Na calada da noite

Na calada da noite



N/A: Essa fic foi escrita antes do sexto livro. Espero que gostem.

Era noite de lua cheia, uma sombra movia-se sorrateiramente no sétimo andar, como que fugindo de algo, tão rápida era sua velocidade. O silêncio do lugar era de congelar a alma. Os únicos sons que se ouviam eram os dos passos daquele que produzia a sombra, e sua respiração, cheia de excitação. Ao que parecia estava a fazer algo ilegal, pois fazia de tudo para se manter oculto.

Passos, de repente, foram ouvidos e a sombra se escondeu atrás de uma, das inúmeras, armaduras do lugar. Em sua pressa de se esconder seu manto lhe fugiu da face, deixando á mostra cabelos castanhos, cheios e volumosos. Um rosto semi-oculto também pôde ser percebido revelando ser de uma adolescente de uns 16 anos, olhos castanhos e um sorriso nos lábios, indicando que conseguira fugir do vigia. Rapidamente ela coloca o capuz e, após certificar-se de que estava sozinha, prossegue em sua busca.

A jovem, agora no sétimo andar, parou em frente a uma tapeçaria onde um bruxo tentava ensinar balé aos trasgos. A jovem sorriu por um momento, lembrando-se da primeira vez que visitara o lugar no ano anterior. Ela, então, começou a andar por aquela área concentrando-se, como sempre fazia, no que queria. Segundos depois uma porta muito lustrosa apareceu na parede, defronte á tapeçaria. Ela, então, pegou na maçaneta de latão e entrou na tão familiar sala precisa.

A sala era iluminada estrategicamente em quatro pontos, por archotes, dando um ar aconchegante ao ambiente. Havia uma lareira acessa com chamas mágicas, de modo a não esquentar o ambiente. Uma cama de quatro colunas estava no centro do "quarto". Havia, em frente a lareira, duas poltronas. Ela sorriu ao vê-las. Em uma um jovem de cabelos ruivos estava sentado. Ela se aproximou e colocou, delicadamente, seus braços em volta do pescoço dele. Como ele não reagira ao toque, ela deu a volta na poltrona para constatar que ele adormecera, enquanto a esperava. Sorriu. Se aproximou mais, ajoelhando-se, e começou a chamá-lo.

- Rony! Rony! Acorde!

Ele, sonolento, acorda achando que estava sonhando. Ao olhar para o lado, porém, depara-se com a jovem a lhe chamar.

- Mione! É você? - ele pergunta não acreditando, e como resposta ela sorri.

- Claro! - ela o observa e - Vem! Você não pode dormir aí! - ela diz se levantando.

Ela estendeu, então, as mãos em direção a ele, que fez o mesmo. Ela as segura e o conduz, então, até a cama que havia ali. Depois que ele se deitou, ela retirou-lhe seus sapatos e o cobriu. Ficou, então, em pé e, sob o olhar dele, retira finalmente o manto que usava, revelando suas roupas. Ela usava uma bata branca, com detalhes em azul, e uma saia rodada azul.

Ele engoliu em seco, tal era a visão a sua frente. Ele já não sabia se estava sonhando, ou não. Não importava. O mais importante era continuar a contemplá-la.

Ela, notando que ele não parava de contemplá-la, sorriu. Sentou na cama e retirou as sandálias. Deitou-se ao lado dele e, também, se cobriu. Ambos se encararam sem conseguirem dizer qualquer palavra, perdidos um no olhar do outro. Eles timidamente se aproximaram e se abraçaram, apenas apreciando tal ato. E, assim, rapidamente, adormeceram, esquecendo-se da guerra que era travada fora dos terrenos da escola.

*********************** Fim **************************

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