A hora d verdade
Este é o ultimo capitulo e espero que gostem porque eu adorou e axho que é o melhor...obrigada pelos comentários bjs *Witinha*
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No dia seguinte, Ron acordou bem-disposto. Levantou-se e preparou-se para ir tomar o pequeno - almoço, mas sem saber porquê arranjou-se melhor que nos outros dias. Ele olhou-se ao espelho e reparou que tinha crescido tanto que ninguém diria que ele era o menino desleixado do primeiro ano. Saiu do dormitório e encontro Hermione, Harry e Ginny.
- Olá. – disse Ron a todos, mas sentiu um olhar curiosa a olhar fixamente para ele e estremeceu discretamente. Continuaram a andar, mas Ron e Hermione ficaram mais para trás para não atrapalhar o casal. Olharam um para o outro.
- Er...estás melhor do Lius? – perguntou Ron.
- Estou, graças a ti. Desculpa ter-te molhado o manto.
- Não faz mal. – disse ele.
Tomaram o pequeno – almoço e foram fazer os deveres que tinham. À uma da tarde, eles foram os quatro almoçar e quando acabaram...
- Nós vamos...er...ver se está tudo bem na Sala Comum. – disse Harry a Ron e Hermione.
- Sim, estou a ver. Engana-me que eu gosto. – disse Hermione a rir ao Ron. Harry e Ginny saíram de mãos dadas.
- Então e nós? Que fazemos?
- Não sei! Que tal se formos para a Sala Precisa fazermos o resto dos deveres?
- Não era bem isso que estava a pensar, mas está bem.
A tarde foi passada na Sala Precisa a fazer os deveres, isto é, a fingir que faziam porque o clima entre eles estava um pouco pesado. Não conseguiam concentrar-se e estavam sempre a olhar um para o outro, já estava a tornar-se incómodo.
- Er...precisas de alguma coisa? – perguntou Hermione, confusa.
- Eu? Acho que não.
- Achas?
- Eu adoro-te! – pensou ele em voz alta.
- Eu também te adoro.
- Adoras-me?
- Sim.
- E porque disseste isso sem mais nem menos?
- Tu disseste primeiro que me adoravas.
- Ah, disse?
- Estás bem, Ron?
- Estou. Esquece. Desculpa.
Voltaram a olhar-se nos olhos e isto fez com que Ron ficasse com um nó na garganta. Quando os olhos deles se cruzavam, Ron sentia sempre uma sensação que nunca soube explicar, mas automaticamente desviava o olhar. O olhar dela era como se fosse cortante e ele nunca sabia o que fazer mas sempre que desviava o olhar, ele sentia-se confortável por saber que tinha recebido o olhar dela, um olhar profundo.
Esse olhar também provocou consequências, porque ele não aguentou e começou a aproximar-se e não sabia o que fazer. Ron estava assustado com o que estava a fazer, mas mais assustada estava Hermione que estava a vê-lo aproximar-se e não sabia o que fazer. Estava tão assustada que no último segundo desviou a cara e ele acabou por dar-lhe um beijo na cara, mas ela acabou por fugir na mesma sem deixá-lo falar. Ron torturou-se tanto pelo que fez que se também não estivesse assustado ia atrás dela.
Nunca mais a viu até ao jantar. O jantar foi simplesmente horrível para ele que já não aguentava o clima. No final do jantar, Ron aproximou-se dela e disse-lhe:
- Ao pé do lago, daqui a dez minutos.
Ele foi-se logo embora e não ficou lá para ouvir uma resposta. Dez minutos depois Hermione chegou. Ele estava encostado a uma árvore a olhar para o lago. Era noite, mas o céu estava limpo apesar de escuro. A única claridade que existia era a da lua cheia que estava brilhante e bela sobre eles, fazendo com que a imagem desta ficasse reflectida na água do lago. Hermione não pôde parar de observar a beleza daquela noite.
- Sim, Ron? Que queres? – disse ela, enquanto ele olhava para ela.
- Quero-te pedir desculpas pelo que fiz. Eu sei que não é a primeira vez que isto acontece e nós, na outra vez, esquecemos mas agora é melhor falarmos sobre isso.
- Tens razão.
- Hermione, eu não sei porque fiz aquilo e agora sinto-me estúpido. Nós somos os melhores amigos e isto não devia acontecer. Se não fosses tu a desviar...
- Não importa. Não vamos deixar de ser amigos por causa disso. É tão estranho. Já reparas-te como nós somos?
- Como assim?
- Nós quando nos conhecemos tu odiavas-me, lembras-te? Ficamos amigos, mais tarde, e gostamos muito um do outro, apesar das discussões e agora...isto.
- Nem sei o que te dizer, sinto-me péssimo. A culpa é toda minha.
- Não, não é. Na outra vez não foste só tu.
- Talvez, mas...
- Não é preciso ficares assim. A nossa amizade é tão diferente das outras. Eu detesto discutir contigo, mas acabamos sempre assim.
- Eu sei e às vezes por coisas tão pequenas.
- Só que daqui a um ano vou sentir tantas saudades de discutir contigo. – disse Hermione a olhar a lua.
- Porquê?
- Nós vamos separar-nos e já nem devemos ter oportunidades para discutir. – disse Hermione, agora a escorrer vária lágrimas pelo rosto.
- Eu sei. Tenho tentado não pensar nisso, mas a mente assombra-me. É tão difícil dizer a expressão “última vez”, não achas?
- É, mas esta noite eu quero-te dizer uma coisa e quero que não te esqueças nunca. Ronald, eu adoro-te. Há tantos anos que somos amigos e eu agora queria-te dizer isso, pois eu sempre vou ter esse carinho por ti mesmo que nunca mais nos víssemos eu iria relembrar o que passamos juntos. Já viste quantas vezes me ajudaste? Eu devo-te a minha vida.
- Que exagero, Hermione! Tu também me ajudaste muito. Lembras-te no 3º ano quando eu estava ferido e tu ficaste comigo? Eu não sei como seria a minha vida se não te tivesse conhecido. É claro que eu também tinha o Harry, mas é diferente.
- Eu tenho tanto medo, Ron. Como nós vamos ficar se não nos vermos mais? O que vou fazer? – disse Hermione já sem conseguir controlar as lágrimas que agora caiam descontroladamente, fazendo com que Ron ficasse com as lágrimas nos olhos já que ele estava a sentir o mesmo que ela.
- Não temas, Hermione! Quando estares com saudades minhas, lembra-te que estou aí. – disse ele, apontando para o coração dela, deixando uma lágrima cair. Ela já não aguentava a dor que estava a sentir e não sabia o que fazer.
- Tu sabes que não é a mesma coisa, Ron.
- Escuta-me, Hermione. Sentes o meu coração? – perguntou ele a pôr a mão dela no seu peito.
- Neste coração vai sempre existir um espaço para ti até ele deixar de bater. Eu até posso arranjar mulher e filhos, mas tu vais ser sempre a Hermione, percebes? – continuou Ron.
- Prometes?
- Prometo. – disse Ron, dando-lhe um beijo na testa. A seguir, ele olhou para ela e limpou-lhe as poucas lágrimas que ainda corriam.
- Quero ainda dizer-te mais uma coisa, Hermione. Se as nossas vidas um dia separarem-se ou eu morrer lembra-te que não podes viver com as lembranças do passado e tens que continuar a viver. É sempre bom relembrar o passado, mas não viver por ele, pois nós temos uma coisa muito enganosa chamada esperança, só que o passado não volta a acontecer, mas pode existir no coração.
- Por favor, não voltes a dizer isso.
- Mas nós vamos acabar por morrer.
- Eu sei, mas é melhor não irmos por aí agora.
- Eu vou sempre precisar de ti, mas agora não podes estar assim, porque se estás preocupada com o futuro não vives o presente. Eu também não sei onde estou daqui a um ano, mas agora sei que quero-me divertir aqui ao máximo, enquanto posso.
- E diz lá que estás a pensar fazermos?
- Podíamos ir tomar uma banhoca nocturna no lago. – disse ele, entusiasmado.
- Banho nocturno. Agora? Eu não vou.
- Não sabes o que perdes. – disse Ron começando a tirar o manto, as calças e a camisa, ficando só com uns slips pretos. Hermione ainda não estava bem preparada para o que ele fez. Se ela não tivesse encostada a uma árvore teria caído no chão. Ela pensou: “Qual é a dele de se despir agora? Eu acabei de chorar. Isto só pode ser tortura.” Ron tinha crescido muito e ela não costumava ver ele em tronco nu, muito menos assim, mas gostou do que viu. Ele estava bem alto e com o peito bem definido. Ele foi a correr e saltou para dentro de água. Parecia uma criança que recebeu um brinquedo novo dentro de água...não parava e parecia tão feliz. Hermione aproximou-se mais do lago para ssistir, deixando o manto perto na árvore que já estava um pouco de ela limpar as lágrimas.
- Hermione, não entras? – perguntou Ron.
- Não.
- Então ao menos ajuda-me a subir.
Ela agarrou-lhe na mão, mas ele puxou-a para dentro de água.
- Ron! – gritou ela.
- Não foi minha intenção, mas agora já estás molhada. Não é preciso ires.
- Está bem. Eu fico, mas vais pagar pelo que me fizeste. – disse Hermione, pulando em cima dele e mandando-lhe água para a cara.
- Queres guerra, vais tê-la. – disse Ron, mandando-lhe água também.
- Não sejas convencido, eu mando-te mais água.
- Isso querias tu...
De repente, ele desapareceu e como não vinha acima ela começou a ficar preocupada.
- Ron? Não brinques comigo. Onde estás? – gritou ela, desesperada.
Rapidamente ela sentiu alguém abraçá-la por trás e agarrá-la pela cintura.
- Ai! Queres-me matar? – gritou Hermione, virando-se, ficando muito perto dele. Ela olhou-o, de novo, nos olhos daquela maneira que Ron adorava e detestava igualmente.
- Desculpa. – disse ela.
- Pelo...? – mas essa pergunta Ron nunca conseguiu terminar, pois ela surpreende-lo e beijou. Hermione sabia que estava a cometer o mesmo erro, mas ele disse para ela viver o presente e, afinal, o fruto proibido é o mais cobiçado. Ela começou só por aproximar os lábios para ele sentir a sua respiração. Ela adorava fazê-lo sofrer. Enquanto os lábios se tocavam, eles lentamente fecharam os olhos. Aos poucos foram abrindo as suas bocas e as suas línguas uniram-se como se fossem uma só. O que começou por ser um beijo carinhoso, rapidamente tornou-se num beijo intenso, mas cada um tentando demonstrar o que sentiam um pelo outro há tanto tempo, até que ela interrompeu o beijo. Olhou e viu uns olhos verdes confusos e aquele sabor...não podia.
- Não, não pode ser. Impossível. Lius? – disse ela, confusa e assustada. Ron ficou paralisado.
- Sou eu. Desculpa. Lembras-te de te dizer aquilo que já tinha descoberto quem era a menina misteriosa e que não contava, porque podia ficar desiludida? Lembras-te quando caí do banco na outra vez? Foi quando eu descobri que eras tu essa menina. Escrevi aquela carta, porque eu não te queria magoar dizendo que era eu, apesar de te fazer magoar na mesma, mas eu culpo-me por isso. Como sabes que sou eu?
- Eu não esquecia o sabor dos lábios e os olhos do Lius. Eram diferentes de todos. Eram especiais. Estou tão confusa. Temos que resolver as coisas.
- Está bem. O que sentes por mim, Hermione? Eu não tenho direito de te perguntar assim, mas preciso de saber.
- Eu...er...gosto muito de ti. Eu gosto de ti para além da amizade, percebes? Eu quando namoraste com a Lavender fiquei cheia de ciúmes e tu?
- Bem, eu? Eu adoro-te à sete anos. Ao princípio, pensava um pouco mal de ti, mas dois dias depois já te adorava muito. Eu tinha e tenho tantos ciúmes do Krum e foi por saber que o beijaste que comecei a namorar com a Lavender. Queria que sofresses como eu sofri. Desculpa. Eu acho que não posso dizer-te que te amo, mas é uma coisa muito forte que sinto por ti, muito mesmo. Se eu um dia amar-te eu saberei na hora e serás a primeira a saber. O que eu sinto por ti é amor e...queres namorar comigo? Eu sei que somos amigos mas eu prometo que se um dia nos separarmos não afectará a nossa amizade. A nossa amizade vai durar para sempre. Só que eu acho que nós não conseguimos ser só amigos, já que acabam por acontecer os acidentes...
- Cala-te, Ronald. Deixa-me falar. É claro que aceito. – disse Hermione, dando-lhe um beijo amoroso.
- Adoro-te. – disse Ron
- Eu também.
Eles saíram da água e foram se sentar ao pé da árvore. Sentaram-se, com ele de pernas abertas e ela no meio de costas para ele, e abraçando-a por trás.
- E quem são as testemunhas desta noite? – disse ela.
- A Lua e as estrelas. – disse Ron, apontando para o céu.
- Vamos contar para a Ginny e para o Harry?
- Sim, é melhor.
- Então contamos muito depressa para eles desmaiarem na hora.
- Não tenho tanta certeza que eles fiquem surpreendidos. Eles levaram o ano a mandar indirectas.
- Então temos de arranjar uma maneira. Já sei, enquanto estão a tomar o pequeno – almoço para eles engasgaram-se. – riram os dois.
- Boa ideia.
Ron riu.
- Do que estás a rir? – pergunta Hermione.
- Lembrei do nosso primeiro beijo juntos.
- Que embaraçoso.
- Tu fizeste de difícil, mas a força da gravidade estava do meu lado.
- Que piadinha. – disse ela, dando-lhe um selinho.
Eles adormeceram e só acordaram de manhã.
Um mês depois daquela noite inesquecível que eles tiveram, continuavam felizes.
- Ron, onde me levas a meio da noite? – pergunta Hermione de olhos vendados.
- Já disse que é surpresa.
- Falta muito?
- Já chegamos. – disse ele, tirando-lhe a venda.
Estavam no mesmo sítio de há um mês atrás.
- Quero celebrar o primeira mês de namoro contigo. Olha para o céu.
O céu encontrava-se de várias cores, como azul, verde e vermelho, que dançavam no céu escuro.
- Lindo! A aurora boreal...Obrigada. sempre sonhei em ver.
- É raro aparecer aqui este fenómeno, mas como descobri, trouxe-te.
Levaram uns minutos a olhar o céu abraçados. Como era lindo estar ali com quem gostamos a ver um dos mais belos fenómenos da Natureza. Mas as surpresas ainda não eram nada.
- Tenho mais coisa para ti.
- O quê? – pergunta Hermione.
Ele tirou uma caixa com duas alianças.
- São alianças de comprometidos. Hermione, eu disse que tinha a certeza quando te amasse e eu tenho essa certeza. Eu amo-te!
- Tens a certeza?
- Absoluta.
- Eu também. Há uma semana que te queria dizer isso mas tinha medo que ainda não tivesses certezas.
Eles metem as alianças no dedo de cada um. Nas alianças podia-se ler a frase “Juntos até os nossos corações deixaram de bater”.
- Agora usas esta aliança até ao nosso casamento, está bem? – disse Ron.
- Como sabes que vamos casar? – brinca ela.
- As estrelas contaram-me. – disse Ron , ao ouvido dela, provocando-a arrepios.
- Obrigada por existires na minha vida. – disse ela, dando-lhe um beijo como se fosse o primeiro da vida dela e o mais apaixonado também. Essa mistura de sensações que Ron sentia sempre que a beijava, neste beijo o dobro, fez com que uma pequena lágrima escorre-se pela sua face.
- Amor, porque estás a chorar? – pergunta Hermione.
- Because of you.
FIM
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