Ida à rua dos Alfeneiros, nº 4



Após o almoço, Rony sobe para seu quarto para descansar um pouco. Durante o almoço não conseguiu olhar nenhuma vez para o rosto de Mione, estava envergonhado demais para fazer isso, afinal, tinha quase beijado a amiga no quarto da irmã. Harry tinha que chegar logo, a presença de Mione já estava o deixando louco, precisava desabafar com alguém. Mas nem ele mesmo sabia destingir o que estava sentindo realmente.

Deitou-se em sua cama para tentar dormir, mas isso se tornou impossível, pois Pichitinho, que estava na gaiola ao lado da cama, não havia sido solto ainda naquele dia e estava mais irritante do que nunca. Assim que o soltou, a corujinha saiu voando desesperada pela janela até se perder de vista.

Agora sim poderia descansar um pouco. Era o que pensava, até que Fred e Jorge entraram igual furacões no quarto:

_ Eu te falei pra esconder direito Fred.

_ Mas eu nunca pensei que ela iria olhar lá Jorge.

_ Ainda bem que ela só achou os primeiros cinco bolinhos de pimenta que deixam os olhos vermelhos.

_ Do que vocês estão falando? – perguntou Rony agora sentado na cama, já imaginando que hoje não conseguiria dormir mesmo.

_ Com os mil galeões que Harry nos deu, a gente estava investindo em novas invenções, tudo escondido da mamãe, é claro. – disse Fred.

_ Acontece que ela achou alguns bolinhos de pimenta e agora está desconfiada. - disse Jorge.

_ Mas ela comeu? – perguntou Rony espantado.

_ Bom... comeu! E os olhos dela ficaram enormes e vermelhos, mas o efeito passa com 20 minutos, estávamos fazendo testes para durar uma hora.

_ Você tem que ver como ela ta agora. – disse Fred dando risadas.

Por um momento Rony imaginou como teria sido a cena e riu um pouco disfarçadamente.
Os próximos dois dias passaram-se vagarosamente, principalmente para Rony, que estava sem falar com Hermione desde aquele dia, sempre a evitando. Só descia para tomar café depois que ela e Gina já tivessem saído. Mas finalmente chegou o dia que Harry viria para A Toca, poderia desabafar com o amigo tudo que estava entalado em sua garganta, às 15 horas estaria chegando na lareira dos Dursley.

Desceu da cama e rumou ao banheiro para escovar os dentes, esperou um pouco até que ouvisse a porta do quarto de Gina se fechar. Ao ouvir o sinal, adentrou no corredor rumo à escada. Tomou café ouvindo sua mãe se queixar dos bolinhos de pimenta e de que ele estava se levantando tarde demais.



Na casa dos Dursley estava um alvoroço só. Harry já estava com a mala pronta, depositada no canto da sala junto à gaiola de Edwiges.

Após o almoço, tio Valter mando Duda ir para o quarto, porque depois do ocorrido no ano passado, não queria arriscar ver o filho com a língua enorme novamente.

Faltavam ainda 2 minutos para as 15 horas quando Harry viu sair da lareira uma luz muito verde e logo em seguida, seu melhor amigo aparecer:

_ Hoje você se adiantou Rony!

_ É que não tinha nada pra fazer lá em casa, aí resolvi vim logo.

Tio Valter e tia Petúnia davam passos vagarosos e desconfiados até a sala, Rony acena para eles, mas estes não retribuem o aceno.

_ Bom, então vamos Rony! – disse Harry já pegando a mala e a gaiola.

_ Vamos.

_ Tchau tio Válter, tchau tia Petúnia! – disse Harry um pouco antes de dizer A Toca e jogar um pouco de pó de flu no chão.


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