GINA
CAPÍTULO 11:
Custaram um pouco a acostumarem ao escuro de dentro do quarto, mas finalmente viram ao fundo uma cama com um vulto de uma moça ruiva deitado sobre ela. Aparentemente desacordada, pois não esboçou movimentos quando se aproximaram.
- Gina! – correu Rony para junto da cama.
- Será que ela está... – perguntou Hermione nervosa.
Mas Harry que se sentara ao lado de Gina na cama, segurou-lhe o punho e falou:
- Não, ela está é apagada. A pulsação me parece normal e suas mãos estão quentes. – e chamou – Gina. Gina. Somos nós. Acorde...
Mas a moça não mostrava reação. De fato parecia enfeitiçada. Fred e George também tentavam acordá-la, sacudindo-a, mas nada parecia surtir efeito.
De repente com um estalo, surgiram no quarto Dobby acompanhado de Luna e Neville que falou:
Preferimos vir aparatando com Dobby, pois parece que o feitiço de cócegas da Luna perdeu o efeito. Aqueles caras feios já estavam chegando ao pé da escadaria. Como ela está? –perguntou apontando para Gina.
- Aparentemente desacordada com um feitiço – explicou Hermione. – O problema é que não sabemos qual feitiço é, para tentarmos alguma coisa.
- Então vamos carregá-la para fora daqui logo. – falou Rony. – Está ficando cada vez mais abafado e vejam, parece que essa névoa está se adensando.
E começou a mobilizar Fred e George no intuito de removerem Gina dali. Mas Luna falou:
- Ih...Branca de Neve, tranqüilo.
- O Luna – disse Rony, - Não começa com as suas doideiras agora não, porque temos que ser rápidos. O tal do Saruman já, já aparece por aí...
Mas a loirinha teimou:
- Estou dizendo que alguém tem que beijá-la, para ela acordar. Na história da Branca de Neve foi assim, lembram?
Hermione agora é que perdeu a paciência.
- Ah Luna, faça-me o favor! Não é hora de contos de fada. A situação é delicada. Já não basta que teremos que carregá-la. E vocês mesmo vieram dizer que a escadaria está cercada.
Harry que assistia tudo calado, já tinha tido a experiência de que nem todos os disparates de Luna eram sem sentido. Aproximou seu rosto do de Gina e delicadamente colou seus lábios aos da garota que estava adormecida e a beijou.
Lentamente, como se estivesse acordando de um sono profundo, Gina começou a abrir os olhos lentamente. Quando viu que era Harry que a estava beijando sussurrou:
- Harry! É você? Puxa, eu estava sonhando que estávamos nos beijando, e estava tão bom...
E enlaçou o pescoço do rapaz, agora sim dando-lhe um apaixonado beijo, que de início Harry até se mostrou surpreso, mas depois correspondeu abraçando-a e beijando-a também apaixonadamente.
- Ô, ô, - falou George. -Vamos parar por aí que estou ficando com vontade.
- E pelo visto – completou Fred – só tenho a ele – apontou o irmão gêmeo – ou ao Dobby para matar a minha vontade.
Uma voz profunda foi ouvida atrás deles pregando-lhes um baita susto:
- Ah , mas que cena bucólica. Será que estou atrapalhando algo?
Viraram-se todos a um só tempo de varinhas em punho encobrindo a Harry e Gina que agora sentados à cama não conseguiam ver direito o terrível mago que estava parado à porta junto a um sorridente Língua de Verme, que aproveitara que todos estavam distraídos com Gina e escapara sorrateiramente para avisar ao seu amo da presença deles.
Saruman apoiado em seu cajado, com os olhos brilhando de satisfação em meio aquela névoa, começou a andar em direção dos garotos lentamente.
- Vieram buscar a ruivinha raivosa para levá-la de volta ao seu mundo. Hmm, e vocês realmente acham que será fácil assim?
E começou a levatar o cajado apontando diretamente aos gêmeos.
Luna pulou para o lado, arrastando Neville com ela e gritou.
- O cajado é a varinha dele. Cuidado com o cajado!
- Expeliarmus – gritaram Fred, George e Rony a uma só voz. Mas o cajado não voou longe, conforme esperavam. Porem o sacudiu violentamente o suficiente para que eles se espalhassem pelo quarto tentando desviar o máximo o possível da atenção do mago.
- Vocês são meros bruxinhos de contos de fada ante ao poder do grande mago branco. Preparem-se agora para o pior...
Novamente apontou o cajado para Rony, fazendo que o garoto voasse, desabando no fundo do enorme quarto. Hermione gritou:
- Rony! Não! – e correu a socorrer o garoto que estava com cara de abobado. Mas aparentemente acordado.
Fred e George estavam já soltando todos os feitiços que conheciam contra Saruman, mas nada parecia surtir efeito nesse, que ria enquanto avançava em direção de Harry e Gina que tinham levantado a cama como barreira e tentavam se proteger atrás dela.
Luna rapidamente pegou a mini palantíri, apertou-a com firmeza e pensou: “Professor Dumbledore, se estiver me escutando, por favor faça alguma coisa, estamos com problemas...” e tacou a bolinha de vidro em Saruman. Foi a sorte de Harry e Gina, pois a mini palantíri acertou em cheio no olho do mago fazendo-o gritar de dor.
- Grande pontaria, meu amor – falou Neville orgulhoso. Mas foi arrastado pela namorada em direção a porta onde Fred e George já tinham estuporado Língua de Verme. Harry e Gina vieram correndo atrás. Mas Rony e Hermione que estavam do outro lado do quarto teriam que passar por Saruman, que começava a se recuperar da dor com a mão no olho atingido.
De repente ouviram um canto de pássaro que lhes era conhecido. Fawkes entrara pela janela, trazendo a Firebolt de Harry nas patas e a espada de Gryffindor ao bico. Sobrevoou o quarto, deixando a vassoura de Harry cair sobre ele e voou em direção de Hermione, pousando em seu ombro e lhe entregando a espada.
Hermione pegou a espada, mas ficou meio que sem saber o que fazer com ela. Rony ainda meio sonzo falou para ela:
- Parte para cima desse cara, e tente desarmá-lo enquanto ele ainda não notou o que você recebeu.
Hermione com a varinha na mão esquerda e a espada na mão direita levantou-se e soltou um Expeliarmus em direção do cajado de Saruman, que não esperava esse novo ataque repentino, ainda se recuperando da bolada no olho. O cajado estremeceu mais uma vez.
A moça enfiou a varinha no bolso da calça e segurou firmemente a espada com as duas mãos e desferiu um violento golpe com a espada no cajado do mago, causando uma explosão de fumaça. O cajado não chegou a se partir, mas o impacto fez com que o mago e o cajado voassem longe.
Rony levantou-se espantado e se arrastou para junto de Hermione e falou:
- Vamos para a porta, meu anjo élfico. Mas que cacetada que você deu, hein.
A garota respondeu:
- Nem eu sabia que tinha tanta força nas mãos, Rony. Mas a espada de Gryfindor deve ter ajudado em alguma coisa. – e perguntou. – Você pode correr, pois a hora é essa.
E puxou Rony pela mão para fora do quarto, onde os outros já estavam começando a correr para a escada. Harry subira na Firebolt e alçou vôo gritando para os amigos:
- Vocês vão correndo que eu faço a cobertura aqui de cima. Fred, George, tenham cuidado com a Gina.
George gritou de volta:
- Pode deixar, guerreiro apaixonado. Nós cuidaremos da sua princesa...
- Como se ela fosse a nossa irmã – completou Fred, já puxando Gina pela mão.
E começaram a descer a escadaria correndo, com Harry voando sobre eles ora indo para a frente, ora retornando para ver como estava a retaguarda.
Numa dessas idas a frente viu ao pé da escadaria os Orcs armados esperando. Antes de apontar a vassoura em direção deles teve uma idéia. Poderia ser que ajudasse. Preparou a varinha e mandou:
- Expecto Patronum!
Surgiu o já tradicional veado em forma de névoa que embaixo de Harry galopou em direção do inimigo. Era Harry voando na Firebolt por cima e o Patrono galopando embaixo. Foi o suficiente para os Orcs debandarem, com exceção do “Dããã” que não teve reflexo o suficiente e foi derrubado por uma sensacional guinada de vassoura de Harry, acertando a parte de trás da vassoura na cabeça do Orc.
Harry agradeceu ao Patrono que sumiu, e voltou escadaria acima para alcançar os amigos que vinha descendo as escadas o mais rápido que podiam.
- A barra lá embaixo está limpa, pessoal. Deixem o Malfoy lá e corram em direção da saída. O Radagast deve estar nos esperando lá fora.
E subiu mais um pouco em direção de onde vinham, para ver se Saruman os seguia. De fato o mago já estava descendo as escadas e não esperava ver Harry sobre a vassoura vindo na sua direção. Empunho o cajado e gritou.
- Agora é entre nos dois, corajoso menino da cicatriz!
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