Surpresas e decisões

Dumbledore, por mais que Harry não quisesse, ficou sabendo de tudo que aconteceu.

Ninguém tinha uma teoria do que Fionna era feita, ou de onde tinha vindo, e Kian também estava pagando pelo que fizera: estava trancafiado em Azkaban... Parecia um pouco louco. Talvez tivesse sido melhor leva-lo para o St. Mungus... Em todo caso, hoje era o último dia em Hogwarts. O dia da festa...

- Hoje é nosso último dia cara! Tente se animar! - Harry tentava incentivar Rony.

- Eu não quero arrumar treta com ninguém! Depois eu não tenho motivo pra festejar.

- Por quê?

- Ora, porque eu tenho certeza de que vou ficar mais um ano aqui. Acho que não passei nos exames...

- É claro que você passou! Em todo caso, nós vamos receber os resultados nas férias.

- Você vai continuar morando com o Sirius?

- Não. Ele e Christine se casaram. Vão morar em outro lugar...

- Hummm... Isso é bom ou ruim?

- Isso não é o melhor: Nunca mais vou ter que acordar e olhar pra cara da Lindsay!

Rony fez cara invocada.

- Não me fale dessa garota.

- Eu não falo nada. Prefiro não me meter nessa muvuca que você provocou.

- Eu provoquei? Que culpa tenho eu de ser tão gostoso?

Os dois caíram na risada...

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No quarto feminino...

- Que saco! Eu tive que arrumar tudo! As provas terminaram ontem, e o Simas só arranjou a música. To cansada, com olheiras, minha coluna está doendo, e ainda tenho que fazer a unha, tomar banho, arrumar o cabelo e me trocar de roupa.

- Relaxa Mione. Pelo menos você vai... Pelo menos você tem um namorado fiel. - Norah reclamou.

Lindsay, sentada à penteadeira estava observando pelo canto dos olhos, e Victorya, estava jogada na cama, de cortina fechada, e já tinha dito desde de cedo que não ia a festa alguma também.

- Não reclama Norah! Depois, pelo menos você se entende com o Rony. Não é como outras aí que ficam correndo atrás dele e ele não dá nem bola! Você sabe disso. - disse Hermione, provocativa.

- Olha aqui, se você está falando de mim, pode falar diretamente. - Lindsay fez cara de poucos amigos. Ainda não tinha superado perder o namorado para Hermione.

- Você escutou alguma coisa Norah? - a garota arregalou os olhos para a cama ao lado. - Acho que escutei alguma fada mordente zunir no meu ouvido.

- Na verdade acho que foi barulho de vaca mugindo. - Hermione teve que se segurar em Norah, dobrando-se e chorando de tanto rir, o que deixou Lindsay mais irritada e a fez sair do quarto batendo a porta e quebrando um espelho, tamanha era sua raiva.

- Vicky? - Norah chamou, ainda rindo.

- A Victorya saiu enquanto vocês estavam conversando. - Avisou Parvati.

- Ela estava chorando. Nunca a vi chorando... O que será que aconteceu? - Lilá intrometeu-se na conversa.

- Chorando? Tem certeza? - Mione pareceu preocupada.

- Onde será que ela foi? - Norah levantou da cama.

- Eu não sei...

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- Gina? - Victorya bateu na porta do quarto feminino do sexto ano.

- Eu vou chamá-la. - falou Stephanie.

Após uns segundos, Gina apareceu. Estava vestida com uma saia de pano leve até os pés, cor de céu, e uma blusinha branca com tirinhas caídas. O cabelo solto em grandes cachos.

- Vicky? O que aconteceu? Você ainda não se arrumou?

- Eu precisava falar com você. Será que...?

- Claro, vamos!

As duas desceram até a sala comunal. Sentaram-se o mais longe possível.

- Você não quis falar com ninguém desde que aquilo aconteceu. O que houve?

- Eu... - uma lágrima escorreu por seu rosto pálido. - Eu não sei. Deu vontade de ficar sozinha. Pensar no que eu vou fazer da minha vida... Se vou ficar aqui, ou simplesmente voltar para os Estados Unidos...

- Sei. Eu te conheço! Fale pra mim o que aconteceu! Quem sabe eu não posso te ajudar de alguma forma?

- Eu contei pra você que o Kian abusou de mim. E você falou pra alguém?

- Não! Claro que não! - das duas, Hermione e Gina, Gina era a que Vicky tinha mais afinidade.

- Lembra que a enfermeira disse que eu não podia engravidar?

Gina arregalou os olhos...

- Lembro. - disse com receio. - E é a coisa que você menos quer na vida.

- Exatamente.

- E...? - perguntou temerosa.

- Ela errou.

- O que???

- Ela, quando me examinou de novo, viu que eu estava grávida.

- Não!

- Sim!

- Não!

- Sim, sim, sim!

- Mas... Vicky, você...? Você está GRÁVIDA? - ela perguntou tão alto, que as pessoas pararam escutar a conversa.

- Não!

- Não entendi então. Quer fazer o favor de explicar?

- Eu estava. Não estou mais.

- Como?

- Eu perdi.

- Quando???

- Há duas semanas.

- Vicky! É verdade! Quando você caiu da vassoura, você sangrou muito!

- É.

- Como você se sente? Já tinha contado pra alguém?

- Não. Sei lá... To me sentindo vazia. Já tinha escolhido o nome. Por mais que eu não quisesse, ela ia ser minha filha e minha responsabilidade! E eu que nem sei cuidar de mim!

- Como você sabe que ia ser menina? - Gina riu pelo canto da boca, lembrando um pouco o jeito de Draco. Talvez a convivência tenha causado certas semelhanças...

- Tinha que ser menina! - ela riu.

- Não contou isso pra Mione?

- Não.

- Pra Norah?

- Não.

- Só pra mim?

- Só.

- Vem aqui! - Gina abraçou a amiga. - Você vai sim a essa festa. Precisa se animar!

- Eu não sei...

- Olha que eu mando o Draco vir te puxar até lá embaixo se você não estiver pronta em meia hora. Hehehe.

- Vou precisar de ajuda. Não sei que roupa usar... - estava um pouco mais animada.

- Let’s go girl!!

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- Gina! O que você fez à Vicky? Que magia foi essa?

- Digamos que ela aprendeu novamente a voar. Não me pergunte mais nada Mione. - ao final ela deu um sorriso.

- Hum... Cheias de mistérios! - ela já estava pronta.

Como Gina, também estava de saia mais comprida, mas era toda repicada, deixando pontos da coxa aparecendo. Um corpete só foi o complemento para arrasar na festa. O cabelo, Gina e Norah estavam tentando ajudar a arrumar, em um rabo de mexas soltas e coloridas.

- O Harry não vai gostar nada, nada! - Gina riu, passando lápis nos olhos da amiga.

- Eu to ligando muito pra isso! - Hermione respondeu estranhamente, retribuindo com um sorriso.

- Humf-humpf! - Victorya pigarreou logo atrás. - Falem a verdade: Ta muito ruim? Eu acho que engordei um pouquinho...

- Nossa! - Norah fez uma cara falsamente assustada - Realmente você está obesa! Acho melhor você ir ao médico! - colocou a mão na boca, rindo da amiga. - É claro que você está bem! Onde você engordou? - terminou, passando a mão no cabelo, ainda amarelo.

- Adorei o seu vestido! Onde você comprou? - Lilá perguntou segurando o cabelo, para Parvati fechar seu vestido.

- Foi minha avó quem desenhou. Ela é estilista e modista. Mandou semana passada pra mim... Parece que voltou da lua de mel apenas há três semanas atrás!

- Como? - Hermione perguntou. - Ela não tinha se casado logo no natal?

- Sim, mas como ela disse, o garotão dela quis estender mais um “pouquinho”. - as quatro riram. Lilá e Parvati tinham se dispersado pelo quarto.

O vestido era de frente única, com uma saia curtíssima repicada. Qualquer movimento em falso e até sua alma seria vista. Ela usava uma sandália de salto fino e uma coleira no pescoço com a letra “V”.

Gina olhou para o espelho e ficou observando.

Enquanto isso, Victorya surrupiava o lápis de Hermione.

As três agora estavam juntas novamente...

- O que foi Gina? - Hermione a flagrou olhando.

- estava só pensando. Bobagem... Acho que faríamos um bom trio.

- De quê? - Victorya perguntou, enfiando o pincel fino do delineador dentro do olho e gritando de ardência.

- Uma equipe.

- Tipo “Charlie’s Angels”? - divertiu-se Hermione.

- Cada coisa que passa pela cabeça da gente...

***

Uns dez minutos depois, todas já estavam reunidas na sala comunal. O clima era diferente. Era um dia diferente. Uma vida diferente.

Mal sabiam eles o futuro que iam seguir e o rumo que iam tomar...

- Vamos descer logo que eu não quero deixar o meu gatinho esperando! - Gina puxou Victorya, a fazendo tropeçar com a sandália, em cima de um garoto. Era engraçado, mas... Nunca o tinham visto lá.

- Desculpe! - Vctorya ficou envergonhada.

- Não tem problema. - uma voz suave, grave, rouca, e ao mesmo tempo sedutora saiu da boca do rapaz. - Você precisa de ajuda?

- Não precisa, obrigada. Qual é o seu nome?

- Thomas. Thomas Barker.

Foi a última coisa que Victorya escutou. Gina a tinha puxado, falando que não queria se atrasar...

- Gina! É ele! - a garota gritou pelo corredor.

- Ele quem? Anda Vicky! Não quero deixar Draco esperando. Ele disse que tem uma surpresa pra mim!

- Eu escutei! - ela falava frases desconexas.

- escutou o que Vicky?

- Sabe quando você escuta ‘sininhos’, ou uma musiquinha ao fundo, quando você descobre “aquela” pessoa?

- Você bebeu!

- Não! Eu juro!

Gina riu descontrolada.

- Só você mesmo pra me fazer rir!

- Sabe aquela musica “Mandy”?

- Não me fale dessa música. Eu vivia escutando ela quando tava de fossa por causa do Draco há um tempo atrás...

- Então! Eu escutei essa música! Não foram apenas sininhos!

- Acho que isso foi algum efeito colateral do tropeço que você deu!

Estranhamente a outra se calou...

Havia muitas pessoas no saguão... Ao pé da escada estava um louro de olhos acinzentados que cintilaram ao ver Gina...

- Oi amor! - Gina pulou no colo de Draco, deixando Vicky descer as escadas sozinha e correndo os degraus abaixo.

- Uau! Como você está linda. - trocaram um beijo apaixonado logo em seguida.

Na visão de todos, os dois se completavam.

As madeixas de Gina cobriram o rosto de Draco, o deixando confuso quando pararam de se beijar.

- Você também está! - e não deixando a curiosidade de lado... - Você disse que tinha uma surpresa pra mim...?!

- Tinha não. Tenho... Mas só vai saber o que é mais tarde. Primeiro vamos aproveitar a festa!

- Oi Draco. - Vicky cumprimentou desolada.

- Oi! - ele a abraçou com amigavelmente.

- A Gin não fica com ciúme? - Vicky brincou.

- De você não.

Ela deu um beijo na bochecha dele.

- Como você está? Estava preocupado com você.

- Bem. Depois a Gina te conta tudo.

- Bem, vamos entrar? - ele deu o braço às duas. Uma de cada lado. - Acho que todos vão morrer de inveja de mim.

- Por que seu convencido? - Gina brincou o beliscando de leve.

- estou com as duas mais gatas da festa! Isso não é motivo?

- Pensando bem, achamos que é! - os três riram, entrando no Salão Principal.

Aquela noite ia marcar para sempre...

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- Dali chefinha! - Simas pulou nos ombros de Hermione, o que a deixou extremamente alterada.

Respirando fundo, ela não se segurou e começou a batê-lo e chuta-lo, gritando absurdos...

- Filho da puta! Desgraçado! Nojento! Seu porra! Pau no cu! - Nisso, o garoto divertia-se, pulando de poltrona em poltrona. Ria, enquanto Hermione se descabelava, tentando pular atrás de Simas, até que Harry a puxou pelo braço, com delicadeza.

- Hey! Calma Mione! - Ele sorriu, mas quando a encarou, quase teve um troço.

“Que roupa é essa Hermione?” - logo ele a agarrou, tentando a cobrir dos olhos dos outros.

- Sai de cima de mim! Você vai me amassar desse jeito! - reclamou, o empurrando para alisar a roupa.

- Você não está vendo que todos olham pra você?

- Não! Todos estão olhando pra VOCÊ! Deixe de ser bobo meu amor! - agora ela passava as mãos ao redor dele, o puxando para perto de si. Sua voz era suave e provocante, como uma domadora de leão, tentando adestrar o bichano.

- Precisava você usar “esta” roupa?

- Claro que precisava!

Rony observava a discussão da escada. Resolvera que ia à festa, e o que tivesse que ser seria. (Ou melhor, O que a autora, diga-se de passagem, mais que surtada, da fic quer que seja! Hehehe).

- Mas todos estão olhando pra você. Você sabe que eu não gosto disso.

- Todos estão olhando pra mim, inclusive você. - ela sorriu - Eu não quero que os OUTROS olhem pra mim, e sim VOCÊ. - na pausa, ela o olhou profundamente. - Quero que você me olhe, me pegue... - aproximou ainda mais os corpos e os rostos. - e me beije.

O casal beijou-se com segundas intenções...

Só de pensar em tê-la novamente em seus braços, um estremeço perpassou seu corpo.

Depois de um beijo quente e apaixonado, e com sabor de desculpas, Harry a guiou ao Salão Principal, de certa forma, deixando parte de sua vida para trás.

Rony os seguiu sem falar nada, e apenas pensando o que seria de seu futuro...

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- Uhu! Hogwarts estava mesmo precisando de uma festa assim! - Gina e Draco tinham resolvido ir dançar. A festa estava super agitada, ao som de baladinhas rápidas, que não deixavam ninguém parado.

Talvez só uma pessoa estivesse desanimada...

Victorya olhava de um lado para outro, procurando Thomas. Ela não sabia ao certo se realmente vira o rapaz...

- “Será que foi miragem?” - ela continuava pensando, quando foi acordada de seus devaneios, por Hermione e Harry.

- Por quê está sozinha? - Harry perguntou.

- Porque eu to afim. - respondeu seca.

- E por que você está afim? - Hermione o cutucou tentando o fazer para com a brincadeira.

- Porque prefiro ficar sozinha, a escutar besteiras de homens idiotas e imaturos como você!

- E por que você prefere...

- Harry chega! Pára de encher a garota! - Hermione enterrou a unha em seu braço.

- Ok. Vou pegar sangria...

- Pega duas taças! - Vicky falou.

- Tem mais alguém com você?

- Não. Eu vou tomar sozinha. - terminou com um sorriso fechado.

Enquanto observavam o rapaz se distanciar, Hermione fez a pergunta à Victorya...

- O que houve? Mais cedo você estava melhor...

- Eu estou bem!

- Acho que esse virou o seu lema! Você diz isso desde que saiu daquela torre!

- Vocês: Gina, você e Norah são as pessoas mais importantes pra mim. Eu aprendi e mudei muito esse ano...

“Como se as nossas vidas se cruzassem em um momento de surto e desequilíbrio. Foi uma coisa tão perturbada e turbulenta, mas nós nos unimos... Eu descobri coisas fundamentais e perdi pra ganhar. Não sei se me entende, mas... Eu me sinto como se algo estivesse conspirando ao nosso favor. Como se nunca mais fôssemos nos separar”.

- Eu entendo. Nunca tive uma amiga. Só a Gina! Eu achei que não fosse gostar de você. Talvez por ser igual a sua irmã fisicamente eu tenha confundido um pouco as coisas. Mas realmente, as coisas mudaram pra melhor.

- E agora, tudo muda de repente. Eu não tenho mais o Sean! Até o ano passado, eu vivia brigando com ele! Armando barraco e fazendo de tudo pra ser uma Delta Witch... Uma boa irmã. Agora eu decidi que não quero mais... Vou me mudar, trabalhar, me estabilizar, desgrudar dos meus pais e irei decidir o que fazer realmente da minha vida.

- Não se preocupe. Nunca nos separaremos... Eu também vou mudar. Vou mudar e terminar... Vai doer, mas eu tenho que fazer uma coisa...

- O quê?

Harry já estava voltando à mesa...

- É melhor falarmos depois.

- Uau! Que silêncio. Falavam de mim?

- Não. Só falo de pessoas significantes. - brincou Victorya, pegando duas taças das mãos de Harry. - Tim, Tim! - ela levantou a taça e de um gole só bebeu todo o conteúdo.

Hermione balançou a cabeça descrente do que vira, e Harry apenas a seguiu.

- Um brinde à minha doce e sexy Monitora Chefe. - ele a olhou nos olhos, sorrindo.

Era duro saber o quanto ele a amava. O quanto era importante para ela...

- Obrigada. - ela levantou a outra taça.

- Oi! Estão brindando à que? - era Luna.

- Luna! - Victorya levantou e a abraçou, surpreendendo e fazendo a garota assustar-se.

- O que foi?

- Precisamos conversar. - V, saiu da mesa, deixando Hermione e Harry a sós. Hermione guardou mentalmente de lembrar-se de agradecer à Victorya por deixa-la sozinha com Harry.

- Vamos dançar ou quer ficar aqui? - ela perguntou, alisando as mexas coloridas em seu cabelo.

- Eu quero falar com você. - ela disse séria.

- O que houve?

- Você sabe que eu te amo mais que tudo nessa vida.

- Sei.

- E que eu só quero o seu bem.

- Também sei.

- Humm... Não sei a melhor maneira de falar o que tenho pra falar, senão dizer que temos que terminar por aqui.

- O quê? Eu acho que não escutei.

- Você recebeu várias ofertas de emprego ultimamente e acho que deve explora-las melhor, de forma que um relacionamento não deva interferir e...

- Você está brincando! Do que está falando? Se eu tiver que explorar alguma coisa vai ser ao seu lado! Pra sempre! Chega desse assunto.

Hermione olhou pro lado. Não queria que a visse chorando.

- Acho que pelo menos devemos dar um tempo. Um tempo pra você, pra mim, e...

- Você gosta de outro, é isso?

- Eu poderia falar que sim, mas não é isso. Acho que a nossa vida vai mudar tanto, que não sei ao certo o que será seguro ou não fazer.

“Desculpe, mas eu estou tão confusa... Desculpe Harry”.

- Não tenho do que te desculpar. Talvez eu tenha mesmo que viajar, mas quero que venha comigo. Você promete que não vai chorar e que vai ficar do meu lado até ficar bem velhinha, segurando em uma e fazendo carinho no seu velho? - zombou.

- Não brinca seu idiota! MEU idiota. - um beijo seguiu-se de outro, que se seguiu de outro, que seguiu...

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- Draco... Eu estou cansada. - Gina reclamou.

- Aquele enjôo de novo?

- Hum-hum.

- Você me disse semana passada que a sua menstruação estava atrasada...

- Eu. Não...

- Será que você está grávida Gina? - ele tinha um sorriso permanente de orelha a orelha.

Ela sorriu espantada...

- Isso só serviu pra completar a minha felicidade.

- Como?

- A minha surpresa pra você, era isso aqui olha... - ele pegou uma caixinha aveludada no bolso da calça.

- Draco...?

- Iremos nos casar semana que vêm, e logo vamos viajar. Que tal? - soou sedutor e determinado.

- EU TE AMO!!!!!!!!!!!!! - Gina gritou pra quem quisesse ouvir, em meio ao Salão Principal. Lágrimas de felicidade escorriam pro seu rosto, e foram enxugadas por beijos salgados e acalorados que o casal trocou. Era com ele que ela seria feliz...

Pra sempre.

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Uma chuvinha rala escorria pelos terrenos da escola.

Deitada em um banco, Victorya relembrava momentos que vivera em Hogwarts. Era engraçado como em um ano só, uma vida podia mudar tanto...

- Com licensa. - uma voz masculina se aproximou.

Um pouco assustada, e cabelo solto e penteado desfeito pela chuva, ela teve certeza de que escutara aquela vós mais cedo.

- Quem é?

- Thomas.

Ele sentou-se ao seu lado. Era moreno claro, olho azul escuro, cabelo castanho claro... (humm... opps, a autora tah ficando louca só de pensar).

- Nunca te vi na escola. - ela não o encarou.

- Não sou estudante.

- E o que faz aqui? - perguntou interessada.

- Estou inspecionando a escola. Trabalho no Ministério.

- Inspecionando? Por quê? Achava que o Ministério tinha parado de interferir em Hogwarts faz tempo! - levantou abruptamente com uma cara séria, parecendo estar nervosa e gritando com o rapaz.

- Uau! Calma. O Ministério não está interferindo em Hogwarts. Lembre que no último ano, uma escola pegou fogo.

- Ahh... Desculpe. - agora estava envergonhada. - Bom, acho que vou entrar... Humm, se não se importa.

- Eu nem sei o seu nome. - o rapaz levantou, passando a mão no cabelo molhado.

- Victorya.

- Humm... - parecia pensar em algo.

- Eu estou com frio. - ela cruzou os braços, tentando aquecer-se de alguma forma. - Vou entrar. Tchau.

Enquanto ela seguia o caminho, refletindo sobre o que acabara de fazer, voltou a olhar pra trás.

Ele a estava seguindo.

Se isso era bom, ou mau sinal, ela não sabia, mas não acreditara totalmente em que ele trabalhava para o Ministério, afinal, se trabalhasse, não falaria!

Ao chegar no saguão de entrada, encontrou com Draco e Gina se beijando novamente.

- Ohh mundo cruel! - disse para si mesma, subindo as escadas e sem falar com o casal, indo direto para o quarto.

Ao chegar em um corredor escuro e deserto, escutou barulho de passos, logo sacando a varinha.

- Quem está aí?

Ninguém respondeu.

- Alguém? - olhava em todas as direções.

Novamente, nada.

- Acho que estou ficando malu-CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Ai Lindsay!

- Desculpe! Shhhh. - Lindsay saiu de trás de uma estátua.

- O que faz aqui escondida garota? - perguntou ofegante e colocando a mão no peito, tentando se acalmar.

- Não estava escondida. Eu só queria falar com você.

- Comigo? Queria falar comigo, escondida atrás de uma estátua?

- Sim. Com você ainda acho que consigo falar, agora com a sangue ru...

- Lava a sua bicheira, que você costuma chamar de boca, antes de falar de Hermione. Entendeu bem? - Victorya puxou o cabelo da adversária.

- Ai! Lagar o meu CABELO! Eu só quero “falar” com você.

- Fala logo! Estou cansada.

- A festa nem começou!

- Fale logo. Não tenho o tempo todo. - disse sem paciência alguma.

- Quero que me diga o que acontece entre Norah e Rony. - cruzou os braços e levantou o queixo.

- O que ganharia te falando? Não aprendeu nada desde o começo do ano Lindsay?

- É pecado querer saber se você tem chance com a pessoa que você gosta?

- Ha! - Victorya riu descrente.

- Eles estão namorando ou não?

- Não sei.

- Sabe!

- Não sei! Quer saber, por que não pergunta ao Rony? Vai lá! Se der sorte, a Norah pode estar lá pra quebrar novamente deu nariz perfeito. Agora saia, porque não posso, e não quero perder meu precioso tempo com você. - Victorya a empurrou, tendo a impressão de escutar uma risada abafada, no fim do corredor, mas novamente não era ninguém.

Voltou a seguir seu trajeto, até chegar na mulher gorda.

- Senha, por favor!

- Crocito de corvo. - o fez desanimada, subindo as escadas para o dormitório, vazio àquela hora, algumas pessoas, do quinto ano pra baixo, perguntaram como estava a festa. Ela os despistou e entrou no quarto vazio...

Aquele era o dia mais e feliz, e ao mesmo tempo mais triste de sua vida...

*****************************************************

- Rony? - Norah chegou perto da mesa onde o “namorado” estava.

- Norah? - pareceu surpreso, mas feliz. - Achava que estava brava comigo.

Ela se sentou...

- Estava. Pode ser um pouco meloso o que vou te falar, mas eu vivo sonhando com você, não consigo viver vendo você triste e confuso pelos cantos, não consigo imaginar minha vida mais sem você. - ela prendia o choro, como se fosse melhor não se entregar totalmente a ele.

Rony continuou a olhando. Não disse nada.

- Você deve estar me achando uma idiota. Pode falar que eu não o conheço direito, e eu...

Ele a pausou com um beijo, que começou com um leve selinho, e logo, confudiam-se corpos, ao som da balada.

- Eu também quero ficar com você. Não quero mais ninguém, eu...

- Shhh... - ela colocou o dedo indicador sobre os lábios macios de Rony. - Não quero que diga que me ama.

- Eu não ia dizer... Ia fazer.

***

Já eram duas horas da manhã e a festa ainda bombava.

- Pára Harry! Temos que voltar. - Mione tentava disfarçar, mas estava morrendo de vontade de ficar ali, atrás da moita molhada pela chuva, horas mais cedo.

- Não. - a segurou pelo tornozelo. - Você fica! Já fez demais por hoje. - disse provocativo, ficando novamente em cima dela, beijando de leve seu pescoço.

- Eu preciso ver como andam as coisas! - tentou se soltar. Depois da última experiência, agora tinha trauma de que a prendessem, mesmo se fosse para brincar ou qualquer outra coisa.

- Só se me prometer que voltamos pra cá depois. Temos alguns assuntos pendentes. - cedeu.

- Nossa Sr. Potter. Como você não é nada interesseiro! Parabéns! - riu.

- Vamos então. Não quero demorar... - a ajudou a levantar.

- O que fará amanhã? - caminhando de mãos dadas em direção ao castelo, não falaram nada, até Hermione recomeçar a conversa.

- Tem algum programa em mente? Eu estava achando que poderíamos...

O resto, ela mal escutou. A única coisa que queria pro resto de sua vida, era não se separar dele e compartilhar sua felicidade e alegria com Harry. Vê-lo sorrir daquele jeito a fazia flutuar como se estivesse em uma nebulosa. Não havia gravidade que a segurasse ou algo que a prendesse quando estavam juntos. Era tudo tão mágico, certo e ao mesmo tempo tão irracional... Sempre gostara dele, desde naquela cabine, onde o vira pela primeira vez, sua história começou a ser escrita. Nascera ali, em Hogwarts, onde tudo ia acabar a menos de vinte e quatro horas.

Mas o sonho não estava acabando...

Apenas um começo brutal, ou até mesmo, um brutal começo...

(kkk... adoro filosofar - huahauhauahauahau - Maddie fikando loukkamente piegas!).

- Mione?

A garota acordou de súbito. Ao ver já estavam em frente à porta de carvalho do Salão Principal.

- Hum? O que aconteceu? - perguntou anda aérea.

- Eu que pergunto! Você me deixou falando sozinho e quando vi já estávamos aqui e você dormindo acordada... Você parece preocupada, o que aconteceu? - perguntou, alisando seu rosto.

- Nada... Posso te dizer uma coisa?

- Diga duas. - a abraçou, encostando-a na parede.

- Na verdade são três coisas.

- Não acha que está querendo abusar não? - suspirou em seu ouvido a fazendo tremer involuntariamente.

- Eu te amo.

- Eu sei disso! E eu também te amo. - declarou a olhando nos olhos.

- Mas agora eu estou falando sério.

- E quando disse da outras vezes não falou sério?

- Falei. Mas dessa vez, é mais do que sério.

- Então eu digo muuuiiiitoooo mais que sério que eu também te amo e que quero me casar com você e ter doze filhos lindos com você.

- DOZE? Ta me chamando de parideira é? Huahuahuahua. Isso já é um pedido de divorcio antes de nos casarmos!

- Eu NUNCA vou me separar de você...

Quando iam dar um beijo, escutaram um burbúrio no salão da festa.

- Eu não disse que tinha que voltar? - ela saiu correndo pra ver o que tinha acontecido.

Era impossível a passagem pelo meio dos estudantes. Um aglomerado de gente, em volta de algo ou alguém.

Com muito empurra-empurra, puxão de cabelo e pisadas no pé, finalmente estava lá. Ao contrário do que todos achavam, Hermione gostou do que viu...

- Vai Norah! Acaba com ela!

- Hermione! Cadê o Harry! Preciso da ajuda dele. - era Rony desesperado e suando descontrolado. Só ele parecia querer apartar a briga de Lindsay e Norah.

- Ele ficou lá pra trás. Onde será que está o Professor Dumbledore? - procurou, não muito preocupada. O que queria ver mesmo, eram os dois olhos de Lindsay bem roxos.

- VACA!

- PIRANHA, LÉSBICA, ORDINÁRIA! ELE É MEU!

Hermione não resistiu...

- Troca a fita minha filha. Ou não tem criatividade pra xingar as pessoas? HUAHUAHAUAHUAHAUAHAUAHUAHAUAHU.

- Agora você vai ver sua... - Lindsay voou pra cima de Hermione, que desviou, deixando-a cair no chão, aos pés de Sean, que a ajudou levantar-se, mas não para leva-la embora, e sim para assistir a briga.

Haviam apostas entre casas pra saber quem ia ganhar.

- Você não devia ter mexido comigo! - bradou cuspindo um pouco de sangue. Norah a tinha socado na boca, quebrando dois de seus dentes.

- Então vem pra cima da gente! - Norah provocou. - Vem, cadelinha sem raça definida.

- VIRA LATA É SUA AVÓ! O Rony é meu!

- É meu!

Nenhuma das duas partes atacaram, estavam apenas ameaçando, até que Hermione foi atingida por um chute na barriga, gritando de dor.

- Aahhhhhhh! Você me paga! - ainda dobrada em direção ao chão, conseguiu se levantar e com o pé esquerdo, chutou o dedão do pé de Lindsay e a puxou pelos longos e sedosos cabelos. Ao fazer isso, Hermione não tinha notado, mas todos estavam rindo.

Um amontoado de cabelos louros caiu no chão.

- Ahahahahahahahhahahahaha! - risadas por todos os lados. Lindsay não sabia o que fazer.

- Você usava peruca! Sabia que não aceitavam meninas de cabelo escuro no concurso pra ver quem ganharia uma vaga na irmandade, e tinha inveja de mim e de todas as garotas que tinham possibilidade de passar na seleção.

- É mentira! - tentou se defender.

- Não! Não é mentira. Você sabia que se não fosse pelo talento ou pela inteligência, que você não tem, ninguém, pelo menos que não fosse mais ou menos bonita e nos padrões aceitados pela liga das irmandades naquela época, não entraria!

- É! Você é uma fraude Lindsay Newkirk! - Hermione sorriu triunfante.

Água marejava em seus olhos...

- Não fale do que não sabe Hermione Granger. - disse com os dentes cerrados. - Você trincou meu dedo!

Quando iam voltar à briga, e ao Hermione voltar a torcer o pé e Norah se jogar em cima de Lindsay pra puxar seu verdadeiro cabelo, uma mão pesada, desceu ao ombro de Lindsay.

Além de tudo, aquilo era a pior coisa que poderia acontecer àquela noite.

- Linday. Levanta, agora! - Sirius apareceu de súbito, assustando á todos. - Vamos pra casa. - ele a puxou pela orelha, a levantando.

- Ai pai! Aiiiii! Ta doendo!

- É pra doer. - ele voltou-se a Norah e Hermione.

“Não se preocupem. Ela termina de apanhar em casa... Vejo você e Harry depois Hermione”.

Todos riam dela, que se debulhava em lágrimas, como nunca fizera na vida. Sirius seguiu com a filha, sem precisar pedir licença, atravessando e saindo pelas portas do Salão Principal.

- Norah! Você poderia ter relevado! - Rony respirou fundo e foi ajudar a amiga e a namorada a levantarem. - E você Hermione, porque entrou na briga?

- Humm. - Hermione fingiu protestar.

- E VOCÊ Ronald Weasley! Porque não interferiu? Enh? Tava com medo é?

- Não! Claro que não, só que... só que...

- Tá. Tá. Tá. Quero ficar sozinha. - a garota saiu do Salão Principal.

- Vocês homens viu! São todos iguais! Só mudam a varinha e o endereço! - Hermione bufou.

- Eu não fiz NADA!

- Ahhh! Coitadinho. É claro que não fez nada! Você é um frouxo Rony!

Hermione também saiu batido pelo Salão Principal, deixando Rony xingar sozinho.

Harry que era bom, nada. O corredor estava vazio.

Ela continuou parada ali. Imóvel, quando levanto um enorme susto... Seu coração estava pra sair pela boca.

- “I’ll always look back, as

I walk away/ This memory will last

For eternity/ And all of our tears

Will be lost in the rain/ When I find

My way back to your arms again/

But until that day you know you are

/ The Queen of my Heart.”

- O que foi isso Harry? - sorriu assustada. - Onde você estava? Essa música...?

- Eu sei que eu como cantor sou um ótimo médico, mas você disse uma noite pra certa pessoa que adoraria ser surpreendida por essa música por alguém que amasse realmente você, então...

- Eu mato a “V”. To falando sério! - sorriu sem graça.

- O que aconteceu por aqui? - Harry olhou a sua volta, surpreso, e à roupa de Hermione, que estava mais bagunçada que antes.

- Você não cruzou com o Sirius por aí? Onde você estava?

- Sirius? Ele está em Hogwarts?

- Sim... - sorriu mais uma vez, triunfante.

Nesse mesmo momento, Rony passou pelo casal sem dar qualquer palavra, e subiu as escadas.

- O que houve com ele?

- Nada. Depois conversamos.

- Pra você estar sorrindo desse jeito e toda desarrumada... - Harry fez uma cara assustada. - O SIRIUS DEU EM CIMA DE VOCÊ?

- Quem me dera! - disse baixo, mas não tão baixo o bastante.

- O QUÊ?

- Nada! Claro que não seu bobo! Você acha que o seu padrinho daria em cima de mim?

- Acho! - disse com convicção. - Quer dizer... Não tenho certeza.

- Deixa de ser bobo! - ela o agarrou, segurando seu pescoço e tascando um beijo molhado e quente em sua boca.

- Ainda acha que eu daria bola pra ele?

- Bem... Acho que não. - riu tolamente. - Mas quero que me conte tudo o que aconteceu.

- Certo. Vamos para o quarto... No caminho eu te conto.

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- Vickkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkyyyyyyyyyyyyyyy! Eu te mato! - gritou Hermione ao entrar no quarto.

- Que foi, sua louca? - Vicky assustou-se.

Norah estava rindo em cima da cama da amiga, quando Hermione chegou.

- Você contou ao Harry da música!

- Ele me perguntou o que eu achava que poderia te surpreender. Eu só falei.

- O que ele fez? - perguntou Norah interessada.

Hermione sentou-se ao lado da cama e contou a surpresa do namorado.

Só foram interrompidas por Lindsay, que entrou no quarto batendo a porta atrás de si, sendo aberta segundos depois, por Sirius.

- Arrume suas coisas rápido. - parecia mais tranqüilo.

Victorya saiu de baixo das cobertas.

- Oi Hermione, oi garotas. - sorriu sedutor. Não que quisesse, mas soava sedutor até mesmo dormindo. (Q fofixxxxxx! Amu o Siriusssssss! XDDD).

- Olá.

- Oi.

- Oi Snufles. Já falou com o Harry? - Hermione perguntou, tentando manter um diálogo. O clima não estava dos melhores.

- Ainda não. Prefiro conversar com ele amanhã... - continuava observando Lindsay. - Vamos logo Lindsay.

Não havia como continuar a conversa, então, Norah e Victorya seguiram para suas camas, indo dormir... A noite tinha sido exausta.

Logo que Lindsay fechou as malas, Sirius as puxou pela alça, dando boa noite pras garotas, e empurrou Lindsay pra fora do quarto.

As três ficaram um pouco em silêncio, até Vicky decidir falar...

- Ai que Deus! É claro que eu vou ter uma boa noite!

Não agüentando mais, Hermione e Norah acompanharam a outra com altas e escandalosas risadas...

*****************************************************
Ao Harry entrar no quarto, não vira nem sombra de Rony, decidindo deitar-se logo, com roupa e tudo... Infelizmente sua noite não terminou como queria, mas... fazer o quê?

- Harry?

O rapaz levou um susto tão grande que sua alma quase saiu do corpo. Uma voz alta e embargada viera do outro canto do quarto.

- Rony? Não sabia que estava aqui... Você me deu um susto.

- Desculpe.

Os dois ficaram um pouco em silêncio...

- Soube que fez as pazes com Norah. - Harry abafou a risada.

- Pois é. Fiz e deu no que deu... Onde você estava na hora da briga?

- Resolvendo um assunto.

- Ahh.

- Vocês não brigaram de novo não, né?

- Claro que não, mas... não sei como vai ser daqui pra frente.

- Humm... É por isso que você está assim? - Harry perguntou, esfregando os olhos.

- Assim como?

- Ué... Parece preocupado.

- Não, não é com isso. Esquece.

Notando que o amigo não queria falar, ele resolveu ficar quieto e mudar de assunto.

- Você viu aquele cara lá embaixo?

- Que cara? O Tom?

- Como sabe o nome dele?

- O ouvi conversando com um pirralho lá embaixo.

- Ok.

Não havia mais assunto para falarem. Com o silêncio morno, Harry foi fechando os olhos, suas pálpebras cansadas cederam ao sono, e imagens difusas aparecendo em sua mente...

Uma garotinha de olhos verdes. Devia ter uns quatro anos... Tinha os cabelos negros e era branquela como a neve. Era difícil ver sua face totalmente... Estava a empurrando no balanço de brinquedo.

Antes de o veludo negro encobrir usa mente, ela o chamou de “papai”.

****

Fazia uma manhã quente. O sol batia em todas as janelas do castelo. O clima era de alegria e descontração, até mesmo, quando eram acordados por gritos ensurdecedores...

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH! FEEEEEEEECHHHHHHAAAA ISSSSSOOOOOOO! - Victorya gritou de sua cama. A cortina aberta, e o sol batendo em seu rosto pálido.

- CALA A BOCA GAROTA! - uma almofada voou do outro lado do quarto, acertando seu rosto. A voz parecia ser de Lilá.

- Hey! Dá pras duas pararem aí! Eu quero dormir! - Norah manifestou-se, colocando a cabeça embaixo do travesseiro.

- Bom dia garotas! - Hermione se espreguiçou e bocejou. Estava extremamente sorridente.

Decidiu sair logo da cama, pegando a toalha e a roupa, antes de ir ao banheiro.

Foi tirando a roupa, pensando em como seria bom seu primeiro dia em casa. Sozinha. Sem pais, e avós para encher o saco. Levou um susto e gritou, quando a porta do banheiro bateu.

- Calma! Sou eu! - era Victorya.

- Nossa! Hoje você mal acordou e já começou a assustar todo mundo! Ta maluca menina?

- Eu odeio sol. Minha pele é sensível à radiação solar. - zoou.

- Hahaha. Coitada! Huahuahauahuahaua. - Hermione divertiu-se.

- Já sabe o que vai fazer quando chegar em casa?

- Vou arrumar meu apartamento. E você?

- Vou pedir um.

- Hã? - Hermione não entendeu.

- Tenho que sair da irmandade. Acabo a escola hoje. Hoje acaba meu prazo, e então, como a... como é mesmo o nome dela? Bree! Lembrei! Como minha irmã ganhou um dos meus pais, eu vou pedir um pra mim também.

“Depois quero sair pra comprar umas coisinhas pra mim. Não quer ir junto?”

- Humm... Não tinha pensado. Pode ser!

- Vou chamar Gina também! Ela viaja semana que vêm! Precisamos ficar juntas pelo menos por um tempo!

- Que bom! - Hermione abriu a portinha do box. - passa a toalha pra mim, por favor!

- Toma.

- V!

- Fala? - Victorya tirava a roupa para entrar no banho.

- Você não me contou porque estava estranha por esses dias...?

Vicky não falou nada...

- Eu gostaria que confiasse em mim.

- Podemos conversar depois Mione? Eu não gostaria de tocar, pelo menos agora, nesse assunto.

- Ok. - sua voz saiu abafada. Estava colocando a blusa.

Agora se escutava somente o som da água caindo no chão de azulejo branco.

- Eu vou sair... Aqui ta muito abafado. Nos vemos lá embaixo.

- Certo. Eu também já estou saindo. - Victorya pegou uma toalha à sua direita, e saiu do banho logo após Hermione. Não tinha pego roupa alguma, apenas com um toque da varinha, vestiu uma calça jeans, pois não gostava de short, e uma regata rosa choque, sua cor favorita, saindo do quarto em silêncio, sua bagagem já arrumada, e de cabelos molhados.

- Eu sempre me esqueço desse feitiço! Não sei porque. - disse Hermione, batendo com a mão, na cabeça.

- Mione? - V, parecia sem graça.

- Não precisa dizer. Acho que se não quiser contar, tem o direito. Só gostaria que confiasse mais em mim, afinal, somos amigas! Ou não?

- Somos, e... - Victorya pausou no instante em que viu à sua frente, sentado em sua poltrona predileta, o tal do Thomas...

- O que faz aqui? Será que não poderia inspecionar em outro lugar? - não sabia porquê, mas sua presença a incomodava.

- Na verdade, eu não sou do Ministério. - ele parecia hipnotizado ao vê-la.

- Eu sabia! Hermione corra! Vá chamar o diretor rápido!

- Não! Por favor! - ele disse a Hermione. - Eu posso explicar.

- Então fale! - as duas cruzaram os braços, com as varinhas em punho.

O Salão Comunal estava deserto.

- Eu fui contratado. O Professor Dumbledore sabe que estou aqui.

- Contratado pra? - Hermione estava sem paciência.

- Para seguí-la. - olhou diretamente para Victorya.

- Por quem? - Victorya apertou os olhos sem paciência.

- Por sua mãe. - disse sério.

- COMO??? - disse indignada. - Eu não preciso de babá, muito menos de segurança. Sei me cuidar sozinha.

- Não tenho dúvida, senhorita, mas preciso fazer meu trabalho.

A garota respirou fundo.

- Nunca mais me chame de Senhorita, e muito menos queira me seguir.

- Esse é meu dever Senho... Esse é o meu dever.

- Está dispensado. Depois peça à minha mãe pagar-lhe o resto.

- Não posso deixa-la sair sozinha.

- Mas eu VOU sair. Vamos Hermione! - puxou a amiga pelo pulso e saíram rápido pelo retrato da mulher gorda. - Ta vendo porque tenho que sair da casa? Sou maior de idade! Isso é um absurdo! - o cabelo pingava corredor afora...

***

No Salão Principal...

- Então foi isso. Essa é a história... Só peço pra que não conte a ninguém. - Victorya conversava sentada á mesa com Hermione. Haviam poucas pessoas no salão, já com a decoração normal...

Hermione chorava.

- Por que não me contou?

- Não precisa chorar Mione! Já passou... - ao olhar pro lado...

“Ahhh não! Até aqui ele vai ficar!”

- Venhamos e convenhamos que até eu ia querer um gato desse me seguindo Vicky! - Hermione sorriu.

- Preferia que estivesse atrás de mim fazendo outra coisa. - a outra sorriu maliciosa.

- Huahuahuahuahauahau! Você não presta V!

Foram interrompidas por Gina.

- Oi amigas! - estava radiante.

- Não te vimos desde ontem.

- Estava aproveitando minha noite com o meu noivo. - um sorriso de orelha a orelha estampava seu rosto.

Logo, mostrou a mão às amigas...

- Que anel lindo Gina! - Hermione vibrou.

- Que tudo!

- É. Ele tem muito bom gosto. E você deveria se mancar também Vicky. Olha aquele gato de olho em você o tempo todo! - Gina apontou para Thomas.

- Sabe “aquele gato” como você diz?

- Foi nele que você esbarrou ontem, não foi?

- Foi. E pelo jeito ela vai esbarrar muito mais vezes, não é mesmo V? Huahauhauahauahauahua!

- Muito sem graça “Senhorita” Granger.

- Não estou entendendo nada. - Gina olhava da cara irritada de Vicky, a Hermione que se matava de rir.

- Minha mãe o contratou pra me seguir. Agora eu tenho babá. - murmurou chateada.

- O QUÊ? HUAHAUAHAUHAUAHAUA.

- Pára caralho!

As duas continuaram rindo, e logo, Victorya também entrou na brincadeira...

***

Era hora de embarcar no trem. As malas já tinham sido levadas para os vagões. Era onze horas da manhã e o sol estava de rachar.

Victorya estava agarrada em Draco, enquanto Gina conversava com Harry e Hermione. Rony estava isolado. Ainda não tinha se adaptado à idéia de ter um Malfoy em sua família.

- Draquinho! Por favor! Faz isso por mim! - Vicky tentava convencer Draco a esmurrar o segurança gostoso, quer dizer, ao “chato” do segurança que a seguia.

- Quer saber o que eu acho? - ele também a abraçava.

- O quê? - ela o olhava através dos óculos escuros.

- Que ele está é de olho em você. É disso que eu vou te proteger. Você é a irmã que nunca tive.

- Te amo muito, sabia disso? - ela o beijou no rosto, retribuindo sua piscadela.

- O casamento vai ser semana que vêm? - Harry perguntou à Gina. Agora já suportava a idéia de estar no mesmo ambiente que Draco.

- Sim. E tem mais uma coisa. - ela olhou pra Draco. Ele e Vicky tinham voltado para a roda...

Ele a olhava nos olhos e sorriu a incentivando.

- Nós... Nós não, eu...

- Você? - Hermione parecia ter adivinhado o que seria...

- Eu estou grávida!

- GRÁVIDA??? - Rony agora não estava mais calado. - Como, grávida?

- Eu te digo como. - Harry zombou. - Sua irmã e Draco tr...

Mas Rony não o deixou continuar...

- Não quero saber! Ok? Não quero saber!

Todos riram, e seguiram o rapaz para dentro do trem, que já estava pra sair.

Ao som do apito e ao cheiro de fumaça eles seguiram seu caminho, não tendo certeza do que realmente iriam encontrar...

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N/A: Bom...kra, to chorando buáaaaaaaaaaa! Não queria acabar assim! Buáaaaaaa.... kkkkk, acho q naum é pra tanto. Só quro dizer que foi uma experiência maravilhosa escrever essa fic. Experiência taum boa, que só devo agradecer a vocês que leram. Foi mto difícil achar um final pra essa fic, q naum fosse cansativo e que em certa forma, surpreendesse. Espero q tenha agradado. Várias vezes pensei em desistir, mas não. Continuei. Precisava continuar escrevendo o que achava q seria legal. Eu comecei a continuação dessa fic e logo, logo posto ela akki!!
Bjux, bjux^^
Maddie

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