O QUE FAREMOS?
CAPÍTULO 2:
Estavam agora embaixo da maior árvore do quintal da Toca, depois de se certificarem que a sra. Weasley ficara deitada sob os olhares de Tonks, chamada às pressas.
- E agora, galera, o que fazemos? – perguntou Rony com a voz rouca de tanta preocupação.
- Tem que haver algum meio de irmos para o meio dessa Terra doida aí para onde esse leite azedo levou a Gina – gritou George.
-É Terra-Média – corrigiu Hermione.
-Não interessa. – cortou Fred. -Esse merdinha do Draculino vai virar pasta de ricota de leite de morcego quando eu por minhas mãos nele. Desde o ano passado que ele está me devendo...
Hermione não parava de torcer as mãos:
- Mas como pode ser possível, Saruman, Orcs, Terra-Média, é tudo ficção. Está nos livros do Tolkien. Não existem...
- É? E pergunte para qualquer pessoa na Inglaterra se ela acha que existam bruxos, vassouras voadoras, poções mágicas feitas em caldeirões e correios-corujas. – disse sarcasticamente Rony. – É o mundo mágico Hermione, e no mundo mágico tudo pode acontecer.
Mas nós somos reais e eles são personagens, Rony. – insistiu Hermione. Como é que pode?
Fred se levantou com violência:
- Como é que pode não interessa, temos que saber é como chegar lá e salvar a Gina e se possível dar uma coça no Malfoyzinho.
Harry que até então estivera absorto em pensamentos, mas ouvindo tudo que estava sendo falado, entrou na conversa pela primeira vez:
- Temos que nos lembrar que lá existem duas forças do mal realmente muito poderosas. Nós aqui só de lidarmos com uma já é uma dor de cabeça daquelas, que dirá encararmos o tal de Saruman com o tal do Sauron que tem cara de ser um Voldemort (Rony e Neville tiveram sobressaltos) piorado lá deles. Afora os milhares de Orcs. Não podemos ir assim sem mais nem menos...
- Mas ir como? – perguntou Hermione. Como podemos simplesmente chegar a Terra-Média?
- Se aqueles piolhos albinos conseguiram, - rugiu George, - nós temos que conseguir também.
E pairou por instantes um silêncio sob a amendoeira, cada um tentando por os pensamentos em ordem e ver se vinha alguma idéia.
Luna que subira na árvore para observar de perto um ninho e seus ovinhos num dos galhos mais altos, de repente deu um pulo no chão, que fez Neville pular de susto, e falou de sopetão:
- Quem sabe o Salgueiro Lutador de Hogwarts não é parente do Velho Salgueiro Homem da Floresta Velha do Tom Bombadil?
- Quem do que? – perguntou Rony, com cara de quem achava que a garota estava ficando pirada de vez.
Mas quem falou foi Hermione:
- O Velho Salgueiro Homem é uma árvore velha que ganha vida e em determinado momento da história de O Senhor dos Anéis e em no seu tronco abre-se uma fenda e aprisiona um dos Hobbits quase esmagando-o. Não vejo como ter lig... – mas ela parou de repente. – Gente, dois salgueiros mágicos que ganham vida de repente não pode ser coincidência. Será...?
Neville virou para a Loirinha:
- Eu não sabia que você tinha lido o livro, gatinha...
- Claro que li, meu fôfo. – encarou-o a garota com seus olhos azuis demonstrando carinho. – Um pouco antes de entrar em Hogwarts meu pai me deu de presente e passei o primeiro ano todo, nos meus dias de folga, lendo-o. É muuuuito legal.
- Que bom que eu não sou a única por aqui que conhece o livro todo. – disse Hermione – pelo menos se conseguirmos chegar lá teremos mais alguém ambientado ao local.
- O problema é saber qual a ligação entre as duas árvores, se é que ela existe e que seja a passagem. Como poderemos ter certeza? – perguntou Rony.
- Só tem uma pessoa que eu acho possível de nos dar uma orientação certa. – respondeu Harry ao amigo. – Dumbledore.
Mais um lapso de silêncio onde só se ouvia os som de bichento a perseguir os gnomos de jardim que se escangalhavam de rir quando o felino não os conseguia alcançar.
Mais uma vez foi Hermione nervosa que cortou o silêncio:
- E onde será que Dumbledore passa suas férias escolares?
Harry, que uma vez já imaginara o idoso diretor numa praia tropical curtindo o sol numa boa, riu-se, mas terminou dando a resposta mais correta para a amiga:
- Acho que ele deve ter passado as férias em Hogwarts, pois com a ameaça da volta de Voldemort ( pô Rony, se acostuma, cara!) ele deve ter passado as férias todas na vigilância e se preparando para o próximo ataque dele. Com certeza ele ficou por lá.
Mas Hermione, com seu lado prático e precavido, insistiu:
- Mesmo que ele saiba a passagem para a Terra-Média você acha que ele vai nos deixar ir até lá? Fatalmente ele conhece todos os perigos que é aquilo lá.
- Não interessa, Hermione, - bradou Fred. – Temos que tentar. É nossa irmã que está lá, e temos que fazer de tudo para salvá-la das mãos daqueles safados.
- E ainda dar uma liçãozinha bacana naquele palhaço com cara de passa do Malfoy. – Acrescentou George esfregando os nós dos dedos.
- Ok, ok, então vamos a Hogwarts após o almoço. – disse Rony. - Vamos todos?
Luna se apressou a falar:
- Oba , sempre quis conhecer a Terra-Média, os Elfos, os Hobbits, aqueles locais lindos...
- E os Orcs, guerreiros selvagens, monstros de tudo quanto é tipo. – continuou Hermione. - Vamos ter é que levar nossas varinhas e tudo o que acharmos que possa nos ajudar.
Harry, ainda pensativo, falou:
-Será que o Mapa do Maroto funciona lá? Não posso esquecer minha Firebolt. Mesmo que seja ruim de carregar, quando não estiver voando, ela vai ser super útil.
Fred e George falaram que iriam dar um pulinho na loja ainda não inaugurada para buscar “umas coisinhas” e desaparataram no mesmo instante.
- E você Neville, - provocou Rony. – vai encarar essa conosco?
-L-lógico que vou. Afinal Gina é muito amiga minha e de Luna. Só não posso deixar minha avó saber aonde iremos, senão ela me mata.
- Dê-se por feliz se voltarmos todos inteiros de lá. – disse uma pessimista Hermione.
Atrás deles, em direção a Toca para providenciarem almoço e fazerem os preparativos finais, Luna vinha cantando baixinho, mas com uma voz cristalina:
“As folhas longas, verde a grama,
Esguia é da cicuta a umbela;
No prado há luz que se derrama
De um céu de estrelas a fulgir.
Tinúviel dançando bela,
Ao som que flauta oculta inflama...”
- Que música é essa que ela está cantando? – perguntou Rony.
- É a canção de Tinúviel, uma das inúmeras canções que tem no livro que contam histórias antigas da Terra-Média, - respondeu Hermione. O engraçado é que lendo o livro você não tem idéia da melodia. Só tem a letra. E que voz bonita que ela tem, não é Neville?
O garoto concordou, cheio de orgulho com a voz da namorada. Rony e Harry que iam mais à frente se entreolharam, e Rony cochichou para o amigo:
- Gatinha? Meu fofo? Quem diria esses dois, hein? Chega a ser meio ridículo...
- Ah Rony. – respondeu Harry sério. – Abre o seu olho ô cara. Não acredito que você aos 16 anos ainda não pensa em namorar. Com o mole que estão lhe dando e você nada... Acorda, pô.
E subiu as escadas correndo deixando o amigo com cara de bôbo:
- Mole, que mole? Quem está me dando mole? Ih... Pirou...
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