Lembranças e surpresas

Lembranças e surpresas



Nota da autora1:Como disse no capítulo 1,eu não possuo Harry Potter ou qualquer outro personagem da série da J.K.Rowling.Essa história é para sua diversão,não para o meu lucro!

Nota da autora2:No livro 5 em português,achei a explicação das notas dos N.O.M.S um pouco confusas.Ao longo do livro,existem algumas contradições.Por esse motivo,preferi deixar as notas como foram idealizadas pela J.K.Para quem não teve acesso ao livro em inglês,aqui vai cada nota e seus respectivos significados:O(de Outstanding)=Impressionante
E(de Exceeds expectations)=Excede expectativas / A(de Acceptable-a última média para passar na matéria)=Aceitável / P(de Poor)=Pobre / D(de dreadfull)=temível / T(de Troll)=Trasgo




CAPÍTULO 2-LEMBRANÇAS E SURPPRESAS



Harry bocejou mais uma vez,ao mesmo tempo em que sacudia a cabeça,tentando afugentar o sono.O calor na Rua dos Alfeneiros não ajudava em nada,enquanto ele sentava na grama do jardim,agradecendo pela milésima vez o fato de não haver encontrado a Sra.Figg passando na rua.A velha senhora iria provavelmente perguntar mais uma vez como ele estava se sentindo e se ainda sofria muito,um assunto sobre o qual ele definitivamente não gostaria de discutir.Nem com a Sra.Figg,nem com ninguém,mesmo Rony ou Hermione.Já bastavam as horas em que ele ficava remoendo sozinho os fatos durante a noite,como vinha acontecendo todos os dias,quando ele só conseguia pegar no sono a altas horas da madrugada.E,mesmo dormindo,as memórias o perseguiam.Sonhos indistintos,em que ele via o rosto surpreso de Sirius em seu último momento,ouvia as gargalhadas doentias de Belatrix Lestrange,e depois,muito depois,sentia aqueles olhos vermelhos dentro de si mesmo,aquela voz que não era sua,fria e aguda,rindo cruelmente.Ou então,aquela outra meória,mais nítida,mas não menos trágica,do rosto triste de Dumbledore enquanto contava a história que,mesmo sem que ele soubesse,traçara seu destino impiedosamente.”Um não sobreviverá,enquanto o outro viver...”,a frase que martelava em sua cabeça desde o seu último encontro a sós com o diretor.Uma pequena onda de raiva passou por Harry ao pensar em Dumbledore.No íntimo,o garoto sabia que era bobagem sentir-se zangado com o bruxo.Afinal,entendera suas razões,e,embora se recusasse terminantemente a admitir para si mesmo,parte dele ficava feliz ao saber o quanto o diretor se peocupava,se importava..Mas,ainda assim,não conseguia evitar a raiva,tanto pela demora em revelar a verdade,quanto pelo ano em que o diretor passara praticamente ignorando-o,mesmo que fosse para protegê-lo.Talvez,e Harry sabia que no fundo estava errado e era apenas o ressentimento que fazia com que pensasse assim,tivesse sido tudo diferente se Dumbledore tivesse deixado tudo claro logo no início do seu 5° ano...Harry sacudiu novamente a cabeça,desta vez para afastar os pensamentos.Não queria lembrar.Gostaria que Edwiges aparecesse,trazendo alguma carta de seus amigos,ou de Remo,que passara a escrever freqüentemente.Harry ficara satisfeito com isso,pois sabia que Remo,assim como ele,sentia uma falta esmagadora de Sirius.Afinal,Remo era agora o que restara dos marotos,já que Petigrew há muito não fazia parte do grupo.Remo era agora o único adulto com quem Harry se sentia à vontade para pedir conselhos e conversar.Afinal,depois de Sirius,ele fora provavelmente o maior amigo dos seus pais.

Harry levantou,entrando rapidamente em casa e dirigindo-se silenciosamente ao seu quarto,feliz por não encontrar nenhum dos Dursley.Os parentes,aliás,mal se dirigiam a ele,provavelmente ainda assustados com as ameaças de Olho-tonto Moody,Tonks,Sr.Weasley e Remo na estação King’s Cross.Abrindo a porta do quarto,Harry por pouco não gritou de susto.Sobre sua cama,estava uma enorme coruja marrom,esperando pacientemente,ao que parecia,pelo garoto.Imaginando como não fora capaz de ver a coruja voar para o seu quarto,Harry começou a desatar da pata do animal a carta,reconhecendo na mesma o selo do Ministério da magia.O coração de Harry falhou uma batida:Eram provavelmente os resultados dos N.O.M.S.Abrindo temerosamente o envelope,deparou-se com um pergaminho cuidadosamente dobrado.Harry sinceramente temia o que veria ali,pois o ano dos seus N.O.M.S fora tão atribulado que não tinha a menor idéia de como fora seu aproveitamento acadêmico.Apenas lembrou claramente das suas últimas provas,Astronomia,quando não conseguira concentar-se porque estavam capturando hagrid,e História da magia,quando caíra no sono e sonhara que Sirius havia sido capturado...Recordou também do rosto da professora Macgonagall,decidido e olhando furiosamente para Umbridge:”Potter,irei vê-lo se tornar um Auror,nem que seja a última coisa que eu faça...”,ela tinha dito.Do fundo do coração,Harry desejou atender a tais expectativas.Desdobrou o papel,e leu decidido.O rapaz arregalou os olhos.Leu de novo.

“Prezado Sr.Potter:

Gostaríamos de parabenizá-lo pelo excelente desempenho nos N.O.M.S,em especial sua atuação em Defesa contra as artes das trevas,onde o Senhor atingiu um dos resultados mais altos já vistos pelo ministério.Abaixo,seguem as médias individuais de cada disciplina.Em breve,o Sr. Irá receber da sua escola a lista de materiais necessários para as matérias em que foi aceito para prestar os N.E.W.T.S.

Atenciosamente,

Mafalda Marchbanks.

Examinadora- chefe.

Defesa contra as Artes das trevas:O(+ 1 ponto extra)

Poções:O

Feitiços:O

Transfiguração:O

Trato das criaturas mágicas:O

Herbologia:E

Astronomia:A

História da magia:A

Adivinhação:P

Harry não podia acreditar.Era um resultado excelente,muito acima do que teria esperado.Melhor que isso,pensou ele,só mesmo Hermione,cujas notas deveriam ter sido uma série de “Os”.Passou rapidamente os olhos pelo papel novamente,detendo-se no “outstanding” em poções.Não seria agora que Snape se livraria dele,pensou.Poderia,um dia,se tornar um Auror.não se importava nem um pouco com o “P” em adivinhação.Na verdade,sentia-se feliz por não precisar mais cursar tal disciplina.Sua aversão por prever o futuro havia definitivamente aumentado depois da conversa com o diretor.Harry estava tão distraído que não ouviu a campainha tocando,surpreendendo-se quando a voz furiosa de tio Valter se fez ouvir,gritando seu nome.Ainda meio incrédulo,Harry desceu,imaginando o que poderia ter feito para enfurecer o tio.

O Sr.Dursley estava parado perto da porta,a cara muito vermelha e os olhos quase saindo de órbita.Parada na soleira da porta estava uma moça sorridente,que parecia estar se imensamente.Ao ver Harry virou-se para falar diretamente com o rapaz.

--Oi,Harry.Eu vim buscar você.-Harry demorou um pouco para absorver as palavras,enquanto observava a garota.Ele nunca a tinha visto na vida.

--Hum...Quê?-Balbuciou o garoto,confuso.

--Você não ouviu?Eu vim te buscar,Harry.-O Sr.Dursley se mexeu,furioso.

--Moleque!!Quantas vezes eu já disse,não quero mais gente como você na minha casa!Como é que você dá o meu endereço...Eu já disse,não quero essa gente anormal aqui...E eu já disse que ele não vai,seja lá quem você for!Todo verão é a mesma coisa,vocês me incomodando,pois bem,eu não quero saber!E pode se retirar,nada de mais aberrações na minha casa!

--Desculpe,será que eu ouvi direito?Quem é aberração?

--Você,você e esse moleque,e todo esse seu povo,são todos uma anormalidade,um absurdo da natureza!

--Nossa,você tem que conviver com isso?Honestamente...é,Harry,você realmente vai estar melhor conosco...-A garota comentou,enquanto Harry olhava enfurecido para o tio,que ficava cada vez mais vermelho.A essa altura,Duda e tia Petúnia já estavam nasala,e olhavam assustados de tio Valter para a jovem.

--Sr.Dursley,Harry tem a permissão dos seus tutores,o temporário e o que será brevemente nomeado permanentemente.Alvo Dumbledore,o tutor temporário,diretor de Hogwarts,permitiu...

--Eu não quero saber se um velho maluco deixou esse moleque ir a lugar nenhum!Ele vive na minha casa,e não vai a nenhum outro local!

Após essa última frase,a garota respirou fundo,e Harry percebeu que ela havia realmente se irritado.Olhando diretamente nos olhos do Sr.Dursley,a jovem tornou a falar.

--Normalmente eu não faria isso,e tentaria convencê-lo através do diálogo,é sempre a melhor solução.Mas não tenho tempo para isso,hoje realmente não.Então,olhe e preste bem atenção:Eu vou levar Harry comigo e o Senhor vai concordar de boa vontade,sem nenhum comentário.Vou ajudar Harry a arrumar suas coisas,e o senhor vai esperar exatamente aqui,para fechar a porta para nós dois ,e não vai permitir qualquer protesto da sua esposa ou do seu filho.Estamos combinados?

Harry percebeu que o olhar de tio Valter havia mudado muito sutilmente,como se estivesse perdido em algum lugar distante.O rosto relaxou num sorriso bobo.Tudo isso aconteceu muito rápido,e o garoto estava impressionado com a forma como ocorrera.A garota não usara qualquer varinha,mas assim mesmo Harry sentiu uma magia poderosa enquanto a moça prendia o olhar de tio Valter no seu.O engraçado é que Harry achava que já tinha visto alguém com o olhar muito semelhante ao da jovem.Era poderoso e penetrante,e Harry,observando-o,pôde entender muito bem porque o tio de transformara.A magia partira dali.

A moça voltou-se para Harry,sorrindo novamente.

--Harry,vamos logo,deixe-me ajuda-lo com suas coisas para irmos mais rápido.Onde é o seu quarto?

O garoto não conseguiu falar nada,e apenas se dirigiu para a escada,com a moça em seu encalço.




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