Nono Dia
[b][center]Capítulo 10 - Nono Dia[/center][/b]
Na manhã seguinte, o fato de Draco Malfoy e Virgínia Weasley estarem, supostamente, juntos era a fofoca do dia - e, pelo jeito, ficaria sendo por um bom tempo.
Milhares de cartas chegaram de todas as garotas que haviam ficado com Draco - e agora estavam na: Flórida, Alemanha ou qualquer outro lugar, passando férias, cuidando dos filhos ou qualquer outra coisa dessas - e todas estavam incrédulas.
[i]"Ora, eu não sou feia... Por que estão todos tão indignados?"[/i], perguntou-se Gina, magoada.
Gina continuou falando a mesma coisa - "que estava extremamente feliz por ter conseguido fazer com que Gina saísse com ela" - e fingia que nada estava acontecendo, enquanto podia ver que Malfoy estava sentado, emburrado, longe o suficiente de Rony para que ele não conseguisse lhe tacar uma faca, mas Gina tinha certeza que Rony estava mandando suas "indiretas" - muito diretas, na verdade - cortantes.
Bom, quando Rony estava puto com alguém, não descansava até que tivesse [b]certeza absoluta[/b] de que a pessoa estava se sentindo menor do que o verme, da pulga, da pulga, da pulga, do verme, da pulga, da pulga, do carrapato.
"Bom, pelo menos alguém está pior que eu...", pensou Gina, dando um sorriso de deboche, enquanto levava um pão com manteiga até a boca.
"[b]EU JÁ ESTOU SABENDO DE TUDO, DRACO MALFOY[/b]!", Gina sentiu um calafrio lhe percorrer o corpo, se virou e deu de cara com Pansy. Os cabelos loiros estavam despenteados, os olhos vermelhos de tanto chorar e era uma cena realmente deprimente.
"Oi, Pansy...", disse Gina, com um sorriso amarelo.
"Oi o caralho!" berrou ela e, logo, todos estavam olhando para o casal, Gina respirou fundo e se preparou para tudo o que Pansy ia falar e, claro, não ficou decepcionada "Como ousa brincar com os meus sentimentos dessa maneira? Você disse que essa 'aventura' com a Weasley logo acabaria e que você voltaria comigo! Por que você mentiu para mim? [b]Por quê[/b]? O que é que eu fiz de errado, senão te amar?"
"[i]Ô, novela mexicana... Mas gosta de um drama, viu...[/i]", pensou Gina, enquanto pensava em uma maneira de contornar aquela situação desagradável.
"Olha, quando eu comecei a sair com a [b]Gina[/b], eu não achei que fosse me [b]apaixonar[/b] por ela!", disse a garota, em voz bem alta.
Agora, ela não só iria se vingar de Malfoy como, além de tudo, fazer com que ele "se humilhasse" perante ela, colocando na cabeça de todos a visão de que Draco é quem havia implorado como um cão sarnento para sair com ela.
"Você está admitindo [b]em voz alta[/b] estar apaixonado por aquela [b]ruiva sarnenta, nojenta e pobre[/b]?", perguntou Pansy, enojada "Você deve estar louco!"
"O amor me enlouqueceu!", disse Gina, com um olhar de deboche.
Olhou para Draco, na mesa da Grifinória, que engolia em seco enquanto olhava para Rony, que - pela expressão em seu rosto - estava pronto para arrancar os cabelos dela.
Gina pôde ler os lábios de Rony:
"[i]Então, já faz um bom tempo que isso anda acontecendo[/i]?".
Então, os olhares de Draco e Gina se encontraram e ela viu uma luz assassina neles.
Naquele momento, ela soube. Era guerra.
XxXxX
"Então, já faz um bom tempo que isso vem acontecendo?"
"Rony, calma...", pediu Hermione, embora ela parecesse completamente perplexa.
"Olha, eu queria contar para vocês, mas..."
"Gina, [b]era dele que você tinha falado[/b]?", perguntou Harry, incrédulo.
Draco custou a se lembrar e teve, então, a vaga recordação de ter falado com Harry rapidamente sobre alguém por quem estaria supostamente apaixonado.
"É... Eu precisava de conselhos..."
"Mas, Gina, o [b]Malfoy[/b]?"
"Quem você esperava que fosse? [b]Você[/b]? Não seja estúpido, Pot.. Harry!", berrou Draco, se pondo de pé e resolvendo que agora Gina teria o que merecia.
Estava abusando demais da boa vontade do garoto e merecia uma lição.
"Draco, o que é que está acontecendo aqui?", perguntou Draco, empurrando as pessoas e ficando do lado de Gina, olhando para a cara de Pansy com desprezo.
Gina ficou confusa e sem saber o que falar.
Nunca esperaria que Draco entrasse nessa história.
"Estão aqui... falando barbaridades... sobre você... para mim..."
"Deixa eles, meu querido... Tem inveja, porque nunca amarão ninguém como nós nos amamos... Mas, escute... Espero que isso não faça com que você desista de me comprar aquele incrível anel de brilhantes que você me prometeu de presente de aniversário..."
Gina ficou perplexa, Draco Malfoy estava transformando-a em uma puta interesseira.
"Você sabe muito bem que o nosso relacionamento [b]não[/b] é baseado no meu dinheiro. Nós realmente nos amamos, sobretudo você. Você me ama muito."
"Sim, mas alguns brilhantes fariam o nosso amor brilhar ainda mais!"
Gina olhou [b]puta da vida[/b] para Draco Malfoy, ele não podia fazer isso com ela.
Não mesmo.
"Claro, eu te dou qualquer coisa, meu amor... Além do mais, eu realmente te amo, e quando eu estou apaixonado e quando eu estou apaixonado, faço qualquer coisa pela pessoa que amo. Andaria até com a minha pantufa de cachorrinho rosa por você".
"[i]Ah, não... Você [b]não vai[/b] me transformar numa bicha[/i]!", pensou Draco, puto de raiva.
"E eu publicaria o meu diário no jornal da escola, além do mais, eu tenho a senha, certo?", perguntou, lançando um olhar significativo.
Gina sentiu as defesas sumirem e se sentiu flexível.
"Você não faria isso, faria?", perguntou, balbuciando.
"Ah, sim, eu faria... com certeza... além do mais, eu não te amo?", perguntou Draco com um sorriso debochado, beijando de leve os lábios de Gina e saindo andando.
[center]XxXxX[/center]
[i]"Quem foi que perdeu, Gina? Diga mais alto, eu não estou ouvindo..."[/i], pensava Draco, vitorioso.
"[b]Você[/b]!", Draco se virou para encarar Gina caminhando até ele, possessa.
"Na verdade, a resposta para a minha pergunta mental era: 'eu', se dita por você e 'você' se dita por mim, mas vou dar um meio certo e cinco pontos para a Grifinória, digo, Sonserina!", disse ele, com um sorriso desdenhoso.
"[b]Você é um grande filho da[/b]..."
"Não meta minha mãe no meio. Na verdade, não venha brigar comigo. Você começou tudo isso, Weasley! Eu estava [b]realmente[/b] tentando me entender com você, mas você torna isso uma tarefa [b]impossível[/b]. Olha, Virgínia, [b]qual é[/b]? Você sabe que se não nos entendermos em menos de um mês, nós ficaremos assim para sempre, será que dá para você [b]fingir[/b] que se importa com isso?"
"Eu me importo, mas você está sempre querendo me deixar brava!"
"Isso não é verdade!", defendeu-se o garoto.
"É, sim, senhor! Tudo o que você faz é para me ofender!"
"Isso, porque tudo o que eu faço te faz sentir-se ofendida!", esclareceu o garoto, contra-vontade.
"Vamos fazer uma trégua!"
Draco hesitou e esticou a mão.
"De acordo!"
Gina apertou a mão dele, enquanto dizia:
"Sem comentários desdenhosos, maldosos ou qualquer coisa do tipo. Sem provocações."
"Certo"
"Bom, a gente se encontra amanhã..."
"Certo", concordou o menino e cada um seguiu seu ramo, enquanto deixavam um rapaz moreno de olhos verdes com um sorriso maroto nos lábios.
"Eles não precisam mais de mim..."
"Você fez um bom trabalho, Joel..." disse uma voz, mas quem o havia dito estava escondido sobre as sombras.
"Na verdade, eu não fiz nada..."
"Vamos, vamos embora. Deixe que eles se entendam."
Joel deu meia volta e, de repente, ele sumiu.
[center][i]Continua...[/i][/center]
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