Cuidado com os desejos



_capítulo um_
Cuidado com os desejos



- Ai que inferno! – monologava chegando ao Lago.

Topou com uma pedra logo depois, mas nem se importava; seu dia já estava ruim o suficiente, uma pedra não iria fazer diferença, ainda que sentisse uma dor insuportável. Seus cabelos cor-de-fogo estavam desgrenhados e sujos, sua aparência lembrava um pouco a de Luna Lovegood. Avistou-o de longe e se animou um pouco.

- Nossa, pensei que você não viria. – disse ele ao beija-la com certa surpresa por causa de sua aparência – Que aconteceu com você?
- Apenas duas malucas querendo me matar no corredor porque eu namoro o Menino-Que-Sobreviveu. – disse como se contasse o que tinha comido no café.

Ele soltou uma risadinha nasal que a fez se alegrar um pouco. Era engraçado como ele reagia, ele era perfeito em tudo, até quando fingia não se importar com seus problemas – que eram de longe menos importantes que o dele.

- Você dá essa risadinha, mas depois vai tirar satisfação, como da outra vez. – disse ela apontando-o como se fosse um criminoso.
- Claro! Você acha que vou deixar mexerem com a minha Weasley?
- Tua?
- Minha.

A discussão não foi muito longe, apenas se beijaram. Gina não estava a fim de discutir pela quadragésima quarta vez o episódio do dia anterior, no qual a apanhadora da Corvinal tentou derruba-la da vassoura durante o jogo. Por sorte, Gina não foi parar na Enfermaria; Harry – depois de pegar o pomo – foi tirar satisfação com a garota, que de tão envergonhada e surpresa, saiu correndo.

- Esses quartanistas. – foi a última coisa que Harry falou antes de Gina proibi-lo de reclamar sobre o que aconteceu. Odiava quando ele tentava resolver os problemas dela como se fosse uma criança.
- Eu sei me cuidar sozinha, Harry. – completou deixando-o sem argumentos, pois sabia que se falasse algo, ela ficaria muito furiosa.

Ficaram um tempo em silencio.

- Harry eu sei que você quer cuidar de mim, mas realmente, ficar tirando satisfações com essas garotas não vai adiantar nada. Elas só estão com inveja, nada demais.
- Eu sei. Mas eu espero que você saiba que eu nunca te trocaria por nenhuma delas. – foi quando viu um certo loiro sonserino passar. – E você, me trocaria por alguém, por exemplo, o Malfoy?
- Harry! Claro que não.
- Eu acho bom, senhorita Weasley. Eu morreria se soubesse que fui trocado por uma cobra.

Ambos riram, sabiam que isso nunca iria acontecer, os dois tinham nascido um para o outro, e isso era um fato.
Harry voltou a beija-la, mas as horas passaram rápido demais e eles deveriam voltar ao castelo, ou uma detenção seria o passatempo para o domingo.

- Ah, não, Gina! – disse ele puxando a perna dela, ainda sentado no chão.
- Harry! Anda, a gente precisa ir. – disse ela rindo da atitude dele.
- Hm... Tenho idéia melhor... – ele disse marotamente.
- O que o senhor esta pensando, hein?! – ela perguntou desconfiada, sabia em que o menino estava pensando, ele pedia isso a ela há um tempo, mas ela nunca tinha certeza. Apesar de ela achar que se ele pedisse hoje, ela pudesse aceitar.

“Poxa, o Harry é o homem da minha vida. Nós nos conhecemos há bastante tempo. Não custa, quer dizer, custa, mas nada demais, ne!? Alem do mais, ele ta tão carinhoso, tão lindo. Afinal ele é meu namorado. Ele é meu amor!

- Bem, sei lá, Gina! Eu tava pensan...

Nisso uma coruja chega e entrega um pergaminho a Harry, quando ele ia estender a mão para pegar a carta sentiu as de Gina sobre a sua. Ele olhou pra ela, que estava de cabeça e baixo, mas pode escuta-la dizer:

- Vamos pra sala precisa. – ela disse com um pouco de hesitação. Não sabia se estava fazendo a coisa certa, mas já estava há tanto tempo com ele que decidiu ceder.
- Você tem certeza? – ele perguntou esquecendo totalmente da coruja.

Gina respondeu com um aceno de cabeça e desejava mais do que tudo que Harry não fizesse aquela pergunta mais uma vez, pois seria bem capaz de voltar atrás. Não que não quisesse, só estava com um pouco de medo.

- Então vamos. – ele disse meio atrapalhado, fazendo-a rir baixinho.

Harry deu um beijo rápido na menina e passou um braço por sua cintura. Seguiram à Sala Precisa sem dizer uma palavra; Gina por nervosismo, Harry por surpresa.

Quando finalmente chegaram a porta da sala, Gina falou:

- Harry...
- Hm? – disse ele virando-se.
- Pense num lugar confortável, por favor.

Harry pensou num local totalmente diferente do que queria de verdade por causa de Gina e abriu a porta. Assim como ela, ele teve uma surpresa, pois o quarto era idêntico ao que ela tinha n’A Toca. Não que Harry tivesse pensado no quarto, mas ele queria que fosse confortável pra ela.

- Obrigada. – ela disse sorrindo indo em direção de um guarda roupa idêntico ao dela. Abriu a porta e viu que ele tinha roupas iguais às suas. – Minhas roupas estão aqui.
- E tem uma foto minha na gaveta. – ele disse meio curioso, sentado na cama ao lado da mesinha de cabeceira.

Gina foi até ele um pouco corada e guardou a foto de volta.

- Sim, eu tenho uma foto tua no meu quarto. – ela disse como se respondesse uma pergunta super embaraçosa.
- Não tem problema.

Ele a puxou pra cima da cama e começou a beija-la de forma rápida, urgente. Ele rolou na cama, para ficar em cima da Gina. Ela sem saber o que fazer e insegura, continuava a beija-lo. E ela tava tendo a impressão que cada vez mais Harry queria acabar logo com aquilo. Ele tirava a roupa dela sem pudor e com urgência. Não estava sendo carinhoso, não estava sendo romântico, mas ela não se importou. Quando ele passou a beijar o colo quase desnudo dela, ela murmurou:

- Eu te amo.

Não houve resposta, ele continuava a beija-la e tirar a roupa dela, como se aquilo tudo fosse normal entre os dois. Resolveu tentar de novo, talvez o moreno não tivesse escutado, e ela queria acreditar que ele não tinha escutado.

- Harry, eu te amo – ela falou mais alto, sabendo que agora ele tinha escutado.
- Huh – respondeu o moreno, enquanto tentava livrar-se da saia dela.

Uma lagrima caiu dos olhos dela.

“Eu não sei o que eu to fazendo aqui” Ela pensou com grande tristeza. Não era fácil acreditar que o garoto que ela amava tanto era um perfeito troglodita que mal escutava o que ela falava.

Harry continuava beijando-a desesperadamente, como se ela fosse escapar por entre seus dedos. Gina não se importaria com tal atitude se ele fosse, ao menos, um pouco romântico e atencioso. Ela não estava respondendo aos toques dele, assim como ele não respondia ao seu pedido de atenção.

Gina fitava o teto com grande interesse enquanto ele a beijava perto de sua intimidade. Não conseguia sentir prazer, sentia-se indiferente a tudo, e, antes que ele fosse mais além – e a fizesse se arrepender depois – ela o parou.

- Gina, tire as mãos. – ela estava com as duas mãos em sua intimidade.

Não houve resposta de Gina, esta se levantou e foi até o chão pegar suas roupas, deixando um Harry muito irado na cama.

- Pra onde você está indo?
- Pro meu dormitório.
- Gina...

Ele começou, mas não tinha palavras pra continuar. A garota com que ele estava, havia levantado da cama sem motivos – pelo menos os que ele não conseguia enxergar – e tinha, literalmente, dado meia volta.

- O que é? – ela perguntou já vestida.
- O que você está fazendo? Por que?
- Eu estou fugindo de uma coisa que eu vou me culpar pelo resto da minha vida.
- Hã?
- Você não me ama, Potter. Nem nunca amou. Nem nunca vai amar. Você só começou a se interessar por mim depois que comecei a sair com alguns meninos. – ela disse olhando no fundo dos olhos dele, gesticulando com freqüência.
- Pelas minhas contas foram muitos, Gina; não alguns.
- E isso não é problema teu! O que importa é que... – ela parou para por as idéias no lugar – É que você só começou a sair comigo pra chegar até aqui. O que você ia fazer depois? Dar-me uma desculpa esfarrapada e sumir?
- Gina...
- Confessa, Harry, você só começou a sair comigo porque aposto que seus amigos ficavam falando o quanto eu era... Você nem ao menos disse que me amava quando eu disse para você. – ela disse emendando um assunto no outro.
- Mas eu te amo.
- Cadê esse amor, Potter? CADE!?
- Eu já te disse que te amo! – ele disse ficando de pé.
- O que eu vejo são só palavras vazias, Harry... E eu não encontro nenhuma utilidade nisso... Eu realmente não encontro nenhuma utilidade nessas coisas ocas que você diz.

Gina deu as costas pra ele e ia abrindo a porta, quando sentiu o braço dele a puxando.

- Não faz isso comigo, Gina.
- E o que você vai fazer por mim, Harry?
- Vamos voltar ao que a gente estava fazendo. Esquece isso.

Gina não fez questão de gritar o quanto ele era insensível, não tinha força nem paciência pra dizer nada. Apenas abriu a porta da sala e correu pelo corredor o mais rápido que pode, pois a última coisa que queria era que ele a alcançasse. Além do mais, não queria dar de cara com ninguém.

Enquanto corria pensava nele. Iria esquece-lo custasse o que custar... Nem que fosse com outro, novamente. Pena que nem tudo o que se deseja vem da forma que queremos. Ela topou com a última pessoa que queria ver naquele momento... Não só naquele momento, mas em toda sua vida. Se pudesse escolher entre ele e Harry, escolheria o segundo; mas rapidamente mudou de opinião ao perceber que aquilo não era normal... Havia algo estranho entre eles que ela nunca percebeu antes.

- O que foi Weasley? Acho que você não deveria estar fora da cama há essa hora, ne?! Hum, deixe-me ver... Detenção ta bom pra você? – sem esperar resposta, ele continua, olhando de cima a cabeça ruiva, que estava abaixada – Um dia? Não, muito pouco. Talvez, uma semana. Seria bom, ne?! Isso uma semana na minha agradável companhia.

Draco não pode perceber que ela chorava... Se ele pudesse ler a mente dela...

- Seria formidável. – ela respondeu levantando a cabeça.

O menino tomou um susto. Os olhos vermelhos dela chamavam sua atenção e o atraia para ela para que a confortasse. Queria abraça-la e espantar sua dor.

“Malfoy, o ópio tava bom mesmo, hen.”

- Então ótimo. – ele falou recobrando os sentidos, porém não sabia o que fazer, pra onde ir. Parecia que ela tinha tomado pra si todos os seus raciocínios; só não entendia o porque.
- Ótimo.- ela disse inexpressível olhando pra cara dele.
- Então ta.
- Ta.
- Então...
- MALFOY, SAI DA MINHA FRENTE. – ela gritou de repente, assustando-o.

Ele fez um gesto cínico de cavalheirismo e a deixou passar.

- Sua mal educada.

Foi a única coisa que conseguiu falar; só podia estar drogado, pensou. Aquilo não era normal.

Além de tudo só encontro maluco... A, mas ele me paga... Que grosso... E esse Malfoy... Num tem mais o que fazer...

Draco pode escutar a garota resmungando enquanto andava depressa pelo corredor. Teve uma idéia, assim como ela, na mesma hora.



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N/A
Mila: Poxa gente, foi dificl sair esse capitulo, ne, Mari?! Caraca.... espero que voces realmente gostem... Eu e Mari so continuamos se vcs comentarem, ouviram?!
Mari: É, ow cambada de preguiçoso, pó comentando... senaum a gnt num posta nada. Deu mó trabalhao p fazer isso... COMENTA, ANDA, ANDA.

Bjuss, MM's

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