Primeiro e único capítulo



Severo Snape e a Teoria da Conspiração

- Professor Dumbledore, quero o meu décimo terceiro adiantado. – Snape estendeu a mão para apanhar a sacolinha de galeões – Pretendo fazer uma viajem antes que comece o próximo ano letivo.
- E qual seria o destino? – Pergunta Albus, abrindo a gaveta da escrivaninha – A Romênia, Alemanha ou quem sabe a Rússia, para visitar Igor?
- Não, dessa vez eu vou para o Brasil.
- Brasil? – Dumbledore engasgou a meio caminho de depositar os galeões na mão de Snape - O que tem nesse país que tanto lhe interessa?
- Bom, pelo que eu soube, uma organização de trouxas extremamente complexa, que pode estar praticando, de alguma forma misteriosa, magia negra. Meu palpite é que estes estejam sendo ajudados por nada mais, nada menos, que Lord Voldemort!
- E você tem provas para fazer tal acusação?
- Não, mas os rumores indicam que uma cueca foi magicamente ampliada para esconder dinheiro trouxa dentro. Felizmente o culpado foi pego.
- Nossa! Mas, era só pedir emprestada uma cueca do Hagrid que o problema estava resolvido, não é?
- Sim senhor, mas não tente me embromar e dê logo essa sacola de galeões – Snape deu um pulo e lançou um feitiço, fazendo a sacola flutuar até suas mãos estendidas – Ouvi dizer também que uma “Lula” gigante transmutada em humano está governando aquele país, mas parece que a transmutação não foi bem sucedia...

Snape parte em sua jornada em rumo ao desconhecido e para garantir sua segurança decide ir de jatinho, descartando a possibilidade de ser rastreado por Voldemort. Aparatar no meio do Palácio da Alvorada seria um escândalo, já imaginou se a cabeça fosse e o resto do corpo ficasse? Provavelmente já iriam abrir uma CPI para investigar o caso e o resultado seria: “Tenho culpa eu, presidente?” Tudo acabaria em hipogrifo defumado e só seria uma grande perda de tempo.
Durante o vôo houve um pouco de turbulência, mas o desembarque foi tranqüilo. Após passar na Alfândega e não ser barrado por estar levando uma varinha, seu Kit de Poções e uma cabeça encolhida falante, pegou um táxi e se hospedou num hotel chinfrim da zona de Brasília.
No dia seguinte, o mestre de Poções foi até um prédio que se erguia imponente para a grande Brasília. O prédio em questão funcionava como morada do presidente e centro administrativo do país. Disfarçado de deputado, logo que pós os pés na rampa do Palácio da Alvorada, foi impedido de passar por um grupo de manifestantes Sem Terra, que reivindicavam um pedaço de terra e segundo eles estava sem uso. No entanto, Snape sabia que isso não era verdade, afinal, Mandrágoras eram secretamente criadas longe dos olhos dos trouxas e as plantações eram enfeitiçadas para parecerem apenas um deserto de vegetação rasteira aos olhos dos trouxas. “Tudo no Brasil é tão difícil” pensou Snape.
Depois de uma tarde de investigações e a descoberta de seis Comensais da Morte trabalhando como Senadores e um como Ministro da Casa Civil, além de vários esquemas de corrupção, Snape voltou para o hotel e foi escrever um relatório completo para enviar a Dumbledore antes que alguém ou alguma coisa pudesse descobri-lo em Brasília.
Alguém batia a porta.
Snape descansou a pena e levantou-se irritado. Uma voz feminina e um tanto saliente falou através do vão da porta:
- Senhor, estou oferecendo um ótimo “serviço de quarto” por apenas cem reais. – Snape abriu um tiquinho à porta e o que encontrou fez seus olhos arregalarem. Uma morena alta, branquela e de cabelo escorrido estava parada de mini-saia na soleira da porta. Alguém que Snape reconheceu na hora...
- Bellatriz! O que você está fazendo aqui!?
- Eu, eu... – Gaguejou Bella ao ver seu ex-amiguinho e ex-comensal, Snape. – Eu? Bom, eu estou trabalhando e você? O que VOCÊ está fazendo?
- Acho que isso não lhe interessa – Disse Snape seco – E não acredito no que você disse. O quê? Resolveu deixar seu amado Voldie e tentar a vida... Hum, fácil em Brasília? Você não sabia que acompanhantes européias fazem mais sucesso?
- Eu ... Pelo jeito você é bem experiente, Snape.
- Hã, nem venha – Disse Snape encarando-a – Agora, vê se dá o fora. Já tenho uma noiva, não sabia? Ela mora lá no sul e ...
- Ta, isso não me interessa – E empurrou Snape para dentro do quarto e o jogou em cima da cama – Eu não me importo...
- Saí, saí! – Disse Snape
- Não, seu tolinho... Você caiu direitinho na minha armadilha .. Obliviate!

A última coisa que Snape se lembrou na manhã seguinte foi ter comido Feijão com Arroz no almoço e com um baque surdo caiu da cama. Estava na Ala Hospitalar.
- Vejo que acordou, Snape – Disse Dumbledore calmamente.
- Senhor... O que eu estou fazendo aqui? Não entendo, eu estava no Brasil, não estava? E agora estou, aqui... aqui?
- Lupin te encontrou desmaiado no quarto de hotel e trouxe você de volta.
- Hã? Lupin, o que ele estava fazendo lá?
- Eu sou o maior bruxo dos nossos tempos, Snape. Sei de tudo o que ocorre nas historinhas de Harry Potter e mandar Lupin até lá, foi uma grande idéia que eu tive após utilizar a minha genialidade e grande raciocínio bruxólico, inspirado pela maior diva do rock, Avril Lavigne.
- Hum... Esta bem. O quê? Como assim?
- Eu já dei minha explicação. Está tão distraído quanto Potter, que não entende nada o que eu falo? Esperava mais de você, Severo, mas que seja. É muito importante que você me dê o relatório sobre a sua estadia na América.
- América? A... A Sol acabou ficando com o Eddie e não rolou o beijo gay...
- Não estou falando disso, Severo. Me poupe do seu vicio por novelas globais...
- Hum, certo... Bom, eu...
Snape parou por um instante. Não conseguia se lembrar de nada. Havia um sózia de Rabicho, que assim como o seguidor do Lord das Trevas, faltava um dedo e ficava todo o tempo dizendo “Juro que não sabia desse sistema de pagamento ilícito!” e algo que lembrava uma mulher muito linda...
- A sim, o meu relatório é ...
Como se fosse uma máquina programada, Snape foi impelido a dizer mesmo que obrigado, a frase:
- O Brasil é um belo país tropical, com belezas naturais exuberantes e belas morenas do samba. País do futebol samba, mulher e praias repletas de bumbu...
Mas o que ele ia dizer a seguir tornou-se mistério, pois Dumbledore levantou-se e falou, em um tom agudo e sério.
- Snape, essa é a imagem vendida do Brasil para os gringos, não é possível homem! – E com um sorrisinho sarcástico continuou – Eu tenho que verificar isto. – Uma girada no calcanhar, um estalido seco e Dumbledore já estava sentado em sua cadeirinha de praia às margens de Copacabana tomando água de coco e lendo uma revista chamada “Caras”. Gritos histéricos e correria aproximaram-se do local onde Albus estava.
- Corre tio! É arrastão! – Gritou um vendedor de sacolé.
Dumbledore caiu sentado da cadeira e acabou comendo arreia com o tumulto, por fim disse “Ai, ai... O Brasil é mesmo tudo que contam... e muito mais”. Mal terminou a sentença quando um pivete de chinelo Havaina gritou apontando uma metralhadora:
- Aê Papai Noel, pode passando o relógio de lua!
-Era só o que me faltava! – Resmungou Dumbledore apontando a varinha e transformando o pivete num guarda-sol – Ai ai, esse sol ainda vai acabar me matando...

Fim

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