A partida

Três dias passaram-se a correr. Luna via e revia a mala para ver se não faltava nada. Ron esperava ansioso a resposta do quartel… 1 de Setembro começou cedo. Quando Ron acordou viu Luna a correr de um lado para o outro.
- Bom dia. – Disse Ron calmamente enquanto sentava-se na cama.
- Bom dia. – Disse Luna dando um beijo ao namorado.
- Essa agitação toda é por que vais ver livre de mim? – Pergunta a ver a rapariga a olhar para a mala outra vez
- Claro que não. E ainda não me fui embora e já estou com saudades de ti. – Disse sentando-se ao colo do namorado que ainda continuava sentado na cama. Os seus olhares cruzaram-se e deu origem a um beijo. A porta abre-se e Luna separa-se rapidamente do Ron. Azmaria entra no quarto e nem repara no estado de pânico dos jovens.
- Vamos! Temos de sair já. – Luna levanta-se e pega na mala.
- Ron vens connosco? – Pergunta Luna a ver o olhar triste dele
- Sim. Eu vou
Ron tirou a mala da mão de Luna. Entraram no carro que Martin tinha parado a porta de casa. A viagem, ninguém abriu a boca para dizer uma única palavra. Ao chegarem a estação saíram do carro ainda com um silêncio insuportável. “ e nestas alturas que eu gostava de ser mais novo. Agora vou deixar a minha loirinha sozinha naquela escola cheia de adolescentes com as hormonas a flor da pele. Se eu souber que alguém anda-se fazer a ela eu juro que lhe parto a cara” Ron vai nesse pensamentos que nem repara que já tinham chegado ao pé da plataforma 9 e 10, só repara quando ouve a voz doce da sua loirinha.
- Bem tenho de ir. Adeus avó. Adeus avô. Vemo-nos no natal. – Disse Luna abraçando os avós. Luna estava para se despedir de Ron mas ele fala mais rápido que ela.
- Eu passo a barreira contigo. Vemo-nos em casa, não é preciso esperar por mim.
Luna passa primeiro na barreira e Ron vai atrás dela.
Começam a andar ate chegarem ao comboio.
- Vou ter muitas saudades tuas. – Disse Luna abraçando Ron, já com as lágrimas a saírem-lhe dos olhos.
- Eu também. – Ron puxa cuidadosamente a cara de Luna e com as costas da mão limpa as lágrimas. Luna olha nos olhos de Ron e beija-o. Ficaram ali beijando-se perdendo a noção do tempo. Estavam tão entregues aos beijos que nem repararam que alguém se aproximava.
A Ginny Weasley aproximava-se quando viu Ron colado a Luna num empolgante beijo, correu para ele.
- RON – O beijo foi interrompido pelo o grito de uma rapariga. Ginny.
Os dois olharam e fitaram Ginny, esta olhava de Ron para Luna, como ela toda a estação. Por todo o lado começaram a ouvir-se pessoas cochichando sobre a cena que presenciavam.
- Ron… Nós preocupados contigo e TU – Ginny disse esta palavra com um tom diferente, mais gélido – andas ai na boa. – Ginny não gritou mas na cara dela podia-se ver raiva misturada com tristeza.
- Ginny… – Luna tentou explicar mas as palavras não lhe saíam. Ron virou-se novamente para a namorada.
- É melhor eu ir embora… o comboio está quase a partir. – Luna assentiu com a cabeça. Ron aproximou a sua boca da de Luna… o beijo não durou muito mas foi suficiente para que as lágrimas escorressem. – Adeus Ginny. – Acabando de disser isso Ron passou pela barreira.

* Luna* Luna* Luna*

Luna entrou no comboio e procurou uma carruagem vazia. Quando se sentou a porta voltou a abrir e uma ruiva entrou por ela.
- Como é que podes-te esconder-me isto? Eu achava-te minha amiga. – Ginny estava desesperada
- Ginny… Eu tentei, mas ele pediu-me… - Nesta altura ambas tinham lágrimas escorrendo pela cara “ A minha melhor amiga está chateada comigo, e o meu namorado vai estar longe de mim três meses! Sorte marreca!” Pensava Luna chateada consigo mesma. – Desculpa.
- Não… – Luna olhou para Ginny “ Ela não me desculpa… O mundo acabou de desabar em cima de mim!” – Desculpa-me! Eu não devia ter reagido assim. – As duas amigas abraçaram-se, depois Ginny colocou um sorriso maroto – conta-me todo! Tim-tim por tim-tim.
Luna sorrio “ Não está chateada!” E contou todo á amiga.

*Ron* Ron* Ron*

Ron passou a barreira. “Como será que a Luna esta? Bolas nunca mais chega Dezembro para ela voltar para os meus braços. Quando chegar a casa vou escrever uma carta. Espero bem que ela não me troque pelo o primeiro que lhe apareça a frente porque se não eu dou cabo dele.” Ron continuava nesse pensamentos que nem reparou que tinha acabado de bater em alguém.
- Desculpe-me não o vi. – Disse Ron olhando para a pessoa com quem tinha esbarrado. Ele ficou paralisado, não podia acreditar no que via, a sua mãe estava a sua frete com algumas lágrimas nos olhos. – Mãe!
- Ron és mesmo tu? Onde tens andado? – A senhora Weasley não teve tempo de acabar porque Ron já tinha desaparecido.
Ron mal chega a casa entra e nem cumprimenta ninguém, fecha-se no quarto. Deita-se na cama e começa a chorar.

*Luna* Luna* Luna*

-EU NÃO ACREDITO QUE TU. – Ginny grita mas não teve tempo de acabar a frase porque Luna tinha tapado a boca com a sua mão.
- Podia falar mais baixo? Não quero que toda a escola fique a saber que já não sou virgem. – Disse Luna muito seria
- Ok… Mas tu… Isso é fantástico! E todo quando o Ron fugiu de casa. Vocês não perdem tempo!
- Não tem muita piada! – Disse Luna ficando mais vermelha que os cabelos de Ginny. “ Ela quando quer sabe ser chata! Como será que o Ron esta? Já faz tanto tempo que eu me fui embora.”. Ginny olha para a cara triste da amiga.
- Sabes tu vais te habituar a estar longe dele. Eu ainda me pergunto como é que ele ficou tão carinhoso! Ele lá em casa passava a vida a gritar fechado no quarto mal comia. E agora descubro com uma namorada, que é a minha melhor amiga. Como é que as pessoas podem mudar tanto em tão pouco tempo? – Luna ri do comentário da amiga.
Quando chegaram a Hogwarts Luna vai a correr para o corujal para mandar uma coruja ao namorado.
“ Meu torrãozinho de açúcar
Já cheguei a Hogwarts e já parece que estamos a messes separados.
Contei todo para a Ginny. Sabes eu não queria ficar chateada com ela, alem disso ela e minha melhor amiga, como tal achei que era a coisa mais acertada a fazer. Ela diz que não está chateada comigo por causa do que aconteceu mas eu não acho que seja verdade. Estou a morrer de saudades tuas. Quem me dera que o natal fosse já amanhã. Vou mandar todos os dias uma carta. Beijos da sempre tua:
Loirinha
PS: já te disse que te amo?”
Luna fechou a carta e entregou-a á coruja e ficou a vê-la voar até que não passava de um ponto na escuridão do céu.

* Ron* Ron* Ron*

“ Tenho que lhe mandar uma carta. E se aconteceu alguma coisa. Como da vez em que os dementors…” Ron tentou afastar esses pensamentos e foi buscar uma pena e um pergaminho e começou a escrever.
“ Minha loirinha
Podem ainda só ter passado umas horas mas eu já tenho saudades. Achei que nos pudesse-mos encontrar antes do natal era óptimo visto que a minha vida sem ti não faz sentido…”

Ron parou de escrever e olhou para a janela duas corujas estavam picando a janela. Reconheceu uma como sendo de Luna mas a outra não sabia de quem era. Abriu e as duas corujas voaram para dentro de casa “ As corujas não sabem o que é educação?”
- CALEM-SE! – Gritou Ron enquanto as corujas piavam sem parar. Ron retirou as cartas das corujas e começou a lê-las. A primeira era do ministério

“ Senhor Ronald Weasley
Vimos por este meio informar que o senhor passou nas provas de Auror. Começa a trabalhar amanhã. A sua sala será a 144 e dividira com o senhor Harry Potter. Espero-o ás 9 da manha.
Atenciosamente
TONKS”

Ron ao acabar de ler a carta deu saltinhos de alegria. Pegou na outra carta e reconheceu logo a letra redonda da namorada.
Ele abriu e começou a ler. Ficou muito contente por saber que Ginny não se tinha chateado com ela. Ele deitou a carta fora por não gostar muito e começou de novo. Escreveu mais 3 e deitou para o lixo outra vez.
“Minha loirinha
Ao fim de 4 cartas desisti, nunca foi bom nestas coisas. Recebi a tua carta. Eu também estou a morrer de saudades. Recebi uma carta do quartel de Aurors, e passei nos exames. Estou tão feliz. Ainda bem que a Ginny não tenha ficado chateada contigo, além de não concordar com a ideia de teres contado TODO para ela. Mas não posso fazer nada.
Quando passei pala barreira fui contra uma pessoa, e tu nem imaginas quem. ERA A MINHA MAE. Bolas eu pensava que o mundo ia acabar. Mas fui logo embora e mal lhe falei.
Eu também vou te escrever todos os dias para não te ESQUEÇERES de MIM.
Beijos carinhosos do sempre teu:
Torrãozinho de açúcar
PS: já me tinhas dito que me amavas, mas eu não me canso de ouvir (neste caso ler)
Amo-te”
Ron mandou a carta e deitou-se.

*Luna* Luna* Luna*

Luna estava sentada falando com Ginny quando uma coruja branca largou uma carta que caio no prato da sopa de Luna. “ Fixe! Ao menos não tenho de comer esta horrível sopa de legumes… Argh! Isto é o quê?! Erva?” pensava Luna enquanto pegava na carta, com a carta numa mão e com a varinha na outra citou um feitiço e em apenas alguns segundos o pergaminho ficou limpo e seco. Quando estava a ler Ginny tirou-lhe a carta.
- HEY!! – Refilou Luna tentando reaver a carta. Ginny leu a carta que o irmão mandara á namorada. Ela leu e releu a carta e começou a rir.
- Que foi?! – Perguntou Luna indignada. Ginny ria-se sem parar, começou a ficar vermelha até que caiu da cadeira. O salão principal virou-se todo para as duas raparigas. Ginny não reparou em nada disso e continuo a rindo rolando pelo chão. “ Bela maneira de começar o ano!” pensava Luna enquanto tentava acalmar a amiga.
Ao fim de já ter tentado todo Luna consegui fazer com que Ginny pára-se de rir e levou-a para o jardim.
- Ginny podes não ter reparado mas a escola toda estava a olhar para nós.
- Desculpa não consegui parar de rir.
- Pois, e qual é a piada? Era uma carta igual ás outras!
- Ele ter escrito uma data de cartas e a parte do: “ Sempre teu: Torrãozinho de açúcar.” – Acabou de disser isto e começou a rir outra vez. Luna pega na carta que continuava nas mãos da amiga e foi-se embora para o seu dormitório, deixando-a lá a rir feita doida.
Ao chegar ao dormitório deita-se na cama e começa a chorar. “Porque raio ele não esta a aqui para me aquecer durante a noite. Mal cheguei e já morro de saudades dele.”. Com esses pensamentos Luna adormece.

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