FORA DA LAREIRA
- Eu não vou... Eu não preciso de assistência médica...Eu não quero...
Estava tentando se desvencilhar do professor Tofty, que estava vigiando Harry com muito cuidado após ajudá-lo sair da sala, com os estudantes o observando.
- Eu... Eu estou bem, senhor - falou Harry gaguejando, limpando o suor de seu rosto. - Realmente... Eu só cochilei por um momento... Tive um pesadelo...
- É a pressão dos exames! - disse o velho bruxo, batendo amigavelmente no ombro de Harry. - Isso acontece! Isso acontece! Beba um copo de água e talvez você estará bem para retornar ao Salão Principal? O exame está perto de terminar mas você estará bem para repetir a sua resposta calmamente?
- Sim - disse Harry excitadamente. - Eu disse... Não... Eu fiz... Fiz tudo o que pode, eu acho...
- Muito bem, muito bem - disse o velho bruxo gentilmente. - Eu verei seus exames e sugiro que você vá dormir.
- Eu farei isso. Muito obrigado.
No segundo que o velho desapareceu através do Salão Principal Harry subiu os degraus de mármore tão rapidamente que os retratos que passava perto diziam palavras de reprovação, subindo mais os andares e finalmente abriu violentamente a porta da ala hospitalar, assustando Madame Pomfrey, que tinha um líquido azul brilhante na colher de Montague.
- O que você acha que está fazendo Potter?
- Eu preciso ver a professora McGonagall - murmurou ofegante. - Agora... É urgente!
- Ela não está aqui, Potter - disse tristemente Madame Pomfrey. - Ela foi transferida para o St. Mungus esta manhã. Quatro Feitiços Estuporantes direto no tórax na idade dela? É um milagre que não a mataram.
- Ela... Se foi? - disse, chocado.
A sineta tocou fora da ala hospitalar e ouviu um ruído distante dos estudantes saindo das aulas. Ficou quieto, olhando Madame Pomfrey. Um medo surgia dentro de si.
Não havia ninguém para contar. Dumbledore se fora, Hagrid também mas sempre achou que a professora McGonagall estaria ali, dura e inflexível, talvez, mas sempre ali presente...
- Eu também estou chocada, Potter - disse Madame Pomfrey com uma cara de desaprovação. - Como se um deles pudessem substituir Minerva McGonagall! Covardia é o que foi... Covardia explicita... Se eu não tivesse preocupada com o que poderia acontecer com os estudantes sem mim protestaria.
- Sim - disse Harry confusamente.
Ele saiu às cegas da ala hospitalar pelo corredor, em pânico, não podia pensar no que fazer...
"Rony e Hermione", disse uma voz em sua cabeça.
Correu de novo, empurrando estudantes para fora de seu caminho, obviamente sob muitos protestos furiosos. Desceu dois andares e do topo de um degrau de mármore os avistou indo apressadamente ao seu encontro.
- Harry! - disse Hermione, olhando-o assustadoramente. - O que aconteceu? Você está bem? Você estará?
- Onde você esteve? - disse Rony.
- Venham comigo - disse Harry rapidamente. - Vamos, tenho algo para contar.
Foram até primeiro andar, foi numa sala de aula vazia da qual rapidamente fechou a porta atrás de Rony e Hermione no momento que entraram.
- Voldemort pegou Sirius.
- O quê?
- Como você...
- Eu vi. Agora. Quando eu fiquei desacordado durante o exame.
- Mas... Mas onde? Como? - disse Hermione, ficando pálida.
- Eu não sei como. Mas eu sei exatamente onde. Existe uma sala no Departamento de Mistérios cheia de esconderijos com pequenas bolas de cristal e estavam no final da porta noventa e sete... Estava tentando usar Sirius para conseguir algo que ele queria de lá... Torturava Sirius... Dizendo que no final iria matá-lo!
Harry achou sua voz trêmula, como se estivesse em pânico. Puxou uma cadeira e sentou, contendo-se.
- Como nós chegaremos lá? - Harry perguntou a eles.
Fez-se um momento de silêncio. Depois Rony disse.
- Che-chegar lá?
- Chegar ao Departamento de Mistérios, então poderemos resgatar Sirius - gritou Harry.
- Mas Harry... - murmurou Rony.
- O quê?
Ele não pôde entender por que os dois olhavam para ele como se estivesse pedindo algo irracional.
- Harry - falou Hermione, assustada. - Ahn... Como... Como você sabe que Voldemort entrou no Ministério da Magia sem ninguém notar?
- Como eu sei? - observou Harry. - A pergunta é como nós chegaremos lá!
- Mas... Harry, pense nisso! São cinco horas da tarde... O Ministério da Magia deve estar cheio de gente... Como Voldemort e Sirius entraram sem serem vistos? Harry... Eles provavelmente são os dois bruxos mais procurados no mundo... Você acha que poderiam chegar num prédio cheio de Aurores sem serem notados?
- Eu não sei, Voldemort usou uma capa de invisibilidade ou coisa semelhante! - berrou. - De qualquer forma, o Departamento de Mistério estava sempre completamente vazio quando eu estive...
- Você nunca esteve lá, Harry - disse Hermione tranqüilamente. - Você sonhou com esse lugar, só isso.
- Não são sonhos comuns - berrou, levantando-se e se aproximando dela. Queria sacudi-la. - Como você explica aquilo sobre o pai de Rony? Quando ele veio eu já sabia o que tinha acontecido com ele!
- É um bom argumento - falou tranqüilamente Rony, olhando Hermione.
- Mas isso é... É impossível! - disse Hermione desesperadamente. - Harry, como Voldemort capturou Sirius se estava em Grimmauld Place todo este tempo?
- Sirius provavelmente não agüentou e foi respirar um ar puro - falou Rony, parecendo preocupado. - Ele estava desesperado para sair daquela casa por anos...
- Eu não sei, pode ter muitos motivos! - Harry se afastou de Hermione. - Talvez Sirius seja só mais uma pessoa que Voldemort não liga em machucar...
- É só um pensamento - disse Rony. - O irmão de Sirius era um Comensal da Morte, não era? Talvez contou a Sirius o segredo de como obter a arma!
- É... Então é por isso que Dumbledore estava tão preocupado em manter Sirius trancafiado nesse lugar o tempo todo! - falou Harry.
- Olha, eu sinto muito - chorou Hermione - mas nada faz sentido, nós não temos provas de nada disso, nenhuma prova de que Voldemort e Sirius estão lá...
- Hermione, Harry os viu! - disse Rony, rondando-a.
- Ok - disse, olhando assustada mas ainda determinada. - Eu tenho que dizer isso...
- O quê?
- Você... Isso não é uma crítica, Harry! Mas você faz... Uma espécie de... Eu digo... Não que você tenha um pouco de um... Extinto de salvar pessoas? - ele a contemplava.
- E o que vem a ser o significado de "extinto de salvar pessoas"?
- Bem... Você... - ela olhou apreensivamente para ele. - Quero dizer... Ano passado, por um instante... No lago... Durante o Torneio... Você não deveria... Quero dizer, você não precisava salvar a irmã de Delacour... Você ficou um pouco... A levou...
Uma fúria se alastrou pelo corpo de Harry, como ela cometeria um erro desses?
- Quero dizer, foi bom para você e tudo... - falava Hermione rapidamente, olhando positivamente para o rosto de Harry. - Todos acharam algo maravilhoso que você fez...
- Foi engraçado - disse Harry entre os dentes - porque eu definitivamente lembro de Rony dizendo que eu perdi tempo bancando o herói... É o que você acha disso? Você acha que eu agi como o herói de novo?
- Não, não, não! - disse Hermione, olhando apavorada. - Não é o que eu quis dizer!
- Bem, nós entendemos o que você quis dizer, por que nós estamos perdendo tempo aqui! - Harry gritou.
- Eu estou tentando dizer, Voldemort conhece você, Harry! Ele pegou Gina e foi até a Câmara Secreta para atrair você para lá, é algo que ele faz, ele sabe que você é o tipo da pessoa que socorreria Sirius! É o que ele está tentando fazer, atraí-lo para o Departamento de Mistérios!
- Hermione, não importa se ele vai me atrair ou não, levaram McGonagall para St. Mungus, agora não existe ninguém da Ordem em Hogwarts para nós dizemos, então se nós não formos Sirius morrerá!
- Mas Harry, o que você sonhou... Era só um sonho, não era?
Harry suspirou frustrado. Hermione andava atrás dele em alarme.
- Você não conseguiu! - Harry gritou para ela. - Eu não estou tendo alucinações, isto não é um sonho! O que você acha que eram as aulas de Oclumancia, por que você acha que Dumbledore queria me prevenir dessas coisas? Porque eram REAIS, Hermione, Sirius capturado, eu nunca mais o verei. Voldemort o pegou e ninguém mais sabe, isso significa que nós somos os únicos que podemos salvá-lo, se nós não fizermos isso tudo bem mas eu vou, entendeu? E se eu me lembro corretamente você não tem um problema com meu extinto de salvar pessoas quando era você, eu a salvei dos dementadores - ele se virou para Rony. - Ou quando foi sua irmã, eu a salvei do basilisco.
- Eu nunca disse que eu tinha um problema! - disse Rony.
- Mas Harry, você acabou de dizer - disse Hermione -, Dumbledore queria que você aprendesse a tirar essas coisas da sua mente, se você fez Oclumancia você jamais verá isso...
- SE VOCÊS ACHAM QUE EU APENAS ESTOU AGINDO COMO EU NUNCA TIVESSE VISTO...
- Sirius disse a você que não há mais nada importante do que você mantivesse controle da sua mente!
- ENTÃO EU ESPERAVA QUE ELE DISSESSE ALGO DIFERENTE SE SOUBESSE O QUE EU ACABEI...
A porta da sala se abriu. Harry, Rony e Hermione se entreolharam. Gina entrou curiosa, seguida por Luna.
- Oi - disse Gina. - Nós reconhecemos a voz de Harry. O que você estão falando?
- Nunca - disse Harry rudemente.
Gina levantou as sobrancelhas
- Não há necessidade de falar comigo dessa forma - ela disse tristemente. - Eu só iria perguntar se podia ajudar.
- Bem, você não pode - disse brevemente Harry.
- Você está sendo muito rude, você sabe - disse Luna serenamente.
Harry se virou. A última coisa que queria era conversar com Luna Lovegood.
- Espere - disse Hermione rapidamente. - Espere... Harry, elas podem ajudar.
Harry e Rony olharam para ela.
- Olha - ela continuou -, Harry, nós precisamos nos certificar se Sirius realmente deixou o Quartel General.
- Eu já lhe disse, eu vi...
- Harry, Eu estou pedindo a você - desesperou-se Hermione. - Por favor, vamos verificar que Sirius não está em casa antes de sairmos de Londres. Se descobrimos que ele não está lá eu juro que eu não impedirei você. Eu irei, eu farei qualquer coisa para tentar salvá-lo.
- Sirius está sendo torturado AGORA! - gritou Harry. - Nós não temos tempo a perder.
- Mas se for uma armadilha de Voldemort, Harry, nós precisamos ter certeza, nós precisamos.
- Como? - reclamou Harry. - Como nós teremos certeza?
- Nós usaremos a lareira da professora Umbridge e se conseguimos entrar em contato com ela - disse Hermione com um olhar encorajador - usaremos isso de novo mas precisamos de alguém para vigiar, por isso precisamos de Gina e Luna.
Tentando entender o que estava se passando, Gina disse imediatamente.
- Sim, nós faremos isso.
- Quando você disse "Sirius", você estava falando sobre Stubby Boardman? - perguntou Luna.
Ninguém respondeu.
- Ok - disse Harry agressivamente para Hermione. - Ok, se você acha que vai ser rápido estou com você, se não eu estou indo para o Departamento de Mistérios agora mesmo.
- Departamento de Mistérios? - disse Luna, um pouco surpresa. - Mas como você pretende chegar lá?
Harry a ignorou novamente.
- Certo - disse Hermione, torcendo as mãos entre as cadeiras. - Certo... Bem... Um de nós vai encontrar Umbridge e mandá-la na direção oposta, mantê-la longe da sua sala. Elas podem dizer... Eu não sei... Que Pirraça está agindo fora do comum...
- Eu farei isso - disse Rony imediatamente. - Eu falarei que Pirraça está arruinando a sala de Transfiguração ou coisa parecida, são milhas de distância da sala dela. Vamos pensar nisso, eu posso convencer Pirraça a fazer isso, se eu o encontrar no caminho.
Com aquela situação, Hermione não foi contra destruir a sala de Transfiguração.
- Ok - ela disse. - Agora, nós precisamos manter os estudantes fora do caminho da sala enquanto tentamos entrar ou alguém da Sonserina vai tirá-la do caminho.
- Luna e eu podemos ficar até o final do corredor - disse Gina - e avisar as pessoas para não descerem porque alguém soltou Garrotting Gás - Hermione a olhou surpresa, não poderia acreditar que Gina estivesse inventando aquilo. A menina continuou. - Fred e Jorge estavam planejando isso antes deles saírem.
- Ok. Depois, Harry, você e eu estaremos debaixo da capa de invisibilidade e entraremos na sala e falaremos com Sirius...
- Ele não está lá, Hermione!
- Eu disse, você pode verificar se Sirius está ou não enquanto eu vigio, eu não acho que você deve está lá sozinho, Lino já provou que as janelas são frágeis, mandando aqueles pelúcios através delas.
Mesmo estando com raiva e impaciente Harry achou que a companhia de Hermione era uma prova de solidariedade e lealdade.
- Eu... Ok, obrigado - murmurou.
- Certo, bem, mesmo fazendo isso tudo eu não acho que poderemos ficar lá por mais de cinco minutos - disse Hermione, olhando aliviada para Harry por ter aceitado seu plano -, não com Filch rondando por aí.
- Cinco minutos serão o suficiente - disse Harry. - Vamos.
- Agora? - disse Hermione, chocada.
- Claro que agora! - disse Harry, feroz. - O que você acha, nós esperaremos até o final do jantar ou algo? Hermione, Sirius está sendo torturado bem agora!
- Eu... Oh, certo - disse ela desesperadamente. - Você vai e pega a capa de invisibilidade e iremos ao seu encontro no final do corredor de Umbridge, ok?
Harry não respondeu, saiu da sala às pressas. Subiu dois andares e encontrou Simas e Dino, que o cumprimentaram e disseram que planejavam fazer uma comemoração até o dia amanhecer para celebrar o fim dos exames, na sala comunal. Harry os ouviu até o buraco do retrato enquanto falavam quantas cervejas amanteigadas precisariam, a capa da invisibilidade e a faca de Sirius estavam em sua mochila, antes de notarem ele os deixou.
- Harry, você quer par de galeões quebrados? Harold Dingle queria vender a nós um Firewhisky...
Mas Harry se afastou e avançou pelo corredor, em poucos minutos encontrou Rony, Hermione, Gina e Luna, estavam juntos no final do corredor.
- Consegui. Prontos?
- Certo - murmurou Hermione. - Então Rony, você vai e até Umbridge... Gina, Luna, se vocês conseguirem desviar as pessoas do corredor... Harry e eu ficaremos embaixo da capa e esperamos até o caminho estar limpo...
Rony caminhou até o fim da passagem enquanto Gina empurrava estudantes na outra direção, seguida por Luna.
- Por ali - murmurou Hermione. - Você está bem, Harry? Você está pálido.
- Eu estou bem - disse secamente, tirando a capa da invisibilidade de sua mochila. Na verdade sua cicatriz estava doendo mas não tanto a ponto de achar que Voldemort já tivesse dado a Sirius um feitiço fatal, doeu muito mais quando Voldemort falou Avada...
- Aqui - disse, jogando a capa por cima deles.
- Você não pode descer! - Gina estava falando para as pessoas. - Sinto muito mas vocês terão que rodear porque alguém jogou Garrotting Gás por ali...
Eles podiam ouvir pessoas reclamando, uma voz disse "Eu não vejo nenhum gás".
- Porque é invisível - disse Gina num tom convincente - mas se você quiser atravessar tome cuidado, depois nós teremos o seu corpo como prova para o próximo idiota que não acreditar na gente.
Aos poucos todos desviaram. As notícias sobre o Garrotting Gás pareciam ter se espalhado e ninguém mais vinha por aquela direção. Quando o último barulho se cessou Hermione falou.
- Eu acho que foi o melhor que conseguimos, Harry, vamos.
Foram até o final do corredor onde Luna estava de pé, passaram por Gina e Hermione sussurrou.
- Não se esqueça do sinal.
- Que sinal? - murmurou Harry quando se aproximaram da porta de Umbridge.
- Uma música alta "Weasley é o nosso rei" se virem Umbridge vindo.
Harry pôs o canivete de Sirius entre a porta e a parede. A porta se abriu e entraram na sala. Hermione suspirou aliviada
- Achei que ela poderia ter acrescentado uma segurança extra depois do segundo pelúcio.
Saíram debaixo da capa; Hermione se apressou e foi até a janela, prestar atenção no sinal. Harry foi até a lareira, pôs o Pó de Flu e jogou nela, surgindo chamas esmeraldas. Ele se ajoelhou e pôs sua cabeça dentro das chamas e disse.
- Número doze, Grimmauld Place!
Sua cabeça começou a rodar mas ele permaneceu firme com os joelhos no chão frio da sala. Manteve seus olhos fechados e quando o rodopio parou os abriu, viu a cozinha de Grimmauld Place.
Não tinha ninguém ali. Aguardou, sentiu-se em pânico, um frio na barriga por apenas ver a sala deserta.
- Sirius? - gritou. - Sirius, você está aí?
Sua voz ecoou pela sala mas não teve resposta, exceto por um baixo ruído.
- Quem está aí? - disse.
Kreacher, o elfo-doméstico, apareceu. Ele viu suas mãos enfaixadas.
- É o menino Potter, sua cabeça está no fogo - Kreacher informou para a cozinha vazia. - Para que ele veio, Kreacher quer saber?
- Onde está Sirius, Kreacher?
O elfo-doméstico deu um gemido.
- O mestre se foi, Harry Potter.
- Para onde? Para onde, Kreacher?
Kreacher se calou.
- Eu estou lhe avisando... E Lupin? Olho-Tonto? Algum deles, algum deles está aí?
- Ninguém está aqui! - disse o elfo-doméstico num gemido e se virou em direção à porta da cozinha. - Kreacher acha que ele terá uma conversa com sua senhora agora, sim, ele não tinha uma chance por um bom tempo, o mestre de Kreacher foi afastado dele por ela... Mestre não diz ao pobre Kreacher onde ele estava indo - disse o elfo quieto.
- Mas você sabe! - gritou Harry. - Não sabe? Você sabe onde ele está!
Fez-se um momento de silêncio, depois o elfo começou a falar.
- Mestre não vai voltar do Departamento de Mistérios - disse alegre. - Kreacher e sua senhora estão sós de novo!
E ele desapareceu pela sala.
- Você!
Mas antes que pudesse insultá-lo Harry sentiu uma grande dor no topo de sua cabeça, inspirou muita cinza, chocado, foi arrastado através das chamas e viu o rosto pálido da professora Umbridge.
- Você acha - murmurou - que depois de dois pelúcios eu deixaria mais um tolo entrar em meu escritório sem meu conhecimento? Eu tenho Feitiços Sensoriais escondidos, instalados no caminho da minha porta depois de você ter entrado - gritou para alguém que ele não pôde ver, resolveu tirar sua varinha do bolso. Não estava lá.
Harry ouviu um barulho atrás da porta e soube que Hermione também fora pega.
- Eu estava tentando pegar minha Firebolt! - rosnou Harry.
- Mentiroso - ela bateu na cabeça dele. - Sua Firebolt está debaixo das masmorras, como você sabe muito bem, Potter. Você tinha sua cabeça no fogo. Com quem você estava se comunicando?
- Com ninguém - disse Harry, tentando fugir dela, sentiu algo evitando sua fuga.
- Mentiroso! - gritou Umbridge. Ela o jogou para longe. Agora ele pôde ver Hermione olhando com raiva para Emília Bulstrode. Malfoy estava aprendendo a jogar a varinha de Harry no ar e a pegava de novo.
Muitos alunos da Sonserina entraram, segurando Gina, Rony, Luna e Hermione e, para a surpresa de Harry, Neville, que estava sendo arrastado por Crabbe e parecia sufocado. Todos foram pegos.
- Pegamos todos eles - disse Warrington, olhando Rony, apontou para Neville. - Esse tentou fazer com que eu parasse de falar com ela - apontou para Gina - então eu o trouxe também.
- Bem, bem - disse Umbridge, olhando Gina. - Bem, parece que Hogwarts vai ter uma área livre para os Weasley, não é?
Malfoy riu alto. Umbridge lhe deu um sorriso largo e se sentou, olhando para os alunos capturados.
- Então, Potter, você pôs espiões em volta do meu escritório e mandou esse bufão - apontou para Rony e Malfoy riu mais alto - dizer-me que Pirraça estava se vingando na Sala de Transfiguração, quando eu sabia perfeitamente que ele estava ocupado limpando os telescópios da escola, o Sr. Filch tinha acabado de me informar. Claramente, era muito importante para você falar com alguém, foi Alvo Dumbledore? Ou o tonto do Hagrid? Duvido que foi Minerva McGonagall, eu escutei que ela está muito mal para falar com alguém.
Malfoy e outros amigos do Esquadrão Inquisitorial riram. Harry se encontrou tão aborrecido e irritado que estava balançando.
O rosto de Umbridge estava contraído.
- Muito bem - disse falsamente. - Muito bem, Sr. Potter... Eu lhe dei a chance de você falar espontaneamente. Você recusou. Eu não tenho alternativa para forçar você. Draco, chame o professor Snape.
Malfoy colocou a varinha de Harry em seu bolso e saiu da sala contente mas Harry não se importou. Não pôde acreditar que fora tão estúpido para esquecer. Havia todos os outros membros da Ordem, todos poderiam que ajudá-lo a salvar Sirius se foram mas estava errado. Ainda havia um membro da Ordem da Fênix em Hogwarts, Snape.
Fez-se silêncio no escritório exceto pela inquietação e esforço dos alunos da Sonserina em manter Rony e os outros sob controle. Os lábios de Rony estavam sangrando no carpete de Umbridge, lutava contra Warrington; Gina estava tentando bater no pé de uma garota do sexto ano, Neville estava ficando púrpura enquanto Crabbe o apertava com os braços; Hermione estava tentando afastar, em vão, Emília Bulstrode para longe. Luna, no entanto, estava livre do outro lado do carpete, olhando vagamente a janela e aborrecida pelo o que aconteceu.
Harry olhou por trás de Umbridge, que o estava vigiando depressa. Tentou mostrar tranqüilidade quando ouviu passos no corredor e Draco Malfoy seguido por Snape.
- Você queria me ver, senhora? - disse Snape, olhando para os estudantes capturados com indiferença.
- Ah, professor Snape - disse Umbridge, sorrindo e se levantando. - Sim, eu gostaria de outro pote de Veritasserum, o mais rápido que você puder, por favor. Você pode fazer mais, não pode? - disse com sua voz ficando branda e doce como sempre acontecia quando ficava brava.
- Certamente - disse Snape -, vai demorar um ciclo lunar, então eu terei em torno de um mês.
- Um mês? - estremeceu Umbridge. - Um mês! Mas eu preciso disso essa tarde, Snape! Eu acabei de encontrar Potter usando minha lareira para se comunicar com pessoa ou pessoas desconhecidas!
- É mesmo? - falou Snape com interesse, olhando Harry. - Isso não me surpreende, Potter nunca mostrou muito interesse para seguir as regras da escola.
Seus olhos frios fitaram Harry, que tentou se manter concentrado no sonho que tivera, talvez Snape estivesse pronto para ler sua mente, para entender...
- Eu gostaria de interrogá-lo! - repetiu Umbridge, irritada, e Snape passou a olhar seu rosto furioso. - Eu quero que você providencie uma poção que o force me falar a verdade!
- Eu já lhe disse - disse Snape tranqüilamente - que eu não tenho um Veritasserum no meu estoque. Mesmo que você queira enfeitiçar Potter, e eu lhe asseguro que ficarei contente se o fizer, eu não posso lhe ajudar. O único problema é que a maioria da ação da poção é temporária, a vítima não tem muito tempo para dizer a verdade.
Snape olhou de novo fixamente para Harry, que estava querendo se comunicar com ele sem palavras.
"Voldemort pegou Sirius no Departamento de Mistérios", pensou desesperadamente. "Voldemort pegou Sirius..."
- Você está com problemas - guinchou a professora Umbridge e Snape voltou a olhar para ela, as sobrancelhas levantadas. - Você está sendo tolo! Eu esperava, Lúcio Malfoy sempre falou bem de você! Agora saia do meu escritório!
Snape deu um sorriso irônico e se virou para partir. Harry sabia que era a única chance de alguém da Ordem saber o que estava acontecendo sair da sala.
- Ele pegou Almofadinhas! - Harry gritou. - Ele pegou Almofadinhas no lugar em que estava escondido!
Snape parou com a mão na maçaneta da porta.
- Almofadinhas? - chorou a professora Umbridge, olhando para Harry e Snape. - O que é Almofadinhas? Onde estava escondido? O que significa, Snape?
Snape olhou em volta e parou em Harry. Seu rosto impassível. Harry não pôde dizer se havia entendido ou não mas não ousava falar mais na frente de Umbridge.
- Eu não faço idéia - disse Snape secamente. - Potter, quando você me falou algo que não faz sentido eu deveria ter lhe dado Babbling Beverage - Crabbe soltou Neville um pouco.
Ele fechou a porta atrás dele fortemente, deixando Harry preocupado. Snape era sua última esperança. Olhou para Umbridge, que parecia estar se sentindo do mesmo modo.
- Muito bem - disse Umbridge. - Muito bem... Eu não tenho escolha... É mais um problema de disciplina da escola... E isso falha do Ministério... Sim... Sim...
Ela parecia estar falando consigo mesma ou algo parecido. Estava se movendo nervosamente, batendo sua varinha na mão e respirando apressadamente enquanto ele a olhava, Harry se sentiu sem poderes com a ausência de sua varinha.
- Você está me provocando, Potter... Eu não quero fazer isso - disse Umbridge enquanto se movia pela sala - mas às vezes as circunstâncias justificam o uso... Eu estou certa que o Ministro vai entender que eu não tinha escolha...
Malfoy a olhava com uma expressão satisfeita no rosto.
- Terei que usar a Maldição Cruciatus - disse Umbridge quietamente.
- Não! - gritou Hermione. - Professora Umbridge, é ilegal.
Mas Umbridge não se manifestou, olhou para Harry com uma expressão que nunca tinha visto antes, ela levantou sua varinha.
- O Ministro não quer que você quebre as leis, professora Umbridge! - chorou Hermione.
- O que Cornélio sabe que eu não vou feri-lo - disse Umbridge, agora apontando sua varinha para partes diferentes do corpo de Harry, provavelmente tentando decidir onde doeria mais. - Ele jamais saberá que eu mandei os dementadores atrás de Harry verão passado mas decidiu lhe dar uma chance, não expulsá-lo.
- Foi você? - gritou Harry. - Você mandou os dementadores atrás de mim?
- Alguém precisava agir - respirou Umbridge e sua varinha apontando para a testa de Harry. - Eles estavam tentando silenciar você mas eu fui a única que fiz algo a respeito... Somente você torcia para isso, não, Potter? Não hoje, não agora - e respirando profundamente, ela chorou. - Cruc...
- NÃO! - berrou Hermione atrás de Emília Bulstrode. - Não, Harry, nós temos que contar para ela!
- Sem chance! - respondeu Harry.
- Nós teremos, Harry, ela nos forçará de qualquer forma, mas... Mas contar o quê?
Hermione começou a chorar fracamente atrás de Emília Bulstrode, que parou de espremê-la contra a parede imediatamente.
- Ora, ora, ora! - disse Umbridge triunfante. - A senhorita sabe-tudo vai nos dar algumas respostas! Vamos, vamos!
- É... Meu... Nós... Não! - gritou Rony através da mordaça.
Gina olhava fixamente para Hermione como se nunca a tivesse visto antes. Neville, ainda ofegante, a fitava. Mas Harry notou algo. Hermione estava soluçando desesperadamente escondendo seu rosto mas não havia nenhum sinal de lágrimas.
- Me perdoem - disse Hermione. - Mas eu não consigo aturar isso...
- Está certo, está certo garota! - disse Umbridge, segurando Hermione pelos ombros e a colocando na cadeira. - Agora... Com quem Potter estava falando ainda há pouco?
- Bem - soluçou Hermione dentro de suas mãos. - Bem, ele estava tentando falar com o professor Dumbledore.
Rony congelou, arregalou os olhos; Gina parou de bater no pé da menina do sexto ano e até Luna olhou surpresa. Felizmente, Umbridge estava concentrada exclusivamente em Hermione.
- Dumbledore? - disse Umbridge. - Você sabe onde Dumbledore está?
- Bem... Não! - soluçou Hermione. - Nós tentamos o Caldeirão Furado no Beco Diagonal e no Três Vassouras em Hogsmeade...
- Idiota... Dumbledore não ficará num bar com todo o Ministério da Magia procurando por ele! - gritou Umbridge, desaprovando o que ela disse.
- Mas nós precisamos dizer a ele algo importante! - lamentou Hermione, Harry entendeu a ausência de lágrimas.
- Sim? - disse Umbridge, excitada. - O que você queria dizer a ele?
- Nós... Nós queríamos dizer que está pronto!
- O que está pronto? - vociferou Umbridge, agora agarrando os ombros de Hermione de novo e a balançando. - O que está pronto, garota?
- A... A arma.
- Arma? Arma? - disse Umbridge. - Você estava desenvolvendo um tipo de método de resistência? Uma arma que pudesse ser usada contra o Ministério? Sob as ordens do professor Dumbledore, é claro?
- S-s-sim - soluçou Hermione -, mas ele teve que sair antes de terminar e ag-ag-agora nós terminamos para ele e não conseguimos encontrá-lo para dizer!
- Que tipo de arma é essa? - disse Umbridge rudemente, as mãos ainda nos ombros de Hermione.
- Nós não ent-ent-entendemos isso. Nós ap-ap-apenas fizemos o que o professor Dumbledore disse para a gente fazer.
Umbridge se endireitou, olhando exultante.
- Leve-me até a arma.
- Eu não mostrarei... Eles - disse Hermione, olhando para os alunos da Sonserina, através de seus dedos.
- Isso não é para você nessas condições - disse a professora Umbridge rudemente.
- Bem - disse Hermione, agora se escondendo em suas mãos. - Deixe-os ver, eu espero que eles usem isso em você! De fato, eu queria que você chamasse muitas e muitas pessoas para vir ver! Veria se serve bem em você, eu adoraria que toda a escola soubesse onde está e como usá-la e se você incomodasse algum deles poderiam acabar com você!
Essas palavras tiveram um grande impacto em Umbridge: ela olhou rápida e suplicantemente envolta dela o Esquadrão Inquisitorial, fixou seu olhar um momento em Malfoy, que disfarçou o olhar ardente e ganancioso que aparecia em seu rosto.
Umbridge contemplou Hermione por outro momento, depois falou num tom maternal.
- Certo, querida, vamos fazer apenas eu e você... E levaremos Potter também, devemos? Levante-se agora.
- Professora - disse Malfoy -, professora Umbridge, eu acho que alguém do Esquadrão deve ir com você para olhar...
- Eu sou totalmente qualificada, Malfoy, você acha que eu não posso acompanhar dois bruxos adolescentes sozinha? - perguntou Umbridge rudemente. - De qualquer forma, não parece que esta arma é algo que alunos devem ver. Você vai permanecer aí até eu retornar e se certificar que esses - gesticulou para Rony, Gina, Neville e Luna. - não... Escapem.
- Está bem - disse Malfoy, parecendo de repente despontado.
- E vocês dois, podem ir à minha frente e me mostrar o caminho - disse Umbridge, apontando Harry e Hermione com sua varinha. - Conduzam-me.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!