ENTRE HOGWARTS E AVALON

ENTRE HOGWARTS E AVALON



N.A: Gente, eu queria pedir mil desculpas pela demora! Sei q parei de atualizar... foi esquecimento, mesmo! E um pouquinho de preguiça, também... hehehe... mas bom, pra compensar, vou postar dois capítulos, espero que gostem! Na minha opinião, a história só vai melhorando. Deixem seus comentários, ok??
Obrigada, Camille, que comenta frequentemente!!! E q adora a fanfic!!! =)
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CAPÍTULO 10:
ENTRE HOGWARTS E AVALON


Gina acordou no outro dia em sua cama, no dormitório feminino da Grifinória. Como Alex levou-a para lá, não sabia, mas não se lembrava de ter dormido uma noite tão tranqüila desde o início do ano letivo. Levantou-se calmamente para tomar o café da manhã.

Ao passar pelo salão comunal, encontrou Harry, Rony e Hermione sentados em frente à lareira. O inverno começava a se intensificar à medida que se aproximava o Natal.

- Bom dia! - cumprimentou Hermione. - Dormiu bem?

- Bom dia... - ela retribuiu, sorrindo. - Como vim parar aqui?

- Alex me achou lá embaixo quando voltava da sala de Astronomia e eu a trouxe. Você dormiu muito, Gina! - riu a amiga.

- Precisava assimilar as coisas... e vocês, como estão com tudo isso?

- Confusos, também - foi Harry quem respondeu. - Queria saber um pouco mais sobre tudo isso.

- Harry, posso... perguntar uma coisa? - A menina não sabia por que gaguejava perto de Harry.

- Claro... se eu puder responder.

- O que é que Dumbledore falou pra você depois que saímos?

- Creio que não poderei responder, Gina. Não diz respeito só a mim. Você entende? Mas gostaria de conversar com você depois, pode ser?

- Claro, Harry. – ela respondeu, alegre por conseguir um progresso, mesmo que pequeno.

Desceu à procura de Alex e o encontrou conversando com Sianna no banco em frente ao lago. Foi até lá cumprimentá-los, um pouco enciumada.

- Bom dia, Alex. Bom dia professora...

- Oi, Gina!! Dormiu bem? - perguntou Alex, demonstrando uma felicidade súbita ao vê-la.

- Dormi, sim... - ela sorriu, um pouco sem jeito.

- Bom - falou Sianna, levantando-se - preciso resolver algumas coisas com o Prof. Alvo. Vejo vocês depois.

- Tomou café? - perguntou Alex, sabendo a resposta.

- Er... bem... não! - Gina deu um pequeno sorriso sem graça. - Queria te achar antes!

- Então vamos, antes que eles tirem tudo da mesa. - Ele chamou, levantando-se e guiando-a pelo ombro, carinhosamente.

- Você não vai me contar como fez para me transportar da Torre Leste para a Grifinória, que fica do outro lado? – ela questionou, erguendo uma sobrancelha.

- Segredo de estado! Não conto nem sob tortura! – ele estava definitivamente mais animado.

O domingo passou bastante divertido. Gina tentou ao máximo não se lembrar dos acontecimentos recentes enquanto podia evitar as preocupações. Uma vez decidida, sabia que muita coisa iria mudar. Passou o dia com Alex, explorando algumas galerias do quarto andar. Encontrou Hermione algumas vezes, quando passaram correndo pela biblioteca; e também Harry, que para sua surpresa, não estava com Cho.

Entretanto, como nem tudo são flores, chegou a segunda-feira. Logo no primeiro horário, Gina enfrentou uma sonolenta aula com o Prof. Binns discorrendo sobre a descoberta de múmias mutantes no Egito, em 485 a.C.

A aula dupla de Poções antes do almoço não foi tão ruim quanto ela imaginava. Primeiro, porque Alex conseguia fazer com que Snape fosse menos maldoso com os grifinórios; segundo, porque Snape nem sequer fez comentários a respeito de alguma atitude de Gina. “Será que foi por causa de sábado? É quase certo.” Não poderia afirmar, mas gostava de como estava.


Ao término do turno, o professor a chamou para informar que decidira dar-lhe mais alguns dias de prazo para terminar a pesquisa sobre a Poção.

- Um pedido especial do diretor. – explicou brevemente.

Após o almoço, Lupin mostrou alguns contra-feitiços usados para defesa contra bruxos das trevas e Hagrid finalmente terminou os estudos com o Dedo-Duro e deu uma aula teórica sobre unicórnios. Na última aula, Sianna aproveitou para falar do Natal.

- Assim como o Halloween, o Natal surgiu de uma comemoração bretã. No dia 21 de dezembro, comemoramos o solstício de inverno, chamado Yule. É a noite mais longa do ano, em que a Deusa é reverenciada como a mãe da Criança Prometida, que nasceu para trazer luz ao mundo. Em várias religiões do mundo podemos encontrar o mito do Nascimento Virginal, mas para nós, bruxos ingleses, há esta ligação com a Antiga Religião Celta.

- Professora, - chamou Colin. - por que em Hogwarts comemoramos como datas cristãs, se a origem dos bruxos é pagã?

- Vejo que leu sobre o assunto, Sr. Creevey. - disse a professora, mostrando interesse. - Quando o cristianismo começou a se espalhar, muitos bruxos tiveram medo e acabaram se convertendo à nova religião. Assim, os cultos acabaram sendo unidos em um só. O que importa não é a data em que se comemora, e sim o significado desse dia.

“E, como ensinamos em Avalon, todos os deuses são um só, portanto, todas as religiões acabam se convertendo para um ponto único, por isso Dumbledore não se importa com o modo como é comemorado aqui. Eu, particularmente, acharia interessante se todos vocês pudessem participar de um ritual de Yule. É maravilhoso. Infelizmente, não há espaço o suficiente para isso, e creio que a maioria dos alunos não aceitaria bem a idéia.”

Essa observação na aula de Sianna despertou mais perguntas na cabeça de Gina. Foi então que ela decidiu pesquisar um pouco mais sobre Avalon, com a pequena ajuda de uma amiga...

- Hermione! Finalmente te encontrei! - chegava uma Gina ofegante no salão comunal, interrompendo um beijo daqueles. - Ah... desculpa... eu falo outra hora...

- Não, pode falar, Gina. - respondeu Hermione, mesmo com a cara feia de Rony.

- Bem, é que você está procurando sobre Avalon, não é? - Hermione confirmou com a cabeça. - Posso usar seus livros? Preciso achar algumas coisas...

- Por que não fazemos isso juntas? Eu ainda quero saber muito sobre a ilha... acho que tem muita coisa conectada com Você-Sabe-Quem e tudo o que está acontecendo!

- Tudo bem... amanhã podemos começar?

- Claro! - Hermione sempre ficava animada com pesquisas. - Depois do almoço podemos ir à biblioteca.

- Ok. Tenho que achar o Alex, tchau! E... desculpa atrapalhar! - ela se despediu, rindo enquanto passava pelo quadro da Mulher Gorda.


As duas semanas antes do Natal passaram mais devagar do que Gina imaginava. Além de todos os deveres de casa, Gina pesquisava a respeito de Avalon, além de continuar com as aulas extras de Sianna. A professora se mostrava compreensiva com Gina, e evitava comentar sobre a conversa até que ela tivesse sua decisão.

Alex se unia a Hermione e Gina quando podia, para ver como andava a pesquisa. Harry e Rony apareciam algumas vezes, quando tinham tempo entre os treinos de quadribol. Rony havia entrado como goleiro no time recentemente, depois que Neville ficou traumatizado com um balaço na cabeça que o deixou três dias inconsciente.

As pesquisas progrediam, mas ainda havia muito o que descobrir. Os três livros diziam bastante, mas deixavam muitas perguntas no ar. Alex não respondia, muito menos Sianna.

- Terá um momento certo para isso - ela dizia.

Foi então que, inesperadamente, o Prof. Binns foi convocado para estudos sobre uma nova guerra de duendes, e Sianna o substituiu.

- Nova guerra de duendes?? - perguntou a grifinória Nora Moore.

- Ainda não sabemos exatamente o que é - respondeu a professora. - foi isso que o Prof. Alfred foi descobrir. Bem, eu não vou dar aula de Adivinhação para vocês nesse horário. Estou aqui para uma aula de História da Magia.

- Ah, não... - Colin reclamou, quase imperceptível.

- Acalmem-se - falou Sianna, notando a insatisfação dos alunos. Sentou-se no chão e fez um sinal para que eles fizessem o mesmo. - Não pretendo falar sobre revoltas de duendes ou gigantes. A minha aula será sobre uma história muito mais antiga. Alguém poderia me responder de onde surgiram os bruxos?

Ao perguntar, Sianna olhou imediatamente para Gina, que ficou um pouco constrangida. Tinha quase certeza de que seria uma das únicas que saberia responder.

- Avalon... - respondeu, quase sem voz.

- O que você disse, Virgínia? Poderia repetir um pouco mais alto?

- Foi em Avalon... que os bruxos surgiram. - Gina disse outra vez, olhando para o chão.

- Isso mesmo - sorriu Sianna. - Mas como isso aconteceu?

A sala inteira permaneceu em silêncio. A professora levantou-se e foi para o centro da roda, notando o interesse dos alunos. Olhava para cada um enquanto contava.

- Avalon é a Ilha onde os druidas se refugiaram durante a ocupação Romana, há mais de mil e quinhentos anos. Os romanos tentaram suprimir a Antiga religião e atacaram todos os centros dela, mas Avalon conseguiu sobreviver. Lá, são praticados rituais e cultos aos Deuses celtas, pelas sacerdotisas e druidas. Nesta época, os bruxos tinham um enorme contato com o divino. Algum de vocês já ouviu falar em Brigantia, Cernunos ou Gwydyon? São os Deuses que caminhavam pela Bretanha.

Gina notou que alguns colegas seguravam o queixo nas mãos, incapazes de desviar a atenção da professora que caminhava sem ruído, como se flutuasse, com movimentos graciosos e voz baixa.

- Brigantia é a deusa da guerra. Seu símbolo é o corvo. Suas armas, a espada e o tridente. – declamou Collin, entusiasmado pela narrativa de Sianna. A professora sorriu para o garoto.

- Mas quando o cristianismo começou a se espalhar, os bruxos foram perseguidos e, após uma invasão, Avalon foi protegida por brumas que apenas iniciados podem abrir. Muitos bruxos fugiram. Para não serem presos, alguns deixaram os cultos pagãos e outros os praticavam secretamente.

- Em Avalon usam varinhas e poções?

- Calma, Sr. Creevey. – Sianna parou de andar e suspirou. - Chegou a época em que os bruxos fora de Avalon viram a necessidade de canalizar poder, e começaram a utilizar varinhas mágicas. Descobriram também que determinados ingredientes combinados transformavam a varinha em um objeto poderoso, como freixo, pêlo de unicórnio e pena de fênix. As palavras em latim se transformaram nos diversos feitiços que vocês estudam aqui.

- Após a época de guerras e perseguição, muitos bruxos acharam interessante difundir seus conhecimentos. Casaram-se com trouxas, e então, passaram a existir não mais apenas bruxos de sangue puro, mas também os mestiços.”

- Professora, e por que existem bruxos nascidos em famílias totalmente trouxas? - perguntou Thomas Hint, um garoto da Lufa-Lufa. A turma jamais participara tão ativamente de uma aula de História da Magia.

- Existem algumas teorias a respeito. - respondeu a professora. - A mais provável é que, após a miscigenação entre bruxos e trouxas, algumas famílias acabaram tendo uma descendência bruxa. Para que o poder se manifeste, acredito eu que seja preciso uma porcentagem de sangue bruxo, mesmo que mínima.

Gina tinha visto muito do que a professora contou em livros. Mesmo assim, prestou atenção na aula como se fosse a primeira vez que via. Enquanto Sianna falava, a garota se lembrava das imagens que viu na sala de Astronomia com Alex, ainda sem entender.

A aula estava tão interessante que os alunos sequer sentiram o tempo passar. Quando o sino tocou, Sianna anunciou:

- Certamente teremos outras oportunidades para conversamos a respeito disso. Até a volta do professor de vocês, eu e os outros professores estaremos nos dividindo para dar as aulas.

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