Patrick
Patrick parou em frente a porta da casa de Luna. Ele olhou em volta, confuso. Era tudo muito estranho naquele lugar, lembrava-se de Stan rindo quando vieram fazer o serviço. Mas ele poderia resolver isso mais tarde. Tocou a campainha e a porta se abriu, Luna parecia estar chorando por horas. Ela nem sequer o recebeu com um beijo, como uma namorada deveria fazer, simplesmente o olhou e entrou em casa de novo. Ela abaixou os braços que estendera para abraça-la, mal-humorado e entrou fechando a porta.
_O que aconteceu?- perguntou entrando na sala.
_Eu não sei! Eu não sei!- Luna chorou, sentada no sofá, arrumando a varinha atrás da orelha.- Eu estou perdida! Estou assustada! Parece que estou desaparecendo!
_É claro que não está desaparecendo.- Patrick engoliu em seco,ao lembrar-se do que acontecia na casa de Harry Potter. Ele tentou abraça-la, mas ela agitou os braços sem vê-lo se aproximar, e ele se afastou quando foi acertado no rosto.
_E não é só isso!- ela continuou, ignorando a careta de dor dele.- Parece que estou envelhecendo! As coisas não fazem mais nenhum sentido para mim!
_É claro que não está ficando mais velha.- Patrick insistiu.
_Nada mais faz sentido, entende? Nada.- ela chorou, e assou o nariz no lenço que carregava.
_Oh, Luna. Não fique assim.- ele falou, sem saber o que fazer.
_Nada... Patrick, nada.... é como se minha vida tivesse passado, e eu estivesse dormindo. Não me lembro de ter feito nada que valesse a pena nos últimos dois anos.
_Mas, estou certo que você fez, olha você...
_Oh!- ela gritou, o interrompendo, subtamente animada.- Vamos fazer alguma coisa!
_Claro. Podemos ir dançar, ou ao cinema trouxa, ouvi dizer que é bem legal...
_Não. Vamos fazer um piquinique!
_Claro, semana que vem a gente pode...
_Não! Não na semana que vem. Eu preciso ir agora. É... agora! - ela falou alegre, então se virou para ele, como se implorasse- Por favor, Patrick. Eu preciso ir agora.
Stan e Mary dançavam na cama de casal, na casa de Harry Potter. O próprio Harry desacordado, sacudindo de um lado para o outro, e o som do rádio no último volume. De repente, Mary viu uma coruja batendo insistentemente na janela. Bêbada, ela abriu caminho, e tropeçando na perna de Harry, conseguiu chagar a janela. A coruja entrou, derrubou uma carta na cabeça de Stan, e partiu.
_De quem é?!- Mary gritou.
Confuso, Stan desenrolou o pedaço de pergaminho, lendo rapidamente.
_É do Patrick!- ele gritou em resposta-
_O que ele quer?! - Mary perguntou irritada, cruzando os braços.
_Parece que ele está com problemas com a namorada!
_Que surpreendente!- Mary riu, se jogando sentada na cama.
_E ele não vai voltar essa noite! Que irresponsável!
_Que sorte nossa!- Mary gritou em reposta. Ela tomou a carta da mão de Stan, amassando-a e a jogando longe, e o beijou. Do piloto automático, veio um som fraco, enquanto outra memória de Harry era apagada.
Enquanto Luna se arrumava, trancada no quarto, Patrick revirava sua mochila. Ele tentava encontrar um pedaço de pergaminho, uma das folhas de pergaminho que Harry jogara fora, e que o fazia lembrar de um piquinique. Sorte ele ter pego todas aquelas coisas antes que fossem para o lixo, e ter podido estuda-las. Estava sendo de muita ajuda com Luna. Ela estava em um humor bem estranho, verdade, mas ele tinha certeza que ela estava apaixonada por ele.
Ele finalmente achou o que estava procurando. Era uma foto de Harry e Luna deitados no gelo, e rindo, grudada em um pedaço de pergaminho, que parecia ter pertencido a um álbum de fotografias. A foto estava entitulada 'Eu e você no gelo', e desenhado no pergaminho estava desenhado um balão, que parecia vir de Harry, que dizia: ' Eu poderia morrer agora, Luna. Eu estou... feliz. Eu nunca me senti assim antes. Eu estou exatamente...'
Patrick não conseguiu acabar de ler. Os passos de Luna estavam se aproximando, e ele teve que guardar o pergaminho rapidamente, na mochila. Luna apareceu na porta, vestida com um grande casaco azul, e um cachecol que mudava de cor.
_Eu estou animada!- ela disse, vestindo o gorro com pompoms.
_Eu também.- Patrick mentiu, procurando algo na mochila- Espere, tenho algo para você.
_Para mim? - ela perguntou confusa.
_Dia dos Namorados adiantado.- ele explicou.
E ele lhe estendeu o presente que Harry havia comprado. Ele tinha certeza que era para ela, pois no dia em que fora visitar Luna no Pasquim, ele vira o presente na mão de Harry. Era sorte que o outro não o tivesse visto no dia, ou estaria com problemas. Mas, Harry estava esquecendo Luna, e o presente naquele exato momento, por isso não teria que se preocupar.
_Ah! Obrigada. O que é?
_Ah...- Patrick gaguejou, então sorriu.- Abra e vamos descobrir.
Ela abriu, e seus olhos se arregalaram. Ela tirou da caixa grandes brincos em formato de flor, eram lírios brancos.
_É lindo!- ela sorriu, encantada com o presente.
_Você gostou?- ele perguntou animado, e surpreso. Achara o presente horroroso.
_Sim! Muito! Nunca antes me deram um presente que eu realmente gostasse. Obrigada. É como se você me conhecesse á anos... - ela acrescentou pensativa, e o olhou como se desconfiasse que fora ele mesmo que comprara.
_E o pequinique?- ele perguntou rapidamente, incomodado com o olhar dela.
_Então, vamos.- ela suspirou, pondo os brincos e saindo de casa. E ele a seguiu, desanimado.
N/A- Ah, eu sei que vocês odeiam o Patrick, principalmente o meu beta Matheus, e eu também. Mas, eu precisava escrever esse trecho! Mas, aproveitei pra acabar com ele. Ele apanhou, foi ignorado e ficou com cara de bobo, tudo em um capítulo só. Quanto a Luna, ela sente que o Harry a está esquecendo, não é bonitinho? Semana que vem vai ter um capítulo com cenas mais H/L, e vamos focar nas memórias do Harry novamente. É agora que começa a parte H/L de verdade. Beijos, Mary.
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