Uma Ajuda do Paraíso
Eu sentei perto do hotel e comecei a chorar. Eu era sensível e tudo o que pensava era estúpido e inútil. Como eu poderia ajudar meu filho se não podia ter idéias boas? Chorei por um bom tempo, antes de uma pessoa se aproximar de mim. Eu não olhei para a pessoa. Eu estava triste e não queria que ninguém me visse chorando.
- Você está bem? – A pessoa perguntou. Era um homem. Pude descobrir pela voz. Olhei para os pés.
- Sim...
- Tem certeza? Não é o que estou vendo.
Olhei para o homem e pensei que o conhecia.
- E o que está vendo? Nunca viu uma garota chorar?
- Hey! Desculpe! Estava tentando ser gentil! Qual seu nome?
O homem era bonito. Tinha cabelos pretos, bagunçado, parecia que não penteara o cabelo naquele dia. E tinha olhos verdes muito vivos.
- Lizie...Elizabeth. Me chamam de Lizie ou só de Liz. Desculpe, estou realmente muito triste e não tenho forças nenhuma para ser gentil com as pessoas.
- Pode me dizer o que aconteceu?
O homem sentou-se em frente a mim e olhou em meu rosto. Ele era bonito e tinha um jeito doce de olhar.
- Preciso encontrar uma pessoa...Preciso desesperadamente falar com essa pessoa...Ele pode me dar o que preciso. Mas eu não posso falar com ele, e se falar, ele não vai me dar o que preciso, e eu estarei sendo muito estúpida.
O homem sorriu.
- Bem, eu estou nesse hotel...Talvez eu possa te ajudar a entrar, se me der uma boa razão.
Tentei limpar meu rosto, mas tudo que conseguia era sujar mais ainda. Eu estava com as mãos sujas e tudo a minha volta era como pó. Peguei a foto de Matthew, que eu sempre levava comigo, desde que ele nasceu. Claro que era uma foto recente, eu mudei com os meses.
Mostrei a foto para o homem.
- Essa é a razão...Matthew, meu filho. Ele tem leucemia e precisa desesperadamente de um transplante.
O homem olhou pra mim com a expressão mais sobrenatural do mundo. Como se a foto de Matthew fosse a coisa mais incrível que ele já viu...
- Me deixe adivinhar...Você está precisando de dinheiro para o transplante?
- Sim, estou. Mas não vim aqui pra pedir dinheiro. Vim aqui para pedir uma coisa mais importante e impossível...A medula que meu filho precisa. Eu ia tentar falar com o pai dele. Se você me colocar dentro do hotel, não poderia agradecer... É tudo o que eu preciso agora.
- O pai está no hotel? Digo, você veio aqui porque o pai do seu filho está aqui e não quer falar com você?
O homem parecia não acreditar em nada do eu dizia.
- Não, deixe-me explicar. Conheci o pai de Matthew e tivemos uma rápida relação. Somente descobri a gravidez 2 meses depois que acabou, e não pude dizer a ele. Não sei se você entende, mas ele é “diferente” e famoso, e não sei seu telefone ou endereço. Somente sei nome, cidade que vive, e um segredo. Era impossível dizer sobre algo. Ma preciso dizer a ele que tenho um filho e que Matthew nunca precisou de um pai, como ele precisa agora.
O homem olhou de novo a foto, e depois para mim. Sua boca se abriu e ele olhou para mim como se tivesse visto um fantasma
- Ah Meu Deus! DRACO!!!
Foi minha vez de olhar pra ele assustada.
- Draco? Você o conhece? Digo, porque gritou o nome dele agora?
- É ele o pai...Não é? DIGA-ME, Não é?
- Sim, mas porque isso importa pra você?
- Você me conhece? Digo, você sabe o que Draco faz da vida?
- Sim, ele joga um esporte estranho num time...Chuddley Cannons... Mas não sei nada sobre isso, porque eu não tenho nenhum tipo de magia e nunca ouvi falar em quadribol ou nada que esteja ligado a isso. Por quê?
- Deixe – me apresentar-me – o homem pegou minha mão – Harry Potter, apanhador dos Chuddley Cannons.
Eu fiquei muito envergonhada. EU NÃO ACREDITO QUE CONTEI TODA A VERDADE PARA O HARRY. Era um problema...Primeiro, falei demais e segundo...EU NÃO CONHECIA A PESSOA!!! Eu deveria conhecer o Harry para não fazer coisas estúpidas como essas. Hermione tinha comentado comigo sobre ele, aquele era o tal do garoto famoso no mundo dela por causa de um cara mal e etc. Se eu tivesse um lugar para esconder minha cara, eu esconderia.
- Ah...Er...Eu... – Perdi minhas palavras na verdade...
- Não se sinta desse jeito. Não é nenhuma coisa terrível quem não é bruxo não me reconhecer. Achei engraçado, se quer saber.
Eu estava muito envergonhada. Como eu poderia ser tão boba? Melissa costumava dizer que eu era idiota, e desta vez, eu acreditei que ela não estava brincando.
- Você não está brincando? Digo, esta não é uma foto do Draco bebê? Você falava sério em ter um filho dele?
- Não, Não estou! Se eu tivesse brincando...Sou uma verdadeira atriz. Por quê acha que estou tão triste? Porque meu filho pode morrer a qualquer momento. E Draco é o único que pode salvá-lo. E aonde você acha que eu iria conseguir uma foto dele quando criança?
Harry pensou por alguns minutos. Ele não parava de olhar a foto, para ele era incrível.
Harry me levou até o lado de dentro e fomos até o andar onde estavam hospedados.
Ao entrarmos no lugar, havia um garoto ruivo e alto.
- O que aconteceu, Harry?
- Primeiro conheça Elizabeth...Lizie – Harry apontou pra mim. Tentei ser gentil e dar um sorriso – Lizie este é Rony, um dos artilheiros do time.
- Ela não conhece quadribol? Nem você? – ele perguntou
- Não, não conhece, ela não é bruxa. E veio aqui com a história mais incrível do mundo...Você deve ouvir antes de chamar o Draco.
Rony se sentou com os pés no sofá Quando terminei de contar, ele estava caído no carpete, com a boca aberta e uma expressão incrédula, como Harry quando mostrei a foto de Matthew.
Enquanto eu explicava tudo para Rony, mais detalhadamente, Harry foi até a lareira, pegou algo que descobri ser sua varinha e chamou:
- Draco Malfoy!
Na mesma hora um cara loiro apareceu da lareira e caiu sentado no chão, mal-humorado.
- Droga, Harry! Você ta muito chato hoje! O que você quer... – Ele parou de falar quando viu Rony, Harry e eu – O que é isso? Uma festa?
- Draco, esta garota é Elizabeth, do Brasil e ela tem uma coisa realmente importante pra te dizer.
Draco olhou pra mim, chocado.
- Ela não é...uma fã sua, Potter?
- Não, não sou!
Escutei Rony perguntar se eles deveriam estar ali, mas Harry disse – “SHHHH” – Claro que ele estava curioso para saber o que acontecia ali.
- Então o que é tão importante?
- Bem, vou tentar explicar de um jeito fácil ok? – E comecei a lhe explicar a história.
- LIZIE? – Ele perguntou – É você?
- Sim, sou eu!
- Nossa, quanto tempo, mas...Você só veio aqui pra isso? Dizer que você é...Você?
- Não! Vim aqui para falar sobre o meu filho...Na verdade, nosso filho!
- Filho? – Draco disse, quando voltou a falar de novo. Pensei que estava dando muitas surpresas pra ele ao mesmo tempo – Você quer dizer...Uma criança? Um garoto?
- Sim, Draco, Um garoto maravilhoso chamado Matthew. Sei que estava errada quando não te procurei, mas você deve entender que você é realmente difícil de se achar.
- Não posso acreditar...Realmente não posso...então, tenho um filho? Tem CERTEZA que é meu? Digo, você deve ter outro namorado e...
- Claro que é seu Malfoy! – Harry interrompeu pegando a foto de Matthew da minha mão – Isso prova!
Draco pegou a foto e olhou bem,
- Droga! Por Deus! Por quê não me disse antes, Lizie? O que precisa? Dinheiro? É isso?
Peguei a foto de volta e pus em meu bolso
- Não! Não preciso de dinheiro! Por quê você PENSA que eu preciso de dinheiro? Nunca precisei do seu dinheiro antes, então por quê deveria precisar agora? EU NÃO PRECISO DA DROGA DO SEU DINHEIRO!
- Então, o que precisa? Por quê está dizendo isso agora, se não precisa de dinheiro?
- Porque preciso de você, Draco...Matthew está morrendo, ele tem leucemia.
Draco se sentou de novo.
- Então você está me dizendo que tenho um filho e ele está morrendo? Que interessante...DROGA!!!
- Ele pode sobreviver se você ajudar
- No que?
- Bem, Matthew só pode ser salvo com um outro filho da mesma mãe...E do mesmo pai!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!