O sonho maluco continua

O sonho maluco continua



Jannifer saiu da sala absolutamente confusa, olhava para as pessoas ao seu redor, será que haviam outras como ela? E se a encarassem como um tipo de aberração? Ela decidiu não contar para ninguém, mas pensando bem, para quem ela contaria? Colocou um jeans e uma camiseta e foi para o jardim, lá já havia um carro Ford velho a esperando.
Quando entrou a diretora lhe deu um sorriso, e a medida que o carro se afastava do orfanato, Jennifer pensava no que mais viria daquela história maluca. Quando saiu do carro, a diretora lhe apontou uma loja, que não estava ali a um segundo atrás, e Jennifer poderia jurar que se ela não tivesse lhe apontado ela não teria enchergado.
Lá dentro havia um homem jovem de cabelos pretos e barba rala, varrendo o chão e quando as duas entraram ele lhes lançou um olhar mal humorado. De trás do balcão, surgiu um homem velho que se sustentava com dificuldade. Passou a mão pelos cabelos brancos e andou até o outro lado.

- Virgínia! Meu Deus, ahcei que morreria sem te ver de novo. - E beijou o rosto da diretora.
- Me desculpe Tom, mas estou a negócios - e apontou para Jennifer imóvel ao seu lado - prometo que voltarei para conevrsarmos.
Passaram rápido pelos dois e entraram em uma sala onde havia uma parede de tijolos. Jennifer virou-se de costas e contemplou um poster de uma marca meio esverdeada, uma caveira e saindo de sua boca estava uma cobra. O desenho começou a se movimentar e Jennifer afastou-se assustada. Quando virou-se viu uma passagem para uma vila pequena e bizarra meio deserta e a diretora a observando.
- Vamos? Não temos tempo a perder! - e empurrou a menina.
Andaram por uma estrada de paralelepípedos por mais ou menos 10 minutos. A cada loja estranha que passava, mais pessoas bizarras vestidas com capas e mais posters. Quando chegaram ao que parecia ser um fim, subiram uma escadaria de pedra que levava a um enorme castelo.
Entrando lá Jennifer deixou escapar um gritinho. Homenzinhos que batiam em sua cintura andavam de um lado para o outro ocupados e anotando mais e mais coisas com penas compridas.
- Este é Gringots. Realmente, não é mais a mesma coisa - e contemplou o lugar - vamos logo!
E andou até um balcão revestido de ouro aonde um homenzinho estava tentando arrumar vários papeis.
- Estamos aqui para...
- Eu sei, pegar ó dinheiro e blá, blá blá... - e olhou para Jennifer pela primeira vez caíndo da cadeira. - Não pode ser? É uma black? Claro que sim, como poderia esquecer esse rosto fino e pálido... Jermy irá levar vocês!
E afastou-se da mesa como se as duas estivessem preste a esplodir. De trás da mesa surgiu um outro homenzinho com orelhas mais potudas e um bigode esverdeado.
- Sentem-se e segurem-se - apontou para um trenzinho.
Jennifer sentou-se desconfortável e se afastou para a diretora se acomodar.
- Hum... Senhora, aquele... homenzinho... disse que eu sou uma... Black?
A diretora simplesmente olhou para ela com naturalidade, mas não pode responder nada, por que o trem começara a se movimentar. A única vez que Jennifer achara que se movimentara tão rápido, fora em uma excursão patrocinada pelo governo que as levou a um parque aquático e Jennifer resolveu ir em uma montanha russa.
Pararam à frente de uma porta de madeira e o homenzinho enfiou o dedo indicador em um buraco ao lado da porta, e girou como se fosse uma chave. A grande porta se abriu e Jennifer deixou escapar um gritinho.
Alí dentro estavam montanhas e montanhas de moedas de ouro, fora isso uma chave velha que se destacava.
- Para que é isso? - apontou para a chave.
- A chave da sua casa!
- Minha casa?! - Jennifer escorregou do trenzinho. - Eu tenho uma casa?
- Bem desagradável, acredite, mas talvez a Sra. Black goste de você... e Montro também - e fez uma cara de nojo. Pegou um punhado de moedas e despejou dentro da bolsa da menina. - Isso deve dar... Vamos?!
As duas e o homenzinho fizeram o caminho de volta e enquanto desciam as escadas, Jennifer deixou escapar:
- O que eram eles?!
- Duendes... Guardam Gringots, é claro que ele não é tão seguro como seria à alguns anos atrás... - E tirou a lista de materiais do bolso. - Vejamos... Primeiro você tem que ir comprar... O uniforme, concerteza alí deve ser o melhor lugar - e apontou para um casebre caíndo aos pedaços. - Enquanto isso, eu vou comprar os seus livros.
Jennifer entrou na loja e uma velha simpática a recebeu.
- Olá, minha querida! Imagino que venha atrás de uniformes?
Ela fez que sim com a cabeça.
- Hogwarts querida?
- Creio que sim - respondeu secamente examinando o lugar.
Depois de examinala por um momento, a mulher arrastou um banco de madeira.
- Suba aí!
Ela obedeceu. A mulher pegou uma varinha em cima do balcão e fez um movimento para trás da cortina e enquanto arrumava o cabelo em um coque, pedaços de tecido se movimentavam no ar medindo-a.
- Primeiro ano querida?
Ela fez que sim com a cabeça.
- Mal momento esse não?! Quer dizer, ninguém mais tem esperanças de que o mundo bruxo ou trouxa volte a ser seguro...
- Trouxa?
- Claro, pessoas não bruxas... Mas é claro que você sabe disso não?! Pois bem, agora que o "eleito" foi morto... Tenho fé em que meus dias estão contados...
Jennifer olhou assustada para a mulher e mal reparou que sua roupa estava quase pronta em seu corpo.
- Aí está - e com outro aceno de varinha, fez a roupa desaparecer do seu corpo e colocou-a em uma sacola. - Um bom ano para você querida!
Jennifer sorriu e saiu da loja. Do lado de fora estava a diretora com alguns livros curiosos (alguns como "Livro Padrão de Feitiços 1ª série", "Defesa contra as artes das trevas em três edições" e outros).
- Gosta de animais? - perguntou esperançosa a diretora.
- Creio que sim - respondeu Jennifer lembrando do dia que tentou criar um rato em cima do armário de roupas.
- Então vamos escolher um para você. - e a arrastou para uma loja que fedia a bosta de cavalo.
Lá dentro havia uma variedade incrível de animais, inclusive uma carismática coruja meio escura que bicou carinhosamente seu dedo como quem diz " Me leve com você!". Jennifer leu a placa em baixo:
" Wingster tem 1 ano e nunca teve um dono, leve ela para casa, eu acho que vocês se tornarão grandes amigos!"
Jennifer sorriu para a placa e pegou a corujinha com cuidado. Colocou em cima do balcão e despejou algumas moedas em cima do balcão. O homem carrancuro que tinha um chapéu listrado na cabeça não reparou, estava lendo um jornal que se movimentava, e a imagem era a mesma dos posters.
- Conliscença, mas o que é isso? - Apontou para a marca.
- Isso? - e riu- é a marca negra criança, vai me dizer que nunca ouviu falar?!
A diretora olhou para ele com uma cara pesada.
Ele olhou para a coruja e as moedas e pegou uma apenas assustado.
- Divirta-se... e colocou um pote de ração em cima do balcão, voltando ao jornal.

Quando sairam da loja, Jennifer olhou para a diretora que continuava calada.
- Parece que faltam poucas coisas, por que você não toma um sorvete ou alguma coisa assim e eu compro o resto?
Jennifer afastou-se e entrou em uma loja aonde haviam algumas mesas e um largo balcão. Era quente e confortável, apesar de ter um cheiro curioso.
Jennifer sentou-se em uma mesinha no canto e observou a neve cair.
- Olá.
Jennifer virou-se e viu uma menina com cabelos curtos e loiros, usando uma capa peta.
- Olá - Respondeu virando-se para a janela.
- Posso sentar aqui? Meu nome é Lisa. vai estudar em Hogwarts?- Apontou para o uniforme na sacola.
- Sim... Jennifer, prazer.
A menina sentou-se e empolgadas começaram a conversar sobre como tinham descoberto que eram bruxas. Para Lisa foi muito mais dificil, seus pais eram trouxas e de início não aceitaram isso, mas depois de um tempo de conversa, voltaram a se entender.

Passaram alguns minutos e a diretora entrou na loja carregada de caixas.
- Vamos Jennifer? Oh, vejo que arranjou uma amiga... Bom, não podemos nos atrasar, tchau!
Jennifer levantou-se e foi em bora, pensando que a qualquer momento ela voltaria a acordar, mas isso não aconteceu...

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