HARRY POTTER X ALEXANDER BRAND
N/A: Gente, em primeiro lugar, mil desculpas pela demora, muuuuuuuuito longa, pra postar a fic de novo!!!! Estive ocupada com faculdade e naum tinha cabeça pra mais coisas. A Mystic já tá completa, mas eu tô postando aos poucos pra ver se consigo terminar a continuação dela e já começar a colocar tb. Falta uns toques aqui e ali, mas já tá chegando no final! E vai ser tão boa, ou melhor, q a Mystic!
Enfim, a demora foi grande, mas vou me organizar pra naum ser assim de novo, ok? Garanto que o que vem por aí é muito bom! =)
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CAPÍTULO 12:
HARRY POTTER X ALEXANDER BRANDON
Uma risada. Não uma risada qualquer. Era odiosa, fria, machucava como a ponta de uma espada. Os gritos, os raios coloridos por todos os lados... Não... De novo não!... Por favor, pare... Pare!!
- Não! - gritou, abrindo os olhos.
- Gina! – Alex parecia assustado, ajoelhado ao lado dela. A garota piscou seguidas vezes para reconhecê-lo. - Você desmaiou no meio do ritual...
- O sonho!! - sentou-se, ofegante. - Eu... eu acho que tive uma visão... Ele... ele está atacando outra vez!
- Acalme-se, Virgínia – Sianna chegava com uma bem-vinda barra de chocolate na mão. - Coma isso e me conte, o que viu?
- Ele... ele ria... Gritos... foi horrível! – os olhos arregalados e a fala rápida denunciavam um estado de excitação que assustava os garotos e a Sacerdotisa. - Parecia que eu estava lá... Como da outra vez, professora.
- Gina - somente nessa hora, percebeu Harry também ajoelhado ao lado dela. De repente, flashes do rosto dele nas chamas da fogueira invadiram sua mente e ela julgou que ruborizava ao recordar suas intenções naquele momento. - Foi só um sonho, acalme-se... - ele disse, procurando ajudar.
- Não. – Alex cortou, afastando-se sob um olhar severo da sacerdotisa. - Não foi só um sonho. Da última vez que ela teve um ‘sonho’, se você quer chamar assim, comensais atacaram uma vila na Irlanda. - A garota estranhou a resposta um tanto grosseira dele, sempre tão educado com todos, embora esquecesse disso no instante seguinte.
- Você também tem sonhos premonitórios? - Harry perguntou, franzindo a testa, buscando a professora com os olhos. Sianna assentiu e o moreno voltou-se novamente para a ruiva, confessando em voz baixa. - Minha cicatriz dói cada vez que Voldemort pensa ou faz em algo de mau.
Gina sequer ficou magoada com a revelação de mais um segredo de Harry que ela não compartilhava. Estava tão acostumada a eles que apenas deu de ombros, encarando os olhos muito verdes do garoto que a ajudava a andar até a sala de aula, sentando-a numa das carteiras. Se procurasse, veria Alex com uma expressão carrancuda vindo logo atrás, com Sianna.
- Há um tempo isso não acontecia. – ela respondeu, pensativa, dando-se conta subitamente do quanto sentia falta da sua vida sem acontecimentos extraordinários de antes. “Tudo que queremos é um pouco de ação para espantar o tédio. Quando encontramos, não podemos esperar para voltar à calmaria.”
- Yule acumula uma grande energia, principalmente quando sincronizamos com o ritual em Avalon. – A professora explicou, encorajando-a a comer toda a enorme barra de chocolate. - Você não está acostumada com esse poder... sinto muito que tenha visto isso num ritual que deveria ser tão bonito. Como lhe disse, as visões vêm sem que as peçamos. Alex, vá na frente e avise Dumbledore.
- Não é melhor que Harry faça isso? – o loiro perguntou, incerto. - Posso cuidar de Gina...
- Não. – ela retrucou, ríspida. - Vá.
Alex suspirou e levantou-se. Na porta da sala, olhou para Gina e para Harry, sério.
- Tome - falou Sianna, entregando o cálice com água a Gina. – É do Poço Sagrado. Vai se sentir melhor.
- Harry - chamou Gina, depois de tomar a água. - Você... já sonhou com algo que aconteceu?
- Sim. - respondeu ele e ela surpreendeu-se com uma resposta direta e sincera. O garoto pareceu notar, pois sorriu amigavelmente. – Desde o quarto ano... foi bem real. E algumas vezes... – ele pareceu hesitar. - Sonho com o dia que ‘ele’ matou meus pais. - Gina notou a mudança de expressão no rosto do garoto ao falar isso. - Não são lembranças muito boas, você pode imaginar. – ela controlou uma vontade louca de abraçá-lo para consolar.
- Sinto muito, Harry... - Na verdade, não sabia muito bem o que dizer. Ela sabia que o garoto devia sentir muita falta de uma família. Molly, mãe de Gina, fazia o que podia, junto com toda a família Weasley, mas ela sabia que não era igual.
Alex apareceu pouco tempo depois. Ainda tinha uma expressão contrariada, até mais do que quando saiu.
- Dumbledore disse que vai procurar saber a respeito de outros ataques. Falará conosco amanhã. – Sianna concordou com um aceno.
- Acho melhor que vocês voltem para o castelo. O ritual não poderá ser continuado agora. Boa noite.
Harry, Alex e Gina saíram juntos da sala de Adivinhação. Ninguém falou nada até chegarem ao castelo. Ao chegarem à escadaria de mármore, Alex se despediu.
- Não vai me acompanhar até a entrada, como sempre, Alex? - perguntou Gina.
- Harry está com você. - Ele respondeu, secamente. - Você não corre perigo. Tchau, Virgínia.
A garota estranhou o comportamento dele, mas não pôde fazer nada. Ainda sentia-se tonta e Harry teve que apoiá-la até a sala comunal. Queria perguntar o que ele estava fazendo lá, e, especialmente, por que estava sendo tão solícito com ela se nunca pareceu se importar com a irmã de seu melhor amigo.
“Exceto no segundo ano”, ela pensou, enquanto ele gentilmente a sentava numa poltrona. “Mas ele nunca prestou realmente atenção em mim”, completou, amargurada.
- Acho que vou dormir, Harry.
- Tem certeza de que consegue subir para o dormitório sozinha?
- Sim. Obrigada, Harry. Boa noite.
Rolou por algumas horas na cama, mas não conseguia parar de pensar, então levantou-se e voltou à sala comunal.
Ao chegar, notou que ele continuava lá.
- Também não conseguiu dormir? - perguntou Harry, sentado em frente à lareira, virando-se para ela.
- Muitas emoções para uma noite só - ela brincou, pensando não só na visão, mas também no motivo de ter desmaiado: Harry.
- Você está melhor? – ele estava genuinamente preocupado?
- Estou. – sentou-se em frente a ele. - E você, por que não dorme?
- Pensamentos. – ele sorriu e o coração da ruiva perdeu um compasso. Era a primeira conversa ‘civilizada’ que eles tinham. – Não é todo dia que participo de um ritual druida, sabe? Você, pelo que soube, é veterana. – ele queria descontrair, mas disse a coisa errada.
- Não é exatamente o tipo de coisa que quero lembrar agora, se você não se importa...
- Tudo bem, eu entendo. – disse rápido, ciente do desconforto da garota. - Vamos conversar sobre outra coisa.
Mas nenhum dos dois conseguia pensar em um assunto. Era uma situação embaraçosa.
- Então... - ela disse, após minutos de silêncio. - Você e Cho... como estão?
- Brigamos na semana passada. – ele não pareceu tão chateado quanto ela supôs.
- Oh, sinto muito... – Gina falou, educadamente, sabendo que não pensava realmente assim.
- Não, tudo bem. Pra falar a verdade, estou me sentindo melhor agora. – um sorriso triste surgiu nos lábios dele e Gina arrependeu-se das lembranças que trouxera com aquela pergunta. - Não nos gostávamos tanto assim.
As palavras de Harry não deixaram de despertar uma ‘reação’ em Gina. Ela quase sorriu ao ouvi-lo dizer que não gostava da chinesinha, contendo-se por pouco. Ainda havia um sentimento por ele, foi o que ela percebeu, sem saber ‘qual’ era este sentimento. Uma pontinha de esperança surgiu em seu coração.
- Ah, eu sinto muito, Harry. – disse, insincera. – Espero que não seja nada grave. “Quando você ficou dissimulada, Virgínia Weasley?”
- Eu realmente não sei. – ele suspirou. Então, encarou-a e visivelmente corou ao perguntar, sem jeito. - Esse Alex... vocês são...hum... namorados?
- Ah, não... bem... er... ele é meu melhor amigo. Um dos únicos amigos que eu tenho, para falar a verdade...
- Notei que você não anda com as meninas de sua turma.
- Não gosto muito delas. Se acham populares demais... tentei ser amiga delas, mas realmente, não são bem o meu tipo de pessoa... - riu.
- Entendo. Conheço pessoas assim, também.
- Mas não sinto falta, não... amigos são qualidade e não quantidade - sorriu.
Mais um momento de silêncio. Era inusitado para Gina estar ali, sozinha no salão comunal, com o dono de seus pensamentos dos últimos cinco anos... inusitado, mas bom.
- Um sicle pelos seus pensamentos. – Harry sorriu, tirando-a do devaneio. Ela decidiu ser honesta.
- É estranho, não é?
- O quê?
- Nós dois aqui, sentados na sala comunal, trocando confidências à meia-noite...
- Se você está falando do fato de não sermos amigos, - ele desviou o olhar para o fogo. - bem, acho que ninguém que faça parte de um ritual como aquele pode deixar de se aproximar.
Ela definitivamente não esperava esta resposta, nem a calma com a qual ela veio.
- Se vamos nos aproximar, eu gostaria de perguntar algumas coisas...
Ele voltou a atenção para a ruiva, e ela leu nos olhos de Harry que a proximidade não se estendia a revelar o que ela queria saber.
- Não pergunte, Gina, por favor. Um dia, e eu espero que seja breve, poderei sentar com você e dizer tudo. Não agora, por favor.
Ela levantou-se rápido, furiosa com a resposta, cambaleando e tombando novamente na poltrona. Prontamente, o garoto estava ao lado dela, amparando-a. Gina sentiu sua pele arrepiar do contato com a dele. Era tão quente e macia...
- Você ainda está fraca.
- Só um tontura. Não como nada desde o almoço. Só o chocolate de Sianna.
- Entendi. Fique aqui, ok?
Harry subiu correndo a escada para o dormitório masculino, voltando pouco depois com um prato de pastéis e um jarra de suco de abóbora.
- Dobby faz questão de manter esses petiscos no meu criado-mudo. – o moreno justificou. - Diz que estou em crescimento e preciso me alimentar. Coma o quanto quiser. É daqueles que enchem sozinhos.
- Hum... – a garota tinha a boca cheia de carne. - Estão ótimos! Obrigada!
Devorou cinco pastéis ruidosamente, com Harry rindo da expressão gulosa dela.
- Você sabe jogar gamão bruxo? - perguntou Gina, lambendo os dedos.
- Mais ou menos... prefiro xadrez.
- Quer tentar? Já vi que não vamos dormir tão cedo... eu não sei jogar xadrez.
Gamão Bruxo não era um jogo tão popular quanto o xadrez. Era mais comum entre bruxos mais velhos, mas Gina gostava muito. Dois dados e várias peças em um tabuleiro. Como no gamão trouxa, jogam-se os dados e movem-se as peças até que todas sejam retiradas do tabuleiro. A diferença é que, como no xadrez bruxo, as peças movem-se com a voz, e algumas tentam influenciar o jogador. Sim, as peças falam...
Harry e Gina viraram a noite na sala comunal. Harry tentou ensinar xadrez a ela também, mas sem muitos progressos. Gina ganhou a maioria das partidas de gamão. Hermione, ao acordar, sorriu para a amiga com aquele olhar de suspeita.
- Depois te explico! – a ruiva cochichou para ela.
- Acho que vou me arrumar para o café - disse Harry, levantando-se com uma horrível cara de sono. Virou-se para a nova amiga. - Ainda preciso falar com você, estou esperando a permissão de Dumbledore.
- Tudo bem. - ela respondeu, contendo sua curiosidade. - Nos esbarramos por aí, então! Até mais.
Gina se aprontou rápido e desceu para o café da manhã. Encontrou Alex logo que chegou ao Salão Principal.
- Bom dia, Alex! - a ruiva sorriu, dando um beijo na bochecha dele.
- Bom dia, Virgínia. – o loiro respondeu, secamente, sem olhar para ela.
- Posso te perguntar o que está acontecendo? Desde ontem à noite você está estranho...
- Não tem nada acontecendo. Só... estou com muita coisa na cabeça.
- Quer conversar? Você sabe, eu sou sua amig...
- Tudo bem, não precisa. Eu tô bem. Preciso ir, Gina. Tenho muitas coisas pra fazer hoje. Tchau.
Alex se comportou de forma semelhante o dia todo. Evitou falar ou mesmo passar pelos mesmos lugares que Gina. Mesmo na aula de Poções não se aproximou muito. A garota resolveu respeitar. Quem sabe, no dia seguinte já estava tudo bem outra vez? Ele deveria estar ocupado...
Depois do almoço, foi chamada à sala de Dumbledore. Harry também foi chamado, juntamente com Alex. Sianna também se encontrava lá.
- Boa tarde - cumprimentou o professor, recebendo somente acenos de cabeça como resposta. - Chamei vocês aqui por causa do acontecimento na noite passada. Procurei saber sobre novos ataques, mas aparentemente, não houve outro.
- Existe alguma possibilidade que isso ainda aconteça? - perguntou Harry.
- Não podemos descartar nenhuma possibilidade atualmente. Já aconteceu uma vez, pode acontecer várias outras. Mas imagino que Voldemort não queira causar muito tumulto ainda. Mas temos que nos prevenir. Fudge não me apóia, ele acredita que os Comensais queriam apenas se divertir atacando trouxas. Sirius não pode correr muito mais riscos agora, também.
- Sirius? - perguntou Gina, aflita. – Sirius Black? Não é o bruxo que fugiu de Azkaban?
- Sim, Gina - respondeu Harry. - Ele é inocente e está escondido. Isso é informação sigilosa, poucos sabem. – e acrescentou baixinho. – Depois te explico.
- Virgínia - continuou Dumbledore. - Sua visão não falhou da primeira vez, é bem provável que esteja certa novamente. Snape passou um trabalho no início do ano letivo a você. Não foi apenas um mero trabalho. A Poção Perceptius ajuda a desenvolver a visão e concentrar a energia. É uma arma contra Voldemort. Há algum tempo, lhe dissemos sobre o seu dom. Não temos muito mais tempo, precisamos nos preparar. Para isso, é preciso que você faça sua decisão... se irá nos ajudar ou não. É muito importante, entenda.
Gina estava confusa. Não sabia se queria ver outras cenas como a da noite anterior. Mas algo lhe dizia que ela precisava enfrentar isso.
- Eu... vou ajudar.
- Tem certeza? É uma grande responsabilidade. - perguntou Dumbledore.
- Tenho - ela hesitou por um momento, mas estava decidida.
- Então você precisa se concentrar na Poção - disse Sianna. - Lembre-se de que estaremos todos nos ajudando, mas a poção continua sendo um trabalho.
- Eu terei que fazer sozinha?
- Poderá falar conosco, se precisar. Alex também é um grande conhecedor das ervas e poderá ajudá-la.
- Vocês precisam voltar às aulas - interrompeu Dumbledore. - Harry, você pode ficar um pouco mais? Estou certo de que a Profa. McGonagall entenderá seu atraso. – e virou-se para os demais. - Podem ir agora.
- Alex - chamou Gina, ao sair da sala do diretor. - Podemos conversar?
- Não agora - ele continuou andando. - Depois a gente conversa.
- Só concordo se você prometer que vai ‘realmente’ conversar comigo. - retrucou, parando na frente dele e obrigando-o a olhar para ela.
- Tudo bem, eu prometo. Amanhã, temos o dia inteiro pra isso.
- Vou cobrar, ouviu? - Ela brincou, despedindo-se e indo para a sala de Feitiços.
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