A carta que não veio



A carta que não veio


Harry estava deitado em sua cama, na Rua dos Alfeneiros nº4. Estava fitando o teto de seu quarto simples, com seus pensamentos voltados para os recentes acontecimentos. Tudo na vida dele andava confuso e dificilmente as coisas se ajeitariam, pois Voldemort estava cada vez pegando mais pesado nos pontos fracos de Harry. Primeiro Sirius, que morreu pelas mãos da comensal Bellatrix, e agora Dumbledore. “O quê que ele quer afinal?” – pensava – “Já não é o bastante ter matado os meus pais e ter me deixado com essa maldita cicatriz? Por quê que ele não vem e me enfrenta cara-a-cara em vez de ficar que nem um covarde atacando tudo e todos ao meu redor?” Apesar de toda essa indignação, Harry não tinha tanta certeza se queria que Voldemort resolvesse atacar cara-a-cara, pois apesar de toda sua fama de ser reconhecido com o “garoto que sobreviveu” sentia medo. Medo de perder. O mundo mágico inteiro estaria nas mãos dele nesse momento decisivo. Se ele ganhasse, uma nova era de paz e felicidade viria à tona. Agora, se perdesse...
Os pensamentos de Harry foram interrompidos quando Edwiges começou a bicar na janela. Ela trazia um embrulho numa das patas e na outra, ao que parecia um pergaminho.
– Ainda bem que você chegou Edwiges, eu estava mesmo precisando de novas notícias, porque se não, daqui a pouco vou acabar enlouquecendo. – Falava Harry, enquanto levava um biscoito ao bico da ave exausta, que logo retribuía com uma mordiscadinha carinhosa.
– Ela me respondeu mais rápido do que o esperado... Vamos ver o que você tem aqui... – Harry retirou cuidadosamente o pedaço de pergaminho da pata da coruja e logo pôs-se a ler:

Harry querido
Feliz aniversário!!
Você não sabe o quanto eu tenho pensado em você... aliás... em NÓS...
Também, depois de tudo que aconteceu entre a gente...
Harry, quero que você saiba que eu te amo muito, Ah eu li sua carta sim, mas não pense que eu vou desistir de você tão facilmente assim, só porque o maior bruxo das trevas está atrás de você e conseqüentemente de mim... Bom, disso eu não tenho dúvida.
Além dos parabéns, estou te mandando isso para te convidar para passar o resto das férias comigo e com o Rony aqui na Toca. A Hermione vai vir também, agora ela tá de namorado, o Rony que tá roxo de ciúmes, mas eu já disse pra ele não se meter.
Basicamente era isso Harry! Te espero pra gente poder esquecer um pouco do mundo a nossa volta e nos curtir um pouco mais!
Te amo
Gina
P.S. Se você puder, e vai, vir aqui, me manda com a Edwiges ou com o Píchi uma resposta o mais breve possível, porque daí talvez você consiga pegar uma carona com a Mione, ok?Beijos

Harry terminou de ler a carta que Gina tinha lhe retornado com demasiada felicidade. Ele havia mandado uma pra ela dizendo que a amava muito, mas que não achava justo que ela se sacrificasse por ele, só que depois de uma resposta dessas não tinha como eles não assumirem o que sentiam um pelo outro. Agora também que estava lhe caindo a ficha de estar completando 17 anos, pois andava tão avoado que seu aniversário nem lhe importava mais.
– Se assim você quer, Gina Wesley, assim você terá! – Disse para si mesmo explodindo de alegria por dentro. Finalmente podia fazer algo sem se sentir acuado ou culpado por isso.
Harry se dirigiu novamente a gaiola de Edwiges para pegar o pacote que se encontrava ao lado, o presente de Gina. Ele rasgou o papel pardo envolvente e se deu de cara com um estojo para manutenção de vassoura, idêntico ao que Hermione havia lhe dado no seu décimo terceiro aniversário.
– Valeu Gina, mas a Mione pensou nisso antes. – Ao falar isso, os pensamentos de Harry voltaram-se imediatamente para a amiga, e lembrou-se do que Gina havia mencionado na carta. Ao que parecia, Hermione estava namorando fixo. Mas com quem seria isso? Bom, com Rony não poderia ser, porque de acordo com Gina, ele estava “roxo de ciúmes”. Harry não conseguiu conter um sorriso ao pensar nisso, sabia que o amigo sempre tivera uma queda pela garota. Voltando a Hermione, Harry estava curioso para saber quem era o garoto com quem ela firmara compromisso. Sabia o quanto a amiga era exigente e perfeccionista, o que a tornava uma garota “difícil”. Foi essa palavra que Harry achou mais adequada para enquadrar a amiga. Mais uma vez os pensamentos de Harry foram interrompidos por uma coruja, só que dessa vez era Píchi.
– Agora, só pode ser Rony. – Falou animado, ao abrir a janela e deixar caminho livre para a corujinha entrar e logo se acomodar ao lado de Edwiges, que observava sempre com um olhar de superioridade.
Píchi trazia consigo um embrulho um pouco menor do que o que trouxera Edwiges, juntamente com um pergaminho. Sem nem deixar tempo para Harry abrir o presente ou tampouco ler a carta, uma terceira coruja apontava na janela, dessa vez com um embrulho gigantesco. “Hermione” pensou Harry de imediato. “Deve ser mais um livro sobre qualquer assunto da magia que Hermione pra variar se encantou e me deu de presente, como sempre...”. Harry abriu novamente a janela e a ave parda entrou no recinto e pousou no poleiro de Edwiges, procurando o mais rapidamente o potinho com água.
– Vocês dois, hein? Nunca se esquecem de mim... – Falou desamarrando cuidadosamente o embrulho da pata de Píchi e logo depois o da pata da coruja desconhecida.
Começou lendo a carta de Rony:

Eai cara? Com está?
Espero que esteja tudo bem por ai!
To te mandando isso pra te desejar um feliz aniversário, tá ficando velho, hein?
Ah, outra coisa, a Gina já deve ter avisado, mas é sempre bom confirmar, que é para você vir passar o resto das férias na Toca com a gente. A ingrata da Hermione vem também, mas pelo menos o idiota do cara que tá namorando com ela não vem, porque é trouxa – nos dois sentidos da palavra.
Bom, era isso cara
Felicidades,
Rony
P.S. Retorne o mais rápido possível, porque daí talvez dê para você pegar uma carona com a ingrata, digo, Hermione.

Harry dobrou o pergaminho que tinha acabado de ler com a curiosidade ascendida novamente... Quem seria o tal namorado misterioso de Hermione? Bom, fosse quem fosse, ela iria com toda certeza lhe contar na carta, pois os dois tinham um lance de confiança e de confissões bem legal que era pouco entendido por todos. Dirigiu-se então ao presente do amigo, desembrulhou-o e deparou-se com um uniforme oficial da seleção de quadribol inglesa.
– Uau Rony!! Isso deve ter custado uma nota! – Falou Harry admirado com o presente do amigo. – Fico te devendo essa!
Após a surpresa, Harry jogou de qualquer jeito a camiseta na cama – garotos – e pegou a carta de Hermione nas mãos.
– Agora, vamos saber que é o tão famoso namorado de Hermione Granger... – Falou debochado. Só que ao abrir a carta, descobriu que estava um pouco enganado quanto ao remetente.
– Peraí! Essa letra aqui não é da Mione! – Harry olhava abobado para o garrancho apresentado no pergaminho amassado à sua frente, muito diferente da letra cursiva muito bem desenhada da amiga, que muitas vezes vinha até com um pergaminho perfumado.
– Essa carta é do Hagrid, não da Mione! – Concluiu Harry, depois de muito esforço. Completamente desanimado, começou a tentar decifrar o que aqueles rabiscos desconexos, que Hagrid insistia em chamar de letras, significavam:

Olá Harry!
Parabéns! Não é todo dia que se faz 17 anos, não é?
Juntamente com essa carta estou te enviando uma surpresa adorável...

Nesse momento, Harry sentiu um arrepio. Sabia muito bem o que significava “uma surpresa adorável” para Hagrid, talvez ele tivesse enviado um livro com mandíbulas como havia feito no seu aniversário de 13 anos... Ou até, na melhor das hipóteses, tivesse lhe enviado uma caixa decorada cheia de explosivins...

Agora você não compreenderá o seu significado, e nem eu posso te explicar, mas quando chegar a hora certa, tenho certeza de que você vai gostar! Temos que esquecer um pouco dos problemas vividos ultimamente. Sabe, após a morte de Dumbledore e a traição de Snape, eu perdi praticamente todas as esperanças. Só que nos últimos dias, eu tenho visto como McGonagall vem se esforçando juntamente com Lupin para manter sobre controle a Ordem e para deixar você a salvo, e isso me enche de novas esperanças. Pode ser que ao final de tudo isso, possamos viver um pouco de paz, com Você-Sabe-Quem derrotado definitivamente.
Bom, Harry, no momento você não tem com o quê se preocupar. Arthur me disse que você vai passar o resto das férias na Toca, espero que espaireça e se divirta bastante com seus amigos por lá.
Afetuosamente,
Hagrid
P.S. Harry, tenho que lhe avisar que você não pode ficar sequer um minuto distante do seu presente. Não posso lhe explicar o porquê, mas por favor cumpra!

Harry terminou de ler a carta ainda receoso com a tal “surpresa adorável” de Hagrid. Perguntou-se se realmente deveria abrir o pacote gigante que o amigo lhe enviara e em como faria para não desgrudar desse trambolho. Tomou coragem e começou a rasgar o embrulho que pesava uns quatro quilos no mínimo.
Quando terminou de rasgar o papel, notou que o tinha dentro estava completamente envolvido em panos, muitos panos. Harry teve que praticamente que procurar o presente, que não aparecia. Finalmente, os panos deram lugar a uma bolinha prateada, que lembrava vagamente o pomo de ouro que Harry tanto conhecia. Bem mais pesada, é claro, mas com o mesmo formato e tamanho. “Mas pra que diabos serve isso?!” pensou Harry “Espero que isso não seja um ovo de qualquer aberração que Hagrid tenha encontrado e pensado que era um animalzinho indefeso que precisava de carinho e afeto ...”
Harry sacudiu a bolinha, nada aconteceu. Lembrou-se que quando tinham a AD, Hermione havia criado uma espécie de amuleto com uma moeda, que foi distribuído para todos os membros do grupo, a fim de avisar quando ocorreriam reuniões na sala precisa. Talvez fosse mais ou menos a mesma coisa, só que agora estava sendo usado em prol da Ordem, pensou.
Cansado de tentar adivinhar pra que servia ou como funcionava a bolinha, Harry jogou-se na sua cama. Olhou para seu relógio velho de ponteiros que marcava três e dez da manhã e notou que Hermione não lhe enviara uma coruja felicitando-o como fazia de praxe. Isso o deixou com uma pontinha de mágoa, pois sentia-se preterido pela amiga, agora que esta estava namorando. “A coruja deve ter se atrasado” pensou Harry “Além do mais, eu irei de carona para a Toca com a Mione, então, pelo menos, aborrecida comigo ela não deve estar”.
Harry relutou um pouco, mas acabou adormecendo. Esqueceu-se até mesmo de tirar os óculos. Na verdade, ele ainda estava aguardando esperançoso pela carta que não veio.

N/A: Oi gente! Olha soh... eu so nova aki e essa eh a minha primeira fic... eu sei q esse cap tah peqno e xato ms eh necessário... Então perdoem qq coisa q fico mtu ruim, tah? Rsrs... Bom essa fic vai ser longa pelo q eu estou planejando e começa com H/G e R/H ms naum se enganem!! Essa fic eh 100% H²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²²², ok? Axu q deu pa v como o Harry fico sentido com a Mione neh? Msm q inconsientement... Então eras isso! C naum forem H², com todo respeito, axu melhor n lerem, pq comentários horríveis dpois n rola, neh? Jah vi cada coisa... Bom avisei!
Bjuss a tds!
LuH Mione

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