Eu digo: Sim

Eu digo: Sim

Os Dursley já estavam de pé, com uma cara não muito boa e Rony ajudou Harry à se levantar.
- Mamãe quer fazer amizade com eles, acho que não vai dar muito certo.
- É também estou achando isso.
Tio Valter pegou Harry pelo braço e levou ele para um canto da cozinha e disse:
- Escute aqui seu moleque, diga à eles que vamos ficar aqui só por segurança, não queremos nos misturar com a sua laia.
- Tenho certeza que eles já sabem – Falou Harry em um tom sério, sem fazer nenhum esforço.
- O.k.,Vamos.
Os parentes de Harry ficaram encolhidos num canto da cozinha enquanto Harry foi cumprimentar todos da família Weasley. Gui não estava com o rosto tão desfigurado, como na última vez que Harry o vira, só algumas cicatrizes, mas nada de mais; a Sra. Weasley apertou Harry com tanta força, que ele sentiu suas costelas racharem; o Sr. Weasley deu um aperto de mão e um abraço em Harry; Gina deu um beijo no rosto de Harry, que levemente corou; e Fred e Jorge deram a mão, mas Harry não aceitou, pois tinha visto uma coisa roxa na mão dos dois, o que não significava boa coisa;e Fred e Jorge deram a mão, mas Harry não aceitou, pois tinha visto uma coisa roxa na mão dos dois, o que não significava boa coisa; Carlinhos estava com as mãos ocupadas, então apenas acenou com a cabeça e foi retribuído. Quando Harry olhou para trás o Sr. Weasley estava se aproximando do seu tio Valter.
- Olá senhor!Você poderia me dizer a utilidade de uma tebelisão?
Os parentes de Harry se afastaram e Harry se aproximou do Sr. Weasley
- Sr. Weasley, eles estão aqui por segurança, eles odeiam...
- Ah, sim, entendi.
E se afastou. Deixando Harry com os parentes.
- Vocês vão dormir lá fora, na barraca.
- O quê?Lá fora?
- É,uma barraca mágica, ele deve ser do tamanho da nossa sala de visitas.
E foi em direção de Rony.
- Mione já chegou? - perguntou a Rony.
- Não, ela só vem no dia do casamento.
- Ah, certo...está cheio aqui,não?
- É,vamos para fora? – Convidou o amigo.
Os dois saíram para ver os preparativos da festa; todos estavam ansiosos para verem como estava a noiva. Para quebrar o silencio, Harry resolveu puxar algum assunto.
- E o seu irmão...como ele está?
- Ele anda meio estranho... Outro dia mesmo, começou a uivar que nem um louco.
- Você acha que ele se transformou em um lobisomem?
- Os medibruxos disseram que tudo bem, mas os hábitos dele mudaram bastante desde que foi atacado por GrayBack. - nesse momento foram interrompidos pela Sra. Weasley que trazia uma grande bandeja de Pudim de Arroz.
Rony olhou para os lados e disse sussurrando:
- E as Horcruxes? Quando vai buscá-las?
- Depois do meu aniversário, tenho que ficar na casa dos meus tios para protege-los, mas depois que eu completar dezessete anos eles estarão vulneráveis como qualquer um.
- Eu e Mione vamos com você!
- Não, é muito perigoso.
- Harry, já enfrentamos coisas perigosas; um cão de três cabeças, um basilisco, dementadores... Vamos com você, não insista.
- Rony, dessa vez não vou enfrentar um dementador, e sim o maior bruxo das trevas do ultimo século
- Não vai adiantar,Harry – Insistiu Rony com uma expressão séria - vamos com você, mesmo que não queira.
Harry ficou sem palavras. Os amigos estavam realmente preocupados com ele e não queriam que ele enfrentasse Voldemort sozinho. Uma prova de amizade como essa... O garoto ficou quieto e sentou-se numa das cadeiras, do lado Rony. Depois de alguns minutos Hermione apareceu na frente dos garotos, estava muito mais bonita do que no baile de inverno, usava um lindo vestido rosa, de linho.
- Harry! Rony! Como vão vocês?
- Você é a Hermione?- perguntou Harry, pasmo com a beleza da amiga.
- Não, Harry, com certeza não é a Mione.- disse Rony sem tirar os olhos da garota
- Ai, vocês garotos não se arrumam nem para um casamento?
E se sentou do lado dos garotos. As pessoas foram chegando, e se aglomerando nas cadeiras. Harry já sabia que Hermione tocaria no assunto, já era esperado.
- Harry, nós vamos com você atrás das Horcruxes, não seja egoísta!
- Não estou sendo egoísta, estou apenas me preocupando com a segurança de vocês!
- Não insista, você querendo ou não, vamos com você até Godric’s Hollow.
Era certo, o garoto havia perdido a batalha. E de repente todos se silenciaram, finalmente o casamento começaria; Gui entrou com Sra. Weasley, e se postou na frente, e alguns minutos depois Fleur apareceu, linda, com um vestido branco, que embelezava ainda mais a linda noiva, estava acompanhada de um homem que Harry nunca vira, o pai dela, talvez, que nem ao menos pensou em olhar para os lados. Parecia cego.
E o que parecia ser um padre, começou a cerimônia, que foi até um pouquinho animada. O momento mais tenso foi sem dúvida o momento do “sim”, pois se Fleur aceitasse o casamento, ela poderia estar se casando com um futuro lobisomem. Mas na hora da pergunta “Srta. Fleur, você aceita se casar com Guilherme Weasley?”. Depois de alguns minutos, mais ou menos, dois minutos, Fleur respondeu “Sim” e foi uma grande alegria para todos.
Logo após teve uma ótima festa e quando acabou, já era uma hora da manhã e a barraca dos tios do Harry, já estava armada no quintal dos Weasley.
- Se vocês entrarem, verão o tamanho que ela é por dentro e amanha nós vamos embora ,ok?
- Por que não vamos agora? Pela lareira- indagou o tio
- Depois das dez da noite é proibido o uso da rede de Flú, questão de segurança.
- Só essa noite, seu moleque!
Os Dursley entraram na barraca e o garoto entrou na casa indo direto para o quarto de Rony, o amigo já estava dormindo e ele, foi se acomodar na cama de armar que o Sr. Weasley montara mais cedo.
Harry acordara no meio da noite com a garganta seca. O relógio marcava quatro e meia da manhã e pé ente pé, desceu as escadas e foi buscar algo para beber na cozinha. Quando olhou para a janela viu um vulto gigantesco saindo da barraca dos tios e se alarmou. Com certeza era Tio Valter e Harry decidiu segui-lo, para ver onde estava indo. Será que aquilo era uma tentativa insana de voltar para a Rua dos Alfeneiros?
Ele caminhou pelo que pareceu quinze minutos, mas não via muita coisa e o pior: havia esquecido a varinha; estava tão vulnerável quanto o próprio tio agora. Um grito agudo fez Harry parar de chofre. Um frio e uma angustia invadiu seu peito, como se nunca mais fosse ser feliz... Ele já havia tido essa sensação antes. Havia um dementador por perto, mas a angustía foi sumindo, sumindo, sumindo... até desaparecer e quando finalmente sentiu um pouco de felicidade no coração, ele tropeçou em algo, parecia um enorme tronco, mas quando olhou melhor, estava lá no chão o corpo sem alma do seu tio Valter.
Ele não gostava do tio, mas ele não merecia isso. Ter a alma sugada era pior do que enfrentar a morte... Sua reação imediata foi puxar o corpo do tio e sair gritando por socorro. Demorou até alguém ouvir seu chamado. Uma luz produzida por uma varinha foi se aproximando de Harry e do corpo do seu tio; era o Sr. Weasley acompanhado por tia Petúnia e Duda.
- Ele...Ele tentou fugir daqui, mas um de-dementador achou ele! E deu o beijo, sugou a alma dele! – Harry falou tão depressa, que o medo o fez gaguejar.
Tia Petúnia levou a mão à boca, Duda começou a chorar; tio Valter estava respirando, com os olhos abertos, mas permanecia inerte. Não falava e nem ao menos piscava, não havia mais vida naquele corpo. Já estava começando a clarear e todos estavam do lado de fora da casa dos Weasley olhando aquele homem sem vida.
- Eu estava sem a varinha, se eu estivesse com ela talvez ele estivesse vivo.
- Harry, se acalme e pense! Não foi culpa sua se ele achou que estava seguro demais.-disse Sr. Weasley.
Horas depois o ministério levou o corpo do tio Valter, Petúnia e Duda, para algum lugar que Harry não sabia qual. .Quando todos estavam dentro da casa, o Sr. Weasleu chamou Harry para um canto perto do forno.
- Harry, amanhã é seu aniversário de dezessete anos. – Disse o Sr. Weasley brincando com as fagulhas de fogo - Sugiro que durma aqui em casa. Tenho certeza que seus tios estarão em segurança lá no ministério.
Harry aceitou o convite, no próximo dia, estaria indo para Godric’s Hollow, para procurar as Horcruxes junto com os seus amigos.

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