Bombas de Bosta



Sirius, Tiago e Pedro acordaram cedo naquela manhã. Queriam garantir seus lugares no Expresso de Hogwarts.

Rumaram para a estação de King’s Cross e, em questão de minutos, já haviam atravessado a parede que levava à plataforma 9 e ¾, e se sentado na cabine de sempre, a última. Lá poderiam fazer o que quisessem, sem incomodar o maquinista.

Como de costume, soltaram algumas bombas de bosta pelo corredor, antes de, finalmente, se trancarem na cabine, como sempre faziam. A partir daí, os Marotos só a abriam ao ver o Carrinho de Doces.

Tiago e Sirius passaram um tempo discutindo novas táticas de Quadribol, enquanto Pedro devorava uma caixinha de Feijõezinhos de Todos os Sabores. De repente, a porta da cabine se escancarou. E, para espanto de Tiago, era Lílian quem estava parada ali, os olhando furiosa:

- Potter, - começou secamente – suponho que você tenha deixado algumas bombas de bosta caírem pelo trem, digamos que, acidentalmente. – acrescentando um tom sarcástico.

- Bem Evans, suponho que sim... – disse Tiago, marotamente – Mas isso é fácil de ser resolvido. Só depende de você... – acrescentou sorrindo.

Uma expressão confusa tomou conta de Lílian.

- É simples: basta você aceitar sair comigo que eu juro que serei capaz de limpar toda essa sujeira. – disse ele, com uma piscadela. – Não importa se será com magia ou não – acrescentou sorrindo.

Lílian inchou de raiva e berrou:

- Potter, você é desprezível!!

E fechou a porta da cabine com ferocidade.

- É, Pontas... – suspirou Sirius – Ela continua a mesma. Seria melhor você mudar sua tática de aproximação...

- Caro Almofadinhas: cheguei a cogitar isso. Mas pense só: quantas garotas já não suspiraram por mim, pelo o que eu sou. Então pensei: “Por que não a Evans?”.

Sirius soltou uma gargalhada gostosa e repentina, fazendo Pedro se engasgar com um pedaço de Sapo de Chocolate.

Neste instante, o Expresso de Hogwarts parou. Eles haviam chegado.

Assim que desembarcaram do trem, viram Snape caminhando, solitário, rumo as carruagens.

Com um olhar significativo e um sorriso satisfeito para Sirius, Tiago saiu correndo em direção a Snape e, em segundos, postara-se em frente ao odioso colega. Com um tom sarcástico, Tiago o saudou:

- Boa noite, meu amigo ranhoso...

Tiago ficou sorrindo para Snape, que permaneceu calado.

- Eu disse “boa noite”. – repetiu Tiago.

- Saia do meu caminho Potter. – murmurou Snape.

Tiago o olhou com desprezo e, com um breve aceno da varinha, fez com que Snape se curvasse como se tivessem lhe acertado um soco na boca do estômago.

- Ora, Seboso, acho que seus pais não lhe deram educação, apesar de serem “tão respeitados” por terem sangue-puro...

Snape levantou o rosto para Tiago e soltou uma gargalhada longa e fria:

- Potter... me diga que não é isso... você está me azarando para defender aquela sangue-ruim desprezível?

Tiago ficou roxo de raiva. Acenou a varinha contra Snape novamente. Mas desta vez, o bruxo foi empurrado para trás e deu duas cambalhotas no ar antes de cair no chão. Avançou para Snape, a varinha apontada para o peito do bruxo:

- Nunca mais ouse falar de Lílian Evans com essa sua boca imunda na minha frente. – disse ameaçadoramente.

Com um giro rápido, Snape se levantou. Já estava pronto para correr, de costas para Tiago, quando alguém o deteu:

- Tsc, tsc, tsc,tsc... aonde pensa que vai, ranhoso?

Tiago sorriu para Sirius. Levantou sua varinha, Sirius o copiou e as apontaram para Snape.

A alguns metros dali, já dentro de uma carruagem, Lílian virou-se para o lado do clarão. Identificou dois raios azuis apontando para um corpo que flutuava a uns 15 metros do chão. Mesmo não tendo como provar murmurou:

- Isso é coisa do Potter...

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