a garota – Deixe de charme Tiago! Você já teve o tempo de que precisava e a essa hora sua mãe já deve estar arrependida e arrancando os cabelos de preocupação! – disse apaziguadora
- Hum... – É. Definitivamente, ela não tinha convencido.
- Vamos! – levantou-se de um pulo e puxou-o pela mão.
- Aonde?! – Se a situção fosse outra, ela teria achado cômico o olhar do garoto.
- Na sua casa oras! – Amanda afirmou displicente. Se ele não iria tomar uma decisão, ótimo! Ela tomaria por ele.
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Ao chegarem à porta de entrada da mansão Potter, Tiago estacou.
- Vou ter que abrir a porta pra você e te convidar a entrar? – perguntou irônica, erguendo a sobrancelha.
- Hahaha, muito engraçada... – adiantou-se, girando a maçaneta. Porém, estacou novamente, exitante, quase que esperando que sua mãe irrompesse pelo Hall e desse um novo ataque, dessa vez pelo sumiço.
Percebendo isso, Amanda decidiu dar um leve empurrãozinho ao amigo, no sentido literal da palavra.
Tiago sentiu duas mãozinhas delicadas empurra-lo pelas costas, forçando-o porta adentro. Virou-se para trás e fuzilou a risonha menina com os olhos.
- Tiago, filho!!! – mal havia se virado e foi sufocado por um mar de cabelos castanhos muito familiares - ... culpa... minha... eu não devia... não queria... você não tinha culpa... estava tão nervosa... me perdoe... – falou desconexamente, a voz entrecortada. Tiago a abraçou, intimamente feliz por ter a sua mãe melosa e coruja de volta.
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Amanda ficou alguns segundos observando a cena, satisfeita, até que avistou a própria mãe do lado oposto da sala e caminhou até ela.
- Oi mãe – cumprimentou casualmente, como se fosse comum se verem pela primeira vez no dia na casa dos Potter.
- Oi filha – apontou discretamente a cena de mãe e filho se abraçando – Aliás, bom trabalho – piscou o olho, quase imperceptivelmente, porém com um sorriso nos lábios
- Ah, obrigada... A gente faz o que pode né. – a garota deu de ombros e a mãe sorriu, passando o braço por sobre os ombros da menina.
- Essa é a minha Amanda... – riu Patrícia.
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- Ah Tiago... – Liz finalmente desvencilhiou-se do filho, verificando se ele estava “inteiro” – Mas onde você dormiu?! Você está bem?! Sentiu frio?! Não me diga que você pegou sereno! – olhou-o preocupadamente, colocando a mão em sua testa – Da última vez que você ficou resfriado eu entrei em desespero com aquela febre que não baixava nunca!
- Mãe! Pare de me tratar como um bebê!
- Ai, esqueci... – falou toda orgulhosa tentando assentar-lhe os cabelos – Você já está virando um rapazinho!
- Mãe!!! – exclamou o menino saindo do alcance da mãe e bagunçando os cabelos.
Patrícia segurou o riso e Amanda riu discretamente.
- Mas você comeu alguma coisa? Você não tomou café, está de estômago vazio desde ontem a noite! – mais uma vez as palavras saíram em enxurrada
- Ah, pode deixar tia! – Amanda interrompeu, risonha – Ele já acabou com a dispensa lá de casa!
- Amanda! Olha os modos menina! – Patrícia repreendeu a filha, que lançou-lhe um olhar indignado de “Mas eu só estava dizendo a verdade!”
- Ai, ainda bem que você se alimentou... – Liz colocou a mão no peito aliviada – Mas você não quer comer mais nada não? Ainda tem aquela torta de chocolate que você adora!
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“Ai, que tédio... ficar aqui sozinho olhando pro teto é realmente um saco! Aliás, esse início de férias só não está sendo um desastre total por causa da Mandy... quem diria, eu tão amigo de uma garota que é praticamente a melhor amiga da Evans, argh... Mas ela é divertida, e me faz rir quase tanto como os marotos... aliás, ela poderia SER uma marota! E ela também foi muito legal comigo quando eu briguei com a minha mãe... foi tão compreensiva... acho que as garotas sabem ser mais sensíveis nessas situações!” Tiago riu consigo mesmo ante o pensamento. [N/Amanda: *emocionada* Ai, que lindo, que pensamentos mais fofos esses do Ti! Bem que ele sempre dizia que sentia como se a gente tivesse um elo forte um com o outro, como irmãos... sério, gente, não é totalmente FOFO?!] [N/Sirius: Ai, que coisa melosa... e eu também era seu amigo tá, não sei porque tudo isso...] [N/Amanda: Ô Sr insensibilidade, você nunca teria pensado algo tão fofo assim...] [N/Sirius: *tom pomposo* Estimada Amanda, não é necessário à minha pessoa pensar desta maneira, tendo em vista que eu já sou extremamente fofo. Caso a srta não saiba, eu sou O almofadinhas!!! *falsamente pensativo* Sabe, talvez seja por isso que as garotas em Hogwarts me achavam tão irresistível e queriam tanto me agarrar...] [N/Amanda: *revira os olhos*] [N/Sirius: *ignorando o aparente desinteresse da futura Sra Black* E também... eu tinha coisas muito mais interessantes para pensar em se tratando de você...*sorri marotamente*] [N/Amanda: *não consegue evitar de sorrir* Mas você é um cafageste mesmo hein... de onde você tira toda essa baboseira hein?] [N/Sirius: *sorrindo abertamente* Da minha linda e brilhante cabecinha Mandy querida...]
Como era dito anteriormente...
“Ai, que tédio... ficar aqui sozinho olhando pro teto é realmente um saco! Aliás, esse início de férias só não está sendo um desastre total por causa da Mandy... quem diria, eu tão amigo de uma garota que é praticamente a melhor amiga da Evans, argh... Mas ela é divertida, e me faz rir quase tanto como os marotos... aliás, ela poderia SER uma marota! E ela também foi muito legal comigo quando eu briguei com a minha mãe... foi tão compreensiva... acho que as garotas sabem ser mais sensíveis nessas situações!” Tiago riu consigo mesmo ante o pensamento.
Tiago, que até então se encontrava esparramado em sua cama, foi tirado de seus devaneios por leves bicadas na janela.
Caro Sr Potter,
E então, como vão suas férias? Menos ou mais entediantes que as do ano anterior?
Tiago quase que pôde ver o sorriso divertido que devia estar estampado no rosto do amigo quando ele escreveu aquelas palavras.
- Se você soubesse Aluado, meu amigo... nem estaria me zoando com isso...
Sabe, ainda posso te mandar aquele livro se você quiser *sorriso maroto*
- Não, muitíssimo obrigado!
Tudo bem, tudo bem, não está mais aqui quem falou... Mas como eu sei que você também está doido pra saber como vão as minhas férias (por favor, não destrua minhas doces ilusões respondendo a essa afirmação...) Bem, elas estão tranqüilas. Graças a Mérlin já passaram aqueles dias (é, eu sei que você vai rir dessa expressão e dizer que eu pareço uma garota falando, mas você sabe muito bem a que me refiro...)
Tiago gargalhava que nem um louco. Realmente, o amigo o conhecia muito bem! Fez uma pequena nota mental para que se lembrasse de zoar Remo quanto a isso e continuou a leitura da carta.
Eu realmente teria ficado muito sem graça se tivesse ido direto para sua casa... Uma coisa é você saber no que eu me transformo toda lua cheia, outra bem diferente é você ouvir os ruídos durante esse período... e ainda por cima, tinha seus pais também...
Tiago revirou os olhos. Como se seus pais realmente se importassem com esse tipo de coisa... Mas sabia que nem adiantava explicar isso a Remo, já que ele se tornava um ser completamente bitolado quando se tratava desse assunto, bem diferente do Remo inteligente e perspicaz que costumava ser.
Mas mudando de assunto... você tem conseguido se comunicar com Sirius? Eu já mandei várias cartas, já tentei o espelho, e ainda não consegui contactá-lo de jeito nenhum... Será que existe a possibilidade de o meu espelho estar quebrado? Bom, pelo sim ou pelo não, me deixou bastante intrigado, não acho que o Sirius perderia a chance de me atazanar durante as férias, contudo... Ahhh, esquece, deve ser besteira minha! Além do mais, amanhã já estaremos todos reunidos aí na sua casa mesmo...
Ahhh, quase me esqueço... você já falou com Jonny sobre os ingredientes para a poção animaga? Andei pesquisando aqui em uns livros do meu pai, e realmente não tem como escapar: não podemos fazer nada sem essa poção, infelizmente ela é fundamental. Só espero que o Jonny não tenha ficado desconfiado de nada... De qualquer maneira, resolvemos isso amanhã.
R.L.
Tiago ficou alguns instantes pensando em Sirius. Será que estava acontecendo alguma coisa na casa dos Black? Não teve muito tempo para se preocupar, no entanto, pois a campainha logo tocou, varrendo o amigo de seus pensamentos.
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- Tchau mãe! – Remo exclamou sorridente enquanto puxava seu malão escada abaixo.
- Mas filho, você não vai tomar café? Já até coloquei a mesa pra você não se atrasar. – a mulher disse em tom carinhoso. Tinha traços finos e bonitos, mesmo com as rugas que lhe marcavam a face envelhecida.
- Não mãe, a Sra Potter nos chamou para tomar o café da manhã lá... achei que seria desfeita não aceitar – lançou um olhar de desculpas a mãe – A Sra não precisava ter posto a mesa, desculpe não ter avisado.
- Tudo bem querido, não se preocupe. De qualquer forma, seu pai adorou ter a mesa posta já a essa hora da manhã, - ela sorriu - ele estava mesmo atrasado para o trabalho. A propósito, ele te deixou um beijo e pediu desculpas por não ter te esperado, mas ele tinha trabalho esperando por ele no ministério.
- Ah, que pena... mas tudo bem, não tem problema, diga que mandei um beijo pra ele também. – pediu, dirigindo-se a lareira e retirando uma boa quantidade de pó verde de dentro do saquinho de seda que trazia nas mãos.
- Pode deixar filho. E não esqueça de escrever sim?
Remo sorriu para a mãe, jogando o pó-de-flu nas chamas e enfim desaparecendo nas rodopiantes chamas verde-esmeralda.
O garoto sentiu aquela costumeira sensação de viajar pela via flu e, quando abriu os olhos, viu-se diante da Sra Potter.
- Remo, querido, que bom que você chegou! – sorriu-lhe abertamente, estendendo a mão para ajudar o garoto a sair da lareira – Estávamos esperando por você! Nanny, faça um favor... leve as malas dele pro quarto sim? – dirigiu-se a uma pequena elfa de enormes olhos azuis que, surpreendentemente, trajava roupas limpas e bem cuidadas. A pequena criatura fez uma profunda reverência e desapareceu em um corredor no andar de cima.
- TIAGO! – Eliza chamou em direção às escadas.- Desce filho, o Remo chegou!
Tiago apareceu no topo das escadas e desceu correndo, com Pedro em seu encalço.
- Hey Tiago! Hey Pedro, não sabia que você já tinha chegado.
- Pois é né... – Tiago respondeu um pouco emburrado antes mesmo que Pedro abrisse a boca para responder ao cumprimento do amigo – ele chegou há um segundo atrás... Aliás, se você também tivesse chegado a um segundo atrás iria me poupar o trabalho de ficar subindo e descendo essas escadas...
- Tiago! – Liz repreendeu-o com um leve tapa no ombro – Assim até parece que essa foi a educação que eu te dei...
- Ai mãe! Todo mundo sabe que você me deu uma ótima educação e que eu que já vim assim de fábrica... – falou em tom entediado, para divertimento de todos – Mas quer parar com essa mania de me dar tapas? [N/Amanda: Mal sabia ele que ainda ia levar muitos tapas na vida... só que de uma ruivinha, de brilhantes orbes verdes..] [N/Sirius: Esse pessoal masoquista...] [N/Autores: *risos*]
- Poupe-nos das gracinhas e vá mostrar o quarto ao Remo. O café já vai sair...
- Sim Sra! – fingiu bater continência para a mãe e virou-se para os amigos – Senhores, queiram me acompanhar em um agradabilíssimo tour pela ilustre mansão Potter!
- Tão parecido com o pai que chega a dar nos nervos! – riu Eliza assim que os garotos se afastaram, voltando aos seus afazeres.
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- Garotos, o café está pronto! – Liz chamou-os a beira da escada e logo os três apareceram esbaforidos, coversando alegremente.
- Mas que horas será que o Sirius vai chegar? – indagou Pedro [N/Autora: obtusamente...] [N/Sirius: O que já era de se esperar...]
- Não sei... você conseguiu falar com ele Tiago?
- Não... – Tiago afirmou tentando não deixar a preocupação transparecer em sua voz.
- Ainda acho que meu espelho está quebrado...
- Não deve estar não... Eu também tentei o meu e nada... E além do mais meu pai disse que esses espelhos não são o tipo de artigo que se quebra assim facilmente, nem que dá interferências... Mas mesmo que o espelho estivesse quebrado... eu mandei dúzias de cartas e ele não respondeu a nenhuma... é como se estivesse, de certa forma, inacessível...
- Estranho... – disse Remo preocupadamente, mas seus pensamentos foram interrompidos ao chegarem à sala de jantar.
- Sirvam-se à vontade meus queridos. – falou Eliza quanto todos haviam tomado seus lugares à mesa. – Não façam cerimônia, qualquer coisa vou estar no escritório.
- Pode deixar mãe...
A mesa estava realmente farta, com jarras de sucos de todos os sabores: desde o costumeiro suco de abóbora, até os sabores mais exóticos e tropicais, como kiwi. Havia toda a sorte de frutas, geléias e biscoitos, além dos mais variados tipos de bolos, tortas, pães, iorgurtes e afins. Os olhinhos de Pedro bilharam ao recaírem sobre as apetitosas bombas de chocolate.
- Errr... Tiago, isso tudo é pra gente? – perguntou Remo sem jeito. A quantidade de comida alimentaria umas boas 10 pessoas, e eles eram somente 3.
- Ah, não reparem... – Tiago abanou a mão, displicente, e depois observou a mesa de uma ponta a outra. – Acho que a Nanny exagerou mais uma vez. Ela sempre faz isso quando temos visitas. Acho que ela fica feliz de ter mais gente para apreciar a comida dela... – falou enquanto levava um generoso pedaço de torta à boca – mas não é pra menos, é divina! [N/Sirius: E eu perdi essa...] [N/Amanda: *sorri abertamente, só para irritar Sirius* E eu aproveitando esse maravilhoso café da manhã todos os dias! Tiago tem razão, a comida da Nanny é realmente maravilhosa! Não acha Sirius?] [N/Sirius: *tom dramático* Joga na cara, joga! *coloca a mão no peito teatralmente* Enquanto eu comia, literalmente, o pão que o diabo amassou... ou melhor, a diaba, se você considerar que a minha mãe é do sexo feminino... se bem que eu acho que aquele pão tava tão dormido que nem dava pra amassar!] [N/Amanda: Ah Sirius, pára de drama vai, depois que você se mudou pra casa do Tiago você também tirou o atraso tá meu querido? Comia assim todos os dias...] [N/Sirius: Mas e todos os anos de sofrimento que eu passei no Lago Grimmald, comendo os restos do café da manhã do Régulo? *cara de cachorro molhado, carente, sofrido, extremamente magoado, necessitado de um colinho amigo (ou algo mais) *] [N/Amanda: Sissi, querido... pode poupar o esforço, pq depois de anos de convivência eu já estou completamente vacinada!]
Continuando...
- Tiago... – chamou Pedro, as bochechas gorduchas coradas
- Eu...
- Onde fica o banheiro mesmo? – indagou ainda mais corado e Remo e Tiago o olharam risonhos.
- Exagerou no bolinho de chuva foi Pedrinho? – indagou Remo risonho
- É por ali ó... – respondeu Tiago apontando um longo corredor – penúltima porta a direita. – Pedro se levantou as pressas fazendo os amigo gargalharem.
- Tiago, você viu aqueles relatórios que eu estava estudando noite passada? – Eliza perguntou com ar atarefado, saindo do escritório.
- Acho que eu vi no escritório do papai, lá em cima... Você quer que eu pegue? – ofereceu, vendo que a mãe estava atolada de trabalho.
- Ah, se você puder... depois me traga aqui sim? – pediu, desaparecendo porta adentro.
- Vou lá em cima rapidinho tá Remo?
- Ah tá Tiago, acho que eu consigo sobreviver esses dois minutos sem você... – sorriu maroto.
- Tsc tsc tsc... Acho que o Sirius está estragando você... é a convivência né... e logo você, um garoto tão educado... – disse risonho, subindo as escadas.
Remo terminou de comer e pôs-se a apreciar os bem cuidados jardins através da janela da sala de jantar. Realmente a mansão Potter tinha uma bela vista...
- Tiago, o que você acha da gente... Remo?!?!
- Amanda?!
- O que você tá fazendo aqui?! – indagaram juntos.
- Ah é... – Amanda deu um tapa na própria testa – o Tiago me falou que vocês vinham.
- O Tiago?! – Remo ergueu as sobrancelhas, afinal a garota nunca tinha tratado o amigo pelo primeiro nome, pelo menos não que ele soubesse.
- É, o Tiago oras, quem mais? – disse displicente, não entendendo a insinuação.
- Amanda, querida! – Liz apareceu na porta do escritório.
- Oi tia Liz!
- Não quer sentar e comer alguma coisa? Eu estou meio ocupada agora... – virou-se para Remo, mudando de assunto – Remo, cadê o Tiago? Será que ele não achou os papéis?
- Calma mãe, já tô aqui! – Tiago apareceu no alto da escada com uma resma de folhas segura em sua mão.
- Ah, obrigada filho! E Amanda, você esqueceu seu casaco aqui ontem.
- Ai tia Liz, procurei ele que nem uma louca ontem! Não sabia onde tinha deixado... mas que bom que está aqui!
- A Nanny colocou lá no quarto do Tiago... pega lá pra ela filho.
- Ah não mãe, agora não, acabei de descer! – e completou, após receber o olhar fuzilante da mãe – Depois eu juro que pego!
- Tudo bem, mas não vai esquecer hein Tiago... – cedeu Liz.
- Pode deixar tia, eu mesma lembro ele antes de ir embora...
- Bom... vou voltar ao trabalho então... já sabe né Tiago, qualquer coisa...
- Te chamamos, já sei mãe... – completou entediado, antes da mãe fechar a porta do escritório novamente.
- Obrigado por não me fazer subir novamnte pra pegar seu lindo casaquinho madame... – agradeceu Tiago risonho.
- Não tem de que, caro Sr... mas depois você vai pegar pra mim, porque eu preciso dele pra esfregar na cara da minha mãe que eu não o perdi e sei tomar conta das minhas coisas!
- Eu que o diga como você sabe! – disse sarcástico
Remo estava se sentindo perdido naquela conversa tão amigável, mas antes que abrisse a boca para perguntar o que quer que fosse, Pedro voltou, se juntando a eles [N/Autor: e falando em tom obtudo...] [N/Autora, Sirius e Amanda: *risos*]
- Nossa Tiago, eu quase que nem achei o banh... Delacourt?!
- E aí, beleza Pettigrew? Mas então Tiago, o que que você acha da gente... – interrompeu-se ao perceber o olhar interrogativo de Remo – Que foi Remo? – a pergunta fez Tiago também voltar sua atenção para o amigo, que tinha um olhar de quem não estava entendendo nada.
- Só tava me fazendo umas perguntas aqui...se vocês tiverem a bondade de me esclarecer, porque eu tô sentindo que perdi alguma coisa...desde quando... – começou a contar nos dedos – vocês se falam, – ergueu um dedo – se chamam pelo primeiro nome, - outro dedo – e freqüentam a casa um do outro como amigos de infância? – ergueu outro dedo, aguardando uma resposta.
Tiago e Amanda olharam um pro outro e, no segundo seguinte, gargalhavam como se não houvesse coisa mais certa a se fazer no momento. Remo suspirou. Já esperava que algo parecido acontecesse, afinal estava falando com Amanda Delacourt e Tiago Potter. [N/Amanda: *indignada* Não acredito que o Remo pensou isso da gente! Tenho que contar isso pro Tiago!] [N/Sirius: Fofoqueira você hein?] [N/Amanda: Humph, olha quem fala... ] [N/Sirius: Tá me chamando de fofoqueiro?!?!] [N/Amanda: Nãããããããoooo, imagiiiiiiiiiiiiiiiina... QUEM?! VOCÊ?! Meu Mérlin, quem algum dia poderia proferir tal calúnia!!!] [N/Sirius: Por que será que ela nunca me leva a sério?!]
Continuando...
[...] Já esperava que algo parecido acontecesse, afinal estava falando com Amanda Delacourt e Tiago Potter. Recostou-se no sofá e esperou que o breve ataque de risos cessasse. Pedro ainda os fitava confuso.
- E então? – perguntou Remo após algum tempo.
- Bom... – começou Amanda, ainda com traços de riso na voz – Sabe como é né... minha mãe trabalha com o pai dele...
- E eu não te falei daquela festa que ia ter aqui em casa, pro pessoal do trabalho do meu pai? – Tiago completou.
- Pois é, eu fui obrigada a vir... – Amanda disse, fazendo uma cara de desgosto.
- E estava realmente entediante... – Tiago completou mais uma vez.
Os dois seguiram completando as frases um do outro, com Remo e Pedro absortos na narrativa.
- Bom, eu estava tentando fugir da minha mãe...
- Tia Patrícia nunca deixa ela aprontar...
- Apenas mais um dos males que temos em comum...
- É, tenho que concordar...
- Então eu fui me refugiar na sacada... E adivinha quem eu encontro lá?
- Isso mesmo, o lindo, maravilhoso, perfeito...
- E iludido...
- Tiago Potter... E mal nos encontramos, nossos pais nos acharam de novo...
- E minha mãe veio com a mesma ladainha de sempre...
- Pelo menos ela ficou mais aliviada... Afinal, “acompanhada você aprontaria menos”...
- Doce ilusão...
- Mas Amanda... pensando bem, - Tiago arregalou os olhos com a conclusão que subitamente o havia assaltado – a gente acabou não aprontando nada mesmo.
- Verdade... – parecia que aquilo também não tinha ocorrido à menina – Ah, mas isso é um mero detalhe... – abanou a mão, displicente.
- De qualquer maneira... Eu tive que arranjar uma rota de fuga pra nós...
- E aí a gente se refugiou no jardim lá dos fundos e começamos a conversar...
- E você sabe como é que é né...
- Uma coisa leva a outra...
- E ela acabou descobrindo o cara maravilhoso que eu sou!
- Outra doce ilusão... – Amanda disse indiferente.
- Vai dizer que eu não sou maravilhoso?
- É contra os meus princípios iludir garotinhos sonhadores...
- E desde quando eu sou um garotin...
- Tá bom bruxinhos queridos do papai! – Remo interrompeu – Eu acho que eu assimilei a idéia principal... – virou-se para Amanda – Mandy, você já gostava tanto de aprontar... agora então em tal companhia...
- Não que você seja muito diferente sabe Sr Lupin... – zombou a garota.
- Mas Remo, você já sabia que ela tinha essa inclinação natural à vida marota e não nos apresentou? Não esperava isso de você... logo quando descobre uma pessoa com esse dom tão maravilhoso e ao mesmo tempo tão escasso nos dias de hoje...
- Eu sei, Tiago, que eu sou uma pessoa maravilhosa por natureza... mas não precisa espalhar né? Sabe como é, eu sou muito modesta...
- Eu podia... – continuou dramaticamente como se a garota nem tivesse aberto a boca – tê-la guiado pelos caminhos da marotagem desde o início!
- Acho que é o contrário né? – ela também adquiriu um tom dramático - EU podia tê-lo guiado pelos caminhos da marotagem... – e colocou a mão sobre o ombro de Tiago – Você ainda tem muito que aprender meu caro pupilo!
- Não inverta os pap...
- Calma filhinhos, calma... – Remo interveio colocando uma mão no ombro de cada um – Não briguem que assim vocês magoam o papai Remo...
- Ahhhh, desculpe papai, sentimos muiiiiiiiiiiiiito! – disse Amanda com voz infantil.
- Muito muito muiiiiiiiiiiiiiiiito mesmo!!! – Tiago aderiu, com cara de anjinho arrependido.
Quem visse e não conhecesse até acreditava.
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Ao cair da noite, sem nada mais para fazer, os quatro sentaram-se na ampla sala de estar dos Potter e puseram-se a conversar. Já estavam ali há quase duas horas e o assunto não poderia ser outro a não ser...
- Aí eu descobri que ela torce pros Cannons! – exclamou Tiago, revoltado, frisando o nome do time, enquanto o queixo de Remo caía.
- Sério Amanda? – Remo indagou retoricamente, totalmente surpreso – Você torce mesmo pros Cannons? Mas como eu nunca soube disso?
- Ué... – deu de ombros – Acho que o tipo de conversa que eu geralmente tenho com as meninas passa longe do quadribol... e como nunca chegamos a falar sobre isso... Mas por que tanto espanto?
- Pra qual time você acha que eu torço? – perguntou com um sorriso maroto estampado no rosto.
- Não me diga que... – um sorriso surpreso tomou os lábios da menina – Remo não me diga que você...
- Torço pros Cannons, óbvio!
- Finalmente alguém que realmente entende de quadribol! – o rosto da garota ilumimou-se de pura excitação, enquanto Tiago revirava os olhos e murmurava algo que soou muito parecido com loucos e pura ilusão.
- Meninos! – Eliza chamou – O jantar está na mesa!
- Nossa, mas já está tarde assim? – exclamou Amanda olhando para o relógio que tinha no pulso e praticamente pulando do sofá – Mérlin, minha mãe vai me matar! Só falei que ia dar uma voltinha!
- Relaxe querida – tranqüilizou a Sra Potter – Já avisei à sua mãe que você estava aqui e que jantaria conosco.
- Muito obrigada tia Liz! – suspirou aliviada, acompanhando Eliza e os outros três marotos até a sala de jantar – Sabe como ela é né, se eu não aviso...
- É claro que ela sabe, – intrometeu-se Tiago – é igualzinha.
- Ora, mas que calúnia Tiago! – exclamou Eliza em tom sério, porém denunciando-se pelo sorriso que se formou no canto de seus lábios – Mas vamos logo, seu pai está esperando...
- Quê? Mas ele já chegou? Eu nem o vi entrar...
- Ele subiu direto pro quarto pra trocar de roupa, estava exausto... e depois, não quis interromper vocês, estavam tão entretidos...
[...]
O jantar estava maravilhoso [N/Amanda: Como sempre!] e, após todos estarem satisfeitos, chegou a hora da sobremesa.
- Tiago, o Sirius não vinha também?
- Ih é pai... – deu um tapa na própria testa – Ia mesmo falar sobre isso com você...
- O que foi filho, aconteceu alguma coisa?
- Se lembra quando eu te perguntei sobre o espelho, e você até deu uma olhada no meu pra ver se tinha algum problema?
- Claro... – afirmou Alan, fazendo um gesto com as mãos para que o filho prosseguisse.
- Então... eu perguntei aquilo porque nem eu nem o Remo estávamos conseguindo falar com Sirius. Como achamos que o espelho não estava funcionando, tentamos o correio coruja também, mas ele não respondeu a nenhuma de nossas cartas...
- E hoje ele não apareceu – concluiu Alan, num tom de quem sabia exatamente o que estava acontecendo, o semblante sério.
- Pai? Acha que ele pode estar com algum problema?
- Hum? – Alan olhou para Tiago como se, por um momento, tivesse esquecido que ele estava lá.Tratou de imediatamente relaxar a expressão e sorrir, achando melhor não colocar os garotos a par de seus pensamentos – Claro que não Tiago! – afirmou o mais convincente que pôde.
Eliza percebeu rapidamente as suspeitas de Alan.
- Não deve ser nada Tiago, vai ver ele só confundiu o dia e amanhã aparece por aí... Querem mais torta?
[...]
Após o jantar, os meninos subiram para o quarto de Tiago e Alan sentou-se à sala de estar, absorto em seus nem tão indecifráveis pensamentos.
- Alan, meu bem... – aproximou-se Liz, afagando-lhe os cabelos.
- Ham? – sobressaltou-se levemente, encarando a esposa, que riu.
- Está preocupado com o Sirius não?
- Sou tão transparente assim? – brincou.
Eliza contornou a poltrona, sentou no colo do marido e passou o dedo indicador pela extensão do seu nariz.
- Só pra mim, bobinho – sorriu docemente.
Alan recostou a cabeça no ombro da esposa, sentindo seu aroma adocicado e aconchegante. Suspirou.
- Você acha que eu devo ir até lá? – perguntou, incerto, encarando-a.
- Bom... a boa educação diz que não devemos nos intrometer... – viu ele abaixar a cabeça parecendo contrariado com a resposta - contudo... – acrescentou com um sorriso endiabrado, fazendo-o sorrir.
- Nossa, você não está prezando pela boa educação? – indagou divertido – Mérlin, quem é essa mulher o que ela fez com a minha doce esposa? – olhou por sobre o ombro da mulher, como se procurasse algo, o que lhe rendeu um leve tapa no ombro.
- Alan! Posso continuar?
- Sim, Sra Potter... – permitiu ele, enroscando seus dedos carinhosamente nos cabelos castanhos dela.
- Como eu dizia... a boa educação diz que não devemos nos intrometer... contudo, neste caso, eu disse neste caso ... – frisou ela fazendo-o rir – acho que você deva ir até lá certificar-se de que está realmente tudo bem com o menino. – concluiu serenamente, olhando-o nos olhos.
- Incrível como você tem o poder de fazer eu me decidir sempre que me vejo em conflito.
- Ah, então foi por isso que você decidiu casar comigo não é? – zombou ela.
Ele sorriu, galanteador, sussurrando em seu ouvido.
- Não... foi porque eu te amo.
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N/Autora: Eu de novooooo!!!! Não contente por falar tanto antes do cap, resolvi voltaaaaaaaar!!!!! *risos* Mas é soh pra dizer o básico né?! COMENTEM!!!!!!!!!!! E por favor digam o que acharam do tamanho dessa joça!!! LOVE YOU ALL!!!!!! Bjoksssss =P
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