Cap 8



“Get on up when you´re down
Baby, take a good look around
I know it´s not much, but it´s okay
Keep on moving anyway”

Halley se saíra super bem em seu 1º dia de estágio. “E que bom que não paguei nenhuma mico” – pensava Halley feliz da vida.
Se passara uma semana desde que começara a trabalhar de estagiária e estudar em sua nova escola. Estava se sentindo muito feliz, até que percebeu que sua felicidade não iria durar muito.
- Olá, Halley! – Disse uma voz conhecida. Era Matthew.
- O que você quer? – a garota respondeu com rispidez.
- O que eu quero? Você me deve uma explicação. Num dia sai comigo, no outro me chuta?
- Eu te devo? Você queria sair com duas ao mesmo tempo, e é eu que te devo explicações? – Ela cruzou os braços irritada.
Halley se surpreendeu quando viu que Matthew tentava agarrá-la, bem em frente ao seu colégio. A rua estava deserta. Daniel vinha vindo e quando viu a cena, ficou chocado.
- Eu...Vim te buscar pra sairmos...Emma e Rupert estão lá em casa esperando, mas já vi que está ocupada. Até mais. – Daniel se virara para ir embora.
Halley se soltara de Matthew e conseguira alcançar Daniel perto de casa.
- Ele me agarrou ok? – Ela gritou irritada
- É? Não parecia...mas como você disse, não tenho nada a ver com sua vida, então não sei o que ta fazendo vindo atrás de mim.
Halley o olhou perplexa.
- Sei que não gosta dele e... Eu só não quero ficar brigando todo o tempo com você.
Daniel a olhou sério.
- Eu me preocupo com você, não quero te ver mal.
Estavam próximos demais, e num minuto, estavam se beijando novamente.
Halley entrara em pânico por dentro de si mesma. Sabia que Matthew a perseguiria e de novo isso entre ela e Daniel. Imaginava o que Márcia e Alan diriam, então foi aí que se decidiu.
- Não! Não, não e não. Isso não pode acontecer...
- E por quê? – Daniel perguntou a olhando confuso.
- É que...não é certo...você é...
- Halley, não somos irmãos de verdade...É só de consideração...
- Eu sei – Halley começava a entrar em desespero – Mas é chato mesmo assim....Eu...Eu vou voltar ao Brasil!
- QUÊ? Não acredito! Do que você ta com medo? Daquele panaca? Ou dos meus pais? Bem, deles não vejo motivos...Mas qual o problema? – Daniel começava a se irritar.
- Não é nada...E porque essa sua reação?
- Ainda pergunta? Não, eu vou te recordar. Você acabou de me beijar, e agora diz q vai embora? Detalhe: É a 2ª vez que isso ocorre. Isso não é divertido sabia?-
Halley começara a chorar. Faltava pouco pra chegar em casa. Saiu correndo, foi até a garagem, pegou o carro que havia alugado e foi saindo da casa. Parou antes de ir e deu uma palavrinha com Daniel.
- Escuta, desculpa mesmo, mas não dá pra continuar assim...Depois mando alguém buscar minhas coisas...Foi...foi bom te conhecer, “maninho”. – E saiu cantando pneu sem deixar Daniel falar um A.
- Que raiva dessa garota! – Daniel chutara o portão com toda a força e o batera. Subira direto ao seu quarto e não saiu de lá o resto da noite. Emma e Rupert o faziam companhia.
Halley dirigia muito rapidamente e não percebeu que um carro preto a seguia. Pensava no porquê as coisas tinham que ser assim. Não queria estragar tudo, estava indo tão bem. Mas a partir do momento que chegara a esse ponto, resolvera que não poderia continuar dessa forma, e resolvera voltar ao seu país e fingir que nada havia acontecido.
O carro preto ultrapassara sua frente, o que desviou sua atenção. Havia um cruzamento logo na frente, mas não dera tempo de frear e um outro carro preto vinha a toda velocidade. O carro de Halley batera em cheio no carro preto a sua frente. A porta estava sem trava e Halley fora jogada para fora do carro, batendo a cabeça no chão e sangrando muito.
- Ah, Meu Deus. – disse uma voz de homem que parecia estar assustado. – Melhor chamar a ambulância.
E discou um número. 15 minutos depois, a ambulância chegara. Um homem que saíra de dentro da ambulância, revirou os documentos de Halley e achara um papel com o telefone dos Radcliffe e Endereço.
Na casa dos Radcliffe, o telefone tocara e Alan atendera.
- Alô? Sim, é daqui mesmo, quem fala? – Alan congelou ao telefone. – Ok, mas vocês não tem nenhuma informação? Ah, ok, esperaremos notícias.
Alan chamara Daniel, Rupert, Emma e Márcia na sala, com a expressão mais aterrorizada que se pode imaginar.
- O que foi pai? Por quê essa cara? – Daniel perguntara preocupado.
- Me ligaram agora do hospital. A...Halley...ela...
- O que aconteceu com a Halley? – Márcia estava no desespero.
- Ela...morreu num acidente de carro. Vão enterrá-la hoje a tarde, me avisaram. – Alan parecia que perdera as palavras.
Todos o olharam chocados.
- Você ta brincando né? – Daniel se levantou irritado. – Minha “maninha”? Morta? NÃO É VERDADE, NÃO PODE SER!!!
- Dan, acalme-se...- Emma o obrigara a se sentar novamente.
Ninguém mais falou nada. Daniel se abraçou a Emma e Rupert e começou a chorar descontrolado.
- Pobre menina. Tão jovem... – Márcia se abraçara a Alan e chorava também.
- Deus do céu, a menina não merecia.
E permaneceram assim o resto da noite.

*continua na parte 2*

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