Harry

Fiquei naquele hotel por 5 dias. Harry de vez em quando desaparecia, mas mandava corujas para avisar o porque. Depois de uma semana, Harry apareceu de novo. Ele estava tão feliz, sorrindo e olhando – me de um jeito estranho.
- Estou finalmente de volta! – Ele disse – Agora, vou te levar ao lugar certo.
- Aonde? – Perguntei
- Minha casa!
- O Quê? – fiquei chocada
- Você acha que vou fazer o quê? Vou te levar pra minha casa, em Hogsmeade, você ficará com meu padrinho, Sirius, ele ajudará em tudo que precisar. E encontrarão um jeito diferente de tratar Matthew.
Estávamos cansados, depois da viagem até a casa de Harry de Noitebus, e eu só pude dormir um pouco mais.
Eu sai do quarto, claro que os outros estavam dormindo. Eu ouvi um barulho claro que meu espírito curioso me fez ver que barulho era, e o que vi era quase uma visão do Paraíso. Harry estava lá, na cozinha, bebendo um liquido que chamavam de Cerveja Amanteigada, sentado na cadeira, pensativo. O que eu deveria fazer? Corre de volta ou falar com ele. Escolhi a 1ª opção, mas Harry me viu.
- Lizie?
- Sim – senti vergonha e andei para a luz – Não consigo dormir, é normal...
- Sem problemas...Não tenho esse problema, mas costumo dormir tarde. Sente aqui...Quer beber algo?
- Não, obrigada. Eu pensava em voltar pra cama e tentar dormir.
- Você não precisa ter medo de mim...
- Eu não tenho...Somente não quero atrapalhar.
- Eu trouxe você aqui, então, é estranho pensar que você iria me atrapalhar, nem os gritos de Matthew poderia me atrapalhar.
Ele riu
- Não diga isso...Você ainda não viu Matthew realmente gritando – Eu brinquei
Draco apareceu um dia depois da viagem. Estava no jardim, brincando com algumas crianças. Havia algumas crianças na casa de Harry.
Harry chegou alguns minutos depois, secando os cabelos bagunçados.
- O que ta fazendo aqui? Cadê a Cho?
- Tá em casa!
- Você mentiu pra ela? Você disse a ela que iria me visitar, e não o seu filho?
Harry era bom em ser sarcástico, igual a mim. Pensei que Draco não merecia aquilo.
- Harry...Acho que Draco quer ajudar agora – tentei defendê-lo
- Vai levar você pra casa? Irá apresentar o filho aos pais? Vai dizer a Cho que vocês precisam de outro filho juntos?
- Claro que irei dizer aos meus pais. Mas não posso dizer a Cho agora. Não agora, Harry...Por quê você não me entende?
- Porque é fácil resolver, Draco! Droga! Olhe esse garoto!
- To olhando! O que quer que eu faça?
Eles brigavam...odiei isso. Desde que cheguei na Europa, tudo o que Harry e Draco faziam era brigar. Eu não queria isso.
- Podem parar com essa droga? – eu disse tentando não gritar
- Não ligue, Lizie...Harry está mal. Vou levar vocês pra casa, se é o que ele quer.
Olhei para Draco...O que é que ele estava falando?
- Ela não vai! – Harry disse. Eu não entendi nada... Primeiro Harry queria que Draco me levasse pra casa, e Draco não. Quando Draco decide me levar, Harry diz “não”? Eles estavam realmente ficando mal, ou qualquer coisa.
- Quê? Não vai? – Draco perguntou – O que é que você quer, Harry?
- Não...Não sei. É melhor ela aqui, Sirius está a tratando como uma princesa e ainda tem os filhos dos Weasley que a adoram. E Hermione está bem aqui também. É melhor deixar tudo como está.
A noite chegou e estava me sentindo melhor. Harry estava sentado na varanda quando cheguei pra olhar as estrelas. A noite estava linda, mas todos dormiam. De novo...
Sentei – me ao lado de Harry.
- Harry, Draco não merece. Você está com raiva dele porque quer ver Matthew salvo, como eu. Mas não é a melhor solução ser rude com ele...Eu sei que Draco vai mudar de idéia. Só dê tempo a ele...Nem eu sei aonde conseguir tempo.
Harry olhou pra mim sorrindo, realmente um doce sorriso.
- Como você consegue ser tão generosa? – Ele passou a mão no meu rosto – Seu filho está com leucemia e você preocupada com Draco, pensando se ele ficará bem nessa situação...
- Eu sempre penso nele...
- Você ainda ama ele?
- Não. Acho que nunca o amei de verdade.
- Tem certeza?
- Sim, tenho.
Harry riu e se aproximou, muito perigosamente. Eu não pude resistir. Ele estava tão bem naquela noite, como se estivesse esperando por mim o tempo todo.
Eu não sabia exatamente o que sentia por Harry, mas sabia que era mais do que amizade. Muito mais do que amizade, eu só não entendia meus sentimentos. Mas o que realmente não acreditei é que estava pensando em todas essas drogas quando Harry estava me beijando.
Ele me pegou nos braços e me carregou ao quarto. Mas não o meu quarto...Me levou ao quarto dele. Dentro de mim, eu sabia que algo assim aconteceria cedo ou tarde...

* * * * * * *

- Bom dia... – Harry disse, eu não olhei pra ele, ou poderia ser minha ruína.
- Não tão bem...Digo, acho que Matthew está acordado e...
- Shhhhhhh. Você fala demais. Matthew está bem. Eu fui lá minutos depois de deixá-lo no jardim.
- Você o quê? Você tá brincando...
- Claro que to...Fui ver seu filho...ele ta bem, não se preocupe.

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