Discussões
Uma semana passou...
- Harry, tens andado tão feliz. Não me digas que isso são ofícios do amor?! – disse Ron a Harry.
- Sabes que sim. Tu sabes que eu adoro a tua irmã. Então e tu? Desde a Lavender nunca mais?
- Não. Agora estou livre.
- E não gostas de ninguém?
- Porquê tantas perguntas?
- OK, já vi que sim. Se não quiseres dizer, não digas, mas eu posso adivinhar quem seja.
- Epa, Harry, olha lá! – disse Ron, mudando de assunto.
- O que foi? – perguntou Harry, mas quando olhou já não havia Ron à vista.
Ron tinha levado o ano a fugir desse assunto, ele tinha que fugir. Foi para o lago que era onde ele pensava e costumava fazer escolhas, mas encontrou Hermione.
- O que estás aqui a fazer, Hermione?
- Precisava falar contigo. – disse ela, a chorar.
- O que aconteceu?
- É o Viktor.
- Claro, é sempre o Krum, né? – respondeu Ron, desiludido.
Hermione também ficou desiludida, pois Ron quando se falava no Viktor sempre reagia mal, mas será que ele agora não percebia que ela precisava dele? Hermione com a pressão, deu-lhe um forte estalo que o deixou com a cara um pouco vermelha.
- Desculpa, Hermione. Não era a minha intenção dizer isso. Desculpa! – disse Ron.
- As desculpas não se pedem, evitam-se.
- Onde é que eu já ouvi isso? – disse Ron a sorrir.
- Só tu para me fazeres rir. – disse Hermione, rindo.
- Mas o que aconteceu, afinal? – perguntou Ron e o rosto de Hermione, rapidamente, se tornou triste.
- O Viktor caiu da vassoura num jogo de Quidditch e pode...morrer! – Hermione deixou cair mais uma lágrima.
- Tem calma. Tenho a certeza que isso não vai acontecer. Assim, sobre o que é que nós discutiríamos?
- Bem visto. Mas tenho medo.
- Bem, agora, acho melhor deixar-te aqui sozinha. Afinal, deve ter sido para isso mesmo que vieste aqui. – disse Ron, indo-se embora.
- Espera! Podes ficar. Só preciso de um pouco de silêncio.
- OK, eu fico.
Ron e Hermione aproximaram-se de uma árvore e sentaram-se ao lado um do outro. Ron não sabia o que fazer, mas ele queria e tinha o dever de a ajudar, só não sabia como, então abraçou-a com medo da reacção que ela poderia ter. Hermione nada fez e ficaram os dois abraçados a olhar o lago até adormeceram.
Horas mais tarde, acordaram e viram as horas, já passava das nove da noite e tinham perdido o jantar. Levantaram-se e foram para o castelo. Quando chegaram, tiram as pessoas em pequenos grupos a olharem para eles e segredarem. Acharam muito estranho, não gostavam nada de ser o centro das atenções. Ao longe avistaram Draco Malfoy a aproximar-se deles.
- Enganas muito bem as pessoas, Weasley. – disse Draco.
- O que foi, malfoy?
- Tu sabes do que estou a falar. Tu e a Sangue de Lama. Casal perfeito. – disse Draco, a rir na cara deles e a mostra-lhes uma foto em que estavam os dois abraçados a dormir.
- Primeiro: o nome dela é Hermione, segundo: tu nem ninguém tem nada a ver com a minha vida e terceiro: eu não namoro com ela. – gritou Ron e deu um murro no olho esquerdo de Malfoy, tirando-lhe a foto que este tinha.
Ron e Hermione saíram dali, ainda um pouco constrangidos com o sucedido, mas tentaram pensar que não tinha acontecido nada, apesar de todos os olhares estarem postos neles. Foram até à sala comum dos Grinfindor e...
- Até que enfim que entenderam-se. – disse Harry, muito contente.
- Parabéns. – disse Ginny, atrás de Harry.
- Pelo quê? – perguntaram Ron e Hermione ao mesmo tempo.
- Então, maninho? Tu e a Hermione...os dois...juntos. – disse Ginny, abraçada a Harry.
- Não me digam que acreditaram nesses boatos? Vocês também? – disse Hermione chateada.
- Não era assim tão difícil de acreditar. – sussurrou Harry a Ginny.
- O quê? – perguntou Ron.
- Nada. Ah, é verdade. Mandaram-me dizer-vos que hoje têm que vigiar os corredores das onze à uma da manhã. Não se esqueçam. – disse Harry.
- Ron, vou descansar. Encontramo-nos às onze aqui na sala? – perguntou Hermione.
- Sim. Até já.
Hermione saiu. Ron sentou-se num sofá em frente à lareira e Harry e Ginny foram dar uma volta. Ron tirou do bolso uma foto...nessa foto encontrava-se ele e Hermione abraçados encostados na árvore. A foto estava mesmo linda. Ron perguntou-se se algum dia poderia acordar de manhã, assim ao lado dela. Ficou tanto tempo a olhar para aquela foto que nem deu pelo tempo passar, até que ouviu alguém entrar na sala e guardou a foto rapidamente. Ups, já eram onze horas e ele não tinha-se apercebido.
- Vamos, Ron? Estás um pouco vermelho. Vim interromper alguma coisa? – perguntou Hermione.
- Não, não. Vamos.
Saíram os dois pelo retracto da Dama Gorda e começaram a vigiar os corredores.
- Recebi uma carta do Viktor e ele diz k já está a recuperar. Está muito melhor.
- Que bom para ele.
- Já viste a Ginny e o Harry? Agora não se largam. – diz Hermione contente por isso.
- É verdade. Acho que eles se merecem mesmo.
- Ela esperou tantos anos por isso.
- Mas o Harry que não se aproveite muito, ela é irmã do seu melhor amigo.
- O harry sabe muito bem quem é a Ginny. Nem parece que estás a falar do Harry, sabes muito bem que ele nunca faria nada para magoar a Ginny. Eu acho tão fofo eles os dois juntos e felizes. Quem me dera que acontecesse comigo. – disse Hermione, sonhadora sem se lembrar que estava a falar com o próprio Ron.
- O dia depressa chegará para NÓS. – disse Ron, distraído, acentuando a última palavra. Quando se apercebeu o que disse ficou corado, sentiu a cara ferver e desejou estar perto da sala precisa para desaparecer dali. Hermione parou.
- O quê? – perguntou ela petrificada.
- ...er...nada. Eu só disse que um dia isso irá acontecer contigo. – disse Ron, um pouco embaraçado.
- OK. Olha Ron, ali, estão dois alunos fora da cama. Corre.
Eles começaram a correr, os alunos bem tentaram fugir mas a agilidade e rapidez de Ron fez com que este logo os apanhasse, vindo Hermione atrás dele.
- Apanhei-os. Epa, alunos dos Slytherin. Que conveniente! – disse Ron, divertindo-se.
- O que estão a fazer aqui as estas horas? – perguntou Hermione.
- Não tens nada haver com isso. – respondeu um dos alunos dos Slytherin, que como sempre odiavam os Grinfindor.
- Hermione, e que tal se só por eles serem dos Slytherin lhes tirássemos cinquenta pontos a cada um? – sussurrou Ron.
- Não podemos fazer isso só vingança. Somos monitores, temos que dar o exemplo. Vai ser tirado vinte pontos a cada um por infringir as regras da escola e ter desrespeitado um monitor e se os encontro mais uma única vez a vaguear pelos corredores tiro-lhes o dobro dos pontos.
Os alunos foram-se embora contrariados e eles continuaram a vigiar os corredores até à uma da manhã e depois cada um foi para o seu dormitório. Ron sentou-se na cama e tirou a foto onde estava ele e Hermione. Pegou na foto, pôs na mesinha de cabeceira e adormeceu a olhar para ela. No dia seguinte...
- Ron, despacha-te? A aula de feitiços está quase a começar. – gritou Harry.
- Vou já!
- A Hermione já foi. – disse Harry a sorrir, como se fosse um motivo para Ron despachar-se mais rápido e parece que deu resultado.
- Já cá estou!
Eles dirigiram-se até à sala de feitiços e quando entraram foram sentar-se ao lado de Hermione. Depois da aula, eles foram almoçar e viram um cartaz na parede que dizia: “Baile de Máscaras no dia 15 de Dezembro no Salão Principal, às 20 horas. Os convidados não precisam de vir acompanhados, o objectivo é virem irreconhecíveis, por isso tragam máscaras e divirtam-se. Só autorizado a presença de alunos a partir do 5ªano.”
- Que giro! O baile é já daqui a uma semana. – disse Ron, entusiasmado.
- O que vão vestir? – perguntou Harry.
- Ah! Isso é surpresa... Não vos conto. – disse Hermione.
- Ah, isso não vale. Não nos vais deixar aqui a morrer de curiosidade, pois não? – disse Ron.
- Eu adoro deixar-te assim. Depois, logo vês, ou se calhar não...Eu no Baile vou sozinha e ninguém vai saber quem sou e vocês deviam fazer o mesmo. – disse Hermione, divertindo-se.
- É isso mesmo que eu vou fazer, pode ser que encontre a mulher dos meus sonhos. – retorquiu Ron, dando-lhe o troco.
- Ah ah ah. Quem? O Monstro das Cavernas, não?- Harry saiu porque já sabia o que viria a seguir.
- Não. Achas mesmo que sim? Monstro das Cavernas só conheço um, é o teu Viktor krum.
- Ah sim? E a tua Lavender Brown? É o quê?
- Ela não é minha, enquanto que eu disse TEU Viktor Krum e não reclamas-te muito.
- Olha, adeus. – disse Hermione, indo-se embora muito irritada.
Ron ficou um pouco triste pela discussão. Agora estavam chateados. Que fazer? Ele também tinha o seu orgulho. A culpa não foi toda dele, mas ele no fundo sentia-se culpado. Porquê? Ele não sabia. Talvez, porque sempre que falavam de Krum, ele ficava cheio de ciúmes, dizia o que não sentia e esquecia-se do único elo forte e puro que os unia, por enquanto: a amizade.
Ron foi para a Sala Comum e encontrou Harry.
- Ron, que cara é essa? – perguntou Harry.
- Discuti com a Hermione.
- Ah. Estou a ver. Então, vai falar com ela.
- Achas? A culpa foi toda dela.
- OK...se preferes ficar chateado com ela o resto da vida, na boa.
- Olha, também não percebes nada.
- Percebo mais do que julgas.
Ron saiu contrariado, fechou-se no seu dormitório e sentou-se na cama a olhar a foto dele e da Hermione. Ele não sabia o que fazer, mas o fazer, mas o orgulho era mais forte. Ficou horas no dormitório e nem foi jantar. Não queria vê-la. Mais tarde, apareceu Harry.
- Então estás melhor? – perguntou Harry.
- O que achas?
- A Hermione também está triste.
- Problema dela. A culpa disto tudo é dela.
- OK, já não está aqui quem falou. Vou-me deitar. Boa noite.
- Boa noite.
Ron só adormeceu às quatro da manhã, porque estava confuso.
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