O pedido de Scringeour



Harry Potter e o Olho do Dragão
Capítulo Oito – O pedido de Scringeour


O silêncio havia tomado lugar. O que se ouvia era quase imperceptível, apenas o respirar pesado de alguns, por isso o silêncio poderia ser considerado como o imperador da igreja.

Parecera, para Harry Potter, ter transcorrido séculos até quando uma voz rouca e sem qualquer vestígio de sentimento cortara o silêncio. O significado das duas palavras proferidas pelo Comensal da Morte fez um estalo na cabeça de Harry, como se tivesse dado um sinal de alerta. O raio verde rodopiante estilhaçou o pilar. O que antes era uma mancha mortal verde escarlate voando pelo ar, transformou-se em ferozes fagulhas após a barreira.

A partir de então se surgiu o alvoroço comum em multidões. O silêncio verdadeiramente se extinguira, os gritos eram os senhores de St. Ottery Cathpole.

Harry não conseguia se mover, seu estado permanecia em choque. Não queria acreditar no que acontecia. Seus olhos agora enxergavam um festival de raios multicoloridos cortando toda a extensão da nave. Via também corpos caindo ao chão, estruturas ruindo após serem dilaceradas por feitiços de força extraordinária. Uma guerra campal num lugar santificado, um lugar sagrado e protegido por Deus. Onde o amor e a felicidade eram coroados por dois jovens...

Após um momento de leve tontura, Harry pareceu acordar. Rony o balançava veementemente, com o rosto desesperado. Ao seu redor, Gina e Hermione disparavam rajadas contra um grupo encapuzado mais adiante. Conseguiu ver Gina azarar o Comensal com um certeiro estupefaça, e notou uma habilidosa Hermione se livrar de feitiços de cores estranhas.

Mais uma vez sentiu o balanço de Rony e só depois disso que Harry retomou sua atenção no que o amigo dizia.

- Estamos cercados, temos que nos proteger!

Harry concordou com a cabeça e deixou-se levar pelo amigo. Correram por entre os bancos, escapando de um Avada Kedrava lançado por um Comensal horrível, que tinha uma cicatriz cortando toda a extensão do rosto. A boca do bruxo pendia molemente para o lado e os olhos cinzentos estavam em brasa.

- Ora se não é o Arry Potter – disse o Comensal tolamente.

- Cale a boca seu imundo! – bradou Rony por Harry, e assim dito, o ruivo lançou uma azaração que jogou o bruxo nas alturas.

Mas a luta não se deu por encerrada. Ainda no ar, o persistente Comensal de boca murcha lançou um raio vermelho para cima de Rony. Harry, antes da colisão, protegeu-o com o feitiço Escudo.

- Obrigado, cara – agradeceu Rony.

Harry sorriu com um aceno e fez menção de prosseguir para um abrigo quando ouviu a voz de Gina e Hermione soarem por de trás deles, chamando-os. O grupo se juntou após algumas formalidades e seguiram caminho por entre os bancos de pinho. Às vezes havia necessidade de conjurarem os feitiços Escudos e também de lançarem algumas azarações que mantessem longe os terríveis Comensais da Morte.

Harry não tivera tempo de contar, mas presumiu mentalmente de que se tratavam mais ou menos trinta Comensais da Morte participando do ataque. Os convidados, sem dúvida, ultrapassavam esse número, mas no combate o número se reduzia drasticamente, já que apenas os homens, e algumas poucas mulheres se encarregavam da luta. Pelo canto do olho, o jovem viu o Sr. Weasley às voltas com dois Comensais ao mesmo tempo. Notou Lupin escapando de duas rajadas de cor verde, com uma habilidade nunca vista.

Por um flash de segundos se perguntou por que estava correndo como um louco, fugindo de uma batalha que ele já esperava há muito tempo. Era um bom lutador, possuía uma boa varinha... Não necessitava de se esconder. Quando ousou colocar seu pensamento para os amigos, Gina se virou abruptamente para ele e disse:

- Você não vai ajudá-los, Harry! – Os olhos refletiam um brilho enigmático, que fez Harry se balançar com o poder deles. – Tenho certeza que papai e os outros darão conta deles... Quanto a nós, devemos ir embora!

Harry tentou dizer algo em contra partida, mas uma força estranha o fez calar. Desejou saber como Gina sabia que ele iria lutar ao lado dos outros. Em fração de segundos uma palavra passou por sua cabeça em resposta a seu anseio: legimente. Gina era legimente?

A segunda pergunta ecoou por sua cabeça durante um tempo, mas no fim não teve tempo de associar sua idéia com o período que enfrentava. Raios e mais raios cortando o ambiente e ele ali parado como um idiota, olhos fixos no cabelo ondulante de cor vermelha se balançando rumo às portas laterais da catedral. Gina havia o deixado estático há algum tempo.

Correu em direção dos amigos, porém uma figura sombria o bloqueou no instante seguinte. A capa se esvoaçava ao sabor do vento, que entrava pela porta, assim como os cabelos muito negros. Bellatriz Lestrange o encarava com um rosto de pura maldade e vilania. Parecia que ela tinha encontrado a sua pedra filosofal, ou o seu mais precioso tesouro.

- Procurei você por toda parte, Potter, e não o encontrei. Mas finalmente o percebi querendo sair por aquela porta – ela fez um gesto por trás dos ombros. Harry seguiu a direção que o gesto tomava e viu, a alguns metros de distância, seus amigos de expressão boquiaberta.

- Que coisa extraordinária, não? Você é mesmo muito esperta Lestrange – respondeu Harry friamente, fazendo a têmpora da mulher franzir ligeiramente.

- Não preciso ouvir elogios de um pirralho como você – disse Bellatriz no alto de sua empáfia. Apontou a varinha para Harry e sibilou mais uma vez: - Espero que não fique zangado com as dores, mas esse é o meu trabalho.

Harry se inclinou levemente para frente em cortesia, de um modo tão irônico que abalou as estruturas da mulher.

- IDIOTA! – berrou com força. – Cruc...

- Expelliarmus! – gritou Harry ao mesmo tempo, fazendo a varinha da oponente voar para a mão de Rony que estava logo atrás.

O rosto não poderia ser o melhor. Uma colérica Belatriz Lestrange tentou avançar para cima de Rony, mas Harry a advertiu:

- A Comensal da Morte preferida do mestre não quer chegar ao covil toda dolorida, quer?

Imediatamente a bruxa se virou, os olhos semi-cerrados e a respiração pesada. Teria que mudar seu plano; havia ficado em desvantagem por um desequilíbrio tolo. O menino tinha razão, seu mestre não ficaria contente em ver sua preferida (sim, ela era ainda a sua preferida) voltando com o rabo entre as pernas, derrotada por um moleque que pensava que era o maioral. Sorriu.

- É claro que não, mas em uma coisa você está certo, garoto, sou a preferida do mestre, pode ter certeza – Mas uma vez um risinho cínico apareceu em seu rosto.

- Ora, pensei que era o traidor do Snape – retrucou Harry com um sabor amargo na boca ao proferir o nome do ex-professor.

A mulher enrubesceu, porém se manteve firme ao dizer:

- Dessa vez você está completamente enganado.

Harry notou um feixe de luz vermelha passar logo atrás da cabeça de Belatriz. Fora disparado pelo Comensal da Morte Amico, que duelava com Moody muito próximo dali. Foi então que retornou a falar:

- O que vocês querem aqui? – seu tom de voz saiu firme.

Bellatriz soltou uma gargalhada, caminhou em círculos por um tempo, sob vigilância atenta de Harry e dos amigos que haviam se aproximado dele, e então bufou:

- Não acho que devo respondê-lo.

- Você quer tomar uma azaração na cara, sua nojenta? – indagou Rony, descontrolado, a varinha brandindo inconseqüente.

Nesse momento, Gina e Hermione o conteve antes que ele disparasse alguma coisa. Harry suspirou, aborrecido. Fitou Bellatrix mais uma vez e perguntou novamente:

- O que vocês querem aqui?

- Algo que o mestre quer muito, está satisfeito? – disse a Comensal se esganiçando. – Olha, já chega! Esse seu interrogatório foi uma piada, pode ter certeza que contarei para o Lorde! – Ela avançou um passo e, sem pronunciar palavra, a sua varinha saiu da mão de Rony.

O jogo tinha virado, não totalmente contra Harry e os outros, mas mesmo assim sua posição voltara a ser desconfortável. Belatriz era uma bruxa ágil e esperta, ele sabia que tinha tomado a varinha por mera sorte. De fato, seu jogo de cinismo funcionara, porém o mesmo método não funcionaria agora.

O grupo de jovens levantou a varinha e as apontou para a rival. Nesse quesito havia uma leve vantagem contra Belatriz. E parecendo saber disso, ela recuou.

- Quatro contra um é covardia! – resmungou ela.

- Não era assim que você e seu bando atacavam inocentes? – perguntou Hermione brilhantemente.

Ela gargalhou.

- Vocês pensam que podem me deter, mas se eu fosse vocês, olharia para trás!

Rony e Gina se viraram, enquanto Hermione girou apenas a cabeça e Harry manteve seu olhar na bruxa.

- Crabbe, Goyle e Grayback! – rugiu Belatriz. – É hora de massacrá-los!

A mente de Harry permaneceu ligeiramente tranqüila quando o festival de feixes luminosos começou a ser disparado. Com habilidade ricocheteou um feitiço mandado por Belatriz, que por sua vez, atingiu Goyle no peito, fazendo-o ficar estático como uma pedra. Fenrir Lobo Grayback atingiu Mione com um Estupefaça, enquanto Gina e Rony davam conta de Vicente Crabbe pai.

Lutar contra Belatriz sozinho era uma tarefa árdua. Desviar-se de feitiços não-verbais exigia um esforço enorme para Harry. Para vencê-la, ele pensava, teria que usar da mesma arma. Depois de um momento de indecisão por parte de Belatriz, Harry, rugindo forte mentalmente, disparou um potente Levicorpus. A azaração não pronunciada surtiu efeito e atingiu Belatriz fazendo-a voar para o teto abobado da igreja.

Era hora de ir, ele tinha isso em mente, e chamou os amigos para fugirem antes que mais Comensais cercassem o grupo. Assim que Mione conseguiu se livrar de Grayback, o grupo se desembestou rumo à porta lateral. Harry nem notara isto na hora, mas sua mão se entrelaçava à de Gina, as duas numa ligação que dificilmente se desligaria.

A gritaria havia diminuído, porém se ouvia estrondos por toda parte em intervalos regulares. As rajadas de raios coloridos iluminavam boa parte da igreja, pois, estranhamente, o dia tinha se tornado noite repentinamente. Ou pelo menos uma grande nuvem negra cobria a catedral num raio de dois quilômetros.

O grupo se juntou a Fred Weasley na saída. O rosto do ruivo estava lívido e a respiração ofegante. A primeira pergunta que o grupo fez a ele era saber onde estava o seu irmão gêmeo. Fred balançou a cabeça, desanimado.

- Eu não sei! Me perdi dele quando esses desgraçados começaram a atacar – disse gesticulando exageradamente.

- Ele pode está correndo perigo – grunhiu Gina, preocupada.

- Então vamos procura-lo – afirmou Harry em seguida, mas assim que disse sentiu uma mão pousar em seu ombro. Era Hermione.

- Você não vai com a gente, Harry – disse ela um pouco sombria.

- Como não? – gritou ele, mas não de forma grosseira.

Rony balançou a cabeça e disse antes do que a garota:

- Mione tem razão. Você não ouviu a Belatriz Lestrange dizendo? Eles vieram aqui em busca de algo que o mestre quer muito. Receio que seja você, Harry.

- Mas isso é absurdo! – exclamou Harry com a voz afetada. – Eu não vou deixar vocês aqui! E muito menos eu deixarei que eles me peguem... e muito menos vocês – finalizou, fitando Gina e os outros com os olhos.

- Ei, vamos parar de brigar – interveio Fred com uma carranca não muito usual. – Papai e os outros estão perdendo, não vão conseguir escapar se ficarmos aqui batendo boca.

- Por isso que quero ficar! – afirmou Harry com veemência.

- Ah, Harry, você está se colocando em perigo – disse Gina entrelaçando suas mãos nas de Harry. O menino a encarou e por pouco não sucumbira aos olhos caramelos brilhantes de Gina. Até mesmo em meio à batalha, a ruiva permanecia sedutora.

- Eu vou ficar! – disse ele em tom decidido. - Já sou um homem e está na hora de entrar na guerra de uma vez por todas. Não será se escondendo que eu derrotarei Voldemort e toda sua corja.

Rony bateria palmas pela coragem do amigo, mas se suas suposições estivessem certas, não gostaria de ver Harry cair nas mãos de Voldemort. Ainda mais que soube de toda a verdade sobre a profecia. Porém a teimosia de Harry era conhecida por todos, e o menino já havia se decidido. Ninguém o faria mudar de idéia. A não ser a figura cambaleante que se aproximava deles, correndo com dificuldade.

Rufos Scringeour parecia um leão velho e grisalho com toda aquela cabeleira. Sua postura também se comparava a de um leão, excluindo, é claro, sua dificuldade de andar. A varinha estava em punho, um legítimo exemplar de cerejeira com corda de coração de dragão. Seu rosto sério demonstrava o quão bom auror tinha sido em sua juventude. Agora velho não se tratava mais do mesmo.

- Ora, Harry, o que está fazendo aqui ainda? – perguntou ele disfarçando surpresa.

Harry o encarou com desânimo e respondeu, enquanto notava um raio laranja atravessar um pouco mais atrás.
- Vou ajudar os meus amigos. Se não se importa, eu estava indo agora mesmo voltar para o lugar onde o senhor estava.

- Oh, os Comensais estão indo embora... O reforço acaba de chegar – ele se virou para dar visão a Harry. De fato, a igreja estava sendo invadida pelo esquadrão de aurores do Ministério da Magia. O exército inimigo estava encurralado e alguns de seus membros desertavam desaparatando.

Os outros suspiraram de alívio, enquanto Scringeour falava para um Harry um pouco longínquo dali:

-...por sorte, porque se não fosse o bom círculo de amizade que a família Wealsey possui, acho que dificilmente sobraria alguém para contar a história. Havia muitos professores e alguns funcionários do Ministério. O bom Moody está em boa forma, e ajudou muito nos duelos.

Despertado por entre a chuva de palavras torrentes que Scringeour soltara, Harry perguntou:

- Alguém se feriu?

O ministro o olhou de sobrolho franzido e soltou um suspiro ruidoso antes de respondê-lo.

- Sofremos algumas baixas sim, mas ninguém morreu... pelo menos até o momento.

Harry nem percebera, mas estava caminhando lado a lado com o ministro, enquanto olhava as últimas cenas de luta e fuga que acontecia ali dentro. Muitas pessoas haviam se sentado nos bancos, ou então conversavam seriamente numa roda composta, na maioria, de homens. Viu Gina correr para o abraço de seus pais e em seguida Rony e Fred. Seu peito se aliviou quando constatou Jorge, um pouco ferido na testa, ao lado de Gui, que também se cortara feio no peito, e de um aparente ileso Carlinhos num canto próximo à família.

Novamente se concentrara no que o ministro tinha acabado de dizer e perguntou:

- Quem se feriu gravemente?

- Do nosso lado, podemos assim dizer, apenas um parente da família Delacour, acho que se trata de um tio da noiva. – Ele pigarreou por um instante e voltou a falar. – Ah, também se feriu, mas não tão grave assim, a irmã da noiva.

- Gabrielle? – indagou Harry, surpreso.

O ministro balançou a cabeça e continuou:

- Vitor Krum, acho que é esse o nome, foi atacado por uma maldição imperdoável e está inconsciente. Foi levado para o Hospital St. Mungos agora pouco.

Harry abaixou a cabeça em sinal de respeito, enquanto as duas mãos se fechavam de raiva.

Scringeour parou, esperou Harry encará-lo para então iniciar uma nova conversa, sobre algo que havia pensado quando se dirigia ao encontro dele minutos antes. Uma mente ágil e rápida, e o momento favorecia muito para que se quebrassem as defesas emocionais de Harry Potter. Talvez, aquela chance seria a que poderia modificar toda uma história.

- Potter – começou, esboçando um sorriso falso no canto da boca. – Bem, acho que você poderá me ajudar numa questão muito importante.

Harry escondeu o rosto com a mão e continuou a ouvir o que o ministro falava:

- Esse incidente nos pegou de surpresa. Arthur Weasley me dissera que o ambiente estava todo protegido e me garantiu que nada aconteceria. Mas aconteceu.

- Duvido que seja culpa do Sr. Weasley – interferiu Harry, irritado.

- Não quero levantar hipóteses, por enquanto – disse Rufos elevando a nota de sua voz. – Esse também não é o assunto que quero lhe tratar. Como disse – retomou estufando o peito, como um leão fazendo jus a autoridade que lhe diz respeito -, foi um incidente imprevisto, que causou um pouco de destruição. Mesmo com o meu poder, não conseguirei que o Profeta Diário e outros meios de comunicação noticiem esse fato. E, bem, você já sabe... A comunidade mágica ficará balançada e tremendamente assustada. Se nem numa igreja estaremos livres o que dizer em nossas simples casas? Este será o pensamento de todos, apesar das medidas de segurança que estamos tomando.

- E? – fez Harry, impaciente.

Mais um sorriso no canto da boca e o prosseguimento:

- Queria lhe pedir algo, caro Harry.

- Pois não?

Chegara ao momento decisivo... O ministro não podia falhar.

- Para amenizar a notícia, eu lhe pediria que você acalmasse a população dizendo que, com sua ajuda, expulsara todos os Comensais da Morte daqui. A fama será toda sua! A confiança em você aumentará ao mesmo tempo em que o medo diminuirá.

- Essa não é a sua função, senhor ministro? – perguntou Harry vagarosamente, sentindo o rubor de Scringeour subir ao rosto.

- De fato, mas no momento sua postura seria a mais desejável – respondeu ele rapidamente. – Eu sinto que a população confia em você, desde quando derrotara Você-Sabe-Quem pela primeira vez há algum tempo. Você controlando a comunidade, as coisas podem se tornar mais calmas.

Harry não retrucou nada de imediato. Pôs-se a olhar o céu pela janela e notou que a nuvem negra tinha desaparecido sobre a igreja. Seria uma manifestação de poder de Voldemort? Harry não sabia e tampouco respondeu à pergunta. Observava agora a movimentação fora da catedral, muitos rostos desconhecidos. Harry julgava se tratar de aurores e obliviadores investigando as cercanias do local.

Colocou os olhos em Rufos Scringeour e analisou o bruxo perdidamente. Nunca na vida teria a coragem de assumir um posto tão periclitante como aquele. Para ser um Ministro da Magia requeria administrar inúmeras responsabilidades. Harry, sem dúvida, não possuía essa característica tão aguçadamente, mas o engraçado era ver que muitas pessoas acreditavam que ele tinha. Como Scringeour estava tentando fazer no momento, transferir sua responsabilidade para um jovem de 17 anos.

- E então, o que me diz? – indagou Rufos com destreza, agindo como se soubesse o que se passava na cabeça de Harry. Mas o que impedia dele não saber? Ultimamente Harry tinha impressão que muitas pessoas analisavam sua mente sem pudor. Pareciam saber que ele era um péssimo oclumente. – Saiba que isso é apenas um pedido e não uma ordem – disse o ministro mais uma vez. – Sei que você tem suas próprias convicções.

Realmente tinha suas próproas convicções? A pergunta passou como um raio na sua cabeça e da mesma forma que aparecera, ela desaparecera.

Não sabia como, mas finalmente respondeu:

- Eu aceito, mas não quero nenhuma entrevista! – Harry se perguntava se estava ciente do que tinha acabado de dizer. – Podem divulgar o que quiserem, mas nenhuma foto e repito: nenhuma entrevista. Se for para ajudar a comunidade mágica, como o senhor diz, eu me sacrifico.

Um largo sorriso transpareceu no rosto rechonchudo de Scringeour, como se ele tivesse ganhado um enorme prêmio em dinheiro. Não esperava ser tão fácil assim... Pelo menos, garantiria um tempo de paz em seu governo.

- Potter, não sabe o bem que você faz ao aceitar minha proposta. Nós devemos nos unir a partir de agora...

- Ministro, eu posso ir ver meus amigos? – indagou Harry cortando a vitória pessoal de Scringeour.

- Claro, Potter, claro!

Com a cabeça baixa, Harry se dirigiu para os amigos, que acenavam quando ele se aproximava. Havia tomado sua primeira decisão importante desde que completara a maioridade. Essa seria a primeira de muitas que tomaria a seguir... A jornada, definitivamente, começava ali.

Voldemort dera o seu primeiro ataque, um plano meticuloso e desleal que Harry ainda não sabia o teor. Mas ao mesmo tempo, seu inimigo abria as portas para Harry também duelar e colocar seus planos em ação... Reveria, num tempo mínimo, seus planos e partiria para jogar a primeira pedra no tabuleiro: destruir a próxima horcrux.

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Preview: Algumas explicações são dadas para o incidente na igreja, mas nenhuma deixa Harry satisfeito. Sua busca pelas horcruxes já tem um destino e você verá qual no próximo capítulo, em Os sete problemas.

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Milhares de anos se passaram, havia apenas o barulho de fiuuu... fiuuuuuu (isso é barulho de vento). Péémmm, deixa de bobagem que o capitulo chegou. E demorou. E demorou, mas a autora postou. Eu sei que ninguem mais lê, mas eu vou escrevendo mesmo assim.

Gente que lê, obrigado que você tenha chegado até aqui. Muito obrigado por ter postado pelos menos um "Anda sua molenga, posta isso rápido se não te corto na faca" O.O. Pelo menos postaram, é isso que dá força pra mulher aqui postar!!

Bem, quanto ao capítulo até que ficou médio. Já o conteudo nao gostei muito. Poderia ser melhor, ficou um pouco sei lá... talvez seja frescura. O que importa é o que vcs vão achar disso. Bem, como os Comensais conseguiram entrar? Estava um pouco implicito que a igreja estava protegida, mas a explicação vem um pouco mais tarde, dotada de revelação. Ihhh, la vou eu fazer spoiler! Pééémmm, já cansei, e vcs também não éh?

Hora de partir, capitulo novo mais rápido do que esse, talve daqui a uma semana ou duas, no maximo. Espero ver vc aqui mais uma vez!

Péééémmm, hora de dar tchau, mas antes desejos-lhes a todos os meus leitores uma FELIZ PÁSCOA!!

Malfeito Feito
Selina!

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